astrid riecken
disseste-me que a eternidade
é de papel
com caracteres pequenos,
como as tuas mãos,
impressa a tinta
e leves rasuras,
tecido frágil após a queda
e bicicleta que se desprendeu da curva
viajo
nas ruas redondas de ti
onde me refaço
e amanheço,
ou me perco e enlouqueço
e me despedaço,
no adormecer de cada tarde
vazia de ti
disseste-me que a felicidade
se escreve com os teus dedos
e se lê pelos meus olhos
enquanto centenas de pessoas
que perderam o rosto
e esqueceram toda a linguagem
tropeçam no asfalto dos dias
à espera do esquecimento dos versos
nos teus olhos ousei escrever
o poema
que as minhas mãos escondiam,
para que os versos não se percam
nas curvas sem rosto,
nem resvalem sem rumo
nas rectas infinitas
por fora de ti
tudo me disseste…
em quase tudo acreditei…
[acaso saberemos nós a medida certa do corpo
algures entre a explosão do sangue
e a erosão do coração?]
por outros encantos & jorge pimenta
vangelis, el greco - movement IV
Olá meu amigo, um coração à deriva nas vestes longas do tempo. Um belíssimo poema e uma musica para deslizar no tempo que passa. Adorei. Beijos com carinho
ResponderEliminarMuito bom!
ResponderEliminar"viajo
nas ruas redondas de ti
onde me refaço
e amanheço,
ou me perco e enlouqueço
e me despedaço,
no adormecer de cada tarde
vazia de ti"
Palavras maravilhosas que enchem olhos, coração e alma.
Parabéns aos dois.
( Senti falta das Viagens...)
Amei isso aqui; tanto que estabeleci morada!
ResponderEliminarDia maravilhoso pra ti!
Vc mora num lugar lindo! =)
Abraço!
Namastê!
Nos teus olhos ousei escrever
ResponderEliminaro poema
que as minhas mãos escondiam,
Com estas palavras e este vídeo não há nada mais por se dizer...
Lido!
Um grande abraço e bom dia!
Outra parceria de sucesso!
ResponderEliminarCom um parceiro assim, a inspiração deve vir mais fácil (ou não...) :)
Parabéns a Jorge e a outros encantos.
Que vocês possam continuar nos encantando ;)
Tenham um lindo e luminoso final de semana.
Paz e Bem!
Cid@
rosa branca,
ResponderEliminarquantas vezes a eternidade se constrói, timidamente, nos pequenos [des]encontros com os relógios que tiquetaqueiam fora, mas também dentro, de cada um de nós?...
beijinho!
querida sandra,
ResponderEliminarpor vezes, estas viagens atolam-se nas exigências do tempo, o tal que, do lado de fora, arranha, deixando marcas no interior. também tenho sentido falta de alguns reencontros neste universo que a tantos junta; aos poucos vou rectificando.
um beijinho com saudades de te ler, também!
peônia,
ResponderEliminareste lugar está registado em nome plural. fico imensamente feliz por saber que integras o seu elenco. obrigado!
beijinho!
malu,
ResponderEliminara escrita do olhar é universal ou não fosse um código cuja matriz vive no peito.
um abraço!
amiga cid@,
ResponderEliminara inspiração encontro-a eu junto daqueles que me honram com momentos de escrita consigo.
um beijinho e um óptimo fim-de-semana para ti!
Já li o poema mais do que uma vez e o encanto especial da primeira leitura torna-se ainda maior, as palavras fazem mais sentido ainda.
ResponderEliminar«disseste-me que a felicidade
se escreve com os teus dedos
e se lê pelos meus olhos»
Lindo!
Um beijo e um sorriso... para os dois!:)
Jorge,
ResponderEliminarsempre leio e ouço tudo o que aqui tens..
hoje li e reli e ouvi, com lágrimas nos olhos..
emocionei-me..
não tenho realmente palavras..
um beijos a ti e a outros encantos..
perfeição!
