saltam da boca aos repelões e despenham-se no silêncio. com os olhos no chão, desprendem os dedos da terra e reerguem-se, aos poucos, na titubiância das linhas. voltam a cair e no silêncio se reextinguem.
de queda em queda, as palavras chegam aos teus olhos e acabam por florir. é que contigo aprendi que o genoma dos afectos nunca se diz...
Pois. O silêncio, sempre o silêncio na génese da palavra.
ResponderEliminarDizer da beleza do que escreves é pleonásmico. Mas... é mesmo bom!
Abraço.
...escrevem-se!
ResponderEliminarBeijo e aquele abraço!
Laura
Um texto bem delicado, belo, todavia. E os repuxos e solavancos (mesmo os metafóricos) de qualquer espécie, reclamam serenidade. Percebi em teu texto que o silêncio é base de preservação e cicatrização. É delicado tocar os cordões que sustentam as coisas e suas estruturas. Quando a pele dói, um simples tecido suave que encosta na pele faz arder, e tudo volta num instante. Flores nascem sobre o húmus.
ResponderEliminarTeu texto faz pensar.
Pois, Laura, se calhar o genoma não se diz nem se escreve. Talvez se inscreva, apenas...
ResponderEliminarPois, bem o dizes, Jad, no silêncio se materializam todas as palavras: as que queríamos dizer mas... que não soubemos/pudemos dizer... sobram as ditas. Para quê?...
Obrigado pela tua leitura, Mai, claramente uma flor sobre o húmus.
Um abraço aos três!
Jorge:
ResponderEliminartens um desafio poético no Em@.
...
pois não, o genoma dos afectos sente-se.só. :)
Pois, se não tens razão, Em@... O genoma é a matriz sensitiva do ser...
ResponderEliminarPasso lá entretanto. Obrigado!
Beijinho!
e, contigo (e outros iguais), vou aprendendo o genoma da amizade.
ResponderEliminarque é o tipo de amor mais bonito que existe, depois do amor de pais e filhos.
é verdade... amizade é um tipo de amor maior que o de homem e mulher...
ja parou pra pensar nisto?
Sabes, Amigo Roberto? Cada vez me convenço mais disso... mesmo que sem parar para pensar...
ResponderEliminarUm abraço com a força da Amizade!
...apenas se sente.
ResponderEliminartão belo e verdadeiro!
Haverá maior força que a dos afectos? Ainda que em silêncio...
ResponderEliminarSombra
As palavras as vezes tão inuteis...
ResponderEliminarPorque tantas vezes as palavras são inúteis, Magnólia, vivamos os afectos, Andy, ainda que em silêncio, Sombra...
ResponderEliminarUm beijinho a todas e obrigado pelo vosso carinho... com mais que palavras!
palavras que não cansam de florir nos nossos olhos, o genoma do verso. abraço
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