maria valentina
são mais de mil
as lâminas que espreitam
na varanda dos olhos.
debruço-me
sobre o horizonte breve do livro
[o poema nunca escolhe a mão:
deus, homem, poeta ou demónio?]
a única queda que aceito?
a água no seu leito.
são mais de mil
as flâmulas que espelham
na voragem dos olhos.
debulho-me
sobre o horizonte bardo do livro
[o poema nunca encolhe a mão:
ateu, bicho, poeta ou anjo?]
a única veda que aceito?
a alma no seu peito.
(Cris de Souza & Jorge Pimenta)
lhasa de sela, rising
sábado, 4 de dezembro de 2010
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Jorge, "o poema nunca escolhe a mão...", lindo isso!!
ResponderEliminarTava com saudades daqui :)
Bjão e um fds super iluminado :)
são tantas as interseções...
ResponderEliminarbeijo de cris.tal e pimenta, meu parceirasso!
(Sinto o gosto doce e cítrico do que escreves
ResponderEliminarE gozo quando a poesia penetra na carne.
...)
Meus amores, sou toda olhos neste e nos outros momentos em que, através da poesia, posso tê-los pertinho de mim.
Agradeço pela existência dos dois. E mais ainda por terem cruzado com a minha!!!
Beijinhos duplicados...
P.S.: Adorei a música, Jorginho.
são mais de mil, mil e uma que é número infinito e circular,
ResponderEliminarabraço
Descendo os olhos pela leitura
ResponderEliminare subindo e subindo com a canção...
Ah, alado poeta! Deste jeito alcanço o céu rapidinho...
Tantas asas aqui:
Os versos
A voz e expressão de Lhasa
o efeito volitante desta melodia em todo meu ser...
Suspirando...
Beijo de Luz!
Uma poesia que toca, que encanta...
ResponderEliminarUm beijo
Essa poesia tecida a duas mãos é sempre um deleite para a alma! E o poema nunca escolhe nem encolhe a mão, ainda bem!
ResponderEliminarsobre a grécia, que os deuses entendam o recado, pois. Vou deixar que o grito ganhe os céus. Obrigada!;)
um beijinho, amado poeta!
Meus amores... como sempre digo, eu nunca sei onde começa um e onde termina o outro, tamanha é a ligação poética que vcs têm!
ResponderEliminarADOREI!
Amo vcs dois juntinhos... é viagem garantida para belos horizontes.
Beijinhos nos dois! ;)
grasi,
ResponderEliminarbom reencontrar-te.
um beijinho e votos de um óptimo fim-de-semana!
querida cris,
ResponderEliminarsão miríades de lâminas e chamas a escorrer, nuas, pelo verso. é que as mãos ainda sabem sangrar, as mãos não podem esquecer-se de arder.
um beijo com cris.tal e pimenta!
és pólen e mel num traço só (nem mesmo o líquido cítrico escapa à doçura).
ResponderEliminarcongratulo-me por te ter aqui, congratulo-me com o que nos ofereces lá no teu jardim radioactivo.
beijinho sentido!
mil e uma, assis. o número é mágico; a tua poesia também. um luxo ter-te sempre por aqui.
ResponderEliminarum abraço amigo!
ana, menina-da-luz,
ResponderEliminarlasha é canto que bem conheces (sei mesmo que este "rising" sobe e desce lá no teu blogue); o escrito é apenas um suspiro arrancado a duas bocas. música? a verdadeira é ter amigos como tu por aqui.
um beijinho!
lídia,
ResponderEliminara poesia toca, mas é ela que entumece quando alguém se deixa por ela tocar. obrigado por isso e pela tua sempre tão querida presença.
um abraço!
Meu Deus, que dupla, que obra, que encanto!
ResponderEliminarTudo que eu precisava ler neste sábado, meio sexta-feira(não sei a razão de ter acordado hoje com isso na cabeça)...rs...
Poema encantador!
Parabéns aos dois.
Grande abraço , Jorge!
Grande abraço, Cris!
querida andrea,
ResponderEliminara poesia não escolhe a mão, mas, neste caso, as mãos foram combinadas :)
os deuses sabem escutar. por essa razão construíram a sua morada na montanha mais alta da grécia, lá onde o mais ténue dos suspiros rebola como um trovão. o teu grito já lá mora, confirmei-o eu.
um beijinho com ternura infinita!
amiga dos silêncios,
ResponderEliminarque bom ter-te junto a nós nesta viagem.
um beijinho!
o poema não escolhe a mão, o amor não escolhe o coração...rs
ResponderEliminarbeijos!