Jorge, meu querido
ResponderEliminarSou muito pobre de palavras para expressar o que sinto ante algo tão extraordinariamente lindo assim...
Então, deixo só isto registrado aqui:
Bravo!
E meu abraço repleto de carinho...
sabes bem, encanto-de-amigo, como o nosso coração está exposto a uma constante erosão, que apenas a explosão do sangue pode regenerar...!
ResponderEliminara poesia é como um ser diáfano!
através das suas sílabas se lê um indivíduo por dentro!
é como uma roupagem transparente
deslizando pela pele de quem a escreve!
vim apenas espreitar e saio emocionada, pela emoção de quem nos lê.
este é o meu primeiro exercício poético a duas mãos…
...nunca imaginei…!
Obrigada Jorge, pelo carinhoso convite.
permite-me encanto-de-amigo, que deixe aqui meu beijo e abraço para todos e em especial para ti.
acaso saberemos um coração sempre quer guardar um outro coração :), como sempre Jorge muito bom em poesia e intensidade!
ResponderEliminarBeijos
acaso saberemos um coração sempre quer guardar outro coração :), Jorge sempre um poeta de intensidade
ResponderEliminarum beijo
Jorge, poeta-de-além-mar.
ResponderEliminarRecordou-me uma frase, que é minha mesmo, "a vida é um conjuto de mais ou menos".
O contraste decisivo da explosão do sangue e da erosão do coração.
Preto, o branco e as nuances, foi a isso que me remeteu esse poema.
O contraste sútil de uma parceria, ligada por alguns fios de coesão e bom gosto.
Excelente parceria! Parabéns para vocês!
Grande beijo meu amigo.
Nossa!
ResponderEliminarBelíssima parceria, Jorge alado...tuas mãos sempre bem acompanhadas...
Beijinho impressionado!
Belo encontro de vcs, lindos versos.
ResponderEliminarBeijos.
eu acreditei em tudo. só deposi descobri que estava errada.
ResponderEliminarrs
bjsmeus
viagem abissal, quem poderá tanto ousar o pulsar desse músculo que habita o peito,
ResponderEliminarparabéns
cristina,
ResponderEliminaros sentidos que a poesia desvela são, por vezes, aqueles que perseguimos fora dela. é justamente isso que a torna tão especial; como os olhos que a preenchem viva.
beijinho!
ingrid, querida amiga de coração imenso,
ResponderEliminarque as lágrimas do poema sejam todos os sorrisos da vida.
beijinho!
zélia, doce amiga,
ResponderEliminartodas as tuas palavras são urdidas em tecido de mel de textura finíssima. por isso as tuas visistas sempre são recebidas com emoção especial.
beijo!
amiga-de-tantos-encantos,
ResponderEliminaracabas de tornar a tese ainda mais inquietante, cruzando os seus elementos em x [quiasmo]; a questão será "a explosão do sangue conduz à erosão do coração?" ou o inverso? ["o coração em permanente regenera-e na explosão do sangue?]
sempre um estímulo tentar perceber o mundo que se ergue para além dos olhos na partilha contigo!
beijos!
luíza, artista multifacetada,
ResponderEliminarque sejamos capazes de merecer todos os corações que guardamos no peito.
beijinho!
"a vida é um conjunto de mais ou menos".
ResponderEliminarcecília, amiga de além-mar,
no dia em que os geógrafos descobriram que a terra era redonda, os navegadores entraram em êxtase por terem encontrado o graal que modificaria os mapas das suas cabeças líquidas. talvez, sem quererem, estavam a descobrir muito mais do que geografia; desmontavam o próprio homem. é que nada se constrói numa linha inteira, plana, serena, sem turbulência, conduzindo a uma viagem com apeadeiros pré-definidos onde tudo está já programado e à espera de acontecer; o homem é esférico, cheio de elevações e abismos, em permanente viagem turbulenta, mas simultaneamente estimulante. e nada nunca é tão pouco como parece do mesmo modo que tudo está sempre muito longe da totalidade. afinal, talvez sejamos sempre mais ou menos... em construção.
