berenika
os livros que li chegaram ao fim
como os restos de bebida.
é impossível resistir à dor de cabeça
quando o álcool
é a insónia a roubar o olhar
e a inaugurar a noite
igual à de ontem,
a mesma de amanhã.
os livros que li amontoam-se
pelos corredores.
são pilhas que rasgam o tecto,
e cobrem as paredes da casa
onde antes fugiam
os teus lábios de sal.
os livros que li escreveram o fim
como o copo derramou a bebida no tapete.
deixei de entender o sol de outono
e as árvores que agora anoitecem mais cedo.
os livros que li perderam a tinta
como as rugas que me marcam o rosto.
deixei as páginas voar por janelas fechadas
e o frio deita-se sempre ao meu lado.
os livros que li envelhecem comigo
abrigam traças esfomeadas
que hão-de morrer, apodrecer e secar,
os livros que não li
agitam os ventos das tempestades,
os livros que me lêem
escarnecem de mim
desde o canto do quarto.
junto a mim, o silêncio.
o mar adormeceu
e com ele
todos os barcos
e seus trezentos marinheiros.
e os livros, calados,
regressam à narrativa
como eu regresso às histórias que não tive
indiferente aos partos brancos
aos casamentos despidos
e aos funerais a arder.
sinto que escrevo
por entre os buracos das telhas
aquém do céu.
e tinge-se o papel
e a faca talha a carne
e o peito quebrado silencia a voz
para deixar entrar o amanhã.
tarde de mais:
todos os livros morrem comigo.
[laura alberto & jorge pimenta]
interpol, leif erikson
Fascinante, adorei.
ResponderEliminarOA.S
uma canção pelos livros que hão de ser escritos, por aqueles que já se foram. sério li como se fosse uma música e se fizesse a batucada saia bem sim senhor.
ResponderEliminarBeijos aos dois
Os livros que lemos nos confidenciam nossos próprios segredos...
ResponderEliminarSempre uma maravilhosa parceria, Jorge alado...
Beijinho de Luz!
oceano azul,
ResponderEliminarnome inquietante, esse com que assinas. fico muito satisfeito por teres gostado destes livros que se lêem e nos lêem...
um abraço!
luíza,
ResponderEliminarsão assim os livros: quando os acabamos, estamos em condições de os começar... ou de nunca mais voltar a ler.
um beijinho melódico!
aninha-de-luz,
ResponderEliminaralguns dos livros que lemos são a chave que abre a porta de compartimentos que persistem fechados dentro de nós. por isso os há que nos marcam como histórias de vida.
um abraço!
Jorge... Meu Querido e tão Amado Amigo!
ResponderEliminarQuantos livros haverão em nós!? Palavras soltas... páginas rasgadas e amareladas! Quantas histórias inacabadas... outras que já sabemos o fim! Quantos livros novos... páginas brancas... quem sabe uma tinta azul como o mar que beija Portugal... para registrar o que mais há para "sentir"!
Beijos e carinhos em ti!
Sil
Sempre e com amor
Afinal a fotografia funciona!!!!
ResponderEliminarbeijo
Morre connosco a interpretação e o sentir dos livros que lemos, mas perduram intocáveis a magia e maestria das tuas (vossas) palavras.
ResponderEliminarTodos nós somos um livro em narrativa aberta.
Beijinho
querida silene,
ResponderEliminaros livros são os homens. neles se guardam todas as estações que lhes bordejam o rosto.
um abraço com carinho!
laura,
ResponderEliminarnuma primeira leitura confesso que estranhei a foto, achando que talvez não ligasse com esta "alexandria". entretanto, procurei levantar-lhe as pontas e percebi a existência de linhas que se cruzam com a pulsação do texto. em síntese, tenho de concordar contigo: funciona, mesmo :)
beijinho!
querida sandra,
ResponderEliminarestou convencido de que é justamente o facto de sermos narrativas abertas que nos permite olhar por cima do ombro e acreditar que há horizontes que se deitam a nossos pés para lá da linha que convencionamos chamar de horizonte. e é dessa matéria que se fazem os sonhos e as maiores utopias.
um beijo!
...os livros também são pedaços de nós...
ResponderEliminarsaudades de te ler, bom regressar...
Bjs
«Todos os livros morrem comigo.»
ResponderEliminarMorrerão mesmo?
Lemos uns e somos lidos por outros, mas parece-me que não envelhecem, nem morrem, por muito que nos acompanhem até ao último sopro de vida… Diria mesmo que eles são vida e alguns fazem mesmo vida em nós, quase como se as palavras estivessem escritas na nossa pele…
Beijinhos e parabéns aos dois pelo belo poema, do qual gostei [gosto!] particularmente!
Amo tanto os livros, que escolhi fazer o curso de biblioteconomia para ficar mais próxima deles :)
ResponderEliminar"Para beber poesia, é necessário estar com a alma vazia."
Sendo assim, hoje pude beber mais ainda dessa fonte, pois eram dois poetas a me saciar a sede.
Bonito demais!
Parabéns à dupla.
Tenham um ótimo e luminoso final de semana.
Beijosssssss
Cid@
Desejo tantos, mas é preciso calma para mergulhar naquele caminho novo, enquanto os desconhecidos esperam. Temo o tempo por todos que desejaria ler. Mas, não é a quantidade que engrandece o leitor! Antes, é preciso contemplar e fazer parte daquele caminho, admirar a paisagem, sentir a brisa do vento e ver o por do sol.
ResponderEliminarE se for carnaval - sambar com as palavras, sorrir e suar.
Com o tempo vamos aprimorando e lembrando dos livros que existiram e não foram vividos.
Vivo-os li-vros
Beijo!
reflexos-de-ti,
ResponderEliminaroh, se são... por isso, alguns deles morrem connosco.
um beijinho!
os livros que morrem connosco não são os que têm cheiro a tinta e papel; eles imortalizam-se para além da nossa vontade. refiro-me àqueles que se escrevem com os pés, armas que desenham os passos da vida e que vamos escrevendo ao som das trovoadas que se anunciam dentro de cada um de nós. no final, nem nós nem os livros somos mais que pó; apenas a memória dos trilhos percorridos permanece.
ResponderEliminarum beijinho, amiga jornalista!
amig@ cid@,
ResponderEliminarimagino que este texto permita que a tua leitura voe para mais longe que qualquer outra. afinal, os livros são os pulmões que usas para respirar.
um beijinho, amiga de sensibilidade ímpar!
querida lívia,
ResponderEliminartive um professor de literatuta norte-americana - figura singular - que efectuava cálculos acerca da relação tempo de vida/quantidade de livros lidos e por ler com um rigor matemático que faria inveja ao próprio pitágoras. a sua preocupação era viver para poder ler todos aqueles que constavam da sua meticulosa lista. na altura aquilo impressionou-me. hoje, tenho uma sensibilidade diferente: os livros acompanham-me e leio ao sabor daquele que no momento se veste. procurando explicar: há livros que li e que me fizeram sentido num momento e que hoje me passariