quinta-feira, 25 de março de 2010

genoma

saltam da boca aos repelões e despenham-se no silêncio. com os olhos no chão, desprendem os dedos da terra e reerguem-se, aos poucos, na titubiância das linhas. voltam a cair e no silêncio se reextinguem.
de queda em queda, as palavras chegam aos teus olhos e acabam por florir. é que contigo aprendi que o genoma dos afectos nunca se diz...

13 comentários:

  1. Pois. O silêncio, sempre o silêncio na génese da palavra.

    Dizer da beleza do que escreves é pleonásmico. Mas... é mesmo bom!

    Abraço.

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  2. ...escrevem-se!
    Beijo e aquele abraço!
    Laura

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  3. Um texto bem delicado, belo, todavia. E os repuxos e solavancos (mesmo os metafóricos) de qualquer espécie, reclamam serenidade. Percebi em teu texto que o silêncio é base de preservação e cicatrização. É delicado tocar os cordões que sustentam as coisas e suas estruturas. Quando a pele dói, um simples tecido suave que encosta na pele faz arder, e tudo volta num instante. Flores nascem sobre o húmus.
    Teu texto faz pensar.

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  4. Pois, Laura, se calhar o genoma não se diz nem se escreve. Talvez se inscreva, apenas...
    Pois, bem o dizes, Jad, no silêncio se materializam todas as palavras: as que queríamos dizer mas... que não soubemos/pudemos dizer... sobram as ditas. Para quê?...
    Obrigado pela tua leitura, Mai, claramente uma flor sobre o húmus.
    Um abraço aos três!

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  5. Jorge:
    tens um desafio poético no Em@.

    ...
    pois não, o genoma dos afectos sente-se.só. :)

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  6. Pois, se não tens razão, Em@... O genoma é a matriz sensitiva do ser...
    Passo lá entretanto. Obrigado!
    Beijinho!

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  7. e, contigo (e outros iguais), vou aprendendo o genoma da amizade.

    que é o tipo de amor mais bonito que existe, depois do amor de pais e filhos.

    é verdade... amizade é um tipo de amor maior que o de homem e mulher...

    ja parou pra pensar nisto?

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  8. Sabes, Amigo Roberto? Cada vez me convenço mais disso... mesmo que sem parar para pensar...

    Um abraço com a força da Amizade!

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  9. ...apenas se sente.
    tão belo e verdadeiro!

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  10. Haverá maior força que a dos afectos? Ainda que em silêncio...

    Sombra

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  11. As palavras as vezes tão inuteis...

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  12. Porque tantas vezes as palavras são inúteis, Magnólia, vivamos os afectos, Andy, ainda que em silêncio, Sombra...

    Um beijinho a todas e obrigado pelo vosso carinho... com mais que palavras!

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  13. palavras que não cansam de florir nos nossos olhos, o genoma do verso. abraço

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