beijinho com o sal do atlântico da costa peninsular!
aninha-de-luz,
ResponderEliminaro que as mãos escrevem está sempre bem acompanhado: por olhos que lêem tudo o que está para lá das palavras: os teus!
um beijinho com um obrigado!
larinha,
ResponderEliminarsaudades de te ter por cá.
beijos!
fernand's,
ResponderEliminarhá quem veja o que está errado sem antes ter acreditado. isso é ainda pior, não?
beijinho!
querida c.,
ResponderEliminar"com mãos tudo se faz e desfaz". mesmo que sejam elas pequenas...
beijinho!
assis,
ResponderEliminarpergunto-me se em lugar de um músculo-que-vive-no-peito o homem os tivesse em número plural em órgãos múltiplos? que viagens germinaria ele nesse hipotético então? suspeito que a carroçaria não aguentasse a loucura do motor...
abraço, poeta!
Ah!Sim! Sabemos sim!
ResponderEliminarNão fosse a explosão do sangue "aquilo" que se segue à partitura mágica da erosão inesperada.
E, Ele -ele o coração - bebe-a inteira, a Ela -ela a explosão - individualizada e "ser" errante, pensante e/ou amante..
..imaginemo-la sôfrega saciada nos braços de um encontro desusado entre duas pessoas que nos (a)braços carrega a Solidão de José Gomes Ferreira…
Video:
magnificente!!! O “Desassossego” toma-me de assalto…(perdoe mas levei)
Bom fim de semana
Um sorriso
E
Um beijinho
Da
Assiria
Eterno é todo instante belo (ainda que triste) que justifica a vida.
ResponderEliminarA marca das palavras e versos compõe o poema e o ar que permite viver e morrer em paz.
Quisera que todos os olhos tivessem essa ousadia de provocar ao corpo "a explosão do sangue e a erosão do coração".
Parceria sublime!
Beijos e beijos...
se a felicidade pudesse ser escrita com os dedos quantas coisas poderiamos fazer de melhor em nós
ResponderEliminarCaros Jorge Pimenta e Outros Encantos
ResponderEliminar...pois eu já estive aqui outras vezes, lendo e relendo poema e música, e voltarei, é certo; o brilho dos sons que vem destas palavras emitem as mais belas sombras cromáticas, aquelas que aproximam distâncias a cada perímetro de leitura, aquelas que nos tornam mais humanos pra todas as gentes.
assíria,
ResponderEliminarcada [a]braço é uma explosão sanguínea sobre areias de carne que, fragmentárias, adivinham a sua finitude, numa erosão que suspira por entregar-se ao músculo-verdade. só em êxtase gravitacional o homem consegue lidar com a sua efemeridade. abracemo-nos bem acima do desassossego e da inquietação, pois. abracemo-nos em permanente eco.
abraços!
"eterno é todo o instante"
ResponderEliminarquerida lívia,
o teu olhar sobre a eternidade encontra eco singelo no meu: cada instante, por mínimo ou breve que seja, é eterno [até porque a memória não conhece calendários].
só sorvendo os pedaços e coleccionando os nadas, o corpo e o espírito se saciam no combate invisível contra a erosão do coração.
um beijinho e mil explosões de sangue!
ediney,
ResponderEliminaro coração concebe eternidades; os dedos tocam-nas; o homem refaz-se sem partes, mas todo.
um abraço!
rejane,
ResponderEliminaras tuas palavras alçam as leituras e afinam olhares, enquanto as palavras se despem de roupagem formais e enchem o peito com sentidos de equação maior.
é imensa a tua escrita!
obrigado!
beijos!
Adorei sua leveza ao escrever!
