quinta-feira, 12 de maio de 2011

ópera

floresta negra, tânia maria de souza


sentamo-nos no inverno do amor.

prometemo-nos anis 
mas acabamos por beber a água da ilusão   
como a bala que rasga  
de fora para dentro  
farejando os músculos 
que ensinam as coisas essenciais 
e os lugares onde os deuses adormecem. 

nenhum corpo aquece 
a tempestade dos ossos  
e os pés dobram-se na estrada 
lavada pela chuva dos sonhos.

em nosso redor, 
zumbidos inchados  
flores-de-lótus na candeia  
luz empedernida 
pondras sem água: 
eis a tela dos abismos 
numa floresta vazia de quartzo. 

sentamo-nos no interno do amor.

prometemo-nos cantis
mas acabamos por beber a água da incisão
como a veia que rasga
de dentro pra fora
forjando  os crepúsculos
que exprimem as coisas emocionais
e os lugares onde os deuses anoitecem.

nenhum  cloro aquece
a toxidade dos ossos
e as mãos deixam-se na estrada
levada pela luva dos sonhos.

em nosso redor,
zunidos infaustos
folhas de limo na caldeia
luz entorpecida
plantas sem água:
eis a terra dos abismos
numa floresta vasta de cactos.

[cris de souza & jorge pimenta]

nightwish, the phantom of the opera

103 comentários:

  1. esse é o nosso sétimo dueto e o gosto só prospera em compor contigo.

    meu grande, grande, grande parceiro e amigo!

    beijos de mãos dadas.

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  2. Os tons fortes de sua poesia, tocaram meu coração.
    Linda poesia..forte!!
    Parabéns!!

    Um grande abraço, do lado de baixo do Equador.

    Ma Ferreira

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  3. Olá!

    Gostei muito do seu blog, vou entrar aqui mais vezes para ler tudo que conseguir :D

    Se quiser conhecer o meu, o endereço é:
    semcorponenhum.blogspot.com

    Siga-o, se você gostar dele...
    vou ficar MUITO lisonjeado.

    Um grande abraço,
    C.M.L

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  4. "como a veia que rasga
    de dentro pra fora
    forjando os crepúsculos
    que exprimem as coisas emocionais
    e os lugares onde os deuses anoitecem."

    Vocês são incríveis

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  5. a tragicidade embalada pela música de soprano, tenor e barítono, quiçá um coral, terra devastada de seres saltitantes,

    abraço e beijo

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  6. querida cris,
    como a ópera, afinal: a peça é uma só e a mesma, mas assume diferentes interpretações tornando cada uma delas única na vasta pluralidade.
    é um privilégio compor contigo.
    beijos de lira em recomposição!

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  7. querida má,
    poderá haver mérito no objecto estético que nos toca, mas há-o em muito maior grau no coração que, abrindo-se, se deixa tocar.
    um beijo!

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  8. clebson,
    fico felicíssimo que tenhas aqui chegado e, sobretudo, que a viagem tenha valido a pena. terei o maior gosto em retribuir a gentileza e, obviamente, por lá assentar, também.
    um abraço!

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  9. angélica,
    a cris é inscrível [ou não tivesses citado uma passagem que brotou da sua lira] :)
    beijinho e um agradecimento em voz mútua!

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  10. que o trágico seja trágico, na verdade dolorosada sua essência. é que me arrepio só de pensar que termine nas teias do cómico, tornando-se inverosímil, artificial e pré-ridículo. deixe eu de saber ler e escrever, no entretanto...
    um abraço, poeta assis!

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  11. Jorge,
    é sempre esmagador estar aqui e saciar pele e poros sedentos de palavras e música música música...

    belíssima composição
    beijos, amigo!

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  12. Querido, Jorge. Jamais tive o pouso da dúvida desse eterno ir e vir do amor; do inverno por vezes externo e interno.
    Mas descobrir ambos rasgando-me foi de arrepiar, pois por aqui encontro-me atravessando por estes.
    Um abraço,
    K.

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  13. De dentro para fora, literalmente visceral, os versos rasgam a pele e afloram como espinhos, sem perder seu compasso, seu ritmo de tempestades de ossos em florestas de quartzo.
    Cris e Jorge dão um show mais uma vez, compondo juntos.

    Grande abraço meu amigo!
    Beijo, Cris!

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  14. amigo celso,
    há momentos em que o corpo precisa de explodir para poder, recuperados os estilhaços, recompor-se inteiro. nesse festim, a pólvora é mesmo o menos impactante conviva.
    escrever com a cris é sempre um estímulo renovado.
    um abraço, querido amigo!

