sexta-feira, 13 de agosto de 2010

deicídio


fotografia de sebastião salgado

como saber a forma da alma
se o corpo continua a corromper
os altares do teu regaço?

a ciência dos afectos
sustem os mapas da ilusão
onde os sais e demais químicos
ardem num lume verde
não ao ritmo da fórmula
mas do coração

lentamente
assustados
como pássaros loucos
alvejados na obscuridade do voo
pela pólvora líquida dos ossos

é o nosso deus a morrer-nos nas mãos.

64 comentários:

  1. JOrge...
    Adoro a Arte de Sebastião Salgado...
    A foto que foto escolheu...
    casou direitinho...
    com a minha imagem...
    para essas suas palavras...
    um voo..
    desfeito...
    alvejado...

    Beijos
    Leca

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  2. "como saber a forma da alma
    se o corpo continua a corromper
    os altares do teu regaço?..."

    tens uma forma única de tecer palavras na imagem dos nossos olhos
    têm forma, sensações, sons, ritmo, beleza...
    um hino à ciência dos afectos!

    a fotografia tb adorei!

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  3. leca, sebastião salgado liga bem com qualquer cenário especialmente aqueles onde o homem se toca nas entranhas como todas as árvores de um bosque silencioso...
    um beijinho!

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  4. a tua presença no viagens de luz e sombra, doce amiga, é coordenada maior do mapa dos afectos.
    um beijinho, andy!

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  5. nunca se sabe, mas procura-se, sempre, até ao fim!
    Beijo

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  6. Jorge, no pano de fundo do deicídio uma busca intensa por Deus, apesar da fórmula líquida dos ossos, apesar da corrupção do corpo. O corpo é um limite. Mas a química ainda pode arder ao ritmo do coração.

    bjs.

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  7. Amigo, em primeiro lugar a foto: Uma vez, fui a uma exposição de Sebastião Salgado, e meu marido precisou me tirar quase à força lá de dentro...:), pois eu simplesmente "pousava" em frente a cada foto, e me esquecia da vida.

    Em segundo lugar (mas não menos importante), o poema: Meu Deus, homem, de onde te vem tanta inspiração???
    Pablo Neruda dizia que a poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do homem.
    Mas no seu caso, acho que ela tem comunicação com todos os seus poros, e que você é feito de poesia. Infelizmente, ou se nasce assim ou não. Então, para o resto de nós mortais, só nos resta bater palmas e pedir bis.

    Tenha um lindo dia

    Cid@

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  8. Jorge, meu querido
    De tirar o fôlego!!! De arder o coração, no ritmo dos seus versos...
    Lindo demais!
    Grande abraço, amigo!!!

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  9. lentamente
    assustados
    como pássaros loucos
    alvejados na obscuridade do voo
    pela pólvora líquida dos ossos

    Nossa, Jorge, cada inspiração e expiração suas parece ser da mais legítima poesia. Eu aqui contemplo, eu aqui admiro, eu aqui desejo que os deuses o abençoe sempre, para que essa Fonte nos traga mais e mais êxtase.
    Beijos,

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  10. é a sina do ser humano, querida laurita: perseguir o intangível. quem sabe um dia os deuses estão desatentos... :)
    um beijinho, poeta amiga!

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  11. a química há-de arder sempre ao ritmo do coração, querida ana. como vocês, brasileiros, bem dizem, "não tem outro jeito". é isso, ou definha, agoniza e, moribundo, espera a morte. sem um (a)deus para lhe acenar a despedida...
    um beijinho!

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  12. oh, cid@, este nosso círculo tem gente que escreve com a pele e o peito numa osmose que faz da poesia o tango dos deuses e dos homens, num cerimonial sem hierarquias ou diferenças.
    agradeço-te o carinho e a generosidade (imerecida) das tuas palavras! um beijinho!

