terça-feira, 7 de setembro de 2010

factura

alessandro bavari, trypticon

nenhuma factura
fará esquecer a chama trémula
que nos levou até às palavras de papel
que não conhecem silêncios.

nenhuma factura
fará regressar os frutos silvestres
que substituíste por cristalizados
na taça do centro da mesa.

nenhuma factura
está guardada na carteira.
agora pagas o teu leite
e eu o meu tabaco
(nunca gostaste de dentes escuros
e eu do hálito branco).

é verdade,
nenhum dos dois saiu ileso
do automóvel que perdeu a curva
mas também não adivinhávamos
que a noite nos caísse sobre o peito
rasgando-nos o ventre clandestino.
se a morte jamais avisa,
por que o faria o fim do amor?




catpower, in this hole

78 comentários:

  1. Entrei quietinha e permaneci silenciosa, revigorando meu espírito, com o encanto da tua poesia.

    Fez-me tanto bem vir aqui hoje.

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  2. nenhuma fatura (a)pagará os versos finais de uma história que saiu pela tangente.

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  3. angélica,
    as palavras são, tantas vezes, apenas o fluxo residual das perdas e dos ganhos; em síntese, das facturas a pagar e a receber. é preferível permanecer em silêncio, verdade?
    um beijinho!

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  4. Belíssimo, Jorge!
    Tudo perfeito, com um fecho mais do que espetacular: porque o amor avisaria que estava chegando ao fim?
    Identifiquei-me, enormemente, amigo, com este seu poema...
    Extraordinário trabalho, meu grande poeta e querido amigo!!!
    Beijos

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  5. francisco,
    a.mor te sempre c(h)ega. o automóvel está recorrentemente a perder a curva :)
    um abraço!

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  6. viva, ribeiro,
    será que no dicionário dos afectos, "estória" não será sinónimo de "tangente"?... já não sei...
    um abraço!

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  7. zelita,
    a grande verdade é uma só: os grandes desígnios da vida não nos escutam, não nos informam, não querem saber o que pensamos ou sentimos. nevitavelmente.
    um beijinho com grande amizade!

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  8. Jorge, meu queridíssimo,

    Nunca saímos ilesos de nossas muitas mortes, principalmente, dessas de amor e como somos impotentes quando a noite nos flagela! Não há fatura que devolva a calma da alma, nem a tormenta do corpo e nem mais, a vida de dois.

    Neste feriado de independência, eu, sempre tão dependente da poesia, a vagar pedinte o mel, esse mel, que agora encontro aqui. Lindo, tudo muito lindo!

    Bjinhos

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  9. ira,
    são essas pequenas mortes não anunciadas a verdadeira essência da vida, verdade? só porque são tatuagens que respiram sob a pele nos custa perdê-las.
    um beijinho e continuação de boa dependência poética :)

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  10. A essência está no imprevisível e é "invisível aos olhos". É feita de toques dos sentidos e da percepção dos "frutos silvestres", ainda que na lembrança.

    Tudo é uma aprendizagem.

    Um beijo!

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  11. Sub-reptícios eventos da existência...fico pensando. Os momentos de conclusão são mais extensos do que podem captar os nossos sentidos. Os fins se iniciam no começo, quando a gente ainda está embriagado de esperança.
    Belo poema, Jorge...E são sempre todos os seus versos, eis a verdade.
    Beijos,

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  12. a vida é uma incógnita
    nada faria prever aquela curava que acabaria
    por vos deixar rasgados pela morte
    mas a mote termina acaba a dor sai não a sentes mais
    nada prevê o fim de um amor se assim fosse jamais amaria na vida
    este é um sentimento maravilhoso mas dolorido quando termina
    (a DIFERENÇA) a morte não avisa acontece,~
    mas quando a morte nos leva leva também
    os nossos problemas e dor
    estas jamais sentiras
    a (DIFERENÇA ) AMOR QUANDO TERMINA SEM AVISAR!!!!
    ai sim caro amigo sofremos e bem mas quem avisa quem a vida é mesmo uma heroína
    bom ferido e boa semana

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  13. que sabemos nós sobre o fim das coisas, perscrutamos os inícios e apaziguamos a lenta dissolução em noites e dias, sobre o fim zelam deuses do imprevisto e sombras rotas de memória,


    abração

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  14. a imprevisibilidade e a invisibilidade são a porta da aprendizagem. seja na memória, seja no aqui e agora.
    um beijinho, lívia!