Saudações Jorge,
ResponderEliminarbelíssima junção de mãos e de olhos,
talvez o poema não escolha a(s) mão(s), mas quem sabe ele escolha os olhos, de você e da Cris, dela e seus, e as mãos se tornam instrumentos desta manifestação
uma imagem altamente bonita de cores e de olhares
o vídeo, de olhares e escutares
PARABÉNS SEMPRE por estas junções
Abraços pra vocês
Um olhar com míriades de leituras...
ResponderEliminar... pelas mãos dos que se debruçam nas palavras e que nelas nos oferecem um leito profundo...
... pelas vozes dos que se debruçam nos silêncios e que neles nos oferecem os "diálogos" mais sentidos...
E este foi mais um "diálogo" que feito poema foi escolhido pela vossa extraordinária forma de escrever!
Parabéns, a ambos!
beijinho
São muitos os personagens, as vozes, e íris que o poeta inventa, mas em seus olhos, miríades são somente aqueles...E o Poeta declara que morreria e que por fim se entregaria, escrevendo a sua inteira rendição.
ResponderEliminarUm primor, Jorge! Mais uma bela parceria.
E Lhasa se foi, mas o seu canto é imortal; assim como o amor que versas nos versos que inventas.
grande abraço
Parabéns pela pura beleza..
ResponderEliminarbeijos.
Esses encontros são sempre tão lindos!!!
ResponderEliminarBjinhos, Jorge!
olhares a duas vozes, com as tonalidades do coração.
ResponderEliminaradorei
parabéns a ambos.
p.s. Lhasa de Sela, a voz, a simplicidade, a beleza
e o poeta? haverá arbítrio para o poeta?...
ResponderEliminarum beijinho, so sad!
vais, sempre tão meiga e delicada nos teus comentários. obrigado!
ResponderEliminarp.s. sobre ilustrações e desenhos pessoais: há imagens que apenas revelam o que queremos revelar; tudo o mais é especulação daquele que lê.
um abraço sentido!
jb,
ResponderEliminaré mesmo verdade, o que dizes. já alegre [o poeta, não o político :)] cantava que "com as mãos se faz a paz, se faz a guerra"; e quando juntamos ao motor da humanização a voz, o canto, a palavra? imparável se torna o homem e o seu canto, verdade?
um beijinho, poeta querida!
mai,
ResponderEliminardifícil, por vezes, é despir as vozes, os corpos, os corações de todos aqueles que respiram pelos pulmões do poeta. onde começa a respiração do criador e a do por ele criado? são miríades, sim, miríades em que se envolve e tantas vezes... dissolve. resta o canto, esse manto extenso onde todos os fios são um só. de quem? que importa?...
um abraço com o coração!
p.s. lhasa é mesmo imortal, verdade?
ingrid, um beijinho de agradecimento!
ResponderEliminardaniela,
ResponderEliminarestes encontros são ainda mais lindos quanto permitam reencontros, como este teu, aqui, por exemplo. que bom!
um beijinho!
querida andy,
ResponderEliminara experiência poética começa por ser olhares a uma ou duas vozes, mas acaba sempre por ser miradas de vozes incontáveis. miríades, afinal.
um beijinho!
zelita,
ResponderEliminarque falha a minha. passando em revista as minhas réplicas ao mel dos vossos comentários, reparei que tinha saltado o teu. ah, desatenção imperdoável... ainda assim, arrisco este singelo pedido de desculpas.
um beijinho com carinho!
ahhh
ResponderEliminaros olhos... o reflexo do que somos!
bjs meus
Sempre fantástico, Jorge! Seus poemas são sempre marcantes e essas parcerias, então?! Geniais...
ResponderEliminar"o poema nunca escolhe a mão" e a repetição do verso no lugar mais oportuno foi muitíssimo coerente para estabelecermos associação e reter o significado inconsciente do acaso e consciente do ato.
Beijos e um grande abraço para você e para Cris de Souza!
Sou toda sentimento quando leio vcs. Demais, meninos, parabéns!
ResponderEliminarBeijos.
Não desejaria queda alguma. Beijo.
ResponderEliminarUm poema a duas mãos, tão perfeito como um passo de dança.
