zambujeira do mar
com as tardes encaracoladas nos dedos
encontrei pontos negros na pele.
percebi, então,
que o homem já não precisa do corpo
a poesia despede o coração
as balas dançam com os amantes
e toda a sujidade é a roupa branca
a engalanar os lacraus peçonhentos
que sodomizam as cidades.
encolho os ombros,
dobro o jornal e levanto-me
com o mundo enrolado debaixo do braço.
sigo para a porta e já sei a verdade:
nas notícias dos homens,
implora-se a deus que não chova;
importa não lavar a terra que trazemos agarrada aos olhos.
dark dark dark, wild goose chase
The National no Coliseu:
os tectos perfumados das palavras em acordes de violetas
À medida que passamos pela vida, vamos elaborando pequenas agendas mentais onde guardamos aquilo que temos de fazer antes de nos completarmos. Aquele livro adiado, a visita ao amigo cujo rasto se desviou da auto-estrada da vida, o país sonhado…
Do meu ainda pouco explorado rol de afazeres obrigatórios, há dois concertos: Os Interpol (planeados para Agosto) e, sem coincidências, este dos The National.
O palco foi o Coliseu do Porto, ontem mesmo, dia 23. Impossível não o adivinhar: duas horas antes do horário previsto, as ruelas de granito escuro desviam o olhar do tédio dos fins de tarde para se fixarem na atmosfera variegada de todos quantos, como eu, têm já bloco de notas existencial.
Conjugar o Porto com The National parece tarefa tão natural quanto óbvia. Como a cidade, esta banda norte-americana tem uma pele negra mas elegante, onde as paredes do exterior guardam, ciosamente, uma complexa rede de emoções que, como o do comum dos mortais, se cose com as linhas da melancolia, não dessa barata, que assina clichés em arrufos, ou castigos na boca dos piegas; falo da melancolia que desagrega redimindo.
São assim os The National: não se entregam a melodias imediatas, coloridas e adolescentes, capazes de, num estalar de dedos, oferecer os louros das charts para, no silêncio seguinte, os arremessarem contra o esquecimento; das letras, apenas a maturidade de quem procura conhecer o Homem, as suas frustrações e delírios, conhecendo-se a si mesmo. E é neste compromisso sério na relação com o público e, sobretudo, com a música, que a banda de Matt Berninger consolida o seu percurso, hoje, enquanto uma das bandas de maior identidade no mundo.
O Coliseu sabe-o e, por isso, encheu. Cerca de três mil e quinhentas pessoas lotaram-no para um concerto que se previa (eu previa!!!) intimista, noire, convidando à cadeira com leves meneares de cabeça e lentas projecções de perna. Puro engano. The National são um verdadeiro lobo com pele de cordeiro. O soturnismo e a melancolia dóceis também sabem incendiar as plateias com fogueiras de energia e carisma musical. Literalmente. E a razão é uma só: a natureza da sua música faz-nos viajar numa montanha-russa melódica, ora viajando nos acordes graves da voz de Matt (há ali tanto de Nick Cave!), apenas acompanhados de leves gemidos instrumentais, ora mergulhando na vertigem rítmica onde a delicadeza da voz se converte em clamor ferino. Escusado será dizer que bastaram não mais que duas músicas para que a plateia se erguesse e os mais afoitos se esgueirassem, por entre cadeiras, até à boca do palco, fazendo recordar os concertos ao ar livre nos festivais de Verão. E foram cerca de duas horas de saltos, de braços no ar e de gargantas unidas a reafirmarem que os bons concertos não têm forçosamente que seguir a receita standard, com milhares de pessoas, riffs de guitarra isolados ou mediatismo; os bons concertos também se fazem em lugares de culto, com um público restrito mas conhecedor, que sabe tirar partido daquilo que valoriza verdadeiramente.
No final, dois encores surpreendentes. No primeiro, se Mr. November fez explodir o coliseu, este anfiteatro ruiu quando, com Terrible Love, Matt Berninger se passeou junto do público, como se numa festa de amigos estivesse desde a primeira hora. No segundo encore, uma proposta diametralmente inversa: Vanderlyle crybaby geeks, unplugged, entoada numa garganta única por todos os Nationalists (termo sem conotações algumas para além da ligação à banda) ali presentes.
No final, as mãos desceram ao bolso para actualizarem a agenda. Surpresa: o concerto não surgia riscado, antes exibindo caracteres tão maiores quantas as emoções de mais uma noite inesquecível no Coliseu. Afinal, sempre há coisas que não se completam nunca. Quando é que eles regressam?
the national, conversation 16
Permita-me hoje calar diante de tua profundidade,Jorge alado...
ResponderEliminarDeixo-te um beijinho de admiração!
Com a poesia enrolada nos dedos, descrevo a tarde que vai pairando sobre mim numa nostalgia sem fim. Nessa tarde que se aproxima, vou inventando rimas que desenham sentimentos doces que perambulam com o sol numa primavera de estação silenciosa. Coisas dos dias que se imaginam noites...
ResponderEliminarlindo e lindo, meu querido.
beijos
Muito bonito o poema, o corpo é apenas uma parte descartável da alma.
ResponderEliminarOs homens se acostumam com as notícias diárias, e fazem sua história se entrelaçar às de costume, viram coadjuvantes da própria rotina.
