escorre pelo baloiço
o hálito húmido do sexo
tantas vezes trespassado
pela gula do homem.
II.eurus
de que serve ter
raízes seguras
e troncos viris
se toda tu
és tempestade?…
praia da polvoeira
III. teoria do caos
uma borboleta bate as asas
em torno do sorriso.
sede é a sua boca
e desejo as suas asas.
por que não a deixas pousar no poema?
IV. vigília
o sangue inteiro
não chega para lavar os ossos
que pregaste na epiderme do lençol
antes do voo,
algures entre o ópio e a insónia. farol de são pedro de moel
kings of convenience, gold in the air of summer
... de que serves ter raízes seguras...
ResponderEliminarJorge... meu "sentir" hoje é particularmente confuso... há dias me sinto assim! Em meio a uma tempestade... com os pés fincados no chão... e meu coração fincado em um amor ausente.
Grata pelo carinho da última visita que me fez!
Gosto muito de ti... seus comentários são reveladores... sua interpretação é fantástica!
Deixo meu doce beijo nessa noite... com o desejo de... dias de paz...
Sil
Sempre aqui
As fomes, as sedes, As naturezas.
ResponderEliminarO homem e o caos.
Bendita desordem, benditas palavras de tantos quereres...
P.S.
Uma comunhão poemimagem, um conjunto para total exclamação!
grande abraço
que conjunto maravilhoso, mavioso, ou qualquer outro adjetivo que contemple a imensidão do lirismo presente nos versos,
ResponderEliminaraplausos com bis repetidos
abraço
Ah querido amigo, Céfiro tao esperado
ResponderEliminarTu que dissipas as neblinas dos morros de Portugal. Tu que trazes as brisas mais suaves: o aconchego nos teus braços de vento.
Todas admiráveis etiquetas marítimas (?). Mas, para mim são diletas "eurus" (com um tom tão clássico)e a teoria do caos aplicando-se ao poema. Curiosamente, a segunda foto (são suas?)me causa uma estranha nostalgia...
ResponderEliminarGrande abraço, poeta!
jorgíssimo,
ResponderEliminarvinha passeando os olhos pelas fotos até que tomei um susto... vi um caraleo peludo (rs) e gigante, decepado sobre as areias da bela portugal... no que voltei pra rever as fotos, constato que preciso mesmo é parar de beber... rs
só queria te fazer sorrir. sinto-te sorumbático.
e, para fazer um amigo sorrir, sou capaz dos maiores disparates... sou capaz da mandar "qualquer nota" no meu trumpete... dizer (e fazer) as maiores besteiras.
andava com saudades de vir aqui. estou voltando amigo mais que querido.
aceite um abraço meu.
r.
querida sil,
ResponderEliminarhá dias em que até o mar nos fita com o esgar de homem louco a quem a clarividência foi roubada por uma noite de solidão. a única certeza, porém, é que até ele sabe dormir...
um beijinho com votos de serenidade!
mai,
ResponderEliminarserá mesmo verdade que apenas diante do abysmo se pode ter noção do que é a terra firme? será mesmo verdade que a água apenas sacia quando ludibriada pela sede? será ainda verdade que o poema só sabe gritar quando toca os ouvidos daqueles que o lêem para lá das palavras?...
todos os teus comentários apontam para um sentido de resposta: "sim", simplesmente.
um agradecimento singelo, mas sentido!
amigo assis,
ResponderEliminarapenas etiquetas que valem a trivialidade para que apontam...
um forte abraço!
amiga cristiana,
ResponderEliminarcada céfiro esconde seu eurus e cada primavera prenuncia a invernia... serenas e suaves apenas as tuas palavras. teu segundo nome é a candura, definitivamente.
cuida-te.
um beijinho!
marcantónio,
ResponderEliminara respiração do mar é, tantas vezes, o pavio que incendeia a nostalgia, convertendo os céfiros em eurus, os édens em caos e cacos, casos maiores do devir...
