quinta-feira, 4 de novembro de 2010

acorrentados


quem escreve, por norma, não prescinde da leitura.
acorrentados é uma rubrica que cheguei a alimentar no meu primeiro blogue, o circum-viagem (curiosamente por sugestão da minha querida amiga e poeta ana salomé), mas que, quase um ano volvido sobre estas viagens de matizes diversos, não reeditei. julgo ser oportuno fazê-lo agora, tanto mais que tenho andado a escrever sobre a falência das palavras e, metaforicamente, da poesia (a ironia maior é usar palavras e a própria poesia como arma de arremesso) e não quero ser interpretado como mercenário da própria alma :).
sem mais deambulações, lanço-me directo no assunto. acorrentados é a reedição de uma rubrica que propõe aos meus blogfriends que entrem numa espécie de corrente circular, onde cada um de nós partilha um detalhe da leitura que está a fazer, no momento, e de modo aleatório. desta vez, a ideia é publicar o que a leitura presente oferece na página 34, linha 8.
tenho andado a ler poesia (herberto hélder e garcia lorca), bem assim como o último romance de saramago, “a viagem do elefante”. eis o que oferece o livro na página e na linha mencionadas:

"a quem talvez não vejamos mais, ou talvez sim, porque a vida ri-se das previsões e põe palavras onde imaginamos silêncios, e súbitos regressos quando pensámos que não voltaríamos a encontrar-nos."
nota: para que a frase fizesse sentido, entrei nas linhas 7, 9 e 10.


convido todos os bloguers e amigos que por aqui vão passando a deixar o seu contributo sob a forma de comentário. recordo: página 34, linha 8 do livro que se encontram presentemente a ler.

a todos um abraço!

46 comentários:

  1. Iniciativa maravilhosa, meu querido Jorge!
    Então aqui vai a linha 8 da página 34, do livro que estou lendo: A VIDA NÂO É AQUI, de MILAN KUNDERA
    ..."o que o interessava nos desenhos da criança era justamente aquele universo interior tão original que a criança projectava no papel."
    Abraço apertado, amigo!

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  2. oh, kundera... "a insustentável leveza do ser" é um dos livros da minha vida". curiosamente, foi na sua cidade-natal (brno) que vivi uma das peripécias mais curiosas da minha vida: estive uns dias alojado em viena, com amigos, e decidimos visitar praga, viagem que empreendemos de comboio. no regresso a viena, tínhamos de mudar de linha em brno, mas adormecemos e acabámos por ir parar a bratislava. mais uns minutos de son(h)os e acabaríamos em budapeste :). o pior foi conseguir regressar a viena...
    enfim, memórias imortais!
    um beijinho, querida zélia!

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  3. "apaguem as luzes, pois a noite é feroz..."

    Autor desconhecido (Do Livro Oculto).

    Forte abraço,
    poeta e amigo.

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  4. Acho tão giro este desafio :-)!

    Entretanto fiquei muito indecisa porque estou a ler dois livros: o "Livro" de José Luís Peixoto, que estou simplesmente a adorar, e ainda o "Diário" de Miguel Torga, este último tem residido na mesa de cabeceira, para o caso de falhar o sono (que não tem falhado)...
    fui logo pesquisar as pags.34 e linhas 8.
    conclusão, escolho o "Diário" de Miguel Torga porque gostei mais da frase solicitada (não é batota, pois não?), aqui vai...

    "O que é pena é que neste areal da vida, onde cada um segue o seu caminho, não haja nem tolerância nem humildade para respeitar o norte que o vizinho escolheu."

    Beijinho amigo :-)!

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  5. Olá Jorge.
    Estou lendo: CARTAS A MãE - direto do inferno, de Ingrid Betancourt.
    A linha 8 da página 34 -
    ... " Adoro meus dois pimpolhos como meus próprios filhos."
    Abraço.

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  6. Esse é o primeiro contato direto que faço aaqui neste espaço, e gostaria de contribuir, porém, como estou lendo mas especificamente para o meu TCC, na "A revolução da linguagem" de David Cristal, na pg 34, linha 8 diz:"Na verdade a língua está se transformando atualmente com mais rapidez do que em qualquer outra época do Renascimento". Para também não perder o sentido utilizei a linha 7 e 9. Como todos nós sabemos a língua é viva e continua em constante transformação.

    É isso ai meu querido!
    BJosss

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  7. Olá Jorge,
    acho super legal estas brincadeiras, ou exercícios.
    Moço, Saramago, sou fã incondicional, mas este não li.
    Tenho lido mais textos, livro mesmo, peguei um que li mais recente, é pra poder participar também, que gostei por demais, Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres de Clarice Lispector, e também pra não ficar sem sentido entro na 7 e 9

    "Pois apesar de, ela tivera alegria. Ele esperaria por ela, agora o sabia. Até que ela aprendesse."

    Abração

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  8. Vamos lá...
    Estou lendo também Poesias completas de Álvaro de Campos, Poemas de Carlos Drummond, mas colocarei a linha 8 da página 34 de Crime e castigo - Dostoiévski:

    "Ia recorrer novamente à garrafa, mas viu que estava vazia.
    - Por que se há de ter pena de ti? - interrogou o taberneiro."