ResponderEliminarSimples e lindo!
entre a explosão do sangue e a erosão do coração há a poesia. esta que move e une e dá vida a esta parceria. lindos parceiros, encantados versos.
ResponderEliminarbeijos
É quando o lirismo não cabe nas curvas do corpo e se prende na luz que repousa em retinas e o poema se desprende, etéreo. E o fecho é perfeito. E o fundo musical também...
ResponderEliminarabraço, meu amigo e parabéns à tua parceira também!
Mágica parceria, Jorge!
ResponderEliminarE fico a me perguntar: na mão de qual dos dois prestidigitadores terá ficado o cigarro aceso de paixão, em qual bolso as moedas de mar, em qual das duas cartolas a nuvem de coelhos?
Abraço
Jorge, amigo de além-mar,
ResponderEliminarsinto que falamos dois idiomas simultaneamente, nos quais, em qualquer um deles existe a compreensão: o português e o idioma dos exploradores da ilha!
De novo um contraste?
Maravilhosa lembrança sua de Saramago.
A ponto de me fervilhar uma certa ideia literária que tive por aqui...,
mas estou a pensar..., o que não sei se é exatamente bom para um explorador de território rsrsrs
Beijo Atlântico no Mediterrâneo de sua alma.
Meu querido amigo, viajo nos seus versos que reproduzem luzes e algumas sombras dentro de mim. Viajo nas palaras que refletem meu eu e que aos poucos dizem tudo o que eu queria dizer.
ResponderEliminarOs seus poemas transbordam o sentir que habita em mim...
muito além do papel, suas palavras são curvas perfeitas que ultrapassam as rasuras...
Beijos
agradeço a tua visita e as palavras generosas que aqui depões, geladeira.
ResponderEliminarum abraço!
é bem verdade, loba. aliás, o coração explode a cada verso que lhe injectamos, como sístoles e diástoles de sensações que agitam o sangue, o aquecem e fazem correr nos canais-verdade que intercomunicam corpo e alma.
ResponderEliminarbeijinho e erupções cardíacas em lava de sangue!
amigo celso,
ResponderEliminara tua descrição do fenómeno da criação poética é soberbo: tudo quanto não cabe nas curvas do corpo e se prende na luz e repousa nas retinas até se desprender, etéreo. bravo!
um forte abraço!
"na mão de qual dos dois prestidigitadores terá ficado o cigarro aceso de paixão, em qual bolso as moedas de mar, em qual das duas cartolas a nuvem de coelhos?"
ResponderEliminarcaro tuca,
há quem queime os dedos para não ter de fumar; quem rasgue os bolsos para não carregar o peso do metal salgado; quem se torne vegetariano para não ter de olhar os coelhos de frente. pobres, esses!
um abraço e dois golpes de mágica!
querida cecília,
ResponderEliminartodo o homem é linguagem. não, não me refiro apenas à verbal, mas a todas aquelas em que manifesta os traços que o tornam singular na criação.
de resto, estou convicto de que a haver inatismo na aquisição de um código verbal comunicacional que se exponencia pela vida fora, ele só o será assim porque é gerado no berços das sensações, das ideias, das inquietações, dos sonhos, das quimeras, das decepções, das realizações, enfim, daquilo que nos torna verdadeiramente humanos, e que fica a arder até explodir na partilha com o seu semelhante.
hum, ideias fervilhantes e ilhas costuma ser sinónimo de vulcanismo, não? :)
beijos literários!
suzana,
ResponderEliminarleio e releio o teu comentárfio. confesso: não sei por onde agarrar uma réplica que não saia entrecortada por soluções e hesitações. atrevo-me a agradecer-te com o carinho que sempre te caracteriza em qualquer iniciativa com a tua assinatura.
"as palavras são curvas e ultrapassam todas as rasuras" - esta frase não pára de me bailar no peito.
beijinho imenso!