um abraço!
p.s. as fotos (não sei se lhes possa chamar assim, pois apenas premi os botões indicados pelos manuais de instruções:)) são minhas.
oh, querido e tão especial amigo roberto,
ResponderEliminarpor momentos apanhei um susto; não sabia qual a ordem das fotos e quando te referiste a um "caráleo" na segunda, imaginei que pudesse ser eu próprio deambulando nas areias de portugal (hihihi). só sosseguei quando confirmei que te referias ao cepo arrancado de um qualquer mastro, já carcomido pelo vento e pelas ondas :)
sorumbático, eu? impossível, depois de te ler :)
um forte abraço, roberto de grau superlativo absoluto sintético :)
p.s. é sempre uma nova vivida com particular entuasiasmo a do teu regresso.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCada poema resgata a mesma alma.
ResponderEliminarNo entanto cada qual tem o seu próprio silêncio. Sinto uma mesma viagem mas
há (pressinto) intervalos e arrebatamentos
como se houvesse um voo primeiro, depois
um pouso sobre uma montanha. A vastidão do poema (de cada poema teu) faz-se antes das palavras (bem antes das palavras) faz-se em tudo que no poema está impregnado: tendões e réstias de uma sensível alma. Todos os teus poemas me dão a chance (dádiva) de resgatar também a minha alma e pressentir outras tantas em algum lugar. Forte abraço, meu amigo e obrigado pelo que despertas: profundo emudecimento poético e crença ainda maior na Poesia. Salve, Jorge!
Olá Jorge,
ResponderEliminarcada vez mais vibrantes e profundas as Etiquetas, que não se limitam somente à superfície.
em eurus, há que se ter a força das raízes entranhadas e um tronco forte para suportar as tempestades
em teoria do caos, "e desejo as suas asas."
as asas são o desejo e o poeta as deseja?
a imagem do cabo carvoeiro, me veio a lembrança de um fractal
aliás, parabéns pelas belíssimas fotografias
e muito bom o vídeo, o som, as imagens
viajei na subida da haste com seus acúleos e quase vi, ou realmente vi, uma bela rosa,mesmo não estando lá, gostei por demais.
mais uma vez, lindo!
beijo pra ti
boas fotos, penso que te vou roubar um delas
ResponderEliminarao que parece estamos viciados em drogas, daquelas que não se vendem, que não se compram
a factura a pagar é grande
fractura(s)
beijo
Salve Jorge, aqui percebo uma colcha de retalhos de poesias perfeitas... Fotografias cirando poesias por sí só, aff, que coisa mais linda!!!
ResponderEliminarQue essa inspiração seja abençoada.
conheci o mar já era adulta, foi um inesquecível encontro de águas. Adorei a postagem!
ResponderEliminarbeijo grande
Jorge, meu querido amigo, grande poeta
ResponderEliminarSinceramente, não sei de que palavras me poderia valer, para expressar-te, exatamente, meu encantamento. Aliás, substituo o exatamente por aproximadamente e, ainda assim, sinto-me abandonada pelos verbos, pelos substantivos, pelos adjetivos: tudo é vazio, justo quando quero dizer-te tanto...
Então, resumo: obra de mestre!
Abraço bem apertado!
Jorge, Poeta querido, belíssimos poemas!
ResponderEliminarAdoro essa forma sintetizada de abarcar todos os sentidos... poucos conseguem isso com tanta naturalidade, com tamanha sensibilidade.
Adorei!
Beijos
Bravo! Bravo!
ResponderEliminarFicou um lindo mosaicos, essa união perfeita das fotos com as etiquetas! :)
ResponderEliminarOlhando esse mar, me lembrei de uma frase do poema "Eu", que escrevi, muito tempo atrás, e que você já me deu o privilégio de ler:
_ Sou a onda que vem, tímida chegando, mas que volta correndo para o seu mar...