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  15. repito: esse é o nosso sétimo dueto e o gosto só prospera em compor contigo.

    meu grande, grande, grande parceiro e amigo!

    beijos de mãos dadas.

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  16. olha, Jo Pi, gostava de ter escrito algo assim. Há vezes que apetece escrever assim!
    Hoje, não precisas de escrever para mim.
    Gosto dessa gravura... e o titulo, ''floresta negra''... é nela que amadurecemos para cima - algumas vezes somos atirados para o abismo - .

    saudações poemáticas rumo ao norte!!

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  17. como te dizia lá no trem da lira, cada composição com a tua assinatura é como a ópera: por mais interpretações que venha a ter, cada uma é única na sua pluralidade.
    um beijo, queridíssima amiga-poeta!

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  18. não-sou-eu-é-a-outra,
    amadurecer para cima... subitamente, trouxeste para dentro de mim uma imagem de perfeição de que nunca me havia dado conta: como as plantas, que se aprumam na sua única verticalidade ascendente, onde a raiz se esconde do sol para poder viver. o abismo? respira sempre do lado de fora do caule.
    um abraço poético desde o norte [infiro que rumo ao sul :)]!

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  19. Tento adivinhar, nessa dupla, quais palavras saíram de qual boca, qual imagem veio do Jorge, qual da Cris, mas vocês conseguem ser um só...o poema é um todo plural e sempre, nessa parcerial, o resultado é arrebatador!
    Abraços a ambos,

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  20. Amor brota até em terreno árido... assim é o poema... não há aridez que resista à cumplicidade de poetas...

    Beijinho encantado, alado poeta!

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  21. Jorge e Cris,
    parabéns! Lindo o poema de vocês.
    As coisas que estão em nossos compartimentos interiores, que de certa forma, se expressam e interagem com o que está fora, numa dança, por vezes descompassada, mas em ritmo intenso em busca do nada.
    Abraços aos dois.

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  22. Andava com saudades dessa dupla! :)

    "e os lugares onde os deuses adormecem..."
    "e os lugares onde os deuses anoitecem..."

    E enquanto isso, existem as promessas que nunca são cumpridas... Porque será que ainda as fazemos? Porque será que ainda acreditam em nós?
    A isso, só o amor pode responder...

    E por falar em amor, lembrei-me de algo de Alice Ruiz que andei lendo, e, se não me engano é assim: "Sim, todos os poemas são de amor. Pela rima, pelo rítmo, pelo brilho, ou por alguém, alguma coisa, que passava na hora em que a vida virava palavras."

    Amei principalmente essa parte: "em que a vida virava palavras"...
    E não é a mais pura definição de um poema, a vida virando palavras?

    Vou ficando por aqui, pois hoje já estou me estendendo demais :)

    Fique bem, e tenha um lindo final de semana.

    Jinhos meus

    Cid@

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  23. …flores-de-lótus na sede d’um amor que escorre por entre as veias numa tela de sons líricos por incisão das vozes trovadoras…

    Congratulo os autores. Belíssimo Dueto!

    Bom fim de semana

    Um beijinho
    Da
    Assiria

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  24. Depois de várias tentativas, espero que este humilde comentário fique!

    Com(o) um arrepio a escrita assim em dupla agita(nos) os sentidos!

    Perfeito!

    Para ambos, Bjs dos Alpes

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  25. tânia,
    o inevitável agradecimento sai de duas bocas mas, ainda assim, a uma só voz: obrigado, querida amiga! as tuas palavras e o carinho que delas sempre brota ajudam a dar sentido a todos os sentidos.
    beijinho grande!

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  26. há poemas que se tornam tanto mais viçosos quanto mais inóspito seja o terreno onde são semeados.
    um beijo e um poema, querida aninha-de-luz!

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  27. amiga cecília,
    a tua descrição da explosão poética é inquietantemente verdadeira. é justamente por isso que, por vezes, e quando escrvendo a mãos múltiplas, nos percorre uma sensação de segurança bamba, pois nem sempre aquilo que escorre do varal das emoções de um tem forçosamente que coincidir com o do outro. mas, é também isso, em certo sentido e complementarmente, um estímulo poético extraordinário, pois torna-se possível perceber como o próprio poema escolhe as águas onde pretende navegar, quando não raras vezes se insititui ele próprio o mar. e o plural passa, nesse então, a ter uma definição supra-gramatical. mesmo que na rota do nada.
    beijinho, querida!