Meu querido Poeta
ResponderEliminarNo silêncio de um olhar há tantas palavras...braços inventados na pele...sorrisos
inventados na noite...tocados pelo vazio dos dedos...pela boca entrestecida pelos
beijos ausentes...uma passagem para o outro lado da alma...a ausência de todas as
presenças...e assim vou com um sabor a poesia, tocada a duas mãos...sentida em
sintonia por duas almas.
Beijinho com carinho para os dois
Sonhadora
Teus textos são mágicos e encantadores.Arrepiam em algum momento da leitura.
ResponderEliminarBoa semana,bjk
Jorge,
ResponderEliminarA eternidade/felicidade ainda que pareça circunscrita no papel, veste-se do alimento que os olhos do coração lhe oferecem. Pode até o tempo as descrever como efémeras, mas como se mede a intensidade de um momento único, traçado pelas mãos, pelos olhos, onde qualquer linguagem fica cravada nos versos do nosso interior? É eterna a palavra que nasce e resiste a qualquer esquecimento, habitando nas curvas do rosto, mesmo que rasurada pelos caracteres líquidos dos olhos...
E assim viajam os poemas nas curvas das mãos, nas rectas da nossa convicção, na loucura dos versos que amanhecem numa folha de papel...
Parabéns a ambos!
Beijinho!
(A foto é perfeita... "viagens de luz e sombra"!)
emiliana,
ResponderEliminaragradeço-te a tua passagem terna por cá. que te sintas bem nestas viagens sempre.
beijinho!
amiga sonhadora,
ResponderEliminaro silêncio do olhar é de uma eloquência que vulgariza a mais rebuscada das palavras na mais fecunda das bocas.
beijinhos e sonhos!
jb,
ResponderEliminaras tuas leituras agarram invariavelmente a cratera do poema. toda a lava que delas dimana arrefece sobre bordado de linho frágil. é sempre refrescante ler-te.
beijinho!
Tem um selinho lá no meu blog pra ti...Amaria ver ele aqui no teu cantinho.Meus 500 seguidores, quero dividir minha alegria com vcs.
ResponderEliminarbeijos achocolatados
Em quase tudo acreditei, só assim os olhos podem ler felicidade, ainda que as mãos usem luvas.
ResponderEliminarMais uma linda cumplicidade poética.
Bravo aos poetas!
Bj acreditados, Jorgito querido
sandra, querida,
ResponderEliminarsinto-me privilegiado por integrar o grupo dos 500 seguidores do teu blogue. agradeço-te o selo que recolherei com o maior gosto e estima.
beijinho e chocolates!
ira, querida amiga carioca,
ResponderEliminarjá lá vai o tempo em que o menino acreditava em tudo e as luvas se faziam meros apetrechos de natureza profissional que as artes do coração nem sabiam existir.
entretanto, a gramática da vida introduziu ao tempo uma nuance frásica que faz toda a diferença: em "quase tudo" acreditei. e as luvas passaram a asfixiar as mãos dos homens.
beijinho!
"nos teus olhos ousei escrever
ResponderEliminaro poema
que as minhas mãos escondiam"
Que coisa mais linda, Jorge. Parceria genial que só fez o improvável de aumentar o encanto das tuas letras.
Beijos!
Eternidade de papel. Tenho livros mais antigos que eu :)
ResponderEliminarTalvez escrever, seja a forma , a única de sobreviver, o que fica de nós, encontrei lirismo, e por falar em poetas nus e cru como eu, quando vamos fazer um duo?
ResponderEliminarSaudades!!!!
As vezes seus poemas me deixam tão dentro da pele que não sei o que dizer. Será que dá pra verter o silêncio através de alguma palavra?
ResponderEliminarbacio
tens um talento imensurável, sabes disso não é?
ResponderEliminarés um lindo!