    Abraço!

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  9. Humm...Adoro esta brincadeira de escolher página e linha, muitas vezes faço em casa, quando faço costume pensar: o que este livro tem a me ensinar hoje, hehe.
    Bomm, eu sempre estou a ler mais de um livro, mas escolhi para postar: Para não dizer Adeus, de Lya Luft.

    Seja como for, eu vou,
    pois quase sempre acredito:
    ando de olhos fechados
    feito criança brincando de cega.
    Mais de uma vez saio ferida
    ou quase afogada,
    mas não desisto.

    Beijos...Adoro vir aqui!!

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  10. "O fantasma de um operário que caíra da cúpula do Capitólio durante a construção era visto vagando pelos corredores com uma caixa de ferramentas."
    (Livro "O Símbolo Perdido", de Dan Brown.)

    Gostei da sua proposta, Jorge, gosto de romances de suspense, e acabei caindo numa frase intrigante para te deixar aqui.

    Beijo.

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  11. Jorge,
    pois entro na roda: linha 8, pag.32
    "Partee points out that one of the strongest early motivations for events came from Kamp and Rohrer´s work on tense and aspect in discourse interpratation." É um livro técnico de semântica cognitiva....estou lendo pouca literatura, mas muita coisasobre linguística :)
    mas a poesia supre minha sede estética.

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  12. ora vejam lá se as páginas 34, linhas 8, vistas assim, quase que tomograficamente, não andam próximo do coração dos livros?... :) já estamos acorrentados a alguns deles.
    beijos e abraços para os meus amigos pelos seus contributos!

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  13. Adorei a ideia, Jorge :)

    Vamos lá:

    "A varanda do apartamento mal podia ser chamada de varanda. Só de a gente pisar nela, o corpo já quase encostava na grade de alumínio. Melhor dizendo que era uma porta abrindo para o ar, com umas traves de alumínio para evitar que, por descuido, alguém despencasse lá de cima".
    (O beijo de colombina, Adriana Lisboa, Ed. Rocco, p. 34)

    Não é o trecho mais inpsirador do livro, mas como "boa menina" que sou, sigo as regras do jogo. Melhores trechos lá no meu blog :)

    Beijinhos.

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  14. "apaguem as luzes, pois a noite é feroz..."
    felizmente alguém encontrou o antídoto para a comédia dos dias.
    um forte abraço, amigo domingos!

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  15. querida amiga andy,
    qual batota? imagino que a escolha te tenha sido difícil, entre o gigante torga e o cada vez mais estelar peixoto. ainda assim, o exercício do arbítrio é prerrogativa prevista no regulamento :)
    um beijinho!
    p.s. cada linha de torga é um tratado de lucidez e bom-senso, verdade? lê "o mar", peça de teatro dele. arrebatador.

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  16. ingrid,
    nessas cartas da mãe (directamente do inferno), os dois pimpolhos a quem se quer tanto como aos próprios filhos não serão deus e o diabo? (hihihi)
    um beijo!

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  17. giomara,
    a língua é mesmo um organismo vivo, que se transforma transformando aquele que a veste. os poetas que o digam...
    um beijinho e um bem-vinda às viagens!

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  18. ah, e quando falo em mudança da língua, nem me refiro apenas à naturalmente operada nos sistemas modelizantes secundários. refiro-me nela própria, como forma viva de captação (in)directa do mundo e das coisas :)
    beijo renovado, giomara!

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  19. ah, vais, que escolha a tua, hein? lispector: "Pois apesar de, ela tivera alegria. Ele esperaria por ela, agora o sabia. Até que ela aprendesse."
    ele esperaria por ela, até que ela aprendesse... ou perdesse...
    um beijo!

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  20. ana, mulher de luz,
    a vida é mesmo feita de escolhas viciadas, verdade? se pensarmos bem, a garrafa nunca fora alternativa; estava vazia :)
    um beijo!

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  21. maria,
    "Seja como for, eu vou,
    pois quase sempre acredito:
    ando de olhos fechados
    feito criança brincando de cega.
    Mais de uma vez saio ferida
    ou quase afogada,
    mas não desisto."
    entre o acreditar e o jamais desistir vive o aço da linguagem: o advérbio. sem dúvida que esse "quase" faz toda a diferença.
    um beijo!
    é um gosto ter-te por cá, também!

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  22. larinha,
    tens noção de que, com o teu contributo, estás a pôr todos aqueles que ainda não leram "o símbolo perdido" com aranhas sob a pele e baratas nos pés? hum... conta mais, por favor :)
    um beijo!

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  23. adriana,
    subitamente os fantasmas de chomsky, jakobson, lotman ou hjlmslev acordaram do seu descanso já com alguns anos :)
    um beijo!

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  24. a ideia de uma varanda com asas é, no mínimo, inspiradora, vanessa :)
    um beijo!

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  25. Passei por aqui a correr, volto já!

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  26. "- Continuo achando a coisa fantástica demais. E muito perigosa."
    A Travessia - Carlos Heitor Cony


    abração

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  27. por que razão a sensação de felicidade e o abysmo se tocam, sempre, com e sem asas?
    um abraço!

