fotografia retirada da internet
quem és tu que vives no poema?
os nomes nada significam
e trepam as escarpas do conhecimento.
lá em baixo,
junto das flores das dunas,
habitas versos
e respiras palavras,
como se o ninho da linguagem
soubesse de toda a verdade que mente ao poeta.
quem és tu que vives no poema?
vestes de maneira simples:
inspiração mágoa e delírio.
lá em baixo,
entre a voz e a escrita,
sentas-te no inferno da tarde
e acenas às ondas do corpo
como se todos os abismos
começassem nos lábios que a sombra acendeu.
aprendi a tua história:
abandonaste o nome
e escreveste-te inominável,
correste a estrada
saltaste o muro o pinhal e a corda
ergueste o vendaval em searas de alfabetos
e ciprestes de recordações.
quem és tu que vives no poema?
vénus circe penélope
ou simplesmente quase-mulher?
hoje
toda a poesia me apodrece nas mãos.
philip glass, the hours
senhora de tantos versos a quem evoca, criatura metade, vênus fantasia
ResponderEliminarabraço poeta
saudações jo pi
ResponderEliminarque poema!!! que dança... e apenas, acho um único senão, a tarde nem sempre é inferno...
diria quase - gato, quase mulher (tudo junto) e quase, com quase a certeza, serpente mundo dando e tirando vida. mas, concerteza que o melhor ou pior, nunca o seu nome poderá dizer, é da sua expiação a natureza que faz o poema!!
fiquei, Poeta que dedilha emoção e razão, seduzida no poema!!
beijos
só uma coisa, porque é a poesia e não o poema que apodrece?? ao longo de todo o versajamento, é O poema que desce, descontrolado... e no fim esse A, a poesia apodrece nas mãos...
ResponderEliminarfiquei a pensar, poema é a razão a escrever, o acto activo... e a poesia é a emoção toda contida, um acto passivo, portanto já realizado pelo poema-masculino... no fim, o poema procura a razão maior, a poesia toda alma, contida e apenas basta abrir e ela oferece a emoção...
devaneios da outra!!! filosofias de meio pacote!!
até logo.
"senhora de tantos versos a quem evoca, criatura metade, vênus fantasia"
ResponderEliminarnem o nome importa, verdade, poeta amigo? acaso tê-lo-á algum dia tido?
um forte abraço!
não-sou-eu-é-a-outra,
ResponderEliminaracaso não viverá cada um de nós, à sua maneira, nos poemas que se escrevem com a tinta dos dias e no papel da vida? tantas vezes apenas sabemos o nome... quando a verdadeira essência é anónima. subvertam-se os cânones e deixe-se o poema arder no inferno da tarde (pôr-do-sol, fim do dia, a morte que anuncia o recomeço).
beijos, amiga inquiridora :)
voltando, outra-que-não-é-a-própria :)
ResponderEliminarporque o poema não se escreve nas linhas que se procuram, toda a poesia acaba por apodrecer nas mãos. sejam elas capazes de não apodrecer junto com a serpente da poesia.
abraço, amiga!
p.s. as tuas efabulações tornam qualquer poema (mesmo os não poemas) maior. já nem me atrevo a dizer qual o seu efeito sobre a poesia :)
Visto-me de poemas,não porque busco respostas que esclareçam o não-eu, mas para desnudar o eu que já nasceu revestido de mentiras...
ResponderEliminarIsto foi o que quis ser dito diante da leitura de teu poema, Jorge alado... e o cheiro de tua poesia não me repugnou...
Beijinho inodoro e um iluminado fim de semana!
Mais uma vez eu aqui com o papelvirtual virtual em branco e pouco a dizer Jorge...o poema é luz e a mão por vezes não acompanhado a sabedoria da poesia, apodrece por que afinal somos humanos que sentimos apodrecer aquilo que um dia foi o nosso instantes de magia/poesia. Essa música acompanhou tão bem, as mãos do pianista parecem não apodrecer enquanto percorrem o instrumento...e talvez seja assim com cada escritor também :). Beijos desse lado de cá.
