O Colectivo Silêncio da Gaveta, em parceria com a Nuvem Voadora, reedita o sucesso de Abril de 2009, momento em que, procurando assinalar o Dia Mundial da Poesia, fez crescer nos troncos de dezenas de árvores de Vila do Conde cerca de 2000 poemas de poetas de todo o mundo.
Este ano, nos dias 23, 24 e 25 de Abril, no jardim da Avenida Júlio Graça em Vila do Conde, recriaram algo ainda mais original e com um efeito visual arrepiante. Dispersas ao longo de dezenas de metros de jardim, ergue-se um verdadeiro canavial onde o açúcar a extrair mais não é do que as palavras de poetas portugueses e estrangeiros. Lado a lado, convivem portugueses, espanhóis, gregos, checos, brasileiros, uruguaios, cubanos, só para citar alguns dos que guardo na memória. Ao longe, é possível cheirar pequenas folhas de papel girando ao vento, como girassóis à procura dos olhos que os guiem (ou os percam).
Ao lado de nomes consagrados (como João Pedro Mésseder ou Valter Hugo Mãe) agitam-se folhas de autores a darem os primeiros passos nestas lidas. Perdi-me entre as palavras do Henrique Barroso, da Laura Alberto, da Sara Costa – todos poetas amigos. Também lá plantei três poemas, um deles presente neste blogue (Viagem, postado no dia 18 de Fevereiro), e dois outros publicados no entretanto extinto Circum-viagem – Rua Crepuscular e No Quarto.
Deixo aqui um pequena preciosidade em que, qual beija-flor, pousei, enquanto voava sobre os poemas:
alvejaste-me
com uma bela perdida
no peito
(Pedro Pirata)
Este ano, nos dias 23, 24 e 25 de Abril, no jardim da Avenida Júlio Graça em Vila do Conde, recriaram algo ainda mais original e com um efeito visual arrepiante. Dispersas ao longo de dezenas de metros de jardim, ergue-se um verdadeiro canavial onde o açúcar a extrair mais não é do que as palavras de poetas portugueses e estrangeiros. Lado a lado, convivem portugueses, espanhóis, gregos, checos, brasileiros, uruguaios, cubanos, só para citar alguns dos que guardo na memória. Ao longe, é possível cheirar pequenas folhas de papel girando ao vento, como girassóis à procura dos olhos que os guiem (ou os percam).
Ao lado de nomes consagrados (como João Pedro Mésseder ou Valter Hugo Mãe) agitam-se folhas de autores a darem os primeiros passos nestas lidas. Perdi-me entre as palavras do Henrique Barroso, da Laura Alberto, da Sara Costa – todos poetas amigos. Também lá plantei três poemas, um deles presente neste blogue (Viagem, postado no dia 18 de Fevereiro), e dois outros publicados no entretanto extinto Circum-viagem – Rua Crepuscular e No Quarto.
Deixo aqui um pequena preciosidade em que, qual beija-flor, pousei, enquanto voava sobre os poemas:
alvejaste-me
com uma bela perdida
no peito
(Pedro Pirata)
Projeto singular e de tirar o fôlego! Meus olhos e minh'alma agradecem!
ResponderEliminarAbraços
Belíssimas imagens Jorge amigo, jardim mais lindo não poderia existir...e os poemas alçam vôo...
ResponderEliminarbeijos, daqui de perto, do lado esquerdo do peito...
Jorge. Que saboroso teu espaço. Que vinho este poema, amei:
ResponderEliminaralvejaste-me
com uma bela perdida
no peito
Voltarei, voejarei por aqui mais vezes.
Priscila Cáliga
Simplesmente maravilhoso o evento!
ResponderEliminarSimplesmente maravilhosa a idéia!
Imagens lindíssimas!
Obrigada por dividí-las
comigo...
Um abraço
Também assim penso, Lou. Mas crê-me que Vila do Conde, plantada à beira mar, ganhou um pinhal de papel bem singular, neste fim-de-semana!
ResponderEliminarSenti exactamente isso, Amiga Márcia: jardim mais bonito não poderia existir.
Pudésseis ambas poder lá estar...
Abraços!