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  28. Muito interessante e criativo, Jorge!

    "Sair do estabelecido e habitual, mesmo ruim, é sempre perturbador" (Perdas e Ganhos - Lya Luft)

    Um beijo!

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  29. lívia,
    excelente contributo o teu.
    é bem verdade o que aqui nos trazes ("Sair do estabelecido e habitual, mesmo ruim, é sempre perturbador" (Perdas e Ganhos - Lya Luft)),
    ainda que, por vezes, a fuga ao habitual seja, também, reparador :)

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  30. E os firmamentos - fogem-
    Diademas-decaem-dobram-se-0s Doges-
    Gotas sem som-em um disco de neve-

    Emily Dickinson- Não sou ninguém

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  31. Querido, tem um selinho para você no meu blog :)

    Ah sobre o filme "into the wild-o lado selvagem", eu ainda não o vi, mas já esta anotado e será o próximo a ser visto!

    Um beijão

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  32. emily dickinson,
    escrita metafísica, verdade?
    um beijo, so sad!

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  33. maria,
    obrigado pela distinção. vou já espreitar :)
    quanto ao filme, tenho a certeza de que não te arrependerás. fico a aguardar o veredicto.
    beijinho!

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  34. Jorge, idéia fantástica, no meu retorno já vou vir preparado para um comentário do livro que estou lendo.

    Você sempre criando algo novo.

    bs saudosos

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  35. gilson,
    meu caro, fico a aguardar com imensa curiosidade. :) tem havido imensas surpresas boas, nas citações aqui deixadas.
    um abraço!

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  36. "O amor não leva tanto tempo assim para se manifestar."

    GREENE, Graham. Fim de Caso. Rio de Janeiro: BestBolso, 2007.

    Inté!

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  37. ainda que, por vezes, leve uma vida inteira... e não chegue :)
    um beijinho, ana!

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  38. Gostei!...:)

    Então lá vai:
    "...Sei ter o pasmo essencial, que tem uma criança se, ao nascer, reparasse que nascera deveras..."

    Do livro que, na verdade, estou relendo:
    Fernando Pessoa - Obra poética II - Poemas de Alberto Caeiro.

    Tenha uma ótima semana.

    Beijinhos de luz

    Cid@

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  39. quanta coisa boa por aqui...

    segue um poema de um dos meus livros de cabeceira:Elisa Lucinda/ a fúria da beleza.

    Alvo

    Adoro uma bobeira
    Uma palhaçada
    Uma palavra à margem
    Uma idéia engraçada
    Uma sacanagem
    Adoro a surpresa da piada
    Uma indecência boa
    Adoro ficar à toa
    Fazendo trocadilhos
    Obscenos com sexo.

    Adoro o que não tem nexo
    E por isso faz rir
    Adoro a bobagem pueril
    A coisa que não tem rumo
    Que de repente me escolhe
    E me olha

    Preciso da besteira para obter a glória!

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  40. cris,
    que oportuno. crê-me que me faz todo o sentido :)
    um beijinho!

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  41. tu não vais acreditar, mas a página 34 do livro que estou a ler é uma página em branco
    Memorial do Convento de José Saramago

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  42. mas fica aqui a ultima linha da página 23 e a primeira linha da página 24, do mesmo livro:
    "pela casca não
    se conhece o fruto se lhe não tivermos metido o dente."
    Memorial do Convento, José Saramago

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  43. agora vou fazer um pouco de batota, mas gostava que isto ficasse aqui registado:
    " vá
    o demais demora
    e francamente
    nunca será teu

    vá vá vamos embora"

    Mário Cesariny

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  44. laurinha,
    no memorial do convento até as páginas em branco dizem mais do que todas as palavras juntas. é um dos livros da minha vida! e a passagem transcrita, então, encerra todas as verdades mesmo que sobre o manto da mentira.
    quanto a cesariny, eu li esse texto. belíssimo!
    um abraço|

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  45. Jorge,

    Como sou das pessoas que acredita que nunca é tarde, na altura vi este teu post e achei uma ideia plena de criatividade e muito aliciante. Não pude participar por falta de tempo, e como de momento não estou a ler nenhum livro, decidi arriscar nesta brincadeira :) e fui espreitar o teu 34º post e fui parar ao Porto algures entre a prosa e a poesia, entrando num espaço bem convidativo à luz dos candeeiros. Retirando a linha 8 dos textos que aí publicaste ... cheguei dessa viagem, ou seja,
    "do Porto, não fora o céu escuro e moribundo de estrelas e mais..." , "apontando a rota do recomeço" foi uma viagem para repetir, mas uma pena visitar o céu e regressar à terra "sem que nada possa trazer." :)

    É apenas uma forma diferente de ler, mas uma ideia genial e incrivelmente fascinante. Já vi o post da compilação dos que participaram e simplesmente adorei!

    Os meus sinceros parabéns!
    Beijinho!

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  46. a ideia era citar um autor a sério, hihihi!
    um beijinho e um agradecimento por teres vindo, jb.

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