ResponderEliminarnão há tecido mais elástico e eclético do que o da poesia. nele cabem todas as verdades de uns e todas as mentiras de outros. mesmo que o poeta não conheça os seus limites. seria deus, não poeta.
ResponderEliminarbeijinho, aninha-de-luz!
blimunda,
ResponderEliminarnão sei se é do nome [ao contrário daquele que apenas vive no poema, o teu pode ser pronunciado], se das intersecções que inevitavelmente nos convidam a entrar no universo de saramago, a verdade é que sempre que me visitas trazes nas mãos o rasto das vontades com que os homens constroem a sua eternidade. mesmo que sem passarola [falas de pardais e águias], como poucos conheces o céu que se anuncia bem para cá do éter: os corações dos homens. impossível que as nuvens, ainda que plúmbeas, se não tornem ternas e fofas, no teu dizer.
beijinho!
todo aquele que concebeu, gerou e fez viver há-de um dia morrer.
ResponderEliminaresta diferença entre a capacidade de dar vida e a de não ser capaz de a segurar é apenas a linha invisível que se ergue entre a voz e o silêncio, os rostos que vivem nos poemas e os que nele fazem morada anónima, os deuses e os homens, os homens e as pedras, a carne e o pó, a poesia... e tudo o resto.
um beijinho, queridíssima luíza!
Mal importa quem é, apenas o que sente, a emoção que extravasa ao escrevê-lo, de modo simples e de perfeita entrega ao mundo. Sendo
ResponderEliminarinominável, é presente.
Soberbo.
[musica perfeita]
oa.s
o mundo existe pela capacidade de o nomear, mesmo que sem nome próprio e em minúscula. e assim se faz presente. mas, quantas vezes é que isso basta?...
ResponderEliminarum beijinho, oceano azul!
ao ler um poema assim fabuloso
ResponderEliminardeixo que o sangue respire
o que ainda borbulha
...
forte abraço,
imenso poeta
e amigo.
sei que reconheço sua excelência...
ResponderEliminarbeijo, poeta majestoso!
domingos,
ResponderEliminarpara cada poeta, uma ilha; só o sangue adivinha a sua morada.
lancei-lhe, um dia, uma mensagem dentro de uma garrafa. sei exactamente em que parte da veia se alojou; já só não sei o teor da mensagem.
um forte abraço, poeta-amigo!
sei que reconheço a excelência do teu carinho e da tua amizade de cris.tal.
ResponderEliminarbeijo, poeta de fina lira!
E vês quantos abutres a vêm depinicar?
ResponderEliminarNa vida nada se perde.
Beijo
sejam eles (os abutres) capazes de crescer com as entranhas da poesia...
ResponderEliminarbeijinho, sandra!
A natureza, as pessoas, os objetos... tudo tem uma alma à parte que existe só para a poesia. Vc enxerga bem esse ser especial, Jorge.
ResponderEliminarBeijo.
tocar a existência dos outros, apalpar-lhes o pulso, indagar-lhes a alma e sentir o seu coração por entre gotas e flores. ah, que os olhos no-lo permitam sempre, verdade, larinha?
ResponderEliminarum beijo!
“De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.”(Manoel de Barros)
ResponderEliminarO poema é feito com uma motivação de um determinado momento. Depois ganha vida própria. O momento do poeta pode não mais se repetir, como uma musa que se foi. Mas o poema insiste em nos lembrar que existe e passa a ser uma verdade, mesmo vindo de uma mentira, pois só é falso o que não se inventa. E a poesia que apodrece em tuas mãos continua viva nos poemas que compuseste. Desculpe minhas divagações, amigo. É que tua poesia me incita a isso. Bem como as vozes que nela há.
Grande abraço!