Lembra?...rs
Suas etiquetas, são como tatuagens, pois, querendo ou não, saimos daqui marcados.
(No bom sentido, viu amigo?)
Além de poeta, és um ótimo fotógrafo.
Parabéns também por isso!
Te desejo tudo de bom.
Bjsssssss
Cid@
Imagino o que um suspiro meu não causaria ao que se encontra do outro lado do oceano...
ResponderEliminarSó posso dizer que um suspiro, dado do lado de lá, causa um furacão em minhas emoções...
:)
Abraço, poeta simpático!
Essas etiquetas me deixaram tonta e tomaram
ResponderEliminarmeu ar, suspirei e me perdi no caos: voar ou pousar?
Um beijo!!
Poeta
ResponderEliminarDa nostalgia nasce o poema...no mar imenso mergulhamos no infinito.
O abismo fez-se palavra...fez-se poesia.
Beijo
Sonhadora
Ás vezes tudo parece esvoaçar pelo vento, nada adianta, e pergunto se tudo não passou de um sonho vão!
ResponderEliminarPoemas que arranham, outros que assopram; versatilidade e lirismo extremos, combinação que nos dá todo o viço dos olhos.
ResponderEliminarBeijo.
Jorge,
ResponderEliminarNasci aos pés do mar e sempre o tive como destino, como pele, como confessionário de dor e amor. Hj, ao ler tuas palavras, eu mergulhei ao fundo de uma imensidão de sentidos, do vazio q dorme comigo, alguma nostalgia me aparou, no mais a súbita sedução de desejos ilusórios.
Tocaste-me como nunca! Etiquetas e fotos perfeitas.
Um grande bj, meu poeta querido
ira,
ResponderEliminarnão nasci junto ao mar, mas sempre senti a sua respiração dentro de mim. ainda hoje, é na sua linguagem que encontro, quando necessário, a gramática do inefável e do inaudito.
de (aprendiz de) poeta para poeta: um beijinho líquido!
essas etiquetas aderem na pele feito algas...
ResponderEliminaruma mais marítima que a outra, como cria das águas, absorvo cada gota dessa fonte de ins(piração).
beijos em ondas sonoras!
II.eurus
ResponderEliminarE quem deseja calmaria?
Quero mais é tempestade :)
Beijos e trovões.
além de seres um poeta de primeira linha, és um fotógrafo de mão cheia.
ResponderEliminarevoé!
amigo domingos,
ResponderEliminaré nos silêncios que nos impomos e que se nos impõem que a grande oração da vida começa e acaba. a voz alça-se acima da montanha que escalamos ou divisamos em pleno voo, mas num e noutro caso, o silêncio será sempre os pés e as asas...
um forte abraço!
essa rosa de que falas, vais, estará sempre presente na escrita (ou pelo menos na minha); toco-as na dualidade do seu esplendor e sentido de ruputa; no aveludado das pétalas e no mais odioso espinho. nem que sejam, um e outro, a própria poesia.
ResponderEliminarum beijinho!
amiga laura,
ResponderEliminarleva-as todas. estão tão fraquinhas :)...
um abraço!
janina,
ResponderEliminarbem o dizes, por aqui (só) há retalhos; a colcha integral é uma urdidura que apenas se constrói mais tarde, com o teu/vosso olhar.
um abraço!
olívia,
ResponderEliminarhá coisas, lugares, pessoas, momentos... imperdíveis (porque se tornam referências pessoais e colectivas); o mar, por exemplo. como se diz por cá, "mais vale tarde do que nunca" :)
um beijo!
querida zélia,
ResponderEliminaro que há que epidérmico, circunstancial ou vazio nas tuas palavras? nada. carregam uma lucidez que impressiona, seja no maior dos poemas, seja num singelo aceno de além-atlântico.
um beijinho!
