terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

lugares

fotografia de pedro polónio,
http://club-silencio.blogspot.com

trago-te sempre às costas
e como eu gosto dos teus dedos.
suspiro quando percorrem a minha coluna,
brincam violentamente com a espinha
nos lugares onde as metáforas fazem ninho.

as costas são o litoral do corpo.
estendem ímanes sobre as mãos
e todos os frutos silvestres por roer
mesmo se nenhum de nós sabe o jogo
onde se lançam dados viciados,
mesmo se nenhum de nós sabe o fogo
onde navegam deuses alados.

e eu quero perder-me
aí, onde os mapas se rasgam ao vento
e a areia molda os nossos corpos
[e quero que passes, quero que fiques].
e eu quero perder-me
aí, na tempestade das pernas
e na orla dos joelhos que ardem
[e quero fugir, quero ficar].

se mergulhar um dia
sei que não vou ficar, aí
[as horas lentas
escorrem pelas paredes
mancham os lençóis].

se cair um dia
sei que não voltarás, aqui
[o pássaro será de papel
girando em órbitas de giz
atadas às linhas da tua mão].

e esse espaço que o teu corpo ocupa
jamais será meu.

laura alberto & jorge pimenta


the legendary tiger man, life aint enough for you

79 comentários:

  1. É um prazer escrever contigo, uma honra.
    Quando penso na vida e nos seus caminhos, acredito que nada acontece sem um motivo. Tinha mesmo que dar aulas em Viatodos, tal como este ano repito a experiência em Freamunde.
    A prova é que hoje continuamos, a doida radical e o pedante inchado, parecia impossível!
    Beijo amigo
    Raquel Mendes (Laura Alberto)

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  2. dedos trêmulos
    e um aroma
    devastador
    ...


    Laura Alberto,
    Jorge Pimenta
    seus encantos
    têm asas
    ...

    abraço e beijo
    os dois corações.

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  3. Meninos, uma parceria deliciosa, sempre, essa de vocês. Eu fiquei amando, entre outras imagens, os lugares onde as metáforas fazem ninho. Bom demais ler vocês e tentar adivinhar onde se encontra o tênue e delicado fio dourado que une versos de um e de outro. Parabéns aos doi mais uma vez.
    Beijos,

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  4. O teu poema fez-me lembrar a música da Mafalda Veiga :
    "Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
    e o mundo nos leve pra longe de nós
    e que um dia o tempo pareça perdido
    e tudo se desfaça num gesto só

    Eu vou guardar cada lugar teu
    ancorado em cada lugar meu
    e hoje apenas isso me faz acreditar
    que eu vou chegar contigo
    onde só chega quem não tem medo de naufragar"

    Amei cada linha.
    Beijo

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  5. amiga,
    quando penso nos passos que cruzámos e descruzámos desde viatodos, emcontro motivo para crer que nem sempre o que não parece não é :)
    a doida radical e o pedante inchado, com tamanho de sapatos tão diferente, haveriam de descobrir, por debaixo das solas do tecido social tantas afinidades em áreas tão essenciais à construção do edifício humano: na música, no cinema, na literatura (lida e escrita), na comunicação, nos detalhes, nas pedras de lugares, no jornalismo escolar, nos ideais pedagógicos...
    laurinha, seja em viatodos, em freamunde, ou na china, o essencial não conhece distância.
    beijos!

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  6. camarada domingos,
    trémulo tenho andado eu lendo as tuas preciosidades poéticas e sentindo-me incapaz de as comentar. que se passa com o teu blogue? não consigo aceder à área de comentários... por favor, vê o que está a faltar, ou as palavras explodem-me na boca.
    um abraço, poeta-amigo!

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  7. quando leio os nossos textos chega uma altura que já não reconheço o que escrevi e o que tu escreveste, faz sentido, como se fosse uno!
    Obrigada a todos que comentam o texto, como não domino a arte da resposta, deixo que o Jorge responda e agradeça por mim, :)! (Na verdade, até as respostas dele são poesia, não?)
    Beijos
    Laura

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  8. mergulhei aqui, fico e volto sempre.

    encantam-me estes textos a quatro mãos. eu que pensava a poesia como atividade tão solitária...

    parabéns!

