terça-feira, 13 de abril de 2010

raiz

de ti quis a eternidade até à raiz do tempo
como o operário suado procura o silêncio.

não viajaste do meu lado da estrada.

hoje, o vento corre a desfazer o mundo:
leva o teu grito por esses ares fora.


Mark Isham, Negligence (track from the movie Crash)

24 comentários:

  1. "Até à raiz do tempo
    não viajaste do meu lado da estrada..."

    "Neste mundo de sonhos
    Onde a vida é mais sonhada que vivida
    Há de haver em algum caminho de certo, pegadas invisíveis
    Como gritos parados no ar...
    Quem tiver ouvidos, ouça!
    Quem não tiver coração
    que se cale..."

    beijos Jorge amigo!

    Márcia :-)

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  2. A raíz permanece na eternidade!

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  3. soberbo este tema.foi muito bem escolhido para estar ao lado do poema.
    ...deixar o grito ir com o vento é como apagar o lamento.fica o branco da ausência...esquecimento? vazio?

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  4. As raízes, as raízes... essa origem tão ''vitaminosa'' do qual partem todas as coisas... nada nasce no céu!! Apenas cresce para aquecer o rosto... é a suar que acabamos a silenciar para verdadeiramente ouvir...


    Um excelente poema...

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  5. Jorge,
    A raiz do tempo é Deus ou é nada. Poema celeste o teu, inspiração sublime a tua...

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

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  6. Um dos prazeres maiores em viajar ao lado dos meus amigos é a sempre luminosa troca de palavras, mas sobretudo de emoções, que vamos deixando nos blogues uns dos outros. É sinal de que há tanto que aproxima o ser humano...
    A todos agradeço a amizade vozeada dos comboios sensitivos que correm sobre os carris da poesia!
    Um abraço enorme à Márcia, à Em@, à NãoSouEuÉaOutra, ao Pedro, à Suellen Nara (seja bem-vinda, a propósito), a um anónimo que conhece os trilhos da eternidade e a todos os outros que estão algures por aí/por aqui.

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  7. O poema perfeito, com a música perfeita, que nem uma luva.
    O resto, tu já sabes.
    Aquele tal abraço!
    Laura

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  8. Amigo Jorge!
    Como tu vês, "roubei" teus versos, é que sem eles a propósito, os meus, tornaríam-se talvez pouco compreendidos...
    Além do mais, confesso, os dois textos uni-dos
    me fazem bem aos olhos... :-)

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  9. Não roubaste, querida Amiga! Apenas os levaste para um lugar onde ganham amplitude: junto dos teus!

    P.S.: a propósito, estamos a organizar a Semana da Leitura, na Escola e uma das actividades é a distribuição de poemas pelos lugares mais inusitados. Tenho lá um teu. A autora é a minha amiga e poeta (não gosto da palavra "poetisa") Márcia :-)

    Beijinho grande!

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  10. Puxa vida Jorge, agora vou ficar "famosa" então! Que honra ter um de meus escritos nas mãos de portuguesinhos e portuguesinhas sob o olhar afinado do poeta maior, amigo Jorge Pimenta...
    Fiquei feliz em saber que meus poemas alçaram vôo e hoje podem estar nos braços de adolescentes que já no início da vida tomam gosto por literatura... Obrigada, então!

    PS: Poderia dizer qual de meus textos escolheu para tanto? A curiosidade faz parte da alma feminina, e no meu caso jás imensa...rs :-)

    beijos, pão de quiejo, bolo de fubá! :-)

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  11. A escolha afigurava-se-me como muito difícil, pela imensidão de textos fantásticos que têm a tua mão. Ainda assim, tive de fazer uma opção, que recaiu sobre um que considero especialmente bonito. Pois aqui está ele:
    "Descansa pois o corpo à beira da proa
    Viaje primeiro através dos sonhos
    Já que é pelo verso que se navega
    através dos corações..."
    Márcia Cristina Lio Magalhães

    Beijinho!

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  12. como o operário suado procura o silêncio, verso carregado de significantes e amplitudes, Cada vez melhor caro poeta. Meu abraço.

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  13. Bem, coincidência ou não..."já que diz o poeta há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia..." Este que tu tão sutilmente escolheu a dedo, será a contra capa de meu livro que "um dia" hei de publicar...
    Escolha feita a tempos, na época em que rabisquei estes versos...

    Obrigada Jorge, hoje tu fez meu dia mais feliz...

    beijinho, imenso!

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  14. As tuas palavras são sempre um estímulo imenso, Poeta Assis. Um grande obrigado!

    Pois, Márcia, fico tão feliz pela coincidência. São, na verdade, demasiados os mistérios da existência.
    Um beijinho grande!

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  15. Interessantemente bonito...
    Um abraço!
    Inês.

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  16. Obrigado pela visita e pela simnpatia das palavras, Inês!

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  17. Que bom que te encontrei, Jorge!
    Poesia maravilhosa: parcimônia nas palavras e prodigalidade no conteúdo. Parabéns!
    Um abraço

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  18. Zélia, tenho dito àqueles com quem me vou cruzando na blogosfera que a maior riqueza dos blogues é, na verdade, este cruzar de pessoas de proveniências tão diversas que guardam, pelo menos, um denominador comum: o gosto pela sensibilidade que cruza a poesia (a Arte genericamente) e os seus corações.
    Um muito obrigado pela sua visita!
    Um abraço!

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  19. Jorge e Márcia:
    Já dizia Nelson Rodrigues, o Anjo:
    __ Deus está nas coincidências!
    Co-incide que sou amigo de ambos, e a Deus agradeço por isso...

    Abraço duplo,
    Pedro Ramúcio.

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  20. Querido Amigo Pedro!
    De coincidência em coincidência vamos aproximando pessoas que nos ajudam a ser maiores. Tu, por exemplo. Sinto o maior privilégio na tua amizade, como sei, também, que a amiga Márcia o sente.
    Estendo-te os braços bem acima do Atlântico (até porque os oceanos fizeram-se para unir, jamais separar - Pessoa).

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  21. Pedro, em verdade minha amizade com Jorge é repleta de "pequenas" grandes coincidências...
    Uma delas a maior quem sabe é o gosto autêntico por literatura, poesia essa que jás no sangue das nossas veias...

    Feliz outra coincidência, saber que tu conterrâneo ilustre morava pertim desta que vos fala, no quintal de casa de Minas Gerais, terra amada e jamais esquecida...

    Um dia, que não demore tanto, haverá de chegar a hora em que na mesa de um "Botequim" qualquer, nós, tu, eu e Jorge possamos estar lado a lado em prosa e verso numa noite de verão, a qualquer lado do oceano Atlântico!

    um beijo carinhoso aos dois amigos queridos!

    Márcia

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  22. aqui ou aí, de verão ou de inverno, ao som de fado ou samba, com caipirinha ou porto, em prosa ou poesia, que chegue rapidamente a hora.
    um abraço aos meus amigos Márcia e Pedro!

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