as manhãs são tristes. aprendi-o com os homens e entendê-lo levou tempo.
durante meses choveu nas minhas mãos e agora que o sol dispara cedilhas de fogo ao som de rosas surdas queimei a sombra onde queria abrigar a tua pele... - raios!
durante anos escrevi livros redondos onde os poemas eram bocas amarelas com o hálito do bolor enterrados em castiçais sem cera logo agora que te queria escrever que és tão minha como as más recordações... - bolas!
as manhãs são tristes como os círculos de um peixe dourado no sono do aquário. morre no abandono dos rios que deixaram silenciar a voz nas cordas do violino.
e agora? jé nem os pássaros cantam o peito da terra (atravessaram o inverno para outras sinfonias).
e agora? aprendi o silêncio com os homens (deles apenas quero a loucura do sangue).
nesse dia atravessei o inferno com as mãos orvalhadas. adivinhei lamúrias receei perguntas fuji das respostas.
oh, boca, voz bailado sem corpo na respiração amarela do medo onde estás?
ambos conhecíamos a origem do sangue (mel e jasmim, lembras-te?) mas os deuses do silêncio adormeceram em olimpos de sal como figuras com favos nos lábios e pétalas nos dedos.
por isso deixei de acreditar nas bíblias dos homens e o corão é os olhares escondidos em espelhos.
são homens a roer bagos de uva são homens a calcar páginas brancas são homens a roubar o círculo de fogo são homens a procurar o pecado que engrandece (reparaste como tudo se transforma nas roldanas do silêncio?).
é preciso matar as palavras afogá-las no seu veneno fuzilá-las com a sua pólvora apunhalá-las no seu cristal apagá-las no seu rasto riscá-las do poema adormecê-las na sua insónia trucidá-las no seu cinismo.
é preciso desinventar as palavras para sabermos quando é a hora de morrer.
Tantos são os anátemas sociais acerca da relação que os portugueses mantêm com o livro e a leitura que é recorrente, hoje, escutar-se declarações, nos mais diversos contextos, que apontam ao mais fundo pessimismo. Os portugueses não lêem; Os livros são caros; Os jovens não gostam de ler… são frases (mais ou menos) feitas em que vamos tropeçando a toda a hora. E, se é verdade que, dados de estudos internacionais sugerem que, comparativamente com cidadãos de alguns países (sobretudo da Europa do norte), os portugueses apresentam défice de frequência e competência de leitura, não o será menos que, no terreno, haja sensibilidades que nos levem a adoptar uma postura de menor cinzentismo. O exemplo maior desta realidade é a II edição da Semana da Leitura que o Grupo Disciplinar de Língua Portuguesa da minha escola acaba de dinamizar.
E tudo começou com a monção da poesia no espaço exterior da escola. Celebrando a Primavera e o final das chuvas que fustigaram os ossos e os sorrisos, em Abril choveram não águas, mas poemas mil; nas árvores, nas portas, nas janelas, nos bancos de jardim, nas papeleiras… foram afixados poemas de autores nacionais e estrangeiros, sagrados, consagrados e experimentais, numa exaltação viva do que de mais sensível a poesia tem para oferecer. E ninguém se encharcou; ninguém vociferou aos deuses.
Já no espaço interior, montámos uma Feira do Livro, com o apoio da Inovação à Leitura, que funcionou em permanência durante três dias. Recebemos a visita de leitores de todas as idades que iam denunciando o frenesim do manuseamento, da leitura e da aquisição de centenas de livros.
Simultaneamente, pendiam das paredes fitas de papel de cenário emolduradas por poemas e imagens criteriosamente seleccionadas para que os visitantes do certame deixassem o seu depoimento. E tantos foram os que não quiseram deixar as emoções amarradas ao coração… tantos foram os que quiseram partilhar as deambulações mudas em torno de lugares, tempos, personagens e sensações que respiram pelos poros das páginas mágicas que se espreguiçam diante de nós...