Beijinhos Jorge
Se tiveres twitter, Segue lá? @taataah__ :*
querida carina,
ResponderEliminarmesmo quando as mãos escondem, os olhos revelam.
agradeço-te as palavras que aqui deixas.
beijos com carinho!
sobre eternidades e livros: também os tens mais jovens do que tu :)
ResponderEliminarbeijos, vanessa!
michelle,
ResponderEliminarem cada livro escrito há uma história que fenece e uma outra que nasce, uma vida que termina e outra que se inaugura. afinal, nada é tão próximo da palavra como os afectos que lhe dão voz.
beijinho grande!
p.s. quanto a um dueto, por que não? fico a aguardar.
lu,
ResponderEliminara pele é a linha diáfana que separa o útil do indispensável. só na corrente sanguínea fazemos baú do que nos veste únicos. a seringa? tão-somente a poesia!
beijinhos silêncios!
tatá,
ResponderEliminarqual talento? sou apenas um aprendiz de feiticeiro que se procura no grande livro da interioridade os antídotos para as incompletudes que inevitavelmente a vida nos tatua no corpo. mas, como tudo é efémero e indefinido...
beijinho grande!
"[acaso saberemos nós a medida certa do corpo
ResponderEliminaralgures entre a explosão do sangue
e a erosão do coração?]"
já estive aqui, voltei, e fico sempre em estado de contemplação, e anestesiada pela música... ufa! (fico em silêncio)
Parabéns a ambos.
Beijos, amigo!
Esta parceria poética resultou muito bem.
ResponderEliminarParabéns a ambos.
Um abraço.
Existe ainda a inspiração e vem longe...
ResponderEliminaras palavras me atropelam todas pelo mesmo caminho, como são tolas, chego acreditar que sou boba da corte,
ninfa
puta,
fazem-se desordem
Ah... Jorge, te pedi muito,
são trovas da paixão que se procura
Com um toque de loucura
Uma sensação ligeira
Te pedi veja hoje o que eu vi:
(Que era muito o que pedia)
Do prazer que se procura...
O amor, sim, é o pilar
Que move a vida e sustenta
Quando dois sabem se amar
E cada dia mais aumenta...
Ontem disse que de ti nada mais queria, nem seus poemas , nem versos nesta raiva contida
Meu amor eu não sabia,
Hoje aprendi
Sem amor não somos nada
Vegetamos pela vida
Sem rumo por uma estrada
Que nunca a vemos florida...
Ah... Jorge! Hoje vejo o quanto te pedia
Já era demais e de fortuna valia...
( espero que goste)
(espero resposta)
...Jorge querido poeta,
ResponderEliminarse eu tivesse que atribuír-lhe
um adjetivo maior,
chamaria-te 'alma encantadora'!
perco-me nas tuas palavras!
bjbjbjs outonais!
OI,
ResponderEliminarO que mais a dizer,além de deixar que sussurre silenciosamente a lágrima que mansamente desliza no reflexo do espelho?
Deixo-te a frase que ao findar da madrugada, diante do alvorecer de tudo o que lí,nasceu:
Nas trevas,procurei a luz das palavras!
...Passei uma noite surreal, pois ainda a mesma tendo sido lúgubre e negra, passei-a toda em branco, um branco funéreo, hermético... E por mais que nos corredores sem estrelas do véu que se estendia a minha frente o meu rastejar fosse lento e enfadonho, não me foi impossível encontrar uma constelação... De palavras Sirius, dessas que iluminam o caminho feito vaga-lumes em meio à mata fechada. Então decidi, não mais temerei a soturna escuridão, antes, atada à velocidade da luz, seguirei a trilha das letras aladas, interpenetrando a obscuridade, interpretando-a e devorando-a, pois depois de lidas as palavras,eu conto das trevas decifradas os luminares outrora presos e por elas,as palavras, libertos.
Dica Cardoso
Poeta de-além-mar,
ResponderEliminarde tanto fervilhar ideias literárias por esta ilha, creio que o vulcão está prestes a entrar em erupção... CUIDADO!!!