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  9. Um poema a quatro mãos, onde o tacto se inscreve numa sensualidade quase "tocável".

    L.B.

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  10. taninha,
    ainda hoje procuro por esses lugares onde as metáforas fazem ninho. umas vezes, sinto-me perto de os tocar, outras parece que são apenas miragem. quem sabe procuro no lado errado? quem sabe não estão mais perto do que possa supor? quem sabe não estão dentro de mim, na esquina de um verso ou no aceno teu, amiga?
    obrigado pelo teu carinho assíduo e sempre tão estimulante. crê-me que tu, a tua poesia e a tua amizade são seguramente um porto onde as metáforas de mim fazem ninho!
    um abraço!

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  11. sandra,
    conheço a música que me passava despercebida até ao dia em que reparei na letra. aliás, aprendi a reparar nas letras da mafalda veiga e dei-me conta de que, goste-se ou não das suas melodias, ela não é apenas uma letrista emérita; é uma poeta imensa. esta letra, então, é um verdadeiro assombro.
    beijinho!

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  12. laurita,
    a minha avó diria, se pudesse ler-nos, uma de duas coisas:
    a) um diz mata e o outro esfola!
    b) que doidos varridos!
    (não sei qual delas diria, mas sou capaz de adivinhar, hihihi).
    em síntese: inteiramente de acordo contigo - relendo o texto, já não sei o que passou pelos meus e pelos teus dedos, hehe.
    beijos!

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  13. ana,
    e volta que gosto tanto de te ter por aqui.
    como te entendo: a poesia é, por definição, uma área tão pessoal e intimista que tende a ser perspectivada como um fenómeno de escrita pessoal. mas, quando as mãos têm o mesmo tecido celular, às vezes arrisca-se. nem sempre bem... mas a experiência em si mesma (independentemente do resultado) é gratificante.
    beijinho!

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  14. lídia,
    e como o poema sente... geme... contorce-se... porque deseja mesmo ser tocado.
    um abraço!

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  15. Li, reli o poema e não consegui saber, onde começa um e acaba o outro. Não há dúvida...se completam. Adorei meus meninos. Beijos com carinho aos dois poetas

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  16. gentefina, quiqui é isso..... toda linha eu queria marcar como uma imagem inteira..... cada estrofe é melhor que a outra.... um delírio, um delírio.

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  17. Maravilhoso!

    "e eu quero perder-me
    aí, onde os mapas se rasgam ao vento
    e a areia molda os nossos corpos..."

    Perco-me nessas palavras...

    Parabéns!

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  18. Antes de ver, já sabia ser outra parceria...

    : )

    Outra expedição de arrepiar...

    Dedos navegantes desbravando o continente do corpo... a começar pelo litoral...

    Bom demais ver dois poetas em sintonia...

    Beijinho de Luz, Jorge alado...

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  19. A parceria continua bela, cheia de peles, toques, dedos, com uma sonoridade impecável, o desejo do encontro que se realiza no dueto é extasiante! Beijos

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  20. eu me deixei quedar "nos lugares onde as metáforas fazem ninho". o verbo tece, afia e rodopia. qual o limite das águas?

    beijo e abraço

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  21. meu camarada, amigo, grande poeta
    de fato excluí a opção comentários
    mas (quando te envolver a epifania)
    basta acessar meu e-mail
    lacaiodapoesia@yahoo.com.br



    forte abraço,
    irmão.

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  22. Jorge e Laura, que poema intenso!!

    O pássaro pode até ser de papel, mas o coração acelerado que vocês provocam não é!

    Adorei o clip: "life aint enough for you"

    Beijinhos aos dois...

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  23. Laura & Jorge... Jorge & Laura...
    Uma parceria que sempre da certo.
    Não tem erro!

    Hoje, me senti até em sintonia com vocês, pois enquanto por aqui existem "frutos silvestres por roer", lá no mosaicos tenho "fruta mordida".
    Não é que a gente quase que faz uma salada de frutas?...:)

    E para ambos eu digo: Bravo!

    Sintam-se abraçados e envoltos no calor que se faz por aqui.

    Do lado de cá do mar,

    Cid@

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  24. belíssimas metáforas a nos banhar...

    dá gosto de ler!

    beijos cristais.