ResponderEliminarGrande abraço, querido poeta!
Querido poeta de-além-mar,
ResponderEliminaro que é refletido aos nossos olhos, imagens concretas, uma vez chegando ao nosso íntimo, estão sujeitas a sofrerem uma verdadeira trajetória iconoclasta - destruição e reconstrução - que só em nossa alma, o mais profundo de nossa essência, daremos total permissão, com sua assinatura e nome completo.
É assim que sinto seu poema, com a minha.
Quanto a sua crônica sobre o show dos "The National", é apaixonada e apaixonante, além de muito bem-escrita. Confesso que não os conhecia, apenas de nome. Ao ouvir o audiovideopost, pelo menos nessa música, senti influências do techno pop dos anos 80, (te parece isso?). O vocalista tem um canto muito bem enpostado, chamou-me a atenção.
Grande beijo.
Ando aqui de roda de ti, meto-te no bolso e vou-me embora…
ResponderEliminar... para logo [sem olhar o relógio a marcar o tempo] regressar num “talvez” de entender…
… e há tanto aqui dito muito para além das duas estrofes…, cambaleio embriagada e penso... ai… vou ali já volto…!
levo no olhar esse pedaço de Zambujeira do Mar e recordo… um lugar encantado, muitos degraus toscos até lá chegar… tanto mar… tanto silêncio, tanta paz, um lugar onde todos os pontos negros saltam da pele espontaneamente, é um lugar de “renascer”, é lindo!
Beijinho, encanto, até mais logo :).
aninha-de-luz,
ResponderEliminarhá silêncios que vestem a mais delicada das formas de dizer. agradeço a maioridade da tua sensibilidade e carinho da mesma forma: em aceno silencioso!
beijo!
suzana, querida,
ResponderEliminaro fim da tarde é aquele momento que nos define: não sendo noite, ainda, mas não sendo tarde, já, o fim de tarde congrega todos os matizes que o dia trouxe para dentro do calendário que escrevemos dentro de nós, com as nossas mãos e as de todos quantos nos sabem tocar.
beijinho!
caro arnoldo,
ResponderEliminarnada nos é definitivo se não somente a certeza da nossa efemeridade. é, pois, caso para nos questionarmos sobre os limites do corpo e da alma.
um abraço, amigo!
"Os homens se acostumam com as notícias diárias, e fazem sua história se entrelaçar às de costume, viram coadjuvantes da própria rotina"
ResponderEliminarpois é, larinha, e a terra continua a ornamentar-nos o olhar...
beijo!
querida amiga cecília,
ResponderEliminarcada olhar é um filtro completo, com lentes diversas comunicantes com o objecto captado e o reactor captante. se a primeira abordagem é física, em estímulo sensorial, à medida que nos percorre vai-se adensando em cores, tons e matizes que, porque individuais e puramente experienciais, conduzem a uma redefinição do objecto. e as coisas passam a viver dentro de nós, mudadas mas mudando-nos, também.
the national têm, na minha opinião, uma abordagem próxima de um estilo musical que esteve muito em voga nos anos 80, particularmente com bandas como joy division ou the cure, com eco no presente em interpol, por exemplo. as melodias noire combinam com estados de alma que apontam ao cinzentismo das verdaderias causas e coisas da vida. curiosamente, os vocalistas das bandas com este registo emprestam às canções esse tom barítono que as mergulha na vertigem lenta (o oxímoro é intencional) da vida nas grandes cidades.
beijinho, querida amiga!
p.s. tenho de passar por buenos aires na peugada de dª xerife e do seu cobiçado esposo. haverá novidades? :)
Jorge, no final da tarde a nostalgia invade os pensamentos e questionamos a vida e o seu sentido. Sensível, o teu poema. Bom complemento c/ wild goose chase.
ResponderEliminarHá musicas, bandas, que guardamos para a vida, paixões que nos preenchem o sentir, gostei de te ler sobre os "The National".
beijo
oa.s
"Ando aqui de roda de ti, meto-te no bolso e vou-me embora…
ResponderEliminar... para logo [sem olhar o relógio a marcar o tempo] regressar num “talvez” de entender…"
querida-amiga-de-tantos-encantos,
há algibeiras onde o mais pesado dos grilhões é apenas mar-por-navegar. e logo ali [sem o olhar vigilante do tempo] me escondo num "talvez"-de-descobrir.
e é neste balanço de idas e vindas que os lugares que não são nossos passam a caber-nos na orbe do olhar, até porque um candeeiro de azeite com bruma não é apenas o poiso do derradeiro suspiro de beira-rio.
incrivelmente bela a tua abordagem às palavras dos outros. já nos tens habituado a isso, verdade? :) obrigado pela forma tão tua como a todos cantas.
p.s. quem visita a zambujeira não consegue levá-la consigo; ela é imensa e não cabe no leve compartimento dos afectos. quem visite a zambujeira do mar deixa-se um tanto por lá. e os regressos fazem-se mesmo que sem mapa nos pés.
psiu, vou sussurrar-te ao ouvido: muito de mim ainda por lá está e há tanto que quer ainda voltar...
beijinho, querida amiga!
oceano.azul,
ResponderEliminarsabes que também não conhecia dark dark dark? eles asseguraram a primeira parte dos the national e foram uma verdadeira revelação. algures entre o folk e os tons mais delicados do jazz, sons bem complementados por uma voz que não raras vezes nos recorda catpower, acabaram de me conquistar :)
beijinho grande!
