pressinto um adeus amarrado à tua boca
chapinhando em poças de água rasa
onde outrora guardaste o mar
perco o deus nas grades do teu corpo
e a morada
nas costas de um mapa sem pêndulo
agora envelheço
na miopia da arrecadação
onde nem a doença ousa entrar
chapinhando em poças de água rasa
onde outrora guardaste o mar
perco o deus nas grades do teu corpo
e a morada
nas costas de um mapa sem pêndulo
agora envelheço
na miopia da arrecadação
onde nem a doença ousa entrar
um poema de belas imagens, poeta
ResponderEliminar(nas costas de um mapa sem pêndulo... deus na grade do corpo...adeus amarrado à boca...).
e o melhor é ver tudo à sua volta crescer e frutificar (sua poesia, o blog, seus amigos e a interação).
isto é animador.
abração, bracarense na poesia.
Sem dúvida, Roberto! Se o eu poético se sente só, o eu-Jorge não. Sei bem o que cresce ao meu redor e valorizo-o, Amigo.
ResponderEliminarUm grande abraço!
É o que eu te digo amigo, estás a crescer, grandiosamente!!!
ResponderEliminarAh, e nenhum dos dois, dos três, dos ..., está só!
Beijos
Laura
Neste poema seu (Eu) Poético consegui adentrar nas profundezas da estética e trazer de lá algo de enorme valor meu caro...
ResponderEliminarAbraço
Não, querida Amiga Laura, nenhum dos dois está só. E tenho a certeza de que a poesia não é a única companheira.
ResponderEliminarUm abraço!
É essa a magia maior da poesia. Não sabemos se somos nós a entrar nela se é ela que nos toca, penetra dentro de nós e nos modifica. Agradeço-te as palavras, Juan. Um abraço!
ResponderEliminarpara sempre a poesia enfeitiça-se em ti, poeta. minha admiração e meu abraço.
ResponderEliminarAssis, e eu enredo-me nela... não é sempre assim?
ResponderEliminarAgradeço a simpatia das palavras, mas crê-me que admiração nutro eu por ti: pela verve com que diariamente produzes e pela sensibilidade e profundidade que todos os teus textos deixam transparecer. Bravo!
Um abraço!
nossa Jorge estou sem palavras
ResponderEliminartão profundo tão completo
por que? nossa quanta dor naquele poema
eu volto depois estou sem palavras
Muito bonito Jorge...
ResponderEliminarAndo descobrindo bons poetas ai pelo teu norte
Beijo
Obrigado, Anita e Magnólia! Vocês distinguem-me com a vossa visita e as vossas palavras delicadas.
ResponderEliminarUm beijinho para ambas!
Encanta-me a tua sensibilidade, poeta! Belíssima construção! - metáforas singulares.
ResponderEliminarBeijos
Obrigado pela visita, Lou! Qual beija-flor, também dei um pulinho breve ao teu recanto, sempre enfeitado com as mais finas flores.
ResponderEliminarUm abraço!
viva jorge!
ResponderEliminar"agora envelheço
na miopia da arrecadação
onde nem a doença ousa entrar",
belíssimo!
abraço.
p.s. recorda-me o teu mail, pode ser?
é que o papel, ironia do destino, foi dar uma volta, mas creio, como creio em todas as vontades, ele voltará!
os sentidos na ombreira do tempo
ResponderEliminar...
sabor a mar que devora
o rasto dele que perdura
Viva, Flávio!
ResponderEliminarTens razão: como todas as vontades, o que se procura há-de chegar. Mas, pelo sim e pelo não, cá vai o endereço electrónico: jorpimenta@gmail.com
Um abraço, Poeta!
sabor a mar
ResponderEliminaro rasto dele que perdura...
sobre o asfalto
velas cavalgam o tempo
onde os olhares amarelecem
como fotografia sépia.
como fazê-lo regressar?
um beijinho, Andy!
Jorge,confesso que rendi-me a tuas palavras, intensas ou mansas agitam-se em mim, num rodopio...como se um par de asas me queisisse fazer voar por dentro...
ResponderEliminarbeijos, poeta!
pressinto um adeus amarrado à tua boca.
ResponderEliminarBelíssimo.
Andrea, um dos mistérios que a poesia encerra é justamente a capacidade que tem de nos tocar sem aviso, de nos envolver sem braços, de respirar sem poros... mesmo que sem palavras. Como a tua poesia consegue.
ResponderEliminarUm beijinho!
Quantas vezes as palavras difíceis cravam os dedos nas grades do silêncio, recusando soltar-se? Pior que "adeus" só mesmo "amo-te"...
ResponderEliminarUm beijinho, Vanessa!
Estou de regresso ao vosso convívio após um mês de forçada ausência e, Jorge, este poema nasce do fundo do silêncio onde as palavras se adensam para nos dizer na metáfora e no símbolo, pedras primeiros com que se faz o sentido.
ResponderEliminarParabéns.
Viva, Jad. O pessoal da blogosfera já estava a sentir a tua ausência (forçada). Eu especialmente. Um abraço!
ResponderEliminarDa blogosfera e da poesia. Evidentemente. :)
ResponderEliminarObrigado, Jorge.
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