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  25. ... não sei quem é de encantos, se eu se tu...

    curvo-me perante vocês dois, Laura e Jorge
    comento em gesto porque, apesar de ter permitido por várias vezes, que o meu olhar engolisse esse poema, não consegui ainda acalmar as palavras..., numa guerra que parece ser sem tréguas...
    assim, e... até lá...
    deixo meu beijo e admiração para ambos, Laura e Jorge :)

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  26. Se perder e se encontrar nos lugares do corpo e dos versos..
    onde a imensidão do sentir toca a nossa imaginação!
    belíssimo e perfeita parceria mesmo!
    sem palavras..
    beijo ao dois.

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  27. rosa branca,
    fiz esse exercíco há instantes. confesso que também já não sei qual é de quem, hehe.
    beijinho!

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  28. walkiria,
    tive de parar, ler, reler e treler "gentefina, quiqui é isso" para tentar entender o que significava :). delícia tropical que atinge o ponto mais quente no "quiqui" ("o que é", verdade?), hehehe!
    beijos meus e da laura!

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  29. sabes, palavra francesa, que acredito mesmo que quantos mais mapas, astrolábios e bússolas, mais tendemos a nos perdermos... afinal, a areia é a matéria de que moldamos os corpos...
    beijinho!

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  30. aninha-de-luz,
    que réplica perante este teu incomentável "dedos navegantes desbravando o continente do corpo... a começar pelo litoral...". a poesia começa e acaba justamente nessa costa...
    um abraço!

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  31. luíza,
    a poesia pode também ser táctil? aí está uma bela questão que inauguras no teu comentário. estou a ficar convencido de que não só pode como deve :)
    beijos!

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  32. assis, querido amigo,
    as águas encontram o seu limite na extensão humana da sede. mesmo que a boca já a não saiba beber...
    mil e um abraços para ti!

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  33. camarada-amigo domingos,
    pois não silenciarei a voz. o belo fez-se para contemplar com os lábios em ponto de exclamação. adoro o que escreves!
    um abraço!

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  34. lívia,
    nesta rede de afectos acredito que sejamos mais aranhas do que pássaros. comentava esta metáfora, há instantes com uma colega... o voo é frágil e raramente passa do tecto (ou não fosse o avião de papel); as aranhas mordem e fogem, confundindo-se com o mais esquivo da teia que urdem... sempre a coberto das investidas dos predadores.
    ai, esta nossa humana falácia!
    um abraço!

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  35. Jorgito, poeta de tantos mares,
    Perdoe-me ou não a ousadia, mas ao ler esse poema de par, nada mais me veio ao pensamento que a palavra TESÃO.
    LUGARES é, exatamente, o ritmo do ato de amar
    passes/fiques
    fugir/ficar
    Bravo, bravo, aos 2 poetíssimos
    Bj mergulhado no espaço, meu doce amigo

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  36. querida amiga cid@,
    a fruta por morder e a fruta roída são, uma e outra, tantas vezes a mesma história com protagonistas diferentes, verdade? :)
    beijinho com os lábios gelados de um frio siberiano que teima em não deixar portugal!

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  37. cris.tal de parcerias ímpares,
    quando nos banhamos em nova metáfora a duas mãos?
    fico a aguardar.
    beijinho de especiaria!

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  38. amiga-dos-encantos,
    definitivamente, contigo as palavras têm o travo doce das romãs sobre o tecido do outono. qualquer entrada tua num texto é uma porta que deixa atrás de si um rasto de portas outras, abertas, semi-abertas ou nada abertas. a única coisa que se fecha? um manto de mistério verbal que as envolve.
    beijos encantados!

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  39. nem sempre a perda significa encontro, mas todos os encontros pressupõem a perda prévia. percamo-nos, pois!
    beinjinho, querida ingrid!

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  40. ira, amiga doce de voz certeira,
    que dizer-te senão que tantos dos tesões que geram as maiores tensões provêm de imperativos volitivos (antítese?) onde se reengendram os dilemas passar/ficar, fugir/regressar?
    haverá resposta?
    ousaremos dar resposta?
    quereremos a resposta?
    haja vento e que as perguntas continuem a ser o caminho.
    beijinho imenso, poeta admirável!

