terça-feira, 23 de março de 2010

flor de café


passo horas esquecido
na chávena de café
que deixaste vazia

pressinto o teu hálito
cobrindo o fundo
como flores de caule curvo
sobre invernos sem raiz

20 comentários:

  1. Boa tarde.

    Vim cá ter pelo desafio poético da Em@ e pelo que ele anunciou.

    É um encantamento encontrar gente que escreve como quem inventa o mundo nas metáforas que inventa.

    O "Viagens de luz e de sombra" tem mais um viajante.

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  2. e aromas que borbulham à flor da pele. abraço

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  3. Seja bem-vinda a bordo, Jad!
    Um abraço, Assis e Andy! É sempre um gosto sentir-voa por cá.

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  4. Bem sei que é um risco associado a este nome mas Jad é masculino, professor, viajante também no Nós (jad-nos.blogspot.com).

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  5. forte e dolorido o seu poema, jorge...
    deixa a impressão que o poeta ficou amputado, como o que sobrou do café... ali, exatamente ali, onde ela deixou...

    esse "amputamento" fica quando alguem parte e ficamos, quero crer. já notou que parece que nos levam todo o resto do corpo, deixando apenas um coraço pulsando, dolorido...

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  6. É verdade, Roberto... Da amputação do corpo sobra o caroço; da alma... nem isso.
    Um abraço e obrigado pela tua leitura sempre atenta!

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  7. Ups... Rectifico, Jad: sê bem-vindo a bordo :-).
    Um abraço! Vemo-nos num qualquer oceano, por aí...

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  8. E há sempre tempo para tomar um café.
    Beijo!

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  9. ...Passando para agradecer o coments generoso que deixaste em meu blog.
    Tu sempre a me surpreender Jorge amigo!

    beijos,

    Márcia

    PS: Esta foto com a saca de café, fez-me retroceder no tempo...da infância em Capelinha MG, onde mamãe torrava os grãos do café colhido na fazenda de meu avô...

    E teu poema,
    "como flores de caule curvo
    sobre invernos sem raiz"

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  10. Jorge:
    Eu também ia falar de amputação...que apesar da parte desaparecida, pulsa e sente-se, ilusoriamente, viva e presente.
    ...
    mudei de lugar nos seguidores por nabice minha.estive a mexer no espema e apaguei uns quantos que tive de repor a seguir.não estranhes portanto.
    beijinho

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  11. O comment que te deuxei é da mais elementar justiça, Amiga Márcia. A tua poesia é de uma sensibilidade tocante.
    Beijinho!

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  12. *...esquema e não espema, claro.
    sorry

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  13. Eu gosto cada vez menos de café. Mas gostei do aroma do teu poema.
    Beijo.

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  14. E não há mesmo a chamada "dor fantasma"? Permanece para lá da amputação...
    Beijinho, Em@!

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  15. É da combinação de aromas (de que se goste ou não) e de outros sentidos que nasce a poesia!

    Obrigado pela ancoragem neste porto de luz e sombra, J.!

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  16. Ah! Esses que se bebem...sorvi até a última gota!

    Grande abraço!

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  17. Vim ler-te pelo Assis e gostei do que vi. Simbologia, café e hálito do querer... perfeito meu caro!

    Um abs...

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  18. esquecermos de nós, faz parte da arte dramática.. e no fundo, apenas um espelho fosco a chamar por nós, o nós esquecido e não quem voou... a morte leva-nos ou obriga-nos a encontrar, embora pelo maior esforço, a vontade de reconquistar-se a si e não ao outro. belo poema...

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  19. café é bom até com bagaço...

    rs

    sou um "cafetão", amigo jorge (rs)

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