amiga do silêncio,
ResponderEliminarassim não vale... levas-me o rosto a um rubor indisfarçável, hehehe.
um beijo!
carlos,
ResponderEliminarobrigado pela presença e pelo carinho nas palavras.
um abraço!
querida amig@ cid@,
ResponderEliminarcomo não me recordar dessa onda-poema que, no balanço das marés, ora chega, ora parte, sabendo, todavia, de onde vem e para onde se dirige no derradeiro suspiro marinho... belíssimo texto, esse (como outros), que me deste o privilégio de conhecer.
um beijinho!
p.s. as fotos são verdadeiramente triviais e tecnicamente mediocres. não sei fotografar; antes primo o botão à espera do "clic" :)
"Só posso dizer que um suspiro, dado do lado de lá, causa um furacão em minhas emoções..."
ResponderEliminarora aí está a teoria do caos em todo o seu esplendor, ana com luz :)
um beijinho amigo!
lívia,
ResponderEliminarvoa, de vez em quando pára, pousa, remexe nos textos e espalha o teu perfume numa leitura-presença que para este malmequer é absolutamente indispensável.
um beijo com carinho!
sonhadora,
ResponderEliminararriscaria mesmo mais: que do infinito oceano provêm a nostalgia, o poema, o poeta e toda a palavra que os enforma. não o saber é tocar o abysmo...
um abraço!
michelle,
ResponderEliminarcomo diria sebastião da gama, nenhum sonho é vão, porque pelo sonho é que vamos, mesmo que sem nunca a lado algum vir a chegar...
um beijinho!
e o tempo a passar... e as palavras a permanecer... e o ser... como acontecer?
ResponderEliminarum beijinho, larinha! os teus comentários engrandecem em qualquer circunstância.
cris, amiga,
ResponderEliminaro mar trá-lo tu nas tuas palavras; entre águas indomadas e chãos por irrigar, há sempre a (ins)pira(ção) que arde na alma de quem te leia, consumindo, em (de)lírio, até ao mais recôndito poro dos ossos. e por isso te agradecemos.
um beijo, poeta-amiga-parceira de liras mil!
vanessa,
ResponderEliminarapanhaste-me. pois, tratemos de enrijecer as raízes e os troncos, afinal :)
um beijo!
Dessa vez vc se superou. Que conjunto de belezas, de lirismo, de música. Meu caro, que lindos versos, pude senti-los intensamente e viajei neles como personagem e como tema. Falaram comigo tão profundamente como nunca antes. Emocionei-me. Obrigada por esse momento.
ResponderEliminarBeijokas.
Oi Jorge...
ResponderEliminarPassando para agradeçer sua visita cheia de carinho! Com "ares" do mar que você sempre leva consigo e deixa lá para mim, com o frescor dessas águas! Adoro vc querido amigo!
Beijo com carinho em seu coração
Sil
Sempre aqui
Jorginho,
ResponderEliminarAs janelas que abres com teus versos sempre anunciam paisagens que teimam em se guardar aqui dentro, por trás dos olhos.
Eurus arrebatou o resto das minhas certezas. Às vezes, é melhor se render mesmo à natureza, não achas?
Adorei as fotos!
beijos e cheiros
lua nova,
ResponderEliminara escrita é tanto maais valiosa quanto maior seja o diálogo que com cada um de nós possa suscitar. não imaginas como o teu depoimento me deixa feliz.
um beijo!
silene,
ResponderEliminartivesse eu mais tempo para mim mesmo e garantidamente as viagens interblogues far-se-iam em muito maior número... sei que esse é um constrangimento de todos nós.
um beijinho!
pólen,
ResponderEliminara natureza encerra todos os mistérios (os já anunciados e os por anunciar). entendê-los é apenas ilusionismo; resistir-lhes: adiamento; aceitá-los: covardia; tocá-los como velo-de-ouro da epifania individual: poesia!
um beijinho!
essas fotos são tuas, queridão?
