gregory colbert, tranquility
ei, poeta,
se as palavras “são como punhais”
e se as há “de vida e de morte”
por que insistes em golpear a garganta
com as lâminas de vidro?
ousa sangrar-lhes o veneno
antes de parires a poesia.
ei, poeta,
se as palavras “são como punhais”
e se as há “de vida e de morte”
por que insistes em golpear a garganta
com as lâminas de vidro?
ousa sangrar-lhes o veneno
antes de parires a poesia.
(referências iniciais a eugénio de andrade e a mário cesariny)
tindersticks, no more affairs
tindersticks, no more affairs
Jorge,
ResponderEliminarlaminas que trespassam a vida e a morte,em poesia parida na transparencia das palavras do poeta!..
beijos.
música, dança,palavras.. perfeito!
amei o vídeo!..
e, todavia, não ousa chupar-lhes [às palavras]o fel e estancar-lhes o ópio.
ResponderEliminar- o silêncio, poeta, apenas o silêncio!
- pudesse eu fazer dele a segunda morada [logo atrás da língua que o possa parir].
um abraço, ingrid!
Meu querido Poeta
ResponderEliminarEste poema não me deixou tão só no meu desvario...quase em sintonia com o que escrevi no meu blogue.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Jorge, meu querido Jorge poeta,
ResponderEliminarOuso cortar o que já sangra, o veneno, e parir o que, rebento, já rebenta as entranhas, pois sem o golpe, as palavras abortam a essência e td mais torna-se oco útero. Não sei falar de coisas que não rasgam a pele e mt mais a carne viva!
Bjs, e sei que me entendes, no fio do punhal
Li o verbo Imolar muito bem utilizado pelo amigo Dário em um recente texto... e este verbo me veio a mente ao ler o seu...
ResponderEliminarO poeta oferece-se em sacrifício a cada poema que arranca de si.
Já pensaste nisso?
Abraço, poeta alado!
Me assombra pensar que, uma simples palavra, pode trazer com ela o nosso céu ou o nosso inferno...
ResponderEliminarNo mais das vezes, podendo ser somente um SIM ou um NÃO...
Verdade?
Beijinhos cor de rosa
Cid@
sonhadora,
ResponderEliminarnenhum poeta está só nos seus desv(ar)ios!
um beijinho com cumplicidade lírica!
querida ira,
ResponderEliminarse entendo?... quem é o poeta que enjeita o jeito do estilete e da lâmina na hora de estancar a poesia que lhe corre nas veias ou o sangue que escorre do poema?
um beijinho oscilante entre as duas lâminas da poesia!
ana-de-luz,
ResponderEliminaro poeta, antes de parir a poesia, já se entregou em sacrifício; é que ao acto de escrita e ao esquartejamento verbal precedem o sangramento da pele e da carne.
um beijinho!
as palavras são como o mar, querida cid@,
ResponderEliminarum dia lambem-nos os pés, acariciando sonhos e planos de viagens sob e sobre as ondas; noutras, abrem os olhos, exibindo veios sanguíneos onde a ira e os adiamentos impõem a sua disciplina feroz... mas, seja nas palavras, seja no mar, quem consegue escapar a navegar-lhes?
um beijinho!
Lindas viagens você proporciona.Parabéns pelo blog!!!
ResponderEliminarbjs
stella,
ResponderEliminarfeliz pela tua atracagem até aqui.
um abraço!
E a poesia há de dizer do ledo engano de tentar safar dela toda a peçonha.
ResponderEliminarDemais, Jorge!
Beijo.
não sei se curtir a pele das palavras e demolhá-las no éter da inocência seja enganar ou esganar o dizer...
ResponderEliminarum beijinho, larinha!
Morro se eu não ouvir tua voz com sotaque me dizendo
ResponderEliminar...e cavalos marinhos conduzem os destinos do não ser para lá da cortina do possível. do lado de dentro, a peça continua a decorrer sem público. a ovação exulta no tiquetaque do coração de um mar que não sabe dormir.
um beijo, carla-dos-enigmas intelectual e sensorialmente mais-que-estimulantes :)
...golpeando a minha garganta,
ResponderEliminarpélvis,
meus pelos todos,
meus cantos...