Se lhe interessar explorar este território, pegue a bússola, um mapa e meu e-mail no meu perfil lá no blog. Mas sem pressa alguma, pode ser semana que vem, ou quando quiser.
Desta forma posso lhe expor uma ideia que tive, que talvez lhe seja oportuna também.
Lembrei-me agora de Neruda, mas não necessariamente de seu poema, que nem me recordo nome, mas apenas o conteúdo, algo como "permitir que os outros vivam na nossa vida e cantem em nosso canto",ou coisa que o valha.
Amanhã, (ou hoje, dependendo do (con)fuso horário rsrsrs), enfim, dia 5, será postada uma entrevista comigo no site de um amigo do Recife, nordeste do Brasil,onde cito, entre outros amigos virtuais, você. Se quiser fazer uma visita, tem referências no meu blog em último post. Apenas uma sugestão.
Beijos da ilha de cá.
Olá Jorge, um excelente blog vc tem, também quero te avisar que fiz uma entrevista com Ana Cecilia Romeu no meu site e ela te citou como referência, ok? E ela tinha razão. Passa lá e confere, ok?
ResponderEliminarAbração pra ti.
lindo, lindo
ResponderEliminarDescobri teu blog através da Cissa (Humor em Conto)
Adoreeeii...Pretendo retornar sempre, poesia...ÔOOO, uma grande paixão!
bjinhO
pra você a eternidade é mesmo de papel e tinta... impossível esquecer versos como esses!
ResponderEliminarbjs
Olá Jorge, sou amigo da Aninha do Humoremconto,
ResponderEliminarestou seguindo todos os blogs que ela indicou na entrevista. Retorno com mais calma. Abraços.
querida amiga andy,
ResponderEliminare cada viagem tua até aqui é saboreada como se da primeira se tratasse.
esta faixa de vangelis é absolutamente arrepiante, na verdade. houve uma fase da minha vida em que esteve muito presente [encontrava-me muito voltado para as artes de palco, nessa fase]; depois tive de a tornar ausente. como tudo na vida afinal, nada é definitivo, verdade?
beijinho grande!
nilson,
ResponderEliminarfelizes [outros encantos e eu] por teres gostado :)
um forte abraço para ti!
michelle,
ResponderEliminarsob a capa de uma ténue leveza, as palavras carregam a espessura do mundo, da suas significações e as de quem o ressignifica. por vezes atrofiam, noutras redimem; há instantes em que detêm, outros em que libertam; momentos seus são ora de alcatrão, ora de penas. e são viagem e paralisia, metal ardente e flor de gelo, barcos acesos e lume sem chama, vela ao vento, vento sem estrela.
e entre as palavras e os homens, apenas um alfabeto que ilude a gramática na rigidez das formas; é que todas as letras são de carne e sangue e apenas cabem inteiras nas páginas do grande livro: aquele que escrevemos com as mãos no coração, bem longe da boca e das palavras.
beijinho imenso!
vivian,
ResponderEliminara tua alma, sim, é grande, porque, como tu própria o anuncias no teu blogue, é nua. sem artifícios, inteira - acrescento eu que te leio em cada dedilhar de dedos.
beijinho!
dica,
ResponderEliminarporque matam dando vida, todas as palavras se tornam indispensáveis aos violinos que as cantam: as bocas que se entrecruzam em afonia verbal e apoteose existencial. e nós, actores sem palco, aplaudimos com as mãos nos bolsos, deslizando dedos incapazes nos fragmentos de ilusão que nunca saem com uma lavagem, por mais escarolada ela seja. haverá dia em que os dedos se gastem e o pó se erga, de vez, na estrada? há sempre vaga-lumes à espera...
um abraço!
querida cecília,
ResponderEliminarhoje mesmo passei no blogue do paulo para te ler. entretanto, reparei que o próprio paulo já por cá esteve, numa visita muito cortês da sua parte que tenciono retribuir.
