volto-me para trás.
o vinho morre brando
na raiz do sol,
apagando copos de cinza
órfãos dos teus lábios.
a colheita de um regresso
estala o vidro,
por onde escorrem coágulos de estrelas
que incendeiam a boca.
gasta-se o palato e a lucidez;
solta-se a raiva
escondida na respiração das marés.
o vinho morre brando
na raiz do sol,
apagando copos de cinza
órfãos dos teus lábios.
a colheita de um regresso
estala o vidro,
por onde escorrem coágulos de estrelas
que incendeiam a boca.
gasta-se o palato e a lucidez;
solta-se a raiva
escondida na respiração das marés.
Belissimo!!!
ResponderEliminarabraço
ju, que bom rev(l)er-te.
ResponderEliminarum abraço!
vinhos, lucidez, raiva: ingredientes de boa safra e motivo de boa lavra,
ResponderEliminarabraço
colheita de casta dúbia, querido amigo... é sempre assim quando falamos do vinho da vida.
ResponderEliminarum abraço e um brinde, assis!
A ilustração é belíssima...
ResponderEliminaras suas palavras...
são pura poesia...
Beijos
Leca
e a tua presença o mais fino dos vinhos, leca.
ResponderEliminarum agradecimento sentido pela visita e pelas palavras.
um beijo!
Jorge
ResponderEliminarPassando para conhecer, obviamente embriaguei-me de poesia.
Vou ficando...
Abç
Rossana
aos teus lábios-poema ergo a taça do mais fino cristal de veneza!
ResponderEliminarum abraço!
Arroubo de ponta à cabeça...
ResponderEliminarEsse teor aguça até o sexto sentido.
Brindo-te, beijo-te!
" Estala, coração de vidro pintado!"
(Adélia Prado)
Um mar de sensações é o que bebo do seu poema!
ResponderEliminarOs sentidos ao rubro envoltos na lucidez (ou falta dela) desse momento, desse olhar!
Fica o doce gostinho de querer continuar a ler os seus poemas!
um abraço ou será tchim, tchim! :)
o sexto sentido entrega-se nas tuas mãos onde o mais trivial dos versos refulge com os matizes da grande poesia. brindemos, a duas mãos, pois!
ResponderEliminarum abraço, cris(tal)!
jb, acabo de atracar no teu porto, tendo deixado traços de âncora nos teus textos. ainda procuro os estilhaços da alma que por lá se fixaram...
ResponderEliminarum abraço!
Na raiz do sol, só dá para ter uma base de todo seu alicerce poético. Vc tem luz própria, poeta.
ResponderEliminarBeijo.
"gasta-se o palato e a lucidez;
ResponderEliminarsolta-se a raiva"
alguns sentimentos vão a superfície, sentimentos que já estavam contidos e profundos demais. A lucidez que agora falta, hiperboliza toda emoção não é mesmo !?
Como sempre adorei *-*
Uma embriaguez poética!
ResponderEliminarLinda!
Acabo de publicar um poema
que alude a substâncias entorpecentes.
Quem a elas recorre?
Os mascarados.
Um abraço,
Doce de Lira
lara, essas fundações poéticas são sempre tão frágeis quanto as palavras e as imagens que as sustentam...
ResponderEliminarum abraço!
todas as forças contidas são o estretor hiperbólico do que de pior há no coração humano. quando explodem, estilhaça-se a raiva e... tudo se perde.
ResponderEliminarum beijinho, querida sara!
renata, acabo de conferir :)
ResponderEliminarum beijinho!
Lindo, lindo, lindo, meu querido Jorge!
ResponderEliminarQuando penso ser impossível(dada a qualidade de seus escritos), você ainda consegue superar-se sempre, mais e mais...
Que maravilha!
Estou simplesmente encantada...
Enorme abraço, amigo!!!
Jorge, belíssimo, meu amigo! Não há intensidades intraduzíveis para esse Poeta que é você...Coágulos de estrelas incendiando a boca é demais, novamente me espanto e me encanto.
ResponderEliminarAbraços,
Tânia
zélia, enquanto houver muros dentro de cada um de nós, o poeta que os escala não morrerá.
ResponderEliminarum abraço, querida amiga!
tânia, eis-te de regresso. que bom! a tua presença é sempre notada com um carinho especialíssimo!
ResponderEliminarum beijo!
Belíssimo, Jorge.
ResponderEliminarCabe uma vida em meia dúzia de versos de um grande poema.
Fico com estes quatro:
"o vinho morre brando
na raiz do sol,
apagando copos de cinza
órfãos dos teus lábios".
Valerá a pena despi-los da sua intensidade poética pela interpretação, pela racionalização?
Deixemo-los entrar, sorrateiros, no olhar pleno dos afectos. E inspiremos a maresia.
Abraço
Como sempre imagens muito boas.e gostei de ver aqui representado duy huynh.
ResponderEliminardeixo-te um beijo ou um abraço, conforme preferires.
Jorge, fiquei aqui a sentir esses coágulos de estrelas que incendeiam a boca,
ResponderEliminare a pensar como nascem de ti essas imagens...