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  15. tânia, querida amiga,
    de semi-começos e quase-fins se faz a semi-quase-vida. é o círculo com pequenos círculos em si mesmo que, na espiral do tempo, define e molda. haja crescimento e aprendizagem.
    um beijinho terno!

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  16. anita,
    é bom reencontrar-te por cá.
    um beijinho!

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  17. caro amigo assis,
    nada... nada sabemos. e creio firmemente que ninguém (de condição humana ou divina) o sabe. são os hiatos que dormem entre as noites e os dias que nos visitam, destruindo a realidade e instaurando a memória (feita de fragmentos de nostalgia e saudade).
    um forte abraço, poeta singular!

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  18. Na beira do amor, o fim, que não se sutura com faturas. É sempre um golpe, que o retorno aos frutos silvestres e aos silêncios haverão de aliviar. A individualidade nos acolhe e resgata. Voltemos a nós, nossa verdadeira realidade.

    bj.

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  19. Tuas palavras perfuram minha alma. Posso morrer pro mundo, mas não pra suas palavras...
    beijos

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  20. ana lúcia,
    comentário como o nome: lúcido.
    seja no início ou no fim das coisas (como mesmo no seu interlúdio), há sempre e ainda algo que não pode ser, jamais, desvalorizado: o eu, com capacidade incomensurável para se refundir.
    um beijinho!

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  21. as palavras também não morrem para nós...
    um abraço não anónimo para ti que sentes a poesia.

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  22. "...que a noite nos caísse sobre o peito
    rasgando-nos o ventre clandestino"

    quando o corpo anoitece resta juntar os fragmentos até se fazer dia

    de uma profundidade o teu texto!
    beijinho amigo

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  23. querida amiga andy,
    bela imagem a tua. na desconjunção e recolecção das partículas da desagregação do todo, asseguramos a unidade. de dia... e de noite.
    um beijinho!

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  24. Sinais de chegada e partida são sempre tão parecidos...! O que atrai num momento é o mesmo que causa enfado, repulsa num outro momento...Avisos ambíguos,livres traduções, finais reticentes,porém sempre o contínuo da vida a nos causar surpresas que nem sempre pretendíamos. Grande abraço.

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  25. Sabe, Jorge... O real é demasiado cru e forte pra que possamos suportá-lo. O que a literatura faz, assim também como nossas crenças é amenizar os prováveis choques.
    A poesia é a melhor delas...
    Estou aqui com teus versos (e a questão final) ressoando em minhas vértebras... Sincronicidade total.

    Um beijo.

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  26. Jorge...
    parece que o amor...
    não avisa...
    nem quando chega...
    nem quando vai embora...
    mas...
    para onde o amor vai...?
    de onde ele vem...?

    Beijos
    Leca

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  27. Jorge Pimenta,
    camarada e amigo:

    vejo folhas secas
    debaixo de uma frondosa árvore
    e o vento (teus suspiros) arrastam
    as folhas e revigoram a àrvore

    (à noite, entre os galhos aponta-se
    o perfil da lua, forte e fulgurante...)

    não houve como comentar este teu belíssimo poema senão exprimindo com imagens.

    Pois as tuas imagens
    já me adentraram a alma.

    Forte abraço.

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  28. é o círculo fechado, rita, aquele onde a cabeça e o cauda se conjugam num mesmo movimento, arrastando-nos para a tontura e a vertigem.
    um beijo!

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  29. saber viver é aprender a colocar as questões certas, verdade, pólen? mesmo que as respostas não existam como universais...
    um abraço!

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  30. é justamente isso, leca. as perguntas certas são a chave para a definição dos enigmas existenciais. associo-me a ti nas inquietações.
    um beijinho!

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  31. caro amigo domingos,
    e as tuas imagens, então?... entre brisas e canícula, dias e noites, balcanização e revitalização, procuro alcançar o seu sentido e cruzá-lo com as incertezas dos meus versos.
    um forte abraço!