ResponderEliminarque coisaa mais linda! quando eu achei que o Senhor que não tinha como ser mais lindo!.....
Entrei nesta seara de belas palavras e fiz a minha colheita. Palavras belas, suaves, leve brisa no sentir de um poeta. Adorei. Beijo com carinho
ResponderEliminarJorge,
ResponderEliminar"uma borboleta bate as asas
(...)
por que não a deixas pousar no poema?"
Pois com um convite destes, sobrevoando cada etiqueta, ninguém resiste... e eu acabei de (re)pousar literalmente neste poema :)
Saciei a sede numa onda tempestuosa que logo se apaziguou em lençol azulado onde a realidade é sonho nas raízes do sexo.
Bato as asas em agradecimento por voar assim nestas palavras e ser, com todo o gosto, baloiço do vento que espalha a tua tinta pelo areal desse poema que me olha e que eu escuto em silêncio...
Adormeço assim entre a luz e a sombra do além atlântico!
Que posso dizer, Jorge, é simplesmente admirável a vida destas tuas etiquetas, a vida da tua poesia!
Beijinhos
carla,
ResponderEliminarsimpatia tua apelidares de "fotos" estes registos espontâneos de realidades imobilizadas, à espera da objectiva diamantina que lhes devolva a alma (tarefa em que, como se nota, eu fracassei). ainda assim, confirmo: são minhas as fotos. (ei, tens de andar mais atenta; o Senhor tem ao lado de cada coisa linda outra que a supera amplamente :)
um abraço!
rosa branca,
ResponderEliminaras palavras que levaste são tuas. deixei-as espalhadas por aqui para que aqueles a quem possam servir as levem. como elas agradecem!
um beijo!
querida jb,
ResponderEliminaré incrível a facilidade como, nas tuas leituras, descoses os textos e voltas a cosê-los, com linhas de cor diferente; ganham vida e respiram como se outras palavras... mas nunca deixando de ser as mesmas. admirável!
para variar, os próximos posts não serão poesia: proponho música e um desafio de leitura para os meus queridos amigos bloguers. aguarda-me, pois :)
um beijinho!
Boa noite, Jorge.
ResponderEliminarDas tuas etiquetas prefiro "a vigília" em que
"o sangue inteiro
não chega para lavar os ossos
que pregaste na epiderme do lençol
antes do voo,
algures entre o ópio e a insónia". A vida debate-se em permanência incerta entre a sombra dionisíaca da noite envolta em fumos opiáceos nos lençóis da insónia e a força apolínea que nos empurra num voo de luz prometaica para o sol que nos ilumina e abrasa. É o nosso fado sisífico. É o nosso destino. E a poesia (embora não apenas ela) o nosso encanto.
Continuas em forma.
Abraço.
PS Veremos o que nos propões com a música.
Amigo, ainda chego a tempo destas etiquetas?
ResponderEliminaro silêncio tem me assombrado, e o tempo me faltado.
as fotografias são sempre janelas que se avistam e nos fazem espreitar em tanto (neste caso), dos teus lugares.
Belas etiquetas, como sempre amigo :-)!
Beijinho!
jad, caro amigo,
ResponderEliminarde entre todas as referências mitológicas no teu comentário, agarro-me às de prometeu e sísifo, duas faces de uma mesma moeda, onde a ousadia e o castigo seguem de mãos dadas. há lá traço mais próximo do homem que o binómio desejo/castigo?
um forte abraço!
p.s. hoje mesmo haverá o post musical. it's a promise!
amiga andy,
ResponderEliminarse chegas a tempo? os amigos são o próprio tempo;: não passam; estão, simplesmente.
um beijinho com carinho desejando que reencontres o tempo (o outro, o que faz cara feia quando lhe sorrimos) para te ganhares a ti mesma.
de que serve ter raízes seguras e troncos viris se toda tu és tempestade + kings of convenience = :)
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