Jorge, dos meus 3 escritores favoritos 2 são portugueses. E se pensar nos 10 mais, Portugal leva mais da metade.
ResponderEliminarLendo teu blog sempre lembro-me disso e penso que não é à toa.
Mais um texto maravilhoso.
:)
Um beijo.
O "tu" que vive no poema é, tantas vezes, aquele por quem vivemos... respiramos e suspiramos... E, mesmo sem nome, sabemos de quem se trata...
ResponderEliminarOutras vezes, é o desconhecido que nos faz companhia...
Beijos, amigo!
amigo celso,
ResponderEliminar"só é falso o que não se inventa". não acredito em verdades, mas como isso me faz sentido inteiro.
um forte abraço, amigo!
carina,
ResponderEliminara língua portuguesa atrai a boa escrita :), seja em terras de viriato, de vera cruz ou mesmo da tórrida áfrica.
um beijinho grato!
cristina,
ResponderEliminaràs vezes penso que o "tu" que vive no poema alimenta e morde, sacia e reduz, afaga e mata. e nesta encruzilhada de dúvidas sanguíneas, o poeta emerge como homem restrito na imensidão da sua demanda. será a própria escrita o "tu" que se esconde por detrás do elmo do anonimato?
beijinho, querida amiga!
"Quem és tu que vives no poema?"
ResponderEliminarSenão o ser, própria imagem e semelhança do próprio poeta, homem-Deus em sua plenitude?
Aquilo/aquele que nos motiva a ponto de transferirmos nossa alma aos poemas, e tão somente um pouco de nós, de nossos sonhos de nosso SER idealizado. Nosso homem, mulher, o onírico, a vida, a utopia..., de nossa alma para nossas mãos, de nossos escritos à vida.
E agora te pergunto:
"quem és tu que escreves no poema?"
Jorge, maravilhoso! Sou tua fã, do pouco que conheço, admirei muito tudo. Teu trabalho me toca muito. Parabéns!
Não se preocupe, hoje não falarei do Lorca!rsrsrs
Grande beijo meu amigo do além-mar.
Obrigada de coração por sua presença no meu blog, como já te disse, sua opinião é extremamente importante para mim. Ah! Atendido seu repto, Elvis entrará na história em próxmos posts.
Ótimo fim de semana.
O meu comentário nasceu assim... sentido, sentido!
ResponderEliminarQuase mulher
Artimanha
O poema veste saia
Demanda
A mentira fêmea
Faz-se
Verdade – Será?
Concreta
Do instante traído
Sentido
Eternizado
Na voz
E o verso nasce
Sangue contaminado
Anônimo
Como uma amante.
Como são cínicos os poemas de vestidos!
Tua poesia, Jorgito, me contamina. Entra no sangue e espalha nas entranhas, após o combate nasce a inspiração.
Bravo, bravo!
Bjs sem nomes
cissa, querida,
ResponderEliminarque poema é aquele em que as vozes se fazem uma e una? na sua pluralidade, escuto brados, impropérios, vilezas, e a boca, lá no fundo, encontra-se coberta de algas, ainda com o sabor a-mar.
elvis volta? ena, já estou a imaginar a cena: o rei do rock e o príncipe do tango juntos sob o mesmo olhar. frenético, no mínimo :)
beijinho, querida amiga!
JOrge!!!!
ResponderEliminarai ai ai...
salve Jorge!
tá aí...
ResponderEliminaralô,,,,Jorge?
alô...Joege!!!é vc!
quanta dor nas juntas...
ResponderEliminarbjs, querido.
