Quis, um dia,
banhar-me na tua saliva
e engolir a água onde escondes o olhar
mas
as lágrimas jaziam no colo
e os lábios há muito estavam desabitados
como se o sangue nunca tivesse lavado as rochas.
Resigno-me, hoje,
a preencher a noite
com pétalas que se desprendem dos dedos
esperando que um dia
o sol se deite dentro de mim
depois de adormecer no horizonte.
Talvez seja melhor
secar o rio
e encolher o seu leito;
é que deixei de saber sonhar…
(a noite fá-lo por mim…).
terça-feira, 2 de março de 2010
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Fogo, e eu que ia escrever sobre os dedos que são pétalas!!!!Coincidência.
ResponderEliminarNão deixaste de sonhar, apenas te esqueçeste de dormir. Sereno!
Beijo, abraço, aquele tal abraço!
LauraAlberto
jorge,
ResponderEliminaro que seria do poeta sem a sua capacidade de sonhar?
esse fingimento, dormindo ou acordado é uma espécie de impressão digital de quem faz poesia.
(lembra de Pessoa dizendo do fingimento da dor que "deveras sente"? ... é mais ou menos por aí...)
é assim que sinto isto. mas... o que sei eu?
bem, sei que gosto de vir ao seu cantinho jorge.
e de ler suas coisas, feitas com tanto capricho.
abraço mineiro do
roberto.
À Laura e ao Roberto, um muitíssimo obrigado pelos vossos comentários neste post que eu, aparentemente, perdi na hora da sua aceitação (aselhice tecnológica, mesmo, hihi)
ResponderEliminarUm abraço!
Ups... que estranho... afinal estão aqui (embaraço...)
ResponderEliminarMaravilha das maravilhas. A noite fá-lo com certeza e ainda há de ter constelações. Abraço.
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