:)... posso dizer-te um segredo?!... sou terrivelmente desafinada..., principalmente quando me deixam assim de mar no olhar :)
ResponderEliminarassim, tenho-te ainda no bolso, porque agora não posso cantar... escomungavas-me[ui... está bem escrita esta palavra, professor?!... rsss, lolll]
beijo, amigo-meu!
p.s. se tens tanto de ti lá, não tragas, volta com tudo quanto de ti quer ainda voltar.
Zambujeira é um minúsculo paraíso-enorme, adorei sempre que por lá passei.
desafinada, tu, amiga-de-tantos-encantos? a tua voz tem a segurança do sol no fim do seu ciclo diário: ainda que trémula de delicadeza, sabe que incendeia.
ResponderEliminarbeijinho grande!
p.s. vou voltar: festival sw com interpol e... the national, again!? a organização assegurou e divulgou a boa nova apenas ontem. oba!
beijinhos renovados!
no encanto do entardecer
ResponderEliminara vislumbrar e delinear a vida
que teima em voar sem asas
na vida diária que nos atropela..
tão bom estar aqui.. te ler e ouvir..
obrigada pelo carinho de sempre!..
beijos poeta querido..
Deixo-te meu encantamento...beijos achocolatados
ResponderEliminarCaro Jorge,
ResponderEliminarQuanto a Orvalho em voo migratório e Plano impermeável, a mesma sensação: só o silêncio cabe.
The National deve ter sido experiência única, jamais esquecida, das boas causas pra se colocar a mão no bolso e retirar emoções e, quem sabe, poesia.
não choverá, poeta.
ResponderEliminarse for pra chover, que chovam versos e que Deus nos molhe de poesia.
saudades de você, jorgíssimo.
saudades, amigo querido.
Jorge Pimenta..eu tenho pra mim apreciar o belo.
ResponderEliminarCom a sinceridade que me é caracteristica eu te digo. Gosto das palavras. Palavras bem colocadas tocam meu coração, me fascinam. As vezes as imagino como um quadro abstrato. Admiro as cores..admiro o quadro. Mas
as vezes não consigo interpreta-lo. Apesar de ser subjetivo, as vezes até a subjetividade me falta. Coisa minha.
Talvez falta-me inteligencia poética.
Mas este fato não me impede de admirar a tua escrita.
Amo o que escreves.. e seus comentarios são poemas a parte.
Admiro seu talento, meu caro amigo.
Bj
Ma Ferreira
Não lavar a terra que trazemos agarrada aos olhos para não se clarear realidades é conveniente e desejável para a maioria. Mas quando a poesia insurge contestadora, sempre há o sonho do poeta implicitamente incluso.
ResponderEliminarAbraço grande, meu amigo!
querida ingrid,
ResponderEliminaro papel dos jornais tem uma tinta negra que, quando se agarra às mãos, só com água e sabão é removida. talvez por ser a tinta com que escrevemos os dias do mundo e os mundos dos dias. nenhum entardecer, ao olhar para trás, se regozija com o resultado do que conseguiu ser. e arde em chamas, enquanto nós, pirómanos patológicos, inflamamos emoções diante do pôr-dr-sol.
beijinho, querida amiga!
hum, o teu chocolate, sandra querida, é a ternura que contorna os abismos das palavras que por aqui dormem.
ResponderEliminarbeijo com amizade!
rejane, sempre especiais as tuas visitas e ainda mais os teus silêncios. há-os que apagam; os teus reverberam a ponta do penhasco que se esconde sob o manto negro da noite, naquela costa traiçoeira onde tantas naves incautas mergulham em voo nu, despojado de asas e de rota. obrigado.
ResponderEliminarbeijo grande!
p.s. sim, the national foi mesmo inesquecível. mesmo sabendo do risco que as reedições sempre apascentam, vou vê-los de novo em agosto :)
robertílimo,
ResponderEliminare nesta chuva seca em que as gotas são lágrimas de palavras, se escreve tudo aquilo que o mundo tão bem sabe esconder, qual tesouro podre a cristalizar.
ter-te por cá é muito mais do que receber uma visita, primeiríssimo amigo!
um forte abraço com saudades tuas!
doce ma,
ResponderEliminarcomo poderá ser possível tu não teres sensibilidade poética? admirar o belo, tecê-la em urdidura fina com os novelos das mãos, dar forma a massas indefinidas, reabrindo mundos e secando abismos... o que é isso, então?
admirável o teu cantinho e a magia que dele escorre.
beijinho, querida amiga!
amigo celso,
ResponderEliminarsabias palavras as tuas.
recordas-me um poema de uma poeta portuguesa, da nova geração, que muito admiro [ana salomé] e que um dia escreveu "diário":
a partir de agora, todo o poema que fale de amor, fora.
todo o poema que não revolucione, fora.
todo o poema que não ensine, fora.
todo o poema que não salve vidas, fora.
todo o poema que não se sobreviva, fora.
vou deixar um anúncio do jornal:
procura-se poeta: trespasso-me.
um abraço!
Podemos não querer lavar a terra dos olhos, mas haverá sempre sal que a dissolverá.