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  28. querida cid@,
    no intervalo do adormecimento/anoitecer dos deuses, o homem abre os grilhões de aço que o prendem à cadeia cósmica e cresce em ousadia: amotina a rotina e o tédio para sonhar e amar. nem sempre pelo tempo que deseja e merece, mas fá-lo, ainda assim, e sente-se vivo, e agradece a si mesmo por não se resignar, e volta a tentar, na tal eternidade que dura apenas as gotas da nuvem da brevidade.
    depois?
    escreve o que viveu - e assim nascem os poetas;
    depois?
    reescreve o que deseja voltar a viver - e assim nascem os loucos.
    poetas ou loucos? simplesmente homens.
    beijinho, querida amiga!

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  29. assíria,
    todos os jardins que crescem de fora para dentro perseguem algo mais do que o mero desejo de sobreviver.
    [só não entendo como é que os biólogos não foram capazes de ter identificado, ainda, o coração das plantas... talvez porque o essencial seja invisível aos olhos].
    beijinho e um óptimo fim-de-semana para ti também, querida amiga!

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  30. amiga dos alpes,
    como te entendo; vários foram os comentários deixados aqui e nos outros blogues que não resistiram ao vendaval tecnológico que se abateu sobre os blogues, nos últimos dias. tudo parece estar já resolvido, espera-se. é que [e pedindo por empréstimo as tuas palavras], há arrepios e sentidos de que já não sei prescindir.
    um beijinho!

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  31. «nenhum corpo aquece
    a tempestade dos ossos
    e os pés dobram-se na estrada
    lavada pela chuva dos sonhos.»

    Tantas são as vezes em que embalados pelo amor, prometemos tudo… e as promessas caem no vazio. Mas é o amor que rega as plantas sem água e, se repararmos bem, os cactos poderão ter o seu encanto.
    Enquanto isso, vamos bebendo a água da ilusão...
    Beijos e parabéns aos dois!

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  32. de facto..., os vossos cânticos são sempre poderosos! versos com a força de um sentir que atropela a todos.

    gostei particularmente desta estrofe:

    "sentamo-nos no interno do amor.

    prometemo-nos cantis
    mas acabamos por beber a água da incisão
    como a veia que rasga
    de dentro pra fora
    forjando os crepúsculos
    que exprimem as coisas emocionais
    e os lugares onde os deuses anoitecem."

    a imagem é linda!
    o video... [só me ocorrem as tuas palavras...]
    ... arrepiante!

    beijos para ambos:)
    parabéns :)

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  33. cristina,
    toda a promessa é a verdade. não a absoluta, ou inteira, ou redonda, mas a que resulta da combustão da chama com o oxigénio, invariavelmente no peito. falhar-lhe é falharmo-nos, o que não implica a desistência da porfia. quando a promessa é retórica, é apenas chama e oxigénio, sem combustão. é dessa [não] reacção que nasce a mentira - o proncipal antídoto do amor.
    beijinho!
    p.s. tenho mesmo de concordar contigo: os cactos, nas sua aparente falta de graça, mostram uma certeza e uma convicção que nenhum deserto ousa contrariar. à atenção do homem.
    beijinho, amiga-jornalista!
    p.s.2. neste momento decorre, ainda, o processo de recolha de dados para o inquérito. a internet do min-edu teve um problema de compatibilidade com o email do google, na semana passada, o que fez com que perdêssemos cerca de 3 dias. espero até ao final da semana ter todos os dados recolhidos. informo-te, nesse então.
    beijinho!

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  34. amiga-de-mil-encantos,
    quantas vezes os lugares que buscamos são distintos daqueles em que nos sentamos... e a água prometida é apenas gotícula que seca no contacto com a pele. e ventos crepusculares rasgam-nos a roupa, violam-nos a pele e apoderam-se da veia que se desabituou à corrida líquida que engrandece. e adormecemos, seguros de que no olimpo também anoitece.
    beijinho imenso!

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  35. Claridade de mais atrapalha, mas a escuridão total é o chão. Há que se descobrir uma ponte entre a luz e sombra e perambular entre lá e cá...

    Formidável parceria!

    Beijos e carinhos, querido Jorge!

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  36. Bela escrita, esta, sobre a promessa. As promessas a que me referia são as “sem combustão” mas que, pelos mares da ilusão, se julga nascerem no peito. Por isso caem no vazio…
    Quanto aos dados, envie-mos, então, quando os tiver. Entretanto, já encontrei mais umas “coisas”, que talvez possam ser úteis.
    Beijo!

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  37. prometemo-nos anis
    mas acabamos por beber a água da ilusão
    como a bala que rasga
    de fora para dentro
    farejando os músculos
    que ensinam as coisas essenciais
    e os lugares onde os deuses adormecem

    Belissímos! Quantas vezes ao lermos ou ouvirmos algo não nos sentimos rasgados por dentro?! Parabéns!!