E eu que acredito que as palavras são espelhos, vejo tua face cada vez mais bela, mesmo que teus olhos ainda não estejam a sorrir.
beijo, tão querido poeta!
amigo jad, na tua intervenção sintetizas a essência da poesia:
ResponderEliminar"Valerá a pena despi-los da sua intensidade poética pela interpretação, pela racionalização?
Deixemo-los entrar, sorrateiros, no olhar pleno dos afectos. E inspiremos a maresia."
ter-te por cá é, sem dúvida, privilégio para quem escreve, mas também para quem lê e para quem visita.
um abraço!
que tal os dois em@? :)
ResponderEliminartambém adoro duy huynh.
um abraço e um beijo! (não te dou hipótese de escolha :))
oh, querida e sempre tão doce andrea, no espelho das palavras há sempre nau e tempestade, fogo e grito, seta e alvo, encantamento e decepção, luz e sombra. é esta a essência da poesia!
ResponderEliminarcomo sempre, despes-me com a agudeza do teu olhar verbal (embaraço :))
um beijinho, amiga poeta!
"gasta-se o palato e a lucidez" - safra que entorpece e seduz. ;)
ResponderEliminarBeijos
"safra que entorpece e seduz" - falas do vinho, verdade, lou? :)
ResponderEliminarum beijinho grande!
Claro!... do bom vinho-poema que sempre degusto aqui. ;)
ResponderEliminarBoa, boa, boa!
ResponderEliminarNão precisas de vinho para soltar a raiva.
Precisas de vinho para o saborear com os amigos, dos cigarros para os saboreares entre as "surrealidades"!
Beijos
Laura
brindemos, pois, amiga laura!
ResponderEliminarum abraço!
volto para trás, letra a letra... preciso respirar... mas é no quadro onde vou viver!!! do alcool, nada sei e o que sei é nada, também!!
ResponderEliminarfascinou-me o dorso da jovem mulher!!!
abrç jorge...
ah, concerteza que deve ter uma espada como o são jorge!! o dragão nunca deve soprar... o titulo do poema ainda vai fazer arder o poema....
é belíssima a imagem de duy huynh; profundamente inspiradora, como o álcool que inebria os sentidos.
ResponderEliminarum beijo, nãosoueuéaoutra!
p.s. aquele desafio que deixaste no teu blogue é muito bom; deu-me puro gozo replicar-lhe com aquela insana narrativa :)
a respiração das marés são de tirar o fôlego, bardo minhoto.
ResponderEliminarvocê aqui, luzindo.
bonito, jorgíssimo.
bonito.
Hey! Também quero brindar!!! Às palavras belíssimas e à imagem!
ResponderEliminarmuito bela pintura... o passarinho vive e canta no corpo de mulher :-)
beijinhos!
Admiro não só a qualidade poética de seus poemas...mas também a "seleção", o trabalho que vc tem em escolher as palavras para encaixar elas de maneiras exatas no poema...como um mosaico
ResponderEliminarabraços meu caro...e agradecido pelas visitas e palavras no Rembrandt
são mesmo as marés, robertílimo, as que vão e vêm, as que temos e deixamos de ter... e com elas o fôlego se ganha e ser perde...
ResponderEliminarbom ter-te aqui, amigo cronista, poeta, romancista, jornalista bloguer e mil e uma qualidades mais que só com uma cerveja gelada nas mãos, brindando à amizade, estarei habilitado a descobrir:).
um abracílimo!
brindemos, pois, amiga andy! à mulher e ao canto mavioso que há em si! brindemos com copos a transbordar de feminilidade e poesia! brindemos até que as mãos doam e os encantos se espalhem nos dedos! brindemos enquanto é tempo...
ResponderEliminarum abraço!
juan, como me sinto mínimo ao lado das palavras que com generosidade me distingues...
ResponderEliminaro rembrandt é, para mim, porto de romagem obrigatória. o teu traço é o da vida (sem tirar nem acrescentar).
um abraço!
Esta, sim, ira lírica
ResponderEliminarcom o propósito
da mansidão.
Forte abraço.
Tua poesia é plena, visceral...Lindamente inteira.
ResponderEliminarDeixo-te um terno abraço.
Jorge, adorei os teus escritos. O teu blog é agradabilíssimo!
ResponderEliminarEstou seguindo-te!
Beijos!
domingos, em duas linhas sintetizas as traves-mestras do poema: a mansidão na boca da ira...
ResponderEliminarum abraço!
angélica, um agradecimento com rubor tímido no rosto :)
ResponderEliminarum beijinho!
talita, que bom que gostaste!
ResponderEliminarum abraço!
Tão recente nesse mundo blogueiro, estou... e olha só o que encontro...
ResponderEliminar... um poeta que toca-me a alma, o coração e o espírito... instiga minha libido!
Lindo palavras...
Lindos poemas...
Lindo espaço...
Prazer, Jorge
Um beijo!
Má Salvatori
Rapaz, de um apelo sensório ainda mais intenso do que o "Negativo Fotográfico"! E eu aqui como que alto a fazer a colheita das imagens avinhadas.
ResponderEliminarCada vez melhor!
Grande abraço.
é o vinho, caro amigo: seduz, inebria... consome.
ResponderEliminarum abraço, marcantónio!