ResponderEliminarBeijo, poeta maior!
a viagem do título paira já sobre os olhos, avista-se. a chuva tem propriedades terapêuticas e os homens se detém pisando os sargaços de suas sombras,
ResponderEliminarabraço
p.s. algumas coisas por fazer antes de cerrar a cortina, também tenho algumas em mente, em geral são impublicáveis rs,rs, mas deixando a troça tenho reservado uns trocados (dinheiro) para disponibilizar umas viagens inadiáveis e alguns shows imperdíveis.
Aqui e agora - eu é quem agradeço a presença de teus poemas e vídeos.
ResponderEliminarGostei da foto! :)
ResponderEliminarÀs vezes da mesmo vontade de fechar os olhos, ou mantê-los sujos de terra, para não enxergar tantas coisas acontecendo por aí...
Mas teríamos também que tapar os ouvidos...nos alienarmos totalmente...
Adiantaria? Penso que não.
Às vezes, temos que digerir notícias ruins, da mesma forma que tomamos os remédios amargos, e esperar que seja pela última vez...
(Rezar pra que seja)!
Quanto ao seu texto final, concordo plenamente com você, pois há coisas que realmente não se completam nunca.
Volto depois para assistir aos vídeos, pois agora o dever me chama :)
Beijinhos ~.~
Cid@
Viver sonhos, imaginar fronteiras inexistentes, saborear o belo apenas com a mente... para tudo isso o corpo é dispensável.
ResponderEliminarOs vídeos são, simplesmente, maravilhosos.
Bjs.
aqui chove lirismo, gotas finas e férteis, altamente inspiradoras.
ResponderEliminarbeijos descobertos, meu queridíssimo!
A alma tem fome lírica!
ResponderEliminarNas possibilidades impossíveis é que podemos alcançar o voo mais bonito.
Beijinhos, querido Jorge!
"importa não lavar a terra que trazemos agarrada aos olhos"
ResponderEliminarPuro colírio, Jorge! Em pó!
Abraço
P.S.: Teu poema que "eu fiz" até que não ficou mal. Raíssa, a homenageada, gostou muito. Adorei a experiência de poder juntar o talento de todos vocês e de contar com a solicitude de todos, mas tão cedo não repito a dose. Ô trabalheira!
Jorge, seu Poema é tão bom, que dá vontade de entrar dentro dele pra sentir melhor as palavras. Adorei, parabéns ! Um Abraço meu amigo.
ResponderEliminarQue lindo poema... Com um começo tão sublime... Tarde encaracolada... E o mundo... Que se vai debaixo do braço, na forma de jornal.
ResponderEliminarDivino!
Estou a pesquisar sobre The National... Tua descrição deixou-me entusiasmada em saber mais sobre a banda... Principalmente a parte que se asemelha a descrição que dou ao Pink Floyd - "...das letras, apenas a maturidade de quem procura conhecer o Homem, as suas frustrações e delírios, conhecendo-se a si mesmo." O que nos falta muito nos dias de hoje.
Seu blog foi recomendado por uma amiga que estimo muito e que admiro - Ana Cecília, do blog HumorEmConto.
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
Brasil
P.S: vi o nome 'Seguidores' mas não consegui seguir...
P.S II: peço permissão para colocar seu blog nas recomendações do CQ&Sherlock.
"Podemos não querer lavar a terra dos olhos, mas haverá sempre sal que a dissolverá."
ResponderEliminarsandra, amiga,
e no sal todo o mar que o cavalga [naqueles que têm olhos no coração. e o jornal reescrever-se-á com sangue e suor, não com tinta].
beijinho!
assis, the national consta também da parte do elenco que posso aqui publicar, hehehe! outras coisas há que se calhar vão morrer no silêncio das sombras quentes do interior dos bolsos... não desanimo, mesmo assim: quem sabe o bloco de notas nos acompanha para lá da viagem?!
ResponderEliminarabraço!
rejane,
ResponderEliminara tua bondade só é comparável ao teu génio.
um forte abraço, amiga!
cid@, querid@ amig@,
ResponderEliminaré essa a solução que tantas vezes encontramos: a cegueira. a esse propósito, ninguém a descreveu com tamanha maestria como saramago na sua alegoria "ensaio sobre a cegueira". quantas vezes temos mesmo de fechar os olhos para não cegarmos com o que se nos impõe. mas, não serão, um e outro caso [ver e não ver] duas faces da mesma cegueira?
um abraço!
marilene,
ResponderEliminarquantas vezes o corpo é apenas a manta velha que arrumamos na arrecadação da vida, por nos rendermos às balas que perdem os amantes e à sujidade na roupa branca?
beijinho!
cris, amiga e parceira de tantas viagens,
ResponderEliminarsó os poetas sabem olhar a chuva de frente. é que deles não se espera terra na conjuntiva ocular.
um beijinho em colírio!
as possibilidades impossíveis são, querida lívia, o alimento daqueles que não se satisfazem com a trivialidade de todos os possíveis ou a demência dos impossíveis. pergunto-me se, na linguagem dos homens, não lhes chamamos "sonho"?