ResponderEliminarO poema não escolhe mão para ser escrito, mas escolhe a beleza para encantar quem o lê.
peguei emprestados verso seus...
ResponderEliminarbeijo!
Que poema... nossa
ResponderEliminarsao mais de mil as formas de amor de sofre de viver...
bjs
Insana
acrescento, se me permitem, o poema foge do poeta!
ResponderEliminarBoa parceria!
Beijos para os dois!
Laura
Cheguei aqui através do blog lindo da So Sad... Me encantei. Em cada letra que há aqui vivem sentimentos mil...!
ResponderEliminarQuerido Poeta
ResponderEliminarA música imortaliza esta sonata a duas mãos...na alma dos poetas a exaltação do ser
Como sempre sublime
Beijinhos
Sonhadora
fernand's,
ResponderEliminarah, os olhos! e, sobretudo, o que não vêem... o reflexo maior do que somos.
um beijinho!
lívia,
ResponderEliminarnenhum poema escolhe a mão, mas a mão ainda define algumas das linhas do poema. e tudo isso entre a consciência e a inconsciência, como bem fazes notar, a propósito das repetições estratégicas.
sempre fina nas leituras que fazes :)
um beijinho, querida amiga!
larinha,
ResponderEliminarobrigado a duas vozes :)
um beijinho, ninfa lírica sem par!
vanessa,
ResponderEliminartambém não desejo queda nenhuma. aliás, imponho-me não cair (a única queda admitida é a de água, bem lá do alto da montanha).
um beijo!
janaina,
ResponderEliminarapesar de tudo, ainda bem que a parceria foi na escrita e não na dança. é que sou conhecido pelo meu "pé-de-chumbo", hehe!
um abraço!
leva-os, sim, so sad. os versos, uma vez publicados, emancipam-se, como os filhos na chegada hora de bater as asas. pudesse eu segurá-los...
ResponderEliminarum beijo!
são, sim, mais de mil as formas de amar, insana. e nenhuma se repete noutra ou se viu repetida na anterior... é isso que o torna tão perigoso, mas também tão estimulante.
ResponderEliminarum beijinho!
laurinha,
ResponderEliminarde ti o poema não foge nunca. tenho passado no im.possibilidade e a tua verve é verdadeiramente inesgotável. ah, santa inspiração!
um abraço!
shuzi,
ResponderEliminarsê bem-vinda!
um beijinho!
amiga do sonho,
ResponderEliminaracredito que o primeiro homem, antes de ser poeta, era músico. qual das duas formas (poesia ou música) o aproxima mais da virginalidade?
um beijinho!
Oi, passando para apreciar sua bela poesia... Desejo uma semana ótima... Beijos com raios de sol!!
ResponderEliminarChego a seu blog após ler o comentário deixado na última postagem da nossa amiga comum, Sonhadora. Admirável o que pensa, Jorge!
ResponderEliminarParabéns pela sensibilidade e clareza de pensamento!
Quanto ao seu blog é mais um prazer à alma!
Voltarei para apreciar com calma.
Tenha uma linda semana.
Abraços
Helô Spitali
Jorginho,
ResponderEliminarPassei o domingo e a segunda sentindo o carinho de tua saudação.
Que bom poder sempre atravessar o Atlântico!!!
Beijinhos, meu tão querido.
Jorgito, meu querido
ResponderEliminarOs duetos são perigosos, nem sempre há integração, mas vcs dois são simbióticos.
Qual mão acende, qual apaga. Começo e fim, um todo.
Lindo!
Bjão duplicado
Essa parceria é sempre perfeita: o que vem é coisa boa. E o poema não escolhe a mão: nossa, isso diz tudo.
ResponderEliminarBeijão pra vc e saudades,
T.
que coisa mais apimentadamente linda!
ResponderEliminarde lamber , mesmo!
Querido Jorge, conjugação perfeita de sentires. Parabéns aos dois poetas. Beijos com carinho
ResponderEliminarà maria borges e à eterna apaixonada,:
ResponderEliminaragradeço a viagem até este mar de palavras turvas (pelo menos as minhas) e olhares translúcidos (os vossos).
um beijinho a ambas!
à pólen, à ira, à tânia, à carla e à rosa-branca, resistentes das vagas furiosas que por vezes não consigo por aqui domar, um beijinho pelo vosso carinho e amizade.
ResponderEliminar