Jorge, enquanto escrevia, há pouco, estava precisamente a pensar que esse "tu" que vive no poema também mata de várias formas... Mas prefiro lembrar que faz viver! :)
ResponderEliminarBeijos!
ira, querida amiga,
ResponderEliminarnada há tão perfeito como a seda de jardins debruçados sobre o desejo masculino, ofício inquieto que avança e recua nos andarilhos da sedução. e os frutos tremem sob as mãos docemente regadas com a seiva e o sangue, em sístoles e diástoles de prazer proibido. nada há de tão perfeito e (quem sabe, por isso mesmo) de tão mortal.
beijinho imenso!
alô, carla, daqui jorge... ou a boca dentro do casulo. :)
ResponderEliminarbeijos e até breve!
fernand's,
ResponderEliminara dor é tão-somente o livro que se ata com os fios das estrelas. o livro? sim, esse: o que todos sabem [d]escrever com a tinta do próprio rosto.
beijinho e um sorriso!
cristina,
ResponderEliminarviver e morrer? apenas variantes de um conceito mais abrangente a que se deu o nome de "humanidade" :)
beijinhos!
Humanidade tantas vezes desumana... :(
ResponderEliminarpode a neve branca iludir o sono de deus?
ResponderEliminarpode o sangue vivo desconjuntar a ilusão da ordem?
pode o choro de uma criança comover o dinheiro?
diante do olhar, mais distantes se erguem os portões irredutíveis da utopia. :(
A questão do poder é complexa, mas, por vezes, muito daquilo que desvalorizamos tem mais 'poder' do que julgamos... O princípio poderá estar em mudar/agitar consciências... Já ajudará um pouco. Digo eu...
ResponderEliminarBeijinhos, Jorge!
Quem és tu que és poema e vive a emocionar-me? Quem és tu que nascestes em versos do meu sentir?
ResponderEliminarLindo e lindo, meu querido amigo!!^^
Beijos
Meu querido Poeta
ResponderEliminarO poema faz amor com as palavras...devora bocados de solidão...despe-se na noite...veste-se de paragrafos...bebe-se lentamente...soletra-se docemente.
O poema é uma página em branco esperando a ilusão...é a carícia dos dedos...o grito que se deita no papel...um vazio intensamente cheio...uma dança sensual...vestida de ausência e repleta de silêncios...é a maré dos corpos na rebentação das águas...é o inferno trocado por pedaços de eternidade.
E...já me devias ter mandado calar...dando fim ao meu devaneio...O POEMA ÉS TU.
Deixo um beijinho de boa noite
Sonhadora
sem querer ser fatalista ou conformista, estou em crer que na generalidade das batalhas não se ganha; perde-se. o triunfo é a ilusão que os deuses depuseram diante do olhar dos homens, instigando-os à cobiça e à ambição, como se a moeda da glória tivesse apenas uma face. digo eu :)
ResponderEliminarbeijinho, cristina!
querida suzana,
ResponderEliminarenquanto houver demanda sobre as linhas do poema, haverá sempre poesia, encantamento, paixão e olhos inquietos varrendo estradas de pó que não sabe pousar. os nomes de quem se procura? que importam?... :)
beijinho grande!
amiga-do-sonho,
ResponderEliminarsoubesse eu as respostas... perco-me na procura.
obrigado pelo teu carinho!
um abraço forte!
amiga c. vienense,
ResponderEliminareste "tu" que se esconde no poema tem olhos de amêndoa doce, vestido de tafetá colorido, com flores pequenas no cós; um colar de coral enfeita-lhe o pescoço de onde escorre, líquido, um aroma a limões selvagens de casca fina. arredonda a anca em passos pequeninos sobre erva fresca, que a persegue num bailado verde de água inquieta. deita-se, todas as noites, na armação da estrofe, fazendo das rimas o seu colchão.
quando a chamo, ignora;
mal lhe aceno, finge que não vê;
assim que a canto, volta o olhar para o sul da voz;
sempre que a persigo, desaparece nas linhas brancas que me desenham fantasma.
será ela o poema?
beijinho!