ResponderEliminarum beijinho e todas as possibilidades impossíveis, doce amiga!
salvé, tuca,
ResponderEliminarconfesso que não escondi uma certa apreensão quando, no início da semana, e passando lá no desinformação seletiva, me deparei com um adiamento sine die. imaginei, num primeiro momento, que estivesses com dificuldades em escalar o time :), mas, quando mais tarde encontrei algumas velas de aniversário sobre o bolo, percebi que estavas apenas com problemas em conjugar o arrojo do presente com a linguagem caprichosa do blogue. ontem, já tarde, quando lá passei de novo, vi todos os convivas em redor da mesa a homenagearem a raíssa, num cântico que, sob a batuta do maestro tuca, me pareceu muito afinado. bravo!
mando, desde este lado do atlântico, um abraço pata ti e um beijo de aniversário para a raíssa, a razão de toda esta inesquecível sinfonia!
p.s. descansa agora, meu caro amigo; afinal, só daqui a um ano voltas a sentar toda esta gente [e mais um] em torno da mesma mesa :)
a esse propósito, deixo aqui o link do maior bolo de aniversário poético da blogosfera, sob a direcção de mestre cuca:
ResponderEliminarhttp://tucazamagna.blogspot.com/
smareis,
ResponderEliminaras tuas: palavras adornadas com mel em degustação lenta sobre céus de boca de cetim adocicado.
obrigado!
um abraço, amiga!
t.s. frank,
ResponderEliminara cecília é uma das pessoas que, mesmo conhecendo há relativamente pouco tempo, mais prezo e estimo. os seus amigos meus amigos são, razão por que a tua chegada a este porto-de-viagem me suscita redobrado entusiasmo. sê bem-vinda, pois!
tenho conhecimento de que o blogspot tem andado com problemas técnicos, de novo, desta vez afectando, ao que sei, o acesso à lista de seguidores e amigos. mesmo que sem a formalização da tua presença no quadrado do canto direito, é para mim prazer maior ter-te cá e, sobretudo, sabendo teres gostado do que encontraste. serve-te destas viagens na medida da escala do teu mapa. caso não te importes, retribuirei a visita ao teu cantinho, também.
um abraço!
Olá, Jorge,
ResponderEliminarque maravilha de postagem. A foto já é um poema,o céu e as nuvens o mar e os rochedos e o poeta a encaracolar as tardes os versos nos dedos.
Ir-se com o mundo enrolado debaixo do braço e as verdades dos homens postas em páginas muitas vezes uma não verdade pois a manipulação distorção assim a torna uma in verdade que colide com a realidade verdadeira dos fatos
Tocantes os vídeos e o texto sobre o The National.
Parabéns e um abraço
Meu querido Poeta
ResponderEliminarO que senti? Não sei...bebi apenas a maresia que se desprende das tuas palavras...não peças que explique...não sei...senti apenas cada letra.
Hoje quero ouvir o lamento de todos os sonhos aprisionados nas águas sombrias..quero escutar o silêncio do vento...o eco das tempestades...uma brisa que teima em rasgar a parede desse silêncio...luz que se apaga e permanece na melancolia de fim de tarde...numa consciência infinita de ilusões desencontradas...um desfiladeiro das cartas em branco das almas...talvez delírios acinzentados...abismo de todas as palavras que gemem a última rima dum poema acorrentado num resto de horizonte arrastando os sonhos...um afago de futuro...uma sombra de passado...num olhar eternamente renascido.
E...retiro-me... eternamente grata pelos momentos que aqui passo...admirando-te sempre.
Beijinho com carinho
Sonhadora
Meu querido amigo,
ResponderEliminarQue bom vir aqui e ler todo esse seu entusiasmo, toda essa sua alegria. Me contagiei.
E o que dizer dessa sua poesia translúcida, onde sentimos ser uma dose de amor à vida, injetada na veia... Sentimento imediato.
Quanto ao seu sonho realizado (The National), com gosto de quero mais, ficou registrado nessa sua narrativa que bem remete a um garoto falando de boca cheia ao ganhar o que demorava tanto para chegar... Enfim, eu me deliciei com essas suas palavras de contentação...
Fico feliz por lhe "ver" feliz...
Beijos e bom domingo,
Ana Lúcia.
Olá..passei pra ver se tinha alguma nova postagem..
ResponderEliminarAproveito pra te deixar um oi..de bom domingo!!
Fico feliz quando apareces em meu blog.
Seus comentários são poemas a parte.
bj
Ma
Jorgito, meu mais querido!
ResponderEliminarNa notícia dos homens,
Meu olho quer ver,
Não quer!
Cego,
Eu vejo mais
Chuva.
É sempre bom andar sobre as linhas de tua mão
E ver as pontas dos dedos tecendo poesia no entardecer.
Adorei a crônica! Amei a foto!
Bjs encaracolados
Entre o negro e o cinza
ResponderEliminarO branco dói menos
Por não sabê-lo
Imagino-te
Vermelho
Ah, dor do que não vejo!
Jorgito! Perdoe-me a ousadia, mas depois de 3 taças de um maravilhoso vinho tinto, o frio me enreda e essa tua imagem, um agasalho.
Encantada com a fotografia
Isso não faz parte do comentário de sombra e luz. Por favor, guarde-o no Tejo!
De uma escrevinhadora pra um poeta.