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  13. querida zélia, a diferença do homem poeta para o comum dos mortais é essa capacidade de fazer o coração arder na poesia e de fazer a poesia entumecer nas galerias do coração, numa dialética em que a voz e a tinta se tingem de um matiz só.
    um beijinho! as tuas palavras são de uma ternura ímpar; guardo-as no coração!

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  14. tânia,inspiro e expiro sucessivamente em busca do fôlego que se perdeu na magia ruborizante das tuas palavras. obrigado, amiga!
    um forte abraço!

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  15. Jorge, tua caneta tem garras afiadas, riscando a alma da gente.
    Os afetos não são científicos. Emoção pura!

    bj
    Rossana

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  16. será o Corpo, ou será a Mente-Desejo que corrompe?
    ''apenas deseja ser asa, ter asas... nada o compraz, senão voar acima da indómita sonolência dos tempos! dizeram que era um Condor.. mas muitos desconfiaram!! ''

    au revoir...

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  17. A primeira estrofe já fincou, a alma saiu, mal me dei conta do corpo.

    Beijo.

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  18. absolutamente de acordo, rossana. por mais sais e químicos que agitemos em tubos de ensaio, por mais voltas, observações e análises a que sujeitemos os compostos do coração, a resposta será sempre uma e a mesma: os afectos vivem na tabela periódica do sangue.
    um abraço!

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  19. que fantástica citação é esta com que aqui me presenteias, nãosoueuéaoutra... quem é o autor?
    olho para o céu mas ainda hoje não sei a quem pertencem as asas que acompanham o movimento do olhar...
    um abraço!
    p.s. a propósito de um comentário teu aqui que não sei aonde foi parar (provavelmente agarrado a um qualquer outro post que não este último) aqui vai a satisfação da curiosidade: 8.30h am :))
    um abraço!

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  20. estou como dizes, larinha: o único corpo que aqui pressinto é o do poema... feito com os fragmentos mais cristalinos da alma.
    um abraço!

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  21. O autor? aqui a nãosouéaoutra, que vira outras e come palavras de si mesma... às vezes há um gavetão a passear pela fímbria do saiote do céu e, a minha mão saída dos fundos dos poços, come as frases que passam escondidas...
    - risos -

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  22. Oi, Jorge.

    Que poema belíssimo!
    Amei!
    Parabéns pela inspiração...

    Beijos,
    Patrícia Lara

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  23. quem foi que disse que ao matarmos um deus nascem outros mais, Nietzshe tentou até ficar louco, a verdade é que os deuses nos assombram,


    abraço

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  24. nãosoueuéaoutra, perguntei não por achar que não fosses capaz de escrever o trecho [:)], mas porque o entrepusente em aspas; imaginei-o citado. não duvido que nesse baú, sob as mais recônditas roupagens e máscaras, haja uma mão que embale as palavras ao ritmo dos ouvidos que as queiram/saibam degustar. os meus, por exemplo.
    um abraço!

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  25. patrícia, que bom que gostaste! sê bem-vinda!
    um beijinho!

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  26. não quero matá-los, caro amigo assis, apenas que me deixem viver em sossego... raramente os seus ditames conduzem à felicidade...
    ainda assim, o deus que nos morre nas mãos é muitas mais vezes aquele que construímos a duas mãos do que o que nos é imposto por condição... eros, por exemplo, aquele que é capaz de brindar à eternidade com o mais fino vinho e esconder-nos o horizonte no movimento seguinte. e nós, espectadores desatentos, assistimos sem reacção. e a raiva que sobre eles direccionamos é a que não temos coragem de projectar sobre nós mesmos. raios... maldição, esta...
    um abraço!

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  27. vanessa, no sentido que os latinos lhe tributavam, não duvido que a alma exista: "anima", aquilo que dentro de nós anima, agita, faz mexer, faz correr e faz vibrar. (até parece que estou a falar da paixão, não? - hehehe).
    um beijo!

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  28. É como se tivesse viajado na intemporalidade de um tempo feito poema... na sua génese, na história das suas raízes, no assombrar de ilusões...
    Lenta, lentamente e com essa forma que dás ao poema feita "com os fragmentos mais cristalinos da alma" (como referiste, embora gostasse de ter sido eu a dizer-to :)) libertaste sim qualquer alma da pólvora que o corpo possa produzir. E só sabendo a verdadeira fórmula de alvejar a alma isso é possível... neste caso partilhaste a "ciência" das tuas palavras.
    Permite-me que te diga que
    ...
    é a tua poesia a nascer-nos nas mãos!
    E que sensação e leveza extraordinárias!

    Beijinhos

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  29. Jorge Pimenta,
    esses primos-irmãos
    trapaceiam entre si
    ou são encantos
    ou cutículas inflamadas.

    Ou sei mais o quê.

    Um poema que sinto
    profundamente
    entre sentidos
    e entrelaces etéreos.

    Belíssimo.

    forte abraço, meu camarada.

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  30. Jorge, meu querido poeta,

    Um outro poeta, Bandeira, nos disse: As almas são incomunicáveis.
    Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
    Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

    Essa minha alma vive a padecer em questões, o que, provavelmente, me leva a escrever.
    Ser ou não ser...
    Essa estranheza "alma" não compreende o martírio do corpo e o corpo ama, sólido, matéria. Quer pra si e morre. A alma, talvez sem forma ou tantas formas é livre, grande, portanto não se acomoda no envólucro. Sai e voa. Vive.
    Talvez seja essa a essência da poesia.
    Amo estar aqui. Vc me faz poeta.
    Bj grande

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  31. que loucura é esta de responder à poesia com poesia? haverá forma maior de homenagear o homem e os seus cometimentos maiores com a magia que brota das palavras seleccionadas com o dedo que define as paixões e as vibrações mnaiores de um corpo onde repousa a alma sem orla, costa ou barcagem? tu e a tua escrita são sempre um porto maior nestas viagens de luz e sombra, jb.
    um beijo com o carinho que as palavras possam reproduzir.

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  32. domingos, poeta, entre o encanto trapaceado e o genuíno, sobra o quê? a poesia é, no dizer de pessoa, o fingimento maior, porque se finge a dor vivida, mas também a fingida. são duas, as dores... num só poema... numa só mão... num só homem... com dois corações: o que escreve e o que lê.
    caríssimo, abraço imenso neste nosso reencontro!

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  33. ira, estares aqui não te faz sentir poeta; tu és poeta! nas palavras e fora delas, pois quem vive as inquietações sem permanecer quieto, quedo e conformado, persegue a maioridade da alma. e na demanda está a resposta... não no fim da jornada (porque as verdadeiras odisseias não têm fim... permanecem vivas e continuamente renovadas, mesmo que os deuses da estrada vão perecendo no reencontro com os nossos passos). não deixar de caminhar é a chave... por mais gretas e chagas que os pés possam ganhar...
    um beijinho!

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  34. Não sei ficar indiferente às tuas palavras. Venho directamente do em tons de azul, numa viagem de luz :) até aqui.
    A tinta do meu coração pinga agradecimento e vive esse carinho que me acabaste de fazer sentir.
    Mas é assim que sinto a tua poesia!
    Não sei se mereço as palavras que lá deixaste mas, obrigada muito sentido!

    Um beijinho, feito "com os fragmentos mais cristalinos da alma"! :)

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  35. Fico apaixonada pelos seus poemas cada vez mais.

    bjs
    Insana

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  36. de viagem em viagem, aqui e aí, sobre mares e céus em tons de azul, banhamo-nos com palavras que marcam os limites visíveis do mais intangível de cada um. nesse sentido, somos nautas da escrita e marujos da amizade, tendo por catrineta a poesia. só assim emergem os "fragmentos mais cristalinos da alma" :)
    um beijo com todo o merecimento :)

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  37. insana, a cada poema apenas um ramo que se desprende neste bosque de silêncios a que chamamos vida.
    um beijinho com um agradecimento imenso pelo carinho da visita verbal!