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  38. Os versos rasgam a pele numa síntese completa de sentimentos que duram o tempo de pulsar cada coração. Os versos são sentimentos que vibrm no papel.

    lindo...

    beijos

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  39. Jorgito querido!
    Onde melhor cabe o amor, senão nas coisas essenciais.
    Bela ópera de par!
    Bjs de dentro pra fora

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  40. somos tanto por desvendar e cantar em uma intensidade que por vezes explode mesmo..
    dueto sempre a pleno e de essencia presa ao mais profundo do sentimento..
    parabéns mais uma vez e beijo aos dois..

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  41. bebo na água da indecisão e vivo em crepusculos...

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  42. Jorge Pimenta..vo escreve tão bem..quase me sinto incapaz de fazer um comentário, de tão encantada fico com a sua escrita.
    O amor é capaz de uma explosão de sentimentos. Muitas vezes de extase, muitas vezes de dor.
    E muitas vezes a após as dores e renascimentos, percebemos que foi pura ilusão..ou não.
    Bj
    Ma Ferreira

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  43. lívia,
    há em cada homem uma rosa-dos-ventos. difícil, mesmo, é saber de que lado fica o norte. mas a esperança é sempre uma batalha a não perder.
    beijinhos!

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  44. cristina,
    confirma-se: os jornalistas nunca tiram férias, porque a notícia também não. o despertar sorri; eu, pessoalmente, sorrio e agradeço :)
    beijinhos, amiga!

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  45. giomara,
    o mundo tem a espessura do dizer e a densidade das palavras. se as há inócuas, também as há de metal e de algodão. a questão é que para sabermos o que nelas se esconde, temos de aprender muito para além do alfabeto.
    beijinho e palavras de não dizer!

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  46. suzaninha,
    os sentimentos vibram no papel. infelizmente não são de papel, ou molda-los-íamos com a destreza imperfeita da mão. alguma vez apaziguariam os abismos que nos atiçam no interior do corpo?
    beijinho!

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  47. ira, doce amiga,
    sobre o amor, acabo de ler: "ontem comecei a matar-te, meu amor; agora amo o teu cadáver".
    há prisões que detêm mesmo sem paredes ou barras de aço. até a morte é apenas miragem...
    beijinho, querida!

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  48. ingrid,
    sobre revelações e epifanias:
    por mais que digamos, escrevamos ou sintamos, nunca revelamos tudo [até porque quase nada aprendemos].
    beijos, amiga!

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  49. amiga de cabelos longos,
    o crepúsculo anuncia a noite, mas não consegue libertar-se do dia.
    como te entendo, amiga... a indefinição e a inquietação são estados crepusculares daqueles que jamais aceitam a rendição.
    beijinho sem resignação!

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  50. ma, querida,
    só no amor, genericamente, projectamos todas as nossas metades e o secreto desejo de ser todo. mesmo que na menoridade da quimera ilusionista. quem ousaria ser sem saber sonhar?
    um beijo e mil sonhos!

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  51. Jorgito, meu poeta de leitura obrigatória!
    Amei a frase de mil braços, mui inspiradora. Pensarei bastante sobre ela.
    Essas prisões sem muros ou cadeados é que são as piores (ou melhores).
    Mais bjs de bom fds

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  52. Minha amiga, Ana Cecília Romeu (do blog humoremconto) enviou-me seu link e falou, inclusive, com muita veemência sobre você e sua obra no plano blogosférico... Fico feliz em ver/ler que seu espaço é tão bom como ela me afirmou.
    Quanto ao texto: esse poema é maravilho, cheio de imagens que se incendeiam e nos fazem devanear cedidos ao universo metafísico que criaste. Visto o verso sobre as flores de lótus, tu ispirou-se, por acaso, em um episódio da Odisseia de Homero?

    Obs: Meu sonho sempre foi conhecer Portugal, visto que sou brasileiro, pois adoro seu país – principalmente no que concerne a música e a literatura (Fados, para ser mais preciso). Adorei sua ópera, tessitura muito bem arquitetada. Um abraço e foi uma satisfação em ter "te lido"!!!!
    Abaixo fica meu link, espero que goste!!!

    http://cronutopia.blogspot.com/

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  53. Gosto tanto de seus poemas que fico triste quando perco alguns por causa do tempo mínimo que me sobra para as visitas.

    Beijo.