Bj de inverno brasileiro
vais, amiga,
ResponderEliminartodo o litoral alentejano é poesia. à nostalgia do mar alia-se uma costa rochosa que precipita abismos sobre as águas. depois, o lastro de um passado de isolamento que tantas vezes inspirou manuel da fonseca, fernando namora ou soeiro pereira gomes, entre outros neo-realistas, nos combates pela mudança social que convertesse o país num lugar menos assimétrico. admirável! felizmente, com a ajuda desses poetas e romancistas, choveu nos olhos dos homens e a revolução explodiu-nos nas mãos. foi já há mais de 30 anos e como, à distância do olhar, a sinto ainda pequena, imperfeita e incompleta, como o mais denso dos sonhos dos homens...
the national neste alentejo. consegues imaginar? será a 7 de agosto, com interpol. e eu vou estar lá :)
beijinho grande!
amiga sonhadora,
ResponderEliminarsempre que aqui entras, o vento suspende o seu bailado para te acolher rendido à sensibilidade do teu coração. os sonhos fazem-se assim: por entre sonhos e delírios de tom indefinido que germinam no terreno mais insus.peito.
beijinho!
querida ana lúcia,
ResponderEliminara vida nunca nos cabe na mão. nunca. nem no noticiário, nem nos jornais, nem no mais ousado dos sonhos. só a poesia a sabe diluir num néctar de travo agridoce que sorvemos à guisa dos druidas que, com mandrágoras de carne, tocam o graal das epifanias. quem o entende? cada vez menos os homens... cada vez mais os loucos.
the national não era bem um sonho; era mais um desejo que cresceu vivo dentro de mim e que serviu para iluminar passagens medievais do corpo. só damos verdadeiro valor à luz depois de percebermos que ela existe e de sabermos para que serve, verdade?
beijinho grande!
querida ma,
ResponderEliminarobrigado pela simpatia. é difícil não deixar as sensações fluir diante da tua obra e do modo meticuloso como a partilhas connosco, envolvida em palavras de lustro de alguns dos maiores.
lá mais para meio da semana tenciono fazer nova postagem, se o tempo mo permitir. desta vez a quatro mãos, com a minha querida amiga laura alberto, do diário da impossibilidade.
beijinho!
querida ira,
ResponderEliminarum dia olhei para dentro de cem mil corações e em todos percebi como o mundo ali se dispunha: branco, como a mais segura das virgens, agarrado às paredes de sangue, numa tela-borrão de cores indefinididas. à boca das válvulas, gargantas vomitam os detritos que coleccionamos com as mãos escuras, onde as unhas, negras, rasgam linhas que abrem, como línguas solitárias em busca do antídoto. são chaminés, becos, lixeiras, ódios, oceanos sem foz e naves sem marinheiro. e:
o olho quer ver,
Não quer!
Cega,
vê mais
Chuva.
na notícia dos homens, não são os homens que fazem a notícia; é ela que os penetra, qual antropófago de genitais de metal fundente, emprenhando-os da mais vil das criaturas: a nu.tícia.
tarde de mais. a cheuva que lava o olhar é ácida.
beijinho, poeta admirável!
... vim navegando no meu barquinho de papel para demorar mais tempo a chegar, queria só ler as notícias e saber como vai o mundo, saber das tuas verdades!...
ResponderEliminarmas hoje não me apetece entender o mundo, então resolvi atirá-lo ao mar..., é que ele é pesado demais e não me apetece naufragar...!:) rss...
... saltaste-me do bolso antes do tempo e aí vou eu a teu reboque rumo [imaginem só] aos The National!... :))
[sei que me deixas brincar contigo :)]
és magnifico a descrever as tuas emoções sem travões, e com elas [tuas descrições emotivas] saltamos contigo para o local dos acontecimentos.
adorei conhecer os The National, pesquisei e ouvi quase tudo o que encontrei. guardei os que mais me emocionaram :)), por sinal os que acima mencionas.
festival Sudoeste!!!! yessss....!
vou-me esfarrapar para poder dar lá um saltinho :))
opsss..., fugiste-me do bolso mas esqueceste-te dos óculos... :)))
estás lindo, nessa foto!
beijo, encanto.
até logo.
Jorgito, vc faz o poeta ser!
ResponderEliminarDe uma pequena poça, o poeta faz o mar. Foi o que fizestes com meu comentário.
Bj imenso
Querido Poeta..
ResponderEliminarUma linda noite de Domingo.
Uma linda e feliz semama beijos e beijos meus,,Evanir
www.aviagem1.blogspot.com
Dizer o que para quem tem o mundo enrolado debaixo dos braços...
ResponderEliminarPerfeito e belíssimo!!!!
Beijos e ótima semana.
Jorge, de-além-mar,
ResponderEliminarvárias amigos meus não estão conseguindo postar comentário desde ontem (sábado), o Dilso, do blog Cronutopia, fez maravilhoso texto, e dedicou à você. Achei muito bonito da parte dele, principalmente pois é um amigo que respeito por demais seu trabalho e indiquei-o a você, sei que já lhe procurou e gostou muito de seu trabalho também e me agradeceu a indicação, e agora, dedicando a você o último post, no entanto não está conseguindo postar comentário por aqui. Recebi hoje (domingo), mensagem do facebook dele, que reproduzo:
"Cissa será que tu podes mandar o meu link para o Jorge, pois ofereci a ele o texto. Como eu já disse, não estou conseguindo comentar. Um abração querida!!!!"