Saudações, Jorge,
ResponderEliminarnão importa o nome ou um nome, pois podem ser vários
mas não creio nisto
"hoje
toda a poesia me apodrece nas mãos."
nem hoje nem ontem nem amanhã
um abraço, querido poeta que através de finas mãos tece versos de luzes e sombras
Eu vivo no poema...
ResponderEliminarBjs
Insana
"hoje
ResponderEliminartoda a poesia me apodrece nas mãos."
A musa, dentro do poema traz luz e calor para que a poesia nunca apodreça nas mãos do poeta.
Belíssimo!
L.B.
vivemos e morremos um pouco
ResponderEliminarem cada poema..
nos desvendamos e renascemos..
inspiração de nosso sentir.
beijos querido poeta..
Teu poema é chama que ascende desejos e sabores, resplandece cromática onírica, arco-íris de versos.
ResponderEliminar"Agrada-me esta ideia de ritual imprevisível. Gosto quando um movimento que eu não vi surge à minha frente, e persigo-o como ao pote no fim do arco-íris." (Elaine Summers)
Beijos, querido Jorge!
Jorge,
ResponderEliminarQue dizer?
Certamente um dos poemas mais belos que tenho lido.
Também eu, podendo, faria de um de um poema a minha morada.
Um beijinho, é verdadeiramente um gosto
romeu e julieta abandonaram os nomes por causa do amor...
ResponderEliminaramiga vais,
ResponderEliminarhaverá canto sem voz? será possível abraçar sem membros? e que dizer do amor sem coração?... a verdade é que, quando não encontras o(s) nome(s) no poema, perdes-te na poesia.
beijinho!
"eu vivo no poema"
ResponderEliminarinsana,
serás tu, então? :)
um abraço!
lídia,
ResponderEliminartantas são as vezes em que essa musa canta e encanta, envenena e liquida. ah, mal-dita poesia!
beijinho!
querida ingrid,
ResponderEliminaro poema é uma outra vida dentro da vida de quem o concebe. e viver duas vidas é o convite à não vida. talvez esse "tu" que se esconde no poema seja mais um "eu" ou mesmo um ser plural. talvez...
beijinho!
querida lívia,
ResponderEliminarquem arde nas tuas palavras sou eu :) obrigado!
beijinho!
e.a.,
ResponderEliminartambém eu, apesar de o saber "inspiração mágoa e delírio" em putrefacção precoce...
beijinho!
"romeu e julieta abandonaram os nomes por causa do amor..."
ResponderEliminarpois, mas... deu no que deu :)
beijinho, amiga de cabelos longos!
Jorge, meu querido
ResponderEliminarHá sempre um enigma, um mistério, um koan a viver dentro do poema...
Ai, vontade grande de demonstrar o teorema confuso de dentro da cabeça...
Não é mesmo?
Maravilhosos os seus versos!
Abraço apertado, amigo, grande poeta.
verdade, querida amiga, o nevoeiro que intoxica o jardim das nossas vidas cega-nos, confunde-nos e obriga-nos a permanentemente ter de procurar. aqui e em todo o lado. o x da equação: lugar nenhum.
ResponderEliminarbeijinho, zelita!
Lindo poema, Jorge, que faz conviver realidade e fantasia com tanta arte.
ResponderEliminarBeijo grande.
Eu amaria habitar versos e respirar palavras!...:)
ResponderEliminarMuito lindo, amigo, como sempre.
Fique bem, fique em paz.
Beijooooooo
Cid@
Excelente!
ResponderEliminarPercorrerei seu blog.
Um abraço,
Doce de Lira
Quanto será possível descobrir as muitas cores que hão entre tons de preto e branco? Tua poesia, Pimenta, costuma ter indagações coloridas em alvura e tição - e é bela como a vaidade do céu em espectro solar.