deixa-me dizer-te que adorei ler-te; é que as palavras, nos blogues, tendem a esvoaçar escondidas no lirismo ou nos encontros/desencontros das personagens, e é em espaços de encontro de peito aberto em que nos damos a conhecer. gostei do modo como o paulo conduziu a entrevista e especialmente da forma como foste discorrendo pelos diferentes desafios - alguns bem intrincados -, ora com humor, ora com realismo, mas num e noutro caso, sempre como alguém que conhece bem o chão que pisa e os caminhos que trilha. admito que retive algumas tiradas tuas e que gostei de te conhecer um pouco mais, neste caso sem as fofocas da dona xerife ou o charme vazio do brad das pampas :).
entretanto, como sugeres, a ilha de cá procura viajar dentro de si, mas [por sugestão de saramago :)] também fora de si; o mundo começa e acaba dentro de cada um de nós, mas completa-se entre mundos/ilhas. e o atlântico, na sua navegabilidade, há já muito provou não esconder abismos ou monstros marinhos e oferecer sublimações de escrita várias.
um beijinho!
p.s. fiquei especialmente sensibilizado pela referência. um singelo agradecimento.
caro paulo,
ResponderEliminaracabo de passar no teu blogue e de ler com redobrada atenção a entrevista que superiormente conduziste à cecília e o modo como ela foi capaz de se dar a conhecer por entre o humor, o realismo e a inteligência que caracterizam todas as suas intervenções. parabéns!
um forte abraço!
querida c.,
ResponderEliminaragradeço-te os votos que retribuo focalizando-me no dia de hoje: uma óptima sexta-feira [e fim-de-semana, obviamente, que é coisa tão boa :)] para ti.
um beijinho em alemão [com sotaque vienês :)]!
olá, jozy,
ResponderEliminarfico imensamente feliz por te ter por cá, ainda para mais sabendo que com escala no humor em conto da nossa querida contista cecília. sê bem-vinda!
um abraço!
querida ana,
ResponderEliminaraté o papel se faz [e]terno se guardado nas galerias das memória. mesmo que apodrecido no tempo, há quem leia todas as linhas guardadas através dos tempos. e como ele, o tempo, se faz nosso, à medida do bolso das calças ou da mesinha-de-cabeceira dos sonhos.
um beijinho!
p.s. já tinha saudades de te ter por cá.
edu,
ResponderEliminarsê bem-vindo, pois.
um abraço!
Uauuuu...
ResponderEliminarPoxa vida...Parei agora...
Estava fazendo um relatório hiper mega chato e vim, mim deparo com esta poesia...
LINDALINDALINDA
Miha sincera admiração por teu trabalho...
Até
jozy,
ResponderEliminartodos os textos são pretextos para fugirmos de "relatórios hiper-mega-chatos", hehe. só espero que, já de regresso ao trabalho, as coisas tenham fluido com naturalidade e celeridade.
um beijinho e poesia para ti!
:)!
ResponderEliminarAcho que consigo adivinhar onde está cada um dos poetas!
Boa parceria...
Não há medida aferida, salvam-se aqueles que sentem honestos!
Beijos aos dois Poetas!
Laura
laurita,
ResponderEliminareu sei que tu sabes :)
beijinho!
fantástica a escolha deste video, acabei de ouvi-lo lá no meu canto e não resisti a vir até aqui.
ResponderEliminare citando-te, de outros sítios:
"como se o grito de luas de coral
fosse pecado inscrito no peito
e a voz a maior culpa dos que morrem."
que filme maravilhoso, dos "pedaços" mais lindos que publicaste, por... tão arrepiante, de tão real!
és um escritor fantástico!
és um comunicador incomparável!
pareces-me muito jovem e por isso mesmo se me esbugalham os olhos de espanto pela tua abrangência cultural, nada te escapa.
a cultura a todos os níveis, para ti, como um piano que tocas com o maior dos esmeros.
oiço ao fundo o som dos violinos! :)