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  38. "como saber a forma da alma
    se o corpo continua a corromper
    os altares do teu regaço?"

    PERFEITO!

    beiijo,
    *.*

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  39. perfeito seria conhecermos a morfologia da alma como achamos que conhecemos a do corpo, verdade, grafite? na impossibilidade, fica o suspiro...
    um beijinho!

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  40. Que coisa gostosa seu cantinho, amei
    estou seguindo
    beijos

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  41. Esse traçado nos puxa pelos cabelos e nos atira nas garras do tufão.

    Ainda beijo tuas mãos, por essas e tantas...

    Beijos, parceiro-poético-precioso!

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  42. Jorge. Da fronte se erguem lira e folha. Um rasgo na partitura no enlouquecer em brasa. Os passos de substantivo ante face do verbo sem cessar. A galinha ao molho pardo com toque leve, ambiente em neve e vinho no colado. Não canto, sim fala, sentido que há musical da voz. Não voz, no sentido por dizer palavras: fôlego! O deicídio resultante revelar da mudez cantada de história de viver, amar e morrer. A busca da intocada intimidade em toque intimal à flor da pele, desabrochar mapeante por perseguir o movimento da chama do palito de fósforo. Entonação do olhar tateado a saber, gritar a forma da alma mortificante do ego sem sangue. Traço a traço noites no sopro, viagem de luz e sombra dos lábios, alimenta-se os dedos sob a retina crucificada a desvelar em segredo o chamado.

    ----

    "onde encontrar quem colha
    duas palavras numa rima igual
    a essa que pulsa em ti como um sinal?"

    Rilke

    Abraços!

    Priscila Cáliga

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  43. Vou ser sincero com vc meu caro, gosto do trabalho do Sebastião Salgado, mas não gosto da representatividade do trabalho dele...

    Belíssimo poema...abraço!

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  44. oi tens nas mãos o dom de poeta
    quem escreve assim ama sente e sonha
    e você consegue tudo isso
    neste lindo poema beijos bom fim de semana

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  45. Querido, teus versos são de uma profundidade absurda, assim como a fotografia de sebastião salgado.
    Acabei de ler as últimas frases de Caim, de Saramago, casa bem com teu poema.

    beijos, ainda de saudades :)

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  46. Saudações Jorge,
    E se soubermos da forma das almas?
    Para podermos tocá-las, senti-las, pelos sentidos 'reais'?
    Talvez nossa alma, na sua profundidade, fique sem espaço no profundo e se volta á superfície concreta de incompletudes.
    linda a foto do Sebastião Salgado
    um abraço

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  47. jorgíssimo,
    cê sabia que sebastião salgado (gênio do olhar) é mineiro de caratinga? e que eu sou bairrista pra caráleo? rs
    no outro dia comprei um livro de fotos dele, com textos de mia couto... afrika... simplesmente, l-i-n-do.

    e, sim, poeta, "a ciência dos afectos
    sustem os mapas da ilusão"...

    o grande truque, a grande mágica, talvez seja realmente a afeição, que talvez seja, também, uma ilusão... prometo que vou ficar matutando isto aqui.

    mais uma pepita-carta na manga do mago da palavra, cidadão bracarense, o JP.

    aliás, jotapê cai-lhe bem. posso?

    abração,
    r.

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  48. Aí, que delícia que é poder voltar a viajar da luz da tua sombra.
    como saber a forma da alma, não é preciso saber, então, apenas setiremos de olhos fechados como um leve suspiro de brisa.

    beijos

    Aryane Pinheiro
    (Brilho da Lua)

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  49. Muito lindo, mesmo.
    Bem no clima que eu tô agora.
    Você já leu Álvares de Azevedo?
    "Sou o sonho da tua esperança
    Tua febre que nunca descança
    O desejo que te há de matar."
    #ficadica

    Teca Eickmann :*

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  50. Olá Jorge,
    ei moço, é pra escrever que muito bonita de sua poesia
    E a poesia nos vai desta forma
    "não ao ritmo da fórmula
    mas do coração"
    parabéns pela 'buniteza'
    abraço prati

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  51. cris, querida amiga e parceira poética, o traço é frágil e o tufão apenas um ventozinho que teima em fazer-se sentir... crê-me...
    um beijinho!