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  54. Será que quando o corpo se rasga assim é possível se recompor de fato? Não sei, penso que não. Acho que ficamos a deriva por um tempo, recolhendo parte de nós que nunca mais serão o que era antes. E o interessante é ver que tipo de humano seremos depois. hummm
    Pausa para aludir as sensações.
    bacio

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  55. Jorge,
    Esse é um dos aspectos fascinantes do Jornalismo, a par do olhar atento sobre a realidade e da busca contínua de novidades [e de tantas outras coisas que se poderia enumerar]. Sinceramente, já não me imagino a fazer outra coisa! :)
    Retribuo, por fim, os sorrisos! :))
    Beijinhos e bom domingo!

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  56. ola.Parabens pelo seu blogue.Gostei bastante.



    silenciosquefalam.blogspot.com

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  57. Belo e profundo... Sem mais palavras!
    Beijos!
    Domingo repleto de sensibilidade e alegrias pra ti!

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  58. ira, amiga-poeta de [en]cantos plurais,
    tudo o que detém, limita.
    tudo o que detém silenciosamente, sob o manto do anonimato, mata.
    a pior doença é sempre aquela que não se deixa anunciar. e os afectos escarnecem na sua invisibilidade.
    beijinho!

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  59. dilso,
    fico muito feliz com a tua chegada até aqui e muito particularmente porque pela mão da cecília, uma amiga recente da blogosfera que rapidamente se tornou muito especial, não apenas pelo que escreve, mas também pela pessoa fantástica que é.
    imagino que o teu desejo de conhecer portugal seja grande; provavelmente comparável ao meu de conhecer o brasil [tarefa hercúlea, é bom de ver, ou não fossem as terras de vera cruz um continente por descobrir até para muitos dos milhões de brasileiros]. a partilha em espaços como os nossos blogues acaba por intensificar ainda mais essa curiosidade e por estimular o desejo. e o caderninho das 1001 coisas para fazer antes de morrer passa a ter 1002 :)
    um abraço!

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  60. carol,
    agradeço as palavras.
    forte abraço!

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  61. wow!
    seo pimenta!

    nota interna:
    trazer o babador!

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  62. querida dade,
    como te entendo! ainda há instantes escrevia a um amigo com quem partilho escrita e um carinho imenso; versava justamente sobre os constrangimentos do tempo, por haver momentos em que as linhas paralelas da vida se desligam e quase não temos tempo para as definições vitais.
    querida amiga, este blogue é teu; nem que seja apenas pelas calendas, sorrir-te-á sempre.
    beijinho com saudade!

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  63. amiga-do-sótão,
    estou convencido de que mesmo sem quedas e fracturas, a vida nunca se escreve sobre linhas direitas e a tinta nunca mantém a mesma tonalidade entre o início do grande texto até ao seu sinal de pontuação final. de resto, a pele só é pele, porque se rasga, cicatriza e renova; não creio sermos diferentes por debaixo do tecido.
    beijinho grande!

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  64. cristina,
    regresso aqui já no final do dia, agradecendo-te os votos de bom domingo e, na impossibilidade de tos retribuir em pleno, desejar que o teu tenha sido bem passado.
    sobre o jornalismo e áreas periféricas: alguém tem no seu perfil qualquer coisa como "Um dia, alguém comentou que sou uma boa observadora". não fui eu, mas assino por baixo. :)
    beijinho, amiga-jornalista!

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  65. caro miguel,
    obrigado pela viagem; sê sempre bem-vindo!
    um abraço!

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  66. peônia,
    um singelo, mas sentido, obrigado!
    desejo que tenhas tido, igualmente, um óptimo domingo!
    beijos!

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  67. Parabéns à dupla. Muito bom, mesmo. Dá aquela sensação de ser tão pequenina quando vos leio..
    Beijinho

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  68. carlita,
    nota interna: a saliva não mancha e ajuda a cicatrizar as feridas de pele :)
    beijos e wows!

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  69. sandra,
    sensação de pequenez?... lê os teus textos e depois falamos. :)
    beijos, poeta-amiga!

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  70. Meu querido Poeta

    Mais uma explosão de sentimentos escrita a duas almas...sem palavras para comentar o que senti:

    Ouve o silêncio meu amor..escorrendo das minhas mãos vazias...tatuado na minha pele fria...nas palavras de amor que ecoam no tempo...nos braços que são vagas adormecidas...escritos no gelo das lembranças...no chão onde ficaram pedaços do meu caminho...restos de sonhos...tristes e cinzentos...renúncia de amor.
    Não acordes o silêncio meu amor...deixa-me esquecer o nada que resta de mim...deixa-me esquecer o ontem...o hoje...e pelo amanhã não quero sofrer.

    Com a minha admiração imensa...intensa...vou, deixando um beijinho e o meu carinho.