O link dele é:
http://cronutopia.blogspot.com
Grande beijo!
Jorge, simplesmente, um BANQUETE!
ResponderEliminarSilencio-me para alimentar a alma.
Abraços
Priscila Cáliga
não sei se era bem isso, mas este é o texto que eu queria escrever quando escrevi o "Inho", como sempre, meu amigo POETA; as palavras que saem da tua caneta voam nos ceús para chover sobre nós simples mortais à mercê da tua palavra.
ResponderEliminarBeijo
LauraAlberto
P.S.: isto do blogue está marado, não me consigo identificar
ah, grande concerto!!!
ResponderEliminarEle foi à minha tribuna...
Beijo
LauraAlberto
querida ira,
ResponderEliminaro homem apenas sabe ser mar quando tocado pela mão da navegabilidade. tu sabe-lo bem. todos os poetas o sabem.
beijos e viagens, poeta imensa!
evanir,
ResponderEliminarobrigado pela visita sempre simpática.
um beijo e uma óptima semana para ti!
"Dizer o que para quem tem o mundo enrolado debaixo dos braços..."
ResponderEliminarparole,
não é o mundo que sente a náusea pela partilha do suor com a axila; é esta que não suporta os caprichos daquele.
um abraço!
cecília, amiga de tantos mares na palma da mão,
ResponderEliminarjá tenho procurado entrar no cronutopia, mas sem sucesso. tento e volto a tentar, mas sucessivamente vejo o acesso barrado. os problemas do bloguer continuam por solucionar, aparentemente.
fico antecipadamente muito honrado com a dedicatória do dilso, sendo seguro que por lá passarei para ler, comentar e deixar um sincero e profundo abraço. entretanto, faz-lhe chegar esta minha pretensão, por favor.
um beijinho marítimo!
querida priscila,
ResponderEliminarpudéssemos nós saciar-nos de palavras, apenas... quem sabe pudesse começar a chover-nos nos olhos sem termos de fugir...
um beijinho grande!
p.s. não tenho conseguido ler-te tanto quanto desejo e a tua escrita merece. e como saio a perder...
um beijo renovado!
sei-o bem, laura, e por o saber permito-me [espero que o permitas, também] reproduzir aqui a tua pedrada:
ResponderEliminar"inho
os homenzinhos com as suas bonitas camisinhas engomadinhas
as mulherezinhas com os seus lindos vestidinhos floridinhos
os homenzinhos e as mulherezinhas do cimo dos seus engraxadinhos sapatinhos, enrolam as palavrinhas nas suas linguazinhas de serpentes;
agitam os seus bracinhos branquinhos e brincam com os seus documentozinhos prioritários de inutilidade;
lancham as suas comidinhas gourmet nas mesinhas redondas, onde deixam ficar a sua imundice;
fumam os seus cigarrinhos nas esquinas, escondidos do sol enquanto falam, falam e falam
os homenzinhos e as mulherezinhas, com as suas lindas roupinhas e seus gestos lixivados, metem-me cá um grande nojinho"
laura alberto, http://lauraalbertopossiveldiario.blogspot.com/
um abraço!
ah, e ainda sobre the national: "ganda malha" :)
ResponderEliminartambém passou mesmo ao meu lado :)
ah, lembra-te de que há cenas do próximo episódio :)
beijo grande!
amiga-de-todos-os-encantos,
ResponderEliminarentre a correria de saltar do bolso e de ter de a ele regressar, com óculos ou sem morada, acabei por pular o teu comentário. não, não me esqueci; simplesmente estava convencido de que lhe tinha já replicado :)
vai ainda a tempo, espero :)
bom, e sobre estes saltos, dizer-te que o verdadeiro mundo que importa navegar [desejavelmente em embarcação de papel para mais se poder fruir da viagem] é justamente aquele em que escrevemos as nossas verdades. não, não precisamos de tinta, dicionário ou corrector; nenhum coração conheceu a alfabetização dos homens...
adoro the national. experimenta, agora, interpol. assim, com o trabalho de casa feito, o saltinho de que falas ao sw fará ainda mais sentido.
beijinho e mil encantos para ti!
Jorge, as palavras são profunda com uma grandiosidade do tamanho do mar. Adorei.Desejo um ótimo começo de semana cheio de coisas maravilhosa pra você. Um Beijo!
ResponderEliminarBom, apenas confirma o que você é. Um poeta.
ResponderEliminarBeijos e boa semana,
«importa não lavar a terra que trazemos agarrada aos olhos»
ResponderEliminarPor vezes, apetece mesmo não ver muito daquilo que nos vai passando à frente dos olhos e que se crava no peito. Outras vezes, são essas notícias que nos sujam os dedos [e se fosse só os dedos, não seria assim tão mau!] e, depois, ou vão para debaixo do braço – nem sempre é uma boa sensação, essa de levar o mundo enrolado debaixo do braço! – ou acabam esquecidas [elas e a realidade que reportam] algures por aí… O jornal, no dia seguinte, já não vale muito, diz-se. Eu cá acho que ainda vale, mas sou suspeita! :)
Quanto à descrição/partilha do concerto, tão rica em expressão e emoções!... Jorge, quase nos transporta para o concerto através dela… :)
Beijos,
Cristina.