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  41. Parabéns à dupla de sucesso.

    Este poema deixa,implicitamente?! o sabor e o desejo das paixões que sempre acabam...

    Well done!

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  42. Parabéns à Laura e a você, Jorge.
    Também gostei muito da imagem e do vídeo... :)

    Os mapas nasceram para serem rasgados.

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  43. Laura e Jorge,
    amei completamente!
    com tanto de quente, quanto de profundo,
    a vossa escrita tem sempre o q.b. de todas as coisas!
    Admiro-vos imenso.
    Beijos

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  44. Um poema bem quente que me deixou sem ar e com agua nas bocas. rs

    bjs
    Insana

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  45. Não importa por ondes andas, se já tão distante, se você vá ou ficará, não sei, gosto deste teu jogo, o de querer ficar comigo!

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  46. Depois de ler tantos poemas lindos
    só me resta dizer parabens .
    E ja entrei seguindo nem poderia ser diferente.
    Eu não sou poeta mais fã eterna de quem escreve com tanta maestria.
    beijos carinhosos,Evanir.
    http://www.aviagem1.blogspot.com/

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  47. Poesia que preenche essas lacunas do corpo. Parabéns aos dois!

    Beijos.

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  48. Olá Jorge. Entre ir e ficar, fica a difícil escolha. O Poeta quer os dois. Ele consegue e por isso não lhe conhece a normalidade!! Gosto saber a palavra...

    Abraço

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  49. fernand´s,
    há coisas que estão para lá da nossa capacidade volitiva :)
    beijinho!

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  50. nacasadorau,
    é justamente como dizes: o sabor e o desejo das paixões... ou o agridoce que começa por depor mel nos lábios que logo se converte no inevitável fel da separação e da queda.
    um abraço!

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  51. andressa,
    não mais esquecerei esta tua tirada: "os mapas nasceram para serem rasgados". antes ou depois da chegada ao destino? :)
    beijinho!

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  52. querida amiga andy,
    e a tua presença é o q.b. que ajuda a dar sentido à escrita.
    obrigado!
    beijo!

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  53. adorei o teu comentário, insana. subtil e sempre com aquele aroma travesso que podemos sentir lá no teu blogue :)
    beijos!

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  54. michelle, querida,
    só quem vive o dilema de não saber se deve ficar ou se deve partir é que tem plena consciência do que é ter e perder...
    beijos!

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  55. evanir,
    agradeço a tua paragem por aqui bem assim como as palavras que soam como primaveras no coração.
    vou lá passar, obviamente.
    abraço!

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  56. oh, larinha,
    ciclo vicioso, este, hein? o corpo obriga as mãos a recorrer à poesia, mas é a poesia que, mais que tapar, acaba por acirrar as feridas já existentes no corpo. irónico, no mínimo. que fazer?
    beijinho!

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  57. querida nãosoueuéaoutra,
    só com o traje do poeta e os sapatos da poesia é possível apaziguar os contrários. preocupa-me é que, qual cinderela, um e outro também estão sujeitos à quebra do encantamento após as dozes badaladas. ou seja, e quando forem, não poetas e poesia, mas apenas homem/mulher? sei lá... sei lá... enquanto não chegam as respostas, escrevamos todos, verdade?
    abraço!

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  58. Palavras saudáveis que saúdam um belo poema de vida e amor misturados com o sal dos sentidos.
    Jorge Manuel Brasil Mesquita
    Lisboa, 03/01/2011

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  59. Saudações Jorge e Laura,
    mais uma vez e bem repetido:) PARABÉNS
    Lugares
    às costas
    teus dedos
    minha coluna
    a espinha
    as mãos
    das pernas
    dos joelhos

    ...

    e todos os lugares que não foram citados, mas insinuados
    pertencentes a um único corpo que daria não só um belo poema, mas um livro, de tantos são os lugares

    abração procês

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  60. jorge manuel, meu homónimo :)
    palavras que sorriem; olhos que se inebriam.
    um forte abraço!

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  61. a geografia do corpo é todos os lugares do mundo, verdade, amiga?
    beijinho, amiga vais!