De viagem em viagem, entrámos no vagão das conversas com escritores e ilustradores. Foram vários e com tão arrebatadoras histórias aqueles que nos visitaram! Começámos com o ilustrador e caricaturista Onofre Varela que leu parte da obra “O Sobe Montanhas”, ilustrada por si, e que conversou com os alunos sobre a sua actividade enquanto ilustrador. Terminou oferecendo-lhes desenhos muito variados, elaborados a partir de um risco feito por eles.
Visitou-nos, também, José Fanha, poeta e escritor de obras infantis que, despedindo simpatia, nos levou pelas entrelinhas das histórias dos livros e das histórias da vida. Prosseguimos com o também poeta e romancista barcelense José Torres que fez uma incursão pelo seu percurso na vida dos homens e na vida da escrita. A escritora Maria Clara Miguel esteve à conversa com alunos de 5.º ano que a presentearam com um conjunto de trabalhos realizados sobre os contos da sua obra “Histórias para Lermos Juntos”, ao som do piano enfeitiçado pelos dedos do professor Zé Manel e do seu pupilo, Tiago Martins. Terminámos com duas jovens escritoras que rasgam o futuro na escrita já hoje: a Maria Esteves (para quem o amor é a mola impulsionadora de todas as vontades – e verdades) e a Ana Andrade (conhecedora de alguns dos recantos mais profundos da alma humana).
O evento terminou com uma sentida homenagem à poesia, num sarau intimista que viria a juntar alunos, familiares e professores. Afinal, mesmo que os arautos da desgraça apregoem a morte do livro e da leitura, são iniciativas como esta que nos levam a acreditar que vale a pena porfiar. Até porque o livro não morreu nem está, sequer, moribundo; o livro está vivo e vive no meio de nós. Que o digam os alunos.
eis como a boca é mais lenta na saliva das palavras eis como a boca inflama nesse chicote de puro gozo eis como a boca entumece no orgasmo do dizer.
e contudo fora da boca os peixes fazem círculos os frutos saboreiam o verão e a água lambe o ventre das nuvens.
é verdade não há como o esconder mas a boca é o telhado cinzelado pelas mãos do cio.
houve noites em que sonhei que a boca incendiava o corpo do poema mas à luz do dia com os olhos abertos o único corpo que ardeu foi o do poeta já sem voz moribundo nas palavras.
inclinando-se sobre o olhar, a boca inaugurava o silêncio.
Pedro Abrunhosa e Comité Caviar, Fazer o que ainda não Foi Feito
Sei que me vês Quando os teus olhos me ignoram Quando por dentro eu sei que choram Sabes de mim Eu sou aquele que se esconde Sabe de ti, sem saber onde Vamos fazer o que ainda não foi feito
Trago-te em mim Mesmo que chova no verão Queres dizer sim, mas dizes não Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento Tu és um mundo com mundos por dentro E temos tanto pra contar Vem nesta noite Fomos tão longe a vida toda Somos um beijo que demora Porque amanhã é sempre tarde demais
E eu sei que dói Sei como foi andares tão só por essa rua As vozes que te chamam e tu na tua Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito Vamos fazer o que ainda não foi feito
Sabes quem sou, para onde vou A vida é curva, não uma linha As portas que se fecham e eu na minha A tua sombra é o lugar onde me deito Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento Tu és um mundo com mundos por dentro E temos tanto pra contar Vem nesta noite Fomos tão longe a vida toda Somos um beijo que demora Porque amanhã é sempre tarde demais
Tens uma estrada Tenho uma mão cheia de nada Somos um todo imperfeito Tu és inteira e eu desfeito Vamos fazer o que ainda não foi feito
E eu sou mais do que te invento Tu és um mundo com mundos por dentro E temos tanto pra contar Vem nesta noite Fomos tão longe a vida toda Somos um beijo que demora Porque amanhã é sempre tarde demais
Vem nesta noite Fomos tão longe a vida toda Somos um beijo que demora Porque amanhã é sempre tarde demais
Porque amanhã é sempre tarde demais Porque amanhã é sempre tarde demais Porque amanhã é sempre tarde demais
a imagem repete-se... uma voz líquida espreita pelas frestas do quarto.
desliza pela cal deixando o rasto escuro de árvores com o inverno nos dedos, senta-se sobre a cama escarnecendo da volúpia do corpo vencido pelo amor sem fábula.
