domingo, 11 de abril de 2010
Baloiço
Neil Hannon and Ute Lemper , Tango Ballad
o fruto permanece suspenso no viés do olhar
ainda ontem ameaçou cair mas já nada havia a recordar
toquei com o teu nome a sua pele de fogo cru
por mais que o sol arda a chama provém do seu corpo nu
à sua volta os demais frutos entregam-se a Morfeu
o meu resiste no baloiço de alguém que o prometeu
desfaço entre os dedos o seu leite espesso
deixo escorrer pelo rosto o mel que não mereço
não sei se o tempo acima da árvore mudou
mas nos cantos da boca o seu néctar secou
o desejo entorpeceu a sua imagem cinzelada
arrependo-me de o ter arrancado naquela madrugada
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Será que se não o tivesse arrancado, ele não secaria ainda assim?
ResponderEliminarBonito, Jorge.
Beijomeu
Jorge, os frutos são para comer, as vezes! Outras são para os admirarmos e ainda outras são para morrer na árvore.
ResponderEliminarBeijo e abraço
Nada entendo de frutos, senão que a sua cor, forma e textura me tocam as sentidos. É inevitável tocar-lhes... senti-los... deixar que o seu néctar nos hidrate os sentidos... por nós... e por eles, que se renovam na pele que se lhes entrega.
ResponderEliminarBeijinho Sylvia e Laura!
linda melodia tem este baloiço!
ResponderEliminarComo Prometeu a se cumprir, semeaste fogo na pele e tudo incendiou. Abraço
ResponderEliminarConcordo com a Sylvia. há mesmo frutos que são só para ficarem na àrvores...são venosos, mortais até. devemos admirá-los só com o olhar.neste caso estão, principalmente, algumas bagas, muito bonitas e coloridas , mas mortais.
ResponderEliminarboa madrugada.
--->veNEnosos ,eheheh, que é muito diferente de venosos! raios para a minha dislexia visual e teclado doido.
ResponderEliminarObrigado, Andy! Música são sempre as tuas palavras!
ResponderEliminarBeijinho!
O pior é o preço do fogo, Assis... Ainda assim, por vezes é preferível arder junatmente com o sonho que passar-lhe ao lado.
ResponderEliminarUm abraço!