PS: O blogger não tem andado muito bem... Nem sequer consigo identificar-me com a conta do blogue... :/
Achei perfeita a imagem do mundo sendo carregado debaixo do braço, pois mostra equilíbrio, diferentemente daquele que carrega o mundo nas costas, como um fardo pesado.
ResponderEliminarEu viajo quando te leio... rsrsrs
Beijos
Jorge, querido amigo,
ResponderEliminarfique tranquilo, postei suas palavras como comentário lá no blog do Dilso.
O texto dele está maravilhoso por lá, creio que ficará feliz com uma dedicatória em texto tão bem-escrito.
Por aqui, estou me sentindo como no filme "O carteiro e o poeta" (O Carteiro de Pablo Neruda), no entanto tenho que adaptar o título para "A carteira e os dois poetas"!!! rsrsrs
Beijos e até.
querida smareis,
ResponderEliminaraprendi que a profundidade do mar cabe no interior de uma lágrima. sejam as palavras assim tão imensas...
um beijo e obrigado pelo teu carinho!
ana lúcia,
ResponderEliminaro poeta é o mundo, com todos os seus matizes plurais. e porque o deseja no interior da sua mão, o homem que o canta é muito mais louco do que poeta.
beijinho!
verdade, cristina,
ResponderEliminareste blogger tem andado mais doidivanas do que os candidatos a primeiro-ministro de portugal nesta campanha eleitoral de faz-de-conta. olha, as páginas escritas sobre esta farsa não valem nem no próprio dia, quanto mais se na edição do dia anterior? :)
beijinho, querida amiga-jornalista!
querida parole,
ResponderEliminarsobre o mundo e a sua espessura:
há pesos que não temos de carregar. moldamo-los em papel barato, com tinta de segunda e, depois de dobrados, anexamo-los à parte inferior do braço, na certeza de que ali tudo cabe e ali tudo morre. a asfixia é o remédio para o que não tem cura.
beijinho, querida amiga!
p.s. nunca ninguém tinha falado tão verdade acerca das pretensões deste blogue como tu, no sublinhado final: "Eu viajo quando te leio... rsrsrs". nunca dele esqueço o título: viagens :)
obrigado!
querida cecília,
ResponderEliminarpoderíamos falar de continentes, no plural, se o oceano não unisse?. tu, sim, verdadeira neruda. tudo o mais, apenas correspondência :)
agradeço-te teres deixado a minha nota lá no blogue do dilso. voltarei a tentar entrar, pois pretendo deixar-lhe um abraço com os meus próprios dedos.
um beijinho para a minha querida amiga de além-mar!
Como o meu perfil não entra nem a martelo, tive que usar o Nome/URL...
ResponderEliminarPara te dizer que o teu poema é soberbo.
"implora-se a deus que não chova;
importa não lavar a terra que trazemos agarrada aos olhos."
E o final é de mestre...
Caro amigo, boa semana.
Abraço.
amigo nilson,
ResponderEliminaras tuas palavras são imensamente maiores do que o meu merecimento.
um sincero agradecimento.
abraço em eco!
Porque ao conhecer a verdade, "visto as asas" e "corro até o arco-íris", para quem sabe assim me alimentar de alguma felicidade, visto que já são "29 anos".
ResponderEliminaro desejo de voo em salto oblíquo de arco-íris não deve subjazer à demanda pela felicidade; que esta se satisfaça com a própria viagem, tanto ao longo dos 29 anos cumpridos como dos ainda mais por vir.
ResponderEliminarbeijinho!
Hoje vim deixar-te um beijo terno e achocolatado e desejar-te uma feliz semana.
ResponderEliminardoce a tua presença por aqui, sandra.
ResponderEliminarsaboreio, agradeço e retribuo o carinho de chocolate!
beijinho!
algo mudou hein Jorge, a alma canta nesse vai e vem da poesia, musicada em outras bocas. Por aí! Em um fio tênue a existência dá passos. Bravo poeta!
ResponderEliminarBeijos
luíza,
ResponderEliminartudo é mudança e nada se cristaliza. ao ritmo das bocas e das mãos, o jornal faz-se na oficina quotidiana da nossa rua.
beijinho e poesia!
A propósito da campanha eleitoral [a mesma que deixa os jornalistas de rastos, depois de tantos quilómetros percorridos pelo país] e dos senhores que se passeiam por aí, reli isto:
ResponderEliminar«e é vê-los todos a rir que quase lhes saem os dentes fora quando o espectáculo acaba
a gozar com o povinho que anda com eles às costas» (João Negreiros)
Oh… Se é…
Beijos!
Cristina.
hihihihi!
ResponderEliminaresta campanha, então... já aqui no blogue tive a oportunidade de, num comentário, deixar escapar a minha decepção. em rigor, as expectativas iniciais já eram muito baixas...
querida amiga, o jornal começa a desenhar-se, aos poucos :)
beijinho grande!
É mais simpático falar-se no jornal, realmente! :) Fico à espera de um exemplar!! :)
ResponderEliminarBeijinhos!
PS: Se precisar de alguma coisa, já sabe. Vale?
um já é teu antes mesmo de a edição estar fechada, querida amiga, porque também tu vives naquelas letrinhas, já.
ResponderEliminarbeijo!