    Sonhadora

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  71. Parece sempre muito difícil não manter os firmes acentos nas interpretações e operar uma incisão com mínima dor e máxima visão real. A ideia de que cada ser é dono de sua única visão dos fatos (e ela em si basta) parece reduzir muito as verdades supostamente ocultas. Em cada estímulo, uma reação (ou muitas); a única garantia parece ser a autenticidade, que soa, por ser sincera, não confiável, não é incrível?
    Imagens poeticamente definidas por mais de 4 mãos e muitos pés-direitos de altura. Profundamente belo e profundamente triste. Tudo está contido em todos.
    Parabéns ao poeta plural Jorge e à talentosa Cris.

    Quanto aos comentários, alguns foram perdidos no bug, mas os tenho muito claros na memória - a mesma que nos tira e nos põe no mundo real, que nos alegra e que nos entristece para além dos sismos.

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  72. Cris e Jorge, o título me pescou, afinal ópera - obra, é que me faz viva no canteiro de obras muito pessoal, e com isso, vejo-me sentada no inverno do amor, que me é acolhedor, estação de intensidade e proximidade, e encontro do outro em minha face interior - espelhos. Mas, vamos ao escrito!

    Sempre que leio o dueto, sinto o líquido correr na minha veia, e o que encontrava-se adormecido já não mais faz morada. A palavra prometer, é tão forte, e caio em constante guerra, pois não há perpetuação da promessa, por um simples desvio de meu olhar à banalidades, que por sinal, a famosa bebida - água da ilusão - miragens? Sim! Que rasgam os meus órgãos; a bala da permissão - e não ser humilde em dizer que há cegueira reinando. Reconhecer-se é primordial, mas duro adentrar a este olhar, pois há constatação de músculos no estado podre e essencial inexistente. Hoje, aprecio deuses, mas a permanência de um apenas, com regência do meu olhar, para que eu possa venciar experiência únicas e precisas para agir com humanidade e dignamente a meu próximo. A minha cabeça submete-se o entendimento do que é corpo aquecido - individual, qual corpo aquece - relações. E dos meus pés à busca, ante a tempestade nos ossos, pela chuva a banhar-me, e à compreensão dos fatos, que através do adiante os sonhos se fazem reais - plantação ardia, e gotas de sangue regando as sementes. De dentro para fora, o meu cálice anuncia que o interno anda gelado - o amor que se exprime no emocional, está as traças, e coisas racionais faz com que deuses amanheçam, levando-me rente à floresta densa, e mesmo que os cactos deem flores de cores vivas, o que me reduz são os espinhos, com zunidos retratando minha alma uma planta sem água - só sei que estou com sede de encontro. Não! De reencontro, o caminho da dupla honra, sem a luz entorpecida.

    Abraços

    p.s: Jorge sei que ando ausente por aqui, mas estou estudando fundo o Sistema Nersovo - Cérebro, uma pos que requer entrega (Neuropsicopedagogia e Desenvolvimento), e isto tem tomado meu tempo, ando em débito com muitos blog's.

    Priscila Cáliga

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  73. Dizem que a agua mata a sede...essa agua mata nos os sentimentos...
    Beijo d'anjo

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  74. o delírio é eterno
    como um poema
    que não some
    de dentro
    ...

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  75. sonhadora,
    há silêncios que foram feitos para serem escutados e não rasgados. não os acordemos, pois.
    belo comentário o teu, amiga; os textos ganham novos pulmões com o oxigénio das palavras dos outros.
    beijinho!

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  76. sempre bem-vinda rejane,
    quando escrevo não procuro a verdade. em certo sentido, farejo-a, pressinto-a, adivinho-a [ou o que dela transparece sob o globo gelatinoso]. e neste desvario antecipatório, pressinto-me mosaico de ladrilhos mínimos que se escondem por saberem não serem únicos; são, antes, peças dispersas de uma construção que, quanto mais empreitadas ganha, mais perto do seu início se encontra. e, em bola de neve, resvalam todas as outras verdades, as de ontem, as que não soube dizer, as que se escaparam, as que me roubaram, as que matei, as que se mascararam de mentira...
    e volto a escrever ainda sem verdades nos dedos...
    beijos, amiga!