Que pimenta é essa?
curioso, e eu que imaginava que tu é que tinhas sotaque... :)
ResponderEliminara perspectiva é a lente grande-ocular do raciocínio :)
um beijo, carla!
estive para postar este video, mas fiquei-me pela intenção...
ResponderEliminarai os poetas, os poetas, sangram, escrevem prendem-se para voltar a sangrar e sangrar
o veneno acaba por se intranhar e ser o antidoto
beijo
eu não hesitei. a música é arrepiantemente bela.
ResponderEliminarquanto aos poetas... acrescentar o quê?...
um abraço, amiga laura!
mesmo que a mão trema
ResponderEliminara jugular pulsa
ao punhal...
forte abraço,
grande poeta
e amigo.
Jorge,
ResponderEliminarSua questionadora e inebriante poesia, juntamente com enigmática imagem e delicada música remeteram-me a um jargão de Nietzsche: "A verdade nada mais é do que um batalhão de metáforas". E se elas cortam e sangram, assim o fazem como correspondência de expressão lingüística cuja interpretação é nossa única alternativa. Os escritos que nascem da emoção e sensibilidade, são a meu ver, muito mais sinceros e verdadeiros do que os escritos que nos apresentam “verdades” simplesmente prontas e acabadas e nada induzem de reflexão e indagação.
Um beijo!
tomara eu não saber dizê-lo,o veneno.
ResponderEliminarE quando me encho dele, e fico estanque, paralisada no próprio sangue em silêncio? ...
a música é linda e todo o cenário não lhe fica atrás, ufa!
Beijinho amigo
"mesmo que a mão trema
ResponderEliminara jugular pulsa
ao punhal..."
e as palavras riem, velhacamente. é que o espelho da im.possibilidade não se pode quebrar...
um abraço, amigo-poeta domingos!
cada vez me convenço mais da importância da metáfora na respiração dos homens. os deuses agarraram na sublimação, gastaram-na, consumiram-na nos seus caprichos insaciáveis, deixando-nos, apenas, vestígios raros do que se poderia ter sido. diante da fome de ser e da raiva de cadelas, só as estrelas ascendentes podem empurrar-nos olimpo-acima, numa viagem sem pés ou pernas. e assim os homens se desprendem da sua humanidade, mas de divino apenas ganham o reflexo de sísifo...
ResponderEliminarum abraço, lívia querida!
"tomara eu não saber dizê-lo, o veneno."
ResponderEliminareis, pois, chegada a hora de o sangrar e de o deixar apodrecer nos fígados que o pariram... longe da boca e ainda mais da poesia.
um beijinho, querida andy!
a poesia sem sangue não tem vida,
ResponderEliminarabração poeta
sangremo-las, pois, amigo assis: a poesia... e a vida!
ResponderEliminarum forte abraço!
esse veneno me parece sagrado...
ResponderEliminarbeijo, doce pimenta!
é um veneno sagrado... e segredo. schiu...
ResponderEliminarbeijo, cris.tal fino!
As presas à boca do vidro,
ResponderEliminara peçonha escorrendo, transparente
decanta-se.
Que química mágica produz o antídoto?
Abraço, Jorge!
Ai, Jorginho...
ResponderEliminarQuero pra sempre o veneno e a poesia.
Estou definitiva e declaradamente apaixonada pelos Tindersticks!!!!
E pelas minhas contas da tua sugestão na outra postagem, só me falta comprar urgentemente o vinho!
Beijinhos no mesmo ritmo...
querida amiga,
ResponderEliminare não é para menos. eles não são uma banda; eles são uma plêiade musical :)
venha daí esse vinho :)
um beijinho!
Jorge,
ResponderEliminarPoesia, música e dança... que mais se pode pedir!!! Sem dúvida, um "veneno" para o coração, mas o remédio para a alma! :)
Beijinhos!
Tin tin, querido!
ResponderEliminarUm brinde à poesia, à música e a ti.
jb,
ResponderEliminarcomo todos sabemos, nada faz só bem ou só mal a tudo. felizmente :)
um beijinho!
tin tin, querida!
ResponderEliminarbebamos à poesia, à boa música e a ti, que escreves divinalmente (e neste caso, nem precisamos de beber com moderação :))
um beijinho!