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  32. Hoje, no centro da minha mesa, não haviam frutos silvestres e nem cristalizados, mas sim um lindo bolo de aniversário.
    Não existia o fim (Deus me livre), de um amor, mas sim a continuação e a constância de amores sólidos como rochas, porém que sabem ser suaves como pétalas de rosas.
    Hoje, juntamente com o meu País, tive a minha festa.
    Quando eu era bem pequenina, minha mãe me dizia que o feriado e as comemorações [da Independência do Brasil], eram por causa do meu aniversário (o que eu ingenuamente acreditava...rs).
    Os tiros de canhões, a parada, etc., etc., etc., realmente não foram prá mim, mas o que minha família me proporcionou, te garanto que me fez sentir a mulher mais amada do mundo!...

    Belo poema o teu! Posso levá-lo como presente?...:)

    Beijos prá você, amigo.

    Cida

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  33. Jorge, meu caro, a leitura de um poema sempre me trai; acabo por abordá-lo como a um quadro que inevitavelmente se me impõe por um detalhe ou pelo fatura: são as mãos e os olhos num El Greco, aquela isolada fruta num Cézanne, ou aquele cipreste retorcido ao ritmo das pinceladas num Van Gogh e por aí vai. Apego-me aos fragmentos brilhantes que querem se separar, criar um cisma. E neste caso é essa admirável imagem da substituição dos frutos silvestres por cristalizados que pode ser aplicada à muita coisa na vida, além do amor. Essa taça no centro da mesa, não é uma natureza-morta, está a meio caminho; não é artificial, ainda retém sabor, mais já não é aquele original e cheio de frescor. É algo posto a salvo da decomposição, perdendo, porém, o aroma intenso das coisas findáveis. Ao menos foi assim que o li.

    Grande abraço, poeta!

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  34. O que nos acontece durante a vida caminha sempre para um fim, assim como a própria vida. Inevitável e bem triste é a incerteza de sua duração.
    Beijo, Jorge.

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  35. Hum... o fim inevitável, e a poesia como que partindo os bens (e mals). Lembrou-me um pouco de algo que escrevi, se quiser ler: http://laramaral-teatrodavida.blogspot.com/2010/04/divisao-de-males.html

    Claro que o seu, com sua maturidade e grandeza poéticas, amorfina-nos muito mais, mas só para lhe deixar como lembrança.

    Beijo.

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  36. querida amig@ cid@,
    tenho a certeza de que d. pedro, ao pensar na revolução, terá decidido esta data para que o fogo de artifício e demais comemorações que estão associadas à efeméride pudessem coincidir com o teu aniversário :)
    quanto ao poema poder funcionar como presente de aniversário: é-o, com certeza, embora saiba que todas as palavras se tornam menores comparativanente com a grandeza do teu coração.
    um beijinho!

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  37. marcantónio,
    essa tua agudeza de espírito mostra-nos sempre os feixes de luz que existem mesmo no mais negro dos abismos. agarro-me aos detalhes, também, para perceber o que, por vezes, o todo fecha em si mesmo, num jogo de inexpugnabilidade interpretativa nem sempre fácil de desmontar.
    um forte abraço e... fruta cristalizada:)!

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  38. dade,
    vida é sinónimo de fim, decepção, morte, mas também de recomeço, optimismo e redenção. a poesia é-o, também!
    um abraço!

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  39. larinha,
    queria tanto poder tocar este teu texto, mas não consigo chegar até lá... a hiperligação falha sistematicamente. será que mo podias deixar aqui, sob a forma de comentário, ou mesmo enviar?
    um beijinho!

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  40. Deliro com seus textos, vou junto com sua mente.

    bjs
    Insana

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  41. Implacável!

    O fim é o fio da fossa.

    Beijos e aplausos, amado-amigo.

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  42. insana,
    curiosamente reparei no teu blogue que escrevemos sobre as mesmas coisas, em tons semelhantes. não resisti a deixar-te um comentário lá.
    um beijinho!

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  43. cris, amiga,
    até o mais fulgurante dos trens tem de enfrentar cordilheiras intransponíveis. o carvão e a certeza do caminho tantas se revelam incapazes... porque os trilhos mirraram sob o manto do tojo agreste.
    um beijinho, parceira poética dos mil encantos!