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  77. querida priscila,
    nenhum inverno é mais gelado do que aquele que morde as tempestades pelo lado de dentro. e o pólo norte deixa de ser apenas um topónimo, escondido nos atlas dos amantes ou nas bússolas dos exploradores. é um cenário real, tundra de aço branco, estepe de vidro fosco onde todos os sonhos são apenas retratos polaroid de desilusões. e os caminhos desencontram-se dos pés; e os pés esquecem a marcha; e a marcha é o exército de rosto macilento rumando em direcção ao muro, anunciando a bala redentora. bem ali, do lado esquerdo do peito.
    a pólvora? talvez o derradeiro raio de calor a anunciar.
    um beijinho!
    p.s. estás sempre aqui, querida amiga, mesmo que não presencialmente. cada chegada tua é um novo texto que nos arde no olhar. beijos e felicidades para esta nova etapa da tua vida académica.

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  78. Uma belíssima parceria.
    Parabéns a ambos.
    Gostei imenso.
    Um abraço.

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  79. Cada vez que entro aqui neste recanto de encantos,me toma de assalto a magia e me transporto para o mundo dos sonhos...Das fantasias e do amor...Então me perco, extasiada com a beleza das palavras e a doçura de quem as escreve.Beijos achocolatados

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  80. "dizem que a água mata a sede...essa água mata-nos os sentimentos..."

    felizmente todos os venenos têm o seu antídoto, verdade?
    beijinho, amiga do sonho!

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  81. c.,
    a delicadeza e os olores requintados têm uma origem: viena, quando passas por aqui.
    um beijinho!

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  82. "o delírio é eterno
    como um poema
    que não some
    de dentro"

    domingos,
    porque os verdadeiros poemas têm os tons do sangue.
    abraços e delírios, caro amigo!

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  83. barcelli,
    desde aqui um agradecimento em eco!
    abraço!

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  84. a verdadeira doçura reside na tua voz, querida sandra. além do tom, tem o sabor único do chocolate :)
    beijinho!

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  85. As balas (e bombons e outros doces) andam ne rasgando os músculos de dentro pra fora, Jorge. Uma espécie de diabetes sentimental...

    Poema forte, como sempre!

    Abraço

    P.S.: Queria fazer-te um convite. Pode me passar o teu e-mail? ac.zamagna@gmail.com

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  86. Parabéns pela bela composição, sou fã do vídeo, tenho um filme aqui em casa e não me canso de vê-lo... Braços abertos a serem envolvidos, belo retrato de imagem!

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  87. não chego tarde, é que as antes as minhas palavras se foram devoradas pelo blogger, este monstro atávico dos comentários e postagens. Ópera digna de uma Flauta Mágica ou de palavras mágicas, regência e orquestra em uníssono,

    abraço Jorge
    beijo Cris

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  88. Oi Jorge,

    Há tanta vida dentro de nós. Somos animais com sede de viver. Sendo que, podemos até sentir os "batimentos vitais" dessa natureza exuberante que existe ao nosso redor, chegando bem próximos de nos identificarmos a ela, de várias formas. Mas, como em todo o crescimento, há ajustes e desajustes que poderão ou não nos favorecer. E, como o nosso racional é conflitante com o nosso sentir, diferentemente dessa natureza, que apenas sente, gritamos aos quatro ventos, as nossas dificuldades em transpor obstáculos. Vez em que as nossas dores parecem ser maior do que as da natureza. Quando, então, nos iludimos em meio aos abismos e aos cactos, sem sonhos e sem água, porém, ainda, com sede de viver...

    Beijos - Ana Lúcia,

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  89. Perfeito, a poesia, a junção, o som, a letra, se fez uma orquestra de vozes e sintonia de sentimentos puro e profundo, sentido na alma, onde cada compasso,cada letra,cada palavra compos uma melodia... se minha vida fosse uma orquestra, sem duvida esse poema seria o encaixe perfeito, Omedeto a essa dupla que conseguiu nos envolver com seu belissimo poema, vou tentar em ingles ou japones traduzir para o meu marido, transmitir o que senti no instante que li e ouvi. Abraços e que Deus continue abençoando-os com lindos poemas. bjs Giovanna

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  90. A forma de, se forma assim.
    Laços envoltos nas esperanças e abismos ultrapassados por insistência dos corpos.
    No crepúsculo se ausculta e o som enobrece a quem o faz.

    A ópera continua.

    Abraços a dupla.

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  91. voltando para te dizer que sou uma que aqui vem, já ajeitando o desPenteado vem, e vem toda-toda maltrapilha babenta para um invés de me rasgar, me despentear nos teus versos, ao invés disso, ajeitar-me, empoar-me toda-toda e voltar as Ruas como uma inda sombra minha, DamaCadelinha de muros, açoitada-de-gala, produzidíssima e espumante por essas tuas viagens de umas luzes que me assombram, me estampam às paredes da minha cidade.

    beijinhos!
    (o senhor é um achado!)