Obrigado pela tua visita, Priscila. Também a mim o poema tocou de forma particular. Senão, repara: entre alguns milhares, fixei-me justamente naquele. Curioso...
ResponderEliminarUm abraço!
Zélia, são, na verdade, iniciativas como esta que ajudam a tornar vivas as coisas que valem a pena. Basta de palavras aspergidas sobre as efemérides; tornem-se elas mesmas as efemérides!
ResponderEliminarUm beijinho!
Amigo, já vi as fotos!
ResponderEliminarE nós lado a lado!
Passo lá amanhã para ver, ler e viver!
Beijos
Laura
É sempre bom quando conseguimos perceber que o poeta e consquentemente sua poesia possam adentrar no cotidiano de seus bairros, empregos, escolas...
ResponderEliminar...O verdadeiro poeta é o homem capaz de usar sua poesia para mudar o mundo...o mundo em que vivemos...e o mundo que existe dentro de cada um...!
Abraço
Parabéns pela participação no evento, pelos poemas partilhados e pelo disfrutar do sol em duas rodas!...
ResponderEliminarBelíssimo post! Belo poema, fotos, jardim e tudo e tudo!
ResponderEliminarBjinho
Passa, sim, Laura. Estás lá em papel agitando as folhas na brisa. Tu e todos os que respiram poesia, emparelhando as palavras com o sol.
ResponderEliminarBeijinho Laura!
Beijinho, Andy!
Curioso o teu post, Juan. Sabes que com esta iniciativa se pretende celebrar não apenas o livro e a poesia, mas também os 36 anos do 25 de Abril, revolução sem tiros que pôs termo a quase 50 anos de Ditadura em Portugal. Daí a designação de "Entre o Livro e a Liberdade".
ResponderEliminarUm abraço, Juan!
É pois hoje que se comemora aniversário a revolução dos Cravos. Nada melhor que poesia e paz, revolução sem sangue.
ResponderEliminar"Foi bonita a festa pá, fiquei contente/ainda guardo renitente, um velho cravo para mim" Chico Buarque
Grande abraço e parabéns pela tua participação de versos ao vento.
São sempre estas as melhores revoluções, verdade Assis? O único sangue que escorre é o da bela perdida no encarnado do cravo!
ResponderEliminarUm abraço!
jorge,
ResponderEliminarque lindo!
comovi-me vendo as varetas e os poemas, bandeiras brancas...
caramba... que lindo!
viajei no tempo.
viajei.
abraços e votos de uma semana em grande, poeta de braga!
Jorge, que delícia meu jardim ter deixado de ser secreto ao teus olhos, contudo é com imensa alegria minha pronúncia de que ter pousado no teu, trouxe-me mergulho profundo que tanto aprecio e banhar letrativo aos meus olhos turvos, à caça de renovo e refrigério sempre.
ResponderEliminarVolte sempre, será uma honra dialogar contigo neste universo.
Abraços!
Priscila Cáliga
Os jardins podem ser ora proibidos, ora secretos; as suas flores serão sempre bandeiras coloridas bailando diante de olhos que as possam tocar.
ResponderEliminarObrigado, Priscila. Voltarei, sim. Encontrar-nos-emos viajando de jardim em jardim.
Beijinho!
Lindo, sim, Roberto! Um espaço imenso, de perder de vista, onde as nações perderam as montanhas e os oceanos; tudo era poesia!
ResponderEliminarUm abraço e uma óptima semana, escritor, cronista, poeta e amigo do Mundo!
Amigo Jorge,
ResponderEliminarComo um dos responsáveis pela iniciativa venho uma vez mais agradecer o seu contributo para a nossa instalação e dizer-lhe conto aprecio as suas fotografias.
Amigo Manuel (João Rios)
ResponderEliminarEu é que me sinto tentado a agradecer-lhe: pela belíssima e marcante (visual e afectivamente) iniciativa, pela aceitação dos meus textos, pela conjugação de tantas diferenças, pela coragem de vencer dificuldades e... pela poesia!
Um abraço e até sempre!
Arrepiei aqui. Pelas imagens e pela descrição. E viva a poesia!!!
ResponderEliminarBeijoca