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  44. Não conheço silêncios e não sou boa em remoer sentimentos..
    Lembranças me afetam...
    As coisas em mim, findam sem começo.
    E fim é sempre fim...

    Encantada.

    Beijos mágicos
    Fabricante de Sonhos
    (Twitter: @millaborges)

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  45. Jorge
    A morte as vezes até avisa, mas que adianta se o fim é inevitável?

    Lindo poema e a música de Cat Power lembrou-me Beethoven (Sonata para piano nº 14).

    Tristeza em tom menor.
    Bj

    Rossana

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  46. quando o fim chega sem que as coisas tenham começado, voltemo-nos para fábrica de sonhos. e tudo é possível em sucessivos recomeços.
    um abraço, fabricante de sonhos!

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  47. rossana,
    absolutamente de acordo: entre avisos, sinais, indícios e quase certezas, a todas as mortes em que tropeçamos nos trilhos da vida emerge igual condição: a (in)finitude.
    catpower é, na verdade, a diva das sensações docemente melancólicas.
    um beijinho!

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  48. Havera sempre citatrizes...
    Passeando pelo mundo dos blog's cheguei ao teu...parei...li e gostei...
    Beijo d'anjo

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  49. com os animais aprendemos a lambê-las (as cicatrizes), verdade?
    um beijo (de) sonho!

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  50. cid@,
    um (ainda) sorriso e beijinho de aniversário :)

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  51. Nossa!
    Que delícia em versos encontro aqui.
    Passa la no meu canto de contos.
    Vou adorar que me diga o que acha.
    Bjins

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  52. Jorge, querido.

    Sabe que lendo seu texto, fiquei aqui pensando quantas vezes eu sai sem cicatrizes, marcas, sombras, ou ilesas das minhas dores, ou mortes diárias?
    Porque a gente de uma forma ou outra sempre sai SO-brevi(VIDA).
    Mas o fim dos amores, realmente nunca avisam.
    Talvez essa seja uma morte que se demora a devolver a vida.
    Aquela vida...

    Te abraço com carinho!

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  53. "se a morte jamais avisa, por que o amor faria?" fantástico!
    é uma questão/resposta para a insistência de nossas divagações: "ah! o amor!", "por que o amor?", "por onde o amor?"... não caberia aqui todas as palavras que traduzem os suspiros causados por esse tal amor.

    gostei do blog!
    seguindo
    AbraçãO

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  54. Relendo sempre... E cada vez mais tenho a sensação de que lá, onde a luz se fez presente, fiz sombra com meu próprio corpo...

    Tua poesia desassossega.

    Mais beijos...

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  55. Relendo sempre... E cada vez mais tenho a sensação de que lá, onde a luz se fez presente, fiz sombra com meu próprio corpo...

    Tua poesia desassossega.

    Mais beijos...

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  56. Jorge querido, como sempre teus versos são lindos e profundos.
    Fiquei a pensar nesta imagem dos frutos silvestres sendo substituídos por cristalizados...tenho aversão a tudo que é cristalizado, desidratado. Dão-me sempre a sensação de que perderam a vida do pior jeito, murchando, tornado-se múmias do que foram um dia. Penso em quantas vezes fazemos isso, idolatramos múmias do nosso querer...

    ah, meu querido, deixo-te um beijo
    que hoje estou um tanto estranha...rs

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  57. As palavras são reflexo dos sentimentos. Não dá pra viver fortes emoções, fortes decepções e sair o mesmo. Sempre nos marcam, coisas boas ou ruíns. marcas que nos acompanham por toda uma vida. Você é quem permite o que vai ser eterno em você. Nós é que devemos ser seletivos com o que vamos eternizar em nós. Um bom fim de semana pra nós!

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  58. É verdade...mas o melhor de tudo é perceber que não há como sair ilesa de seus poemas...cá estou, perdida na curva! Beijinho, carinho.

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  59. vou já a correr para lá :) procurarei a luz que sobra dos reflexos (e afins).
    um beijinho!

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  60. ups... acabo de abrir o teu perfil, mas não encontro qualquer hiperligação para o "canto de contos". se puderes, manda-me o link, por favor...