ResponderEliminarum abração pra ti.
dade, querida,
ResponderEliminaré tão bom reencontrar-te nestas viagens. há tempos li que aquele que escreve sofre no silêncio da solidão; tu e tantos outros amigos ajudam a infirmar esta verdade poética.
beijinho!
amig@ cid@,
ResponderEliminarse há alguém que vive nos livros, se alimenta de versos e se deita no colchão da palavra, esse alguém és tu; não apenas pelo que escreves, mas também pela tua profissão nobilíssima: bibliotecária :)
ah, que privilégio!!! :)
beijinho grande!
renata,
ResponderEliminarsê bem-vinda!
estas viagens fazem-se a várias mãos, múltiplas vozes e sem cinto de segurança. há quedas que engrandecem :)
beijinho!
qurida rejane,
ResponderEliminarsoubesse eu com que cores se pinta a poesia... tantas vezes é apenas luzes e sombras...
obrigado pelo teu carinho!
beijo grande!
E tudo depende do olhar que leva as vertigens para dentro e deixa de fora aquelas tolices sem sentido que insistimos em classificar. Sua poesia me deixou a deriva, como uma pergunta para a qual não tenho resposta e nem desejo ter, apenas observo e colho...
ResponderEliminarbacio
ontem matei a Penelope, não fosse ela morrer de tédio
ResponderEliminarPIM!
Beijo
Laura
menina do sótão,
ResponderEliminarhá presenças que trivializam o olhar. que dizer, então,das ausências...
beijinho!
até porque de que serve tecer peças de vestuário no tear se agora chega o verão e o seu calor insuperável? :)
ResponderEliminarbeijos, laurita!
Jorge, querido,
ResponderEliminarretornar aqui é sempre um privilégio.
Vim para agradecer seu comentário, e porque não dizer, palpite, na novela da Xerife, e li, reli seu poema, como na verdade seria a situação ideal, se o tempo permitisse.
O que está além de nossa mera compreensão, o sentir de fato uma obra: o que verte em quem lê. O amor da leitura, dedicação que nós, meros leitores deveriamos ter, e não apenas a paixão de uma primeira vista.
Me chamou atenção a expressão: "simplesmente quase-mulher", plena de significados, como se fosse outra faceta de abordagem que antes não havia percebido em seu todo. Reli apartir dessa ótica, e mais coisas apareceram. Mágica? Quem sabe. A mágica da literatura, sem truques, apenas técnica e sentimento.
Amanhã, dia 13, estarei postando finalmente os meandros: Elvis-Xerife, conforme teu repto. No que dedicarei a você e seu trabalho.
Se puder, acompanhe.
Grande beijo, amigo do além-mar.
toda poesia nasce de tuas mãos como ramos frutíferos. que importa nome, tu ou ele? importa que a luz brilha sempre no teto do teu poema.
ResponderEliminarbeijo, poeta.
querida c.,
ResponderEliminarhá vendavais que arrancam tudo quanto permanece pendurado no varal exterior. temo, sobretudo, as tempestades que agitam o lado de dentro...
metáfora da vida, hoje, como ela é (ou parece ser) - eis a leitura que fiz do teu esplêndido texto.
beijinho grande, linda woman!
querida cecília,
ResponderEliminarque bom teres regressado aqui. tenho acompanhado a trama inquietante de dona xerife, mulher aparentemente banal que, todavia, tem um carisma desmedido (ou não gravitassem em torno da sua vida todas as outras, qual epicentro de temporal humano). começa por ser a vizinha, passa para os familiares, já temos o famoso actor argentino da novela das 20h em cena (não tenho a certeza do horário; se falhar, dá o desconto da diferença horária, por favor:)); seguir-se-á elvis, the pelvis? :).
tens uma capacidade de engendrar estórias e de as coser com fio de seda tais, ao ponto de envolveres os leitores numa inquieta curiosidade que, no dizer dos ingleses, mata, a cada capítulo, mais um gato (curiosity killed the cat). é impossível não acompanhar os próximos desenvolvimentos (mesmo sabendo que vou estar ausente e sem internet durante quase uma semana, mas se não apanhar os posts live, fá-lo-ei depois em diferido :)).