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  52. priscila, este deicídio é um processo natural de autodegenaração dos ícones e demais horizontes que, desde a infância, são projectados para néons de alfazema que reverberassem no dorso da mesa-de-cabeceira, nos bons e maus momentos de uma escalada a que chamamos vida. mas o néon extingue-se, a pouco e pouco, no arquejar lento de uma realejo que torna mínimas todas as voltas daquele gemido onde cactos e urzes benzem os jardins outrora vivos e viçosos. este deicídio não é o de um qualquer deus; é o daquele que cada um de nós construiu dentro de si e que acaba por adormecer quando mais dele precisamos em vigília...
    um abraço!

    p.s. ah, rilke... um agradecimento especial pelo carinho poético aqui chegado num envelope com a tua marca digital.

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  53. juan, sem conhecer a fundo a obra de salgado, considero, daquilo que me foi dado a ver, que a sua objectiva sabe captar o que os olhos vêem e o coração sente. essa alma fotográfica é, para mim, a essência desta arte. sobre a sua representatividade, confesso que nada sei...
    agradeço-te a simpatia das palavras, uma vez mais e de novo. sempre bem-vindo e esperado.
    um abraço!

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  54. anita, agradeço-te o carinho das palavras. é sempre um prazer sentir-te por cá.
    um beijo!

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  55. andrea, querida amiga, que bom que estás de volta! este nosso espaço sentia a tua ausência. mesmo sabendo que ias estando por aí, com algumas postagens, para que a saudade não tomasse conta de todos quantos te seguem com paixão poética e amizade.
    um beijinho com um sorriso nos lábios!

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  56. absolutamente de acordo, vais! tocar a alma significaria devolvê-la à superfície da matéria e da sua fragilidade espúria. deixemo-la repousar no "id" mais profundo, na expectativa de que, mesmo não sendo totalmente entendida e compreendida, a alma permaneça a bússola maior que há em cada um de nós.
    um beijinho!

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  57. viva, robertílimo,
    sabes, conheço mal sebastião salgado; apenas o que consigo apanhar aqui e acolá na dispersão infinita (mas preciosa) desta nossa biblioteca global. alguns dos seus trabalhos tocam-me especialmente (a imagem que postei em deicídio é um exemplo do que acabo de dizer; a melancolia dos tons é intensificada por uma circularidade frágil que, em lugar de serenar, perturba; a presença daqueles pássaros sobre a cabeça do viandante-errante tornam-no alguém com uma marca, um sinal, para o bem e para o mal... perturbador, verdade?).
    não sabia que era mineiro, mas não me surpreende, tal é o talento de alguns conterrâneos seus que vou conhecendo aos poucos e cujo nome nem me atrevo a aqui regerir (hehehe).
    jotapê? até que não parece mal, verdade? :)
    agradeço-te a simpatia das palavras que dispensas aos meus textos, sempre inflacionadas pelas cordas vocais da amizade!
    um abracílimo!

    p.s. isto é que foi começar com o pé esquerdo: 1-2 frente à académica em pleno estádio da luz... ai ai ai...

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  58. aryane, que bom sentir o teu regresso!
    tens absoluta razão, a propósito da alma e de todos os seus "ques"... fechemos os olhos, pois, e as respostas escutar-se-ão em nossos ouvidos.
    um beijinho!

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  59. olá, teca!
    nunca li álvares de azevedo, mas o trecho que aqui me deixas abre-me vorazmente o apetite. já estou pesquisar... :)
    um beijinho e tudo de bom!

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  60. Morrer de amor é restar-se amor. Talvez não seja preciso saber dos contornos da alma, mas é imprescindível não deixar corromper o coração. Confissões de Amor eterno? Belo poema

    beijo

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