o vento desprende leves palavras
e um tímido clamor de terra
estaca como um barco falhado
na titubiância da voz
no almíscar da manhã
sob o rosto frágil
de uma perfeita melancolia
um bater de asas quase imperceptível
é a sombra do voo passado
pousando sobre mim
como mariposa aturdida
que se enganara na flor
procura rosas de espuma
com pétalas de esgar obscurecido
lá bem longe do mar
sob o olhar indiferente de gaivotas e pelicanos
na semiconsciência de não ser
desprendo o olhar e sonho
poder ainda distinguir as estrelas
por entre as linhas da tua mão
The Smiths, There Is a Light that Never Goes out
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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leve
ResponderEliminarcolorido
doce
campo florido
acariciado pelas asas do sonho
sons cambiantes de luz e sombra
Por entre vozes com raios de luz, reflexos de sombra e o almiscar dos sentidos nasceu este "campo florido".... :) com uma doçura que lhe é particular!...
ResponderEliminarSombra
"poder ainda destinguir as estrelas
ResponderEliminarpor entre as linhas da tua mão..."
Luz
Haja flores, estrelas, sol e luas.
ResponderEliminarE mãos para as colher!!!
Beijo amigo
Campo florido de bons versos. A maestria das palavras ilumina-se. Abraço.
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