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  61. sil,
    entre as mortes quotidianas e as vidas que nelas se diluem (num exercício de equilibrismo que nem o mais resistente dos artistas consegue vencer por completo), emerge aquilo que lexicalmente desmontaste num neologismo de poliossemia irresistível: so.breve.vivo.
    ora aí está a chave da equação.
    um abraço!

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  62. erica,
    as perguntas são sempre a maior fonte de inquietação humana; as respostas: apenas a cínica ilusão.
    um beijinho!

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  63. pólen,
    o desassosessego é o sinal maior da vitalidade emocional, verdade? antes desassossegado do que gelidamente moribundo...
    um beijo!

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  64. querida andrea,
    que bom ter-te por aqui.
    na vida cruzamo-nos com todo o tipo de frutos: verdes, maduros, serôdios, podres, plastificados, cristalizados, de vidro... de todos, o que mais me impressiona é o sujeito a cristalização; não apenas por inevitavelmente o associarmos ao processo humanização, mas, sobretudo, por semânticamente o termo reenviar para a fixação num determinado estado - estagnação.
    um beijinho!

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  65. particularmente sugestiva a ideia de a eternização passar pelas nossas escolhas. hum... essa vai ficar aqui a remoer...
    um abraço, feelingwhattheothersfeel!

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  66. daniela,
    a tua presença é sempre tão agradável. os poemas agradecem quem os tão bem sabe ler!
    um beijinho!

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  67. essa musica da cat power é bela, alias, a cat foi minha companheira de muitas noites onde o sono não chegava...
    o fim do amor não avisa, mais porque somos cegos e não vemos os sinais que por muitas vezes brilham e nos ofuscam.
    beijo!

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  68. olá, so sad!
    também para mim catpower é uma referência musical. a doce melancolia escorre dos acordes da sua guitarra, mas, sobretudo, da magia da sua voz. imagino-a, mesmo, a ter um blogue e a intitulá-lo "so sad" :)
    um beijo!

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  69. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...


    AFECTUOSAMENTE
    JORGE

    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

    José
    Ramón...

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  70. A gente nunca sai ileso.

    Qui puxa, diria o Charlie B.

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  71. jose ramon,
    fico profundamente sensibilizado com o gesto de grande sensibilidade poética que aqui pousaste. um muito obrigado!
    um abraço!

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  72. vanessa,
    absolutamente de acordo; nunca se sai ileso de (quase) nada. a estrada também tem tantas curvas :) qui puxa!?...
    um beijinho!

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  73. É caro Jorge, com uma dosagem precisa de reflexão vem à memória como a cor do sangue se faz presente no roubo dos corações. Faz parte não é do ciclo da vida!?

    Save Me Now (tradução)

    Estou aqui
    Aqui em um lugar
    Lugar que nunca estive antes
    E completamente sem amor
    E com medo que você
    Não me deixe entrar
    Você veio até a mim
    E aí comecei a perceber
    Que meus sentidos
    Tinham me deixado morrer
    Onde estão minhas forças quando mais preciso delas?
    Então, me diga:
    O que foi que você fez om minha mente?
    Da profundidade de minha paixão
    Eu poderia me afundar
    No mar de amor
    e de isolamento
    Te levarei comigo
    Se você simplesmente
    Todo aquele tempo
    que me entreguei
    Eu me entregaria a você
    E todo aquele amor
    Amor que nunca fiz
    Eu faria com você
    E nada seria
    Mais eletrizante para mim
    Do que te dar
    Uma prova de todo amor
    Que tenho guardado dentro de mim
    E na condição que estou
    Estou completamente perdido
    Então, diga-me
    O que foi que você fez com meu orgulho?

    Enfim, ave rara, excelente post.


    Priscila Cáliga

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  74. priscila,
    é caso para dizer: excelente post, o que aqui deixas :)
    são vários os ciclos da vida, cada vez me convenço disso em maior dose. vive-se e morre-se dez, vinte, trinta vezes. e o drama maior: é que isto só sucede, porque nunca conseguimos viver e morrer tudo de uma vez, de modo completo e inteiro. enfim... desígnios e fragilidades do ser humano.
    um beijinho!

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  75. nossa levou tempo para chegar aqui
    para te deixar um beijo e votos de um bom fim de semana

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