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  92. peguei boleia numa barca de Eugénio e aportei neste cais onde a mágica dos livros imortais e da música que os deuses criaram me aprisionaram irremediavelmente :)
    não resisto a este hino que me arrepia nem ao sabor que esse arrepio me trás, não apenas pelo som, mas também pela letra e perfomance.
    ... e de novo (re)leio o poema!...
    adorei esta postagem!
    beijinho, amigo dos meus encantos.

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  93. caro tuca,
    entre a pólvora e o açúcar não sei mesmo qual é o que mata mais :) estou, todavia, seguro acerca do que sabe melhor (hehehe)
    um abraço!
    acabo de te enviar um mail.

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  94. querida michelle,
    também a mim o filme tocou particularmente e esta banda sonora tem uma intensidade (na voz e nos acordes bem progressivos) que liga muito bem com ele.
    um beijinho para ti!
    p.s. estou em falta para contigo; sem desculpas, mas com a atenuante de ter tido duas semanas vertiginosas, em que até o computador teve de receber baixa prolongada :); procurarei estar à altura do desafio ao longo do fim-de-semana.
    beijinhos renovados!

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  95. amigo assis,
    é bem verdade; está quase a fazer uma semana que muitos dos testemunhos, nossos e dos outros, aqui e um pouco por todos os blogues, sofreram com as agruras do dia aziago [sexta-feira 13] também para a informática, ao que parece. o teu comentário anterior foi engolido pelo tal monstro voraz de que falas, mas o seu sentido guardei-o bem vivo na memória. de resto, como sempre faço, caro amigo.
    um abraço!

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  96. querida amiga,
    seja em batimentos descompassados e delirantes, seja com a cadência de um relógio suíço, a vida escolhe-nos, marca-nos e projecta-nos para um desígnio maior em que todos são a sua essência plural. mesmo que em desidratação na pele, no corpo e na alma, o desejo de beber é a mola que nos faz girar. até porque a verdadeira essência da sede é a própria sede: é que nenhuma saciedade a completa definitivamente. como na vida - sem completude, sem desistência.
    um abraço, cores da vida!

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  97. giovanna,
    nas tuas palavras tocas uma ideia que desde sempre trago comigo: a de que há tanto de musical em cada homem! os acordes, ora serenos, ora violentos, umas vezes a solo, outras em grupo, tanto acústicos como eléctricos, são o eco [im]perfeito de cada momento da nossa vida. a ópera? talvez a manifestação sublime que perseguimos até ao limite do arco-íris.
    um agradecimento sentido pelas tuas palavras!

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  98. caro paulo,
    que cada crepúsculo seja apenas um bocejo frágil da mais segura das alvoradas... em dó maior.
    um abraço e mil orquestras!

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  99. querida carla,
    não basta dizer-se maltrapilho para se o ser; não basta anunciar-se cabelos desalinhados para nos perdermos na estrada do vento; não basta trazer babete para chorar baba e ranho. é que quem se anuncia com a voz segura e o dizer certeiro como tu só não se comove com chuva nenhuma - mesmo que arrastada pelos trovões do fero vulcano. eu sim; passo surdo e em reverência pelos nichos que renovam cada fé no ofício do homem e nas preces do dizer.
    um abraço e duas avé-marias!"
    p.s. ler-te é devastador. e a bala rasga, sempre, de dentro para fora.

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  100. amiga-de-todos-os-encantos,
    há tanto de imenso na tua voz! segurares a mão de eugénio e desceres do pedestal do deus dos poetas até este campo minado da sensações que umas vezes luzem, outras escondem, é o sinal que distingue e engrandece. é que há almas que jamais se resignam à condição da vulgaridade - a tua.
    obrigado pelo teu carinho sempre tão especial.
    beijos e músicas [em tempos o "olimpo" escrevia-se na pauta de uma ópera talvez-ainda-por-descobrir].

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  101. Jorge..obrigada pela gentil visita a meu blog.
    Te convido a visitar O BLOG DA MINHA AMIGA VIVI..
    O POEMA POSTADO POR ELA É OBCENAMENTE LINDO!!

    O link é: http://videcampos.wordpress.com/2011/05/20/amor-em-pedacos-versos-47/
    bj
    Ma Ferreira

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  102. Saudações, Jorge,
    li e reli esta Ópera e me veio o encontro de dois mundos, duas terras distantes separadas por um oceano cada uma com suas características e a assim juntas e sublimes
    belo, bela, você e a Cris

    e fortes são os versos das parcerias e de você
    beijinhos de saudades de deixar palavras, mas não dos olhares que sempre por aqui estão
    inté, querido poeta de além mar

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