(há palavras que deviam ser afogadas)
ele remexe a febre com os dedos trémulos da candeia que toca a treva da terra: - quem és tu? (quem sou eu?) - que me queres? (que quero?) - por que me persegues? (por que não me liberto?)
silêncio apodrecido (as palavras têm prazo de validade no bosque nocturno da tua boca)
ele fecha os olhos e adormece o delírio vegetativo que suspira pelo cais do regresso
a imagem repete-se... uma voz líquida abandona o quarto enquanto o silêncio arde no carvão do peito.
as flores cobrem-lhe o rosto. já não respira o bolor do cemitério e deixou de plantar sonhos brancos no altar (consta que esqueceu como tudo se faz).
as flores cobrem-lhe as mãos. os seus ossos foram as rosas onde abelhas em fúria semearam mel com os olhos redondos de sal.
as flores cobrem-lhe os dedos. a serpente lambeu-lhe as pétalas e confundiu-lhe a chama do corpo.
as flores cobrem-lhe a boca. a lágrima e o grito lavam-lhe a urna regando as sementes de magnólia que hão-de estourar no vento e mirrar nas raízes da memória.
as flores cobrem-lhe o corpo e a luz extinguiu-se. eu não vi mas sei.
não te preocupes deixei de fumar. (queimei os lábios com o teu lume não posso deixar arder os dedos...)
não te preocupes já não bebo. (afoguei o sorriso nas palavras não devo confundir papéis velhos com poemas...)
não te preocupes (sei que o não fazes) é que para ti o tabaco carbonizou o estio deixando o fruto apodrecer na semente já para mim o vinho menstruou os sentidos estourando as têmporas do animal louco.
deixei de procurar morrer é muito mais que um golpe de ilusionismo de um deus que saldou o amor.
É geralmente aceite de modo pacífico que o desporto, em geral, e o futebol, em particular, roce a esfera do irracional. Por mais ponderados que sejam, os adeptos tendem a olhar para as suas cores como sendo o centro do universo, o deus gerador de todas as energias que giram e fazem girar. É, por isso, natural e até frequente que as discussões futebolísticas inflamem paixões e exacerbem ânimos. Pois, este fim-de-semana, o Benfica acaba de se sagrar campeão nacional pela 32ª vez. Foi a equipa que mais pontos somou (76 contra 71 do Braga), a que mais golos marcou, a que menos sofreu, a que teve o melhor goleador e a que mais empolgou os aficionados do futebol naquilo que o seu treinador, Jorge Jesus, considera “a nota artística”. Tudo normal, diríamos… Mas o certo é que assim não é. Em primeira análise, estranho que umas dezenas de adeptos do clube da minha cidade, tradicionalmente hospitaleira e cordata, à boa maneira de uma arruaça inqualificável, tenha tomado de assalto a Arcada não para festejar, mas para impedir os adeptos benfiquistas (que são milhares na capital do Minho) de festejar… socos, pedradas, impropérios e muito ódio acabou sendo estancado, apenas, pela intervenção da polícia de choque que teve, inclusive, de disparar projécteis de borracha tendo em vista a dissolução da massa em fúria. Todavia, e numa leitura mais atenta, até sou capaz de perceber o porquê de todo este alvoroço… um treinador que, no final do jogo que tinha obrigatoriamente de ganhar (e que empatou) para, esperando pelo resultado do principal rival neste campeonato, poder saber se festejaria ou não, veio às câmaras de televisão falar de injustiça e manigâncias, num discurso incendiário, pejado de falta de fair-play e, sobretudo instigador, vivamente, das tristes cenas que todos testemunhámos; um Presidente de câmara que se comporta como presidente de clube, numa promiscuidade que favorece braguistas e lesa bracarenses; uma massa adepta que forma claques com cânticos racistas e sectaristas, onde o ódio é a arma de arremesso que a direcção do clube aproveita para fazer vingar propósitos; nenhuma destas situações pode colher a minha simpatia. Hoje, sinto-me envergonhado… como bracarense, como adepto do futebol e como cidadão… esta não é a minha cidade… estes não são os meus concidadãos… há que saber ganhar, mas, sobretudo, que saber perder.