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  62. "eu quero perder-me
    aí, onde os mapas se rasgam ao vento"
    e assim eu também me queria estar perdido por aí

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  63. Jorgito,
    Voltei pra te agradecer e dizer q deixei um comentário, pra vc, lá no Faces.
    Bjs

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  64. Lugares...onde se dispensa qualquer tipo de mapa...pois os sentidos...os sentimentos...levam nos lá certinhos:)
    Beijo d'anjo

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  65. as costas, no fim, são o melhor lugar para carregar quem se ama. E eu achando que seria no coração.. Puft.
    beijinhos! :*

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  66. o melhor mapa, caro ediney? não é o da estrada ou o astral e muito menos o do tesouro. o único mapa em que acredito é mesmo o das pegadas que deixamos sobre a terra.
    um forte abraço!

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  67. amiga ira, estive no faces há instantes (a vertigem do dia, com exames intermédios para corrigir, não me deixou muito tempo livre para lá ter passado antes). devo dizer-te que ainda bem que já cumpri as tarefas profissionais do dia, pois perdi a voz e os músculos no teu comentário. sinto exactamente o mesmo relativamente à mão e à tinta que respiram desse lado do oceano.
    um beijinho!

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  68. nem mais, sonho.
    são os passos de que falávamos há instantes [o ediney e eu] quem borda os mapas de linho que se fazem faróis no interior da íris de cada um de nós.
    um beijinho e sonhos!

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  69. nas costas, no coração, na boca ou nos pés, desde que caiba :)
    beijos, tatá!

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  70. Cada uma de suas folhas
    lavando todo o meu cinismo
    inclinando-me para o ar que me colhe
    feito trigo novo, ardiloso, ardido
    empresto o teu peito ao sumo
    desses teus músculos nas sentenças apimentadas
    não consigo decidir se
    se te colho em ordem alfabética ou se
    sorvo das tuas sentenças colhendo da minha desordem ou se
    apimentando uns pássaros
    cresço sementes à árvores que descem sombras que despem raios,
    oh raios!
    teus picantes despojos, Jorge, pintando mundos aos meus desvarios.


    trago-te sempre às postas
    trago-te
    e quase sempre e quando não
    trago-te.

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  71. Divino, maravilhoso, meu querido Jorge!
    Sou repetitiva: você e Laura juntos, si da frente...
    Demais!
    Enorme abraço e parabéns para os dois , dupla imbatível!

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  72. Que beleza de poema, Jorge e Laura! "nos lugares onde as metáforas fazem ninho" é incrível de belo. Parceria melhor que essa conheço bem poucas.

    Beijos aos dois.

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  73. carla, leio (e o tempo verbal é intencional; ainda não parei) o que aqui escreves mais vezes do que a maioria dos meus poemas e os dos outros. ena, menina, que explosão é essa que aqui depões? a propósito de uns versos de rosto pálido decides atirar-nos com a lava mais fremente que só cabe nas bocas que aprenderam a cuspir assim: palavras de fogo, emoções a arder em chamas polidas. curvo-me perante este neo-prometeu que descobriu onde os deuses escondem tudo aquilo que vale a pena pilhar.
    trago-te na voz;
    trago-te a voz.
    beijos!

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  74. zelita,
    a e.terna doçura. como é especial ter-te por cá.
    beijos meus e da laura!

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  75. dade,
    deixas-nos a engolir em seco.:) ainda para mais vindo de alguém que tem a voz tão afinada quanto a tua.
    resta-nos agradecer sem metáforas ou ninhos mas no sentido mais referencial das palavras: o que vem do coração.
    beijos mil!

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  76. "e como eu gosto dos teus dedos.
    ...
    nos lugares onde as metáforas fazem ninho.
    ...
    e eu quero perder-me
    ...
    [n]esse espaço que o teu corpo ocupa"

    Lido desta forma
    é viagem poética
    que me deixa sem palavras...
    Apenas desejando
    conhecer esses lugares
    "onde as metáforas fazem ninho"

    Já li vezes sem conta e apenas sei que me delicio carregando este lugar às costas :) pois são "mapas" que quero guardar no coração...

    Parabéns a ambos!

    Beijinhos

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  77. jb,
    só hoje, alguns dias depois de teres por cá passado, me apercebi do teu comentário. lindo e pessoalíssimo, como sempre. desculpa o silêncio.
    um beijo!

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