quarta-feira, 17 de março de 2010

a caixa do mundo

cheias...
terramotos...
desmoronamentos...
(sabes quantos corações estouraram na queda?).

no reverso do mundo
apenas trilhos de ossos
desvelando a caixa de madeira
da cor da dor.
são dedos nos contornos da esperança
como letras dobando o sentido
como o sentido cerzindo a sintaxe

fora: a forca da alma
dentro: apenas tábuas.
guardam as cores do mundo
adiam o infinito da morte,
perdem as mãos
seguram a voz.

mas é a paleta do olhar
o pincel do mundo:
pinta crude nas estrelas
gota a gota
bem lá em cima
(lá onde se esconde o mar).


Rita Redshoes, Dream on Girl

4 comentários:

  1. jorge,
    é a natureza cobrando a fatura, amigo.

    e o pior é que ainda nào vimos o pior.

    infelizmente, essa é a percepção.
    ainda veremos neve no saara, seca no alaska.... o mar vai virar sertão...

    escreve aí, mas escreve na pedra.

    abração do
    roberto.

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  2. Reinvente-se o Homem, Amigo Roberto.

    Um abraço!

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  3. Mas, caros poetas, eu ainda acredito no Homem!
    Beijos
    Laura

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  4. E Pandora deve estar a sorrir. Abraço.

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