Para o comum dos mortais, ele é apenas uma bebida com maior ou menor teor de álcool que produz efeitos diversos em quem o consome. Já para os especialistas, ele é um ser vivo com um percurso semelhante ao do ser humano, desde o dia em que é concebido, passando pelo ponto extremo de qualidade (mas também declínio e morte, se não consumido entretanto). Falo do vinho, obviamente. E se, de repente, o vinho mais não fosse que a metáfora dos percursos de dois amigos que, na meia-idade, sentem que falharam na vida, assumindo a inexistência de projectos ou a mera existência de balões de oxigénio de consumo imediato? É justamente este o mote de Sideways, um filme de Alexander Payne (2004). Miles é um professor de Inglês e escritor que se sente a caminhar para o ocaso da vida: passou por um divórcio penoso e o seu livro acabou por ver a publicação rejeitada pela editora, num processo que o enredou numa teia de decepção precipitando-o na depressão. Jack é um actor de televisão para quem a vida é um fruto sempre maduro que tem de ser consumido na hora, até ao caroço, numa demanda incessante pelo prazer e satisfação imediatos. A viagem que ambos empreendem pela região vitivinícola da Califórnia é um presente de casamento que Miles proporciona a Jack e uma oportunidade para celebrarem a vida e a amizade. De adega em adega, redescobrem os sentidos para lá da verdadeira essência de cada um: enquanto Miles sente o vinho no seu aroma, na sua textura, no seu corpo, na sua cor, Jack bebe-o de um trago só; enquanto Miles valoriza as castas frágeis, delicadas, que, se mal manipuladas, perdem todo o seu potencial, Jack procura a garrafa mais cheia ou o trago mais intenso. Não surpreende, pois, que aquele construa, ainda que a custo, uma relação com Maya, velha conhecida e também apreciadora de vinhos com quem se reencontra durante a viagem, enquanto este prefira relacionamentos rápidos e superficiais (Stephanie e Cammy), à revelia dos sentimentos que possa estar a suscitar no parceiro. De peripécia em peripécia, o filme termina apontando dois caminhos: a viagem acabou por ser inócua para Jack (casa com a noiva como se nada do que vivera tivesse expressão); já para Miles, significou a redescoberta de si mesmo, da sua condição e daquilo por que vale a pena lutar na vida. Não é, afinal, essa a diferença entre um vinho de colheita seleccionada e um vinho corrente?
um fruto verde consome a minha voz e é o silêncio que se estende sobre os lençóis onde outrora depusemos rosas encarnadas. boceja com veneno na língua como se nada mais existisse no quarto e todos os nomes definhassem na estreiteza do corpo.
contra a luz árvore e flor esperam a hora de morrer enquanto o desejo perde a boca e o palato (o coração há já muito se perdeu sobre as planícies lavadas pelos versos de uma chuva que não soube molhar).
desaprendi de escrever (talvez aprenda a morrer): a poesia deixou de arder nos olhos e eu já não sei roer o mel que estala nos dedos a poesia esqueceu os rios que enxaguam o rosto e eu desprendo as amoras dos lábios a poesia lançou a verdade aos ataúdes e eu já não sei como saciar a mão.
afinal, tinhas razão: todas as palavras juntas escrevem o mais sórdido dos silêncios.
ninguém me há-de condenar e eu deixarei de acenar aos homens (creio mesmo que a mão se perdeu entre a lâmina e a língua).
é como se esquecesse tudo o que me ensinaste.
não me podes censurar e eu hei-de enviar postais ilustrados do inferno que gela dentro de mim (estou certo de que o fogo se embebedou no licor de alfazema que os deuses roubaram a todos os prometeus cá do bairro).