a propósito de leituras e releituras, quando gosto de alguma coisa que faça, veja ou leia (exemplos: um bom livro, uma filme marcante, uma viagem, um lugar), regresso e vivo-o na plenitude duas vezes, (pre)sentindo que não os estou a viver em duplicado, mas uma e a mesma vez, ainda que com mais inteireza e completude. manias? eu dou-me bem assim.
um beijinho, querida cecília e obrigado pelos carinhos que por aqui vens dispensando!
loba,
ResponderEliminara tua presença é mesmo a do mamífero selvagem que carregas no nome: discreta, mas deixando marca. como aquilo que escreves, afinal.
um abraço!
Muito bom o poema, gostei muito do seu blog, parabéns e ótima semana pra você.
ResponderEliminarMeu blog
http://ventosnaprimavera.blogspot.com
no primeiro verso em que perguntaste "quem és tu que vives no poema?" eu pensei de pronto no nome de alguém que até então eu pensava já haver se mudado da minha cabeça.
ResponderEliminarna segunda vez em que perguntaste, não pensei no nome, apenas vi a pessoa esparramada nas entrelinhas de teus versos.
na terceira vez... tratei de fechar os olhos e ler os versos finais por osmose, mergulhado até a alma nos braços desta mulher que vive no teu poema e em todos os outros de que eu me atrevo a gostar.
abraços
universos densos e arames farpados...Corroem a poesia desnudada e crua das veias do poeta
ResponderEliminararnoldo,
ResponderEliminargrato pela visita e pela simpatia das palavras.
um abraço!
caro wilden,
ResponderEliminaré sempre assim a mulher que faz morada nos versos: felina, subreptíca, sedutora, quase invisível. traja branco sem ser noiva, pinta as unhas de negro sem ser a morte, beija o batom encarnado sem ser o amor. o poeta deseja-a mais do que à imortalidade do próprio poema ou de si mesmo. da tríade, não sei quem morre primeiro...
um abraço!
michelle,
ResponderEliminarsão versos femininos a cruzar poemas nocturnos esculpidos em pedra. na linha dos sons, a rima já esqueceu como se faz a música. e o poeta é violentado pela entidade que se esconde na sua voz, na voz do texto. já nem a morte lava o piar das corujas.
belas as tuas palavras!
um abraço de cristal!
jorgitus, o corpo do verso nunca se esquecerá do reverso, viu? e qto à discrição, é bem menos que isso. não passa de uma antipática timidez. de resto, tem as unhas e o ferino da língua tb escrita! rs,,,
ResponderEliminarbeijocas
loba,
ResponderEliminara palavra é seguramente fértil no teu ventre. também eu procuro o verso sem reverso, mas, mesmo que escrito apenas num dos lados, a folha tem sempre duas faces.
beijinho com discrição tímida :)
Quem és tu poeta? Lindíssimo poema, me emocionou, beijos.
ResponderEliminarquem és tu que vives no poema?
ResponderEliminaros nomes nada significam...
...
sei do sonho tresloucado
que dos castelos ergui
por entre (meus) dedos ressequidos
em busca quiçá..(qui-me-eras) de Ti!
(inspirador este (re)canto..
Um beijinho
da
Assiria
Este poema diz-me particularmente muito, não sei bem o porquê mas enche-me e preenche-me.
ResponderEliminarmilene,
ResponderEliminargrato pela visita e pelas palavras: que o poema sirva à medida da tua sensibilidade.
beijinho grande!
os nomes nada significam; até os pronomes [ti] os substituem para evitar a sua repetição... e neste jogo de significações e ressignificações, a gramática da vida tem sempre valências maiores sobre as etiquetas, verdade?
ResponderEliminarbeijos, querida assíria!
arroba,
ResponderEliminarsente-o teu, por favor!
um beijinho em agradecimento maior!