é como se a noite morresse no coração de uma criança. a poesia rasgou o papel para poder arder no alfabeto dos teus olhos (sei que as palavras estão órfãs de voz e o silêncio gira como um baloiço em redor da cidade).
não sei se me entendeste... não foste tu que me perdeste... é como se fosse eu quem se esqueceu de si...
Todos os motivos são grandes para se dar voz à poesia: a celebração da visita da chuva, a metamorfose de uma crisálida ou o regresso da primavera. Mas, haverá razão maior para o fazer que cantar a própria poesia? Foi justamente isso que sucedeu ontem, na Escola EB 2/3 de Viatodos – a minha escola. Para encerrar o ciclo dedicado ao livro e à leitura – Semana da Leitura –, profusamente ilustrado com palestras, encontros com escritores, feira do livro e testemunhos poéticos, decidiu-se juntar um grupo de pessoas que assegurasse, como franja comum, um só requisito: o gosto pela poesia. Surpresa (ou talvez não), acorreram a este evento cerca de cinco dezenas de professores, alunos, pais e encarregados de educação, para lá de gente sem vínculo directo à escola, que, em roda, invocaram nomes grandes e anónimos da poesia do mundo. A acompanhar as palavras dedilhadas pela orquestra dos lábios, o chá, que, escorrendo pelas gargantas, ajudava a invocar Pessoa, Garrett, Nuno Júdice, Sousa Braga, para além de jovens que, em exercícios poéticos experimentais, iam, na sua inocência, clamando a verdade maior de todas: a de que é na/pela palavra que se dá sentido à existência humana. A dar colorido à sessão, tivemos o actor Armindo Cerqueira que declamou, representou e encantou, ora ao som da guitarra domada pelo também poeta Flávio Silva, ora nas notas enfeitiçadas pelos dedos frágeis de petizes de 10/11 anos. No final, nos olhares seguros e luminosos de todos bailava uma só certeza: a de que homenageando a poesia, se havia homenageado o próprio Homem e a sua realização maior. É que “quem ama, tem o seu deus em dia” (verso retirado de um poema de Flávio Silva).
Os dois poemas por mim escolhidos para declamação:
ATÉ AO FIM
Mas é assim o poema: construído devagar, palavra a palavra, e mesmo verso a verso, até ao fim. O que não sei é como acabá-lo; ou, até, se o poema quer acabar. Então, peço-te ajuda: puxo o teu corpo para o meio dele, deito-o na cama da estrofe, dispo-o de frases e de adjectivos até te ver, tu, o mais nu dos pronomes. Ficamos assim. Para trás, palavras e versos, e tudo o que não é preciso dizer: eu e tu, chamando o amor para que o poema acabe.
Nuno Júdice
PAIXÃO
Podia escrever o teu nome num vidro embaciado ou segredá-lo a uma borboleta negra.
Podia cortar os pulsos e deixar o sangue correr até que o mar ficasse vermelho.
Ou beijar-te os pés. Mas esse gesto está reservado desde o princípio dos séculos e teria o sabor de uma profanação.
Sobre mim, alguém um dia escreveu:
Jorge Manuel Rocha Pimenta.
Nasceu em Braga, cidade onde fez os seus estudos: Licenciatura em Ensino de Português-Inglês e Mestrado em Educação, Área de especialização em Supervisão Pedagógica em Ensino do Português, ambos pela Universidade do Minho. Tem repartido entre o Instituto de Educação e Psicologia (da UM) e a Escola EB 2,3 de Viatodos (em Barcelos) a sua vida profissional como docente, supervisor de estágios pedagógicos e investigador, tendo nesta qualidade publicado diversos estudos e comunicações.
Da paixão do ensino não só vive; também do teatro e de todas as expressões artísticas de que frui. Mas é à boca de cena que se encontra com a poesia, em diálogo íntimo, onde o papel que representa é o do homem que é fazendo o poema cumprir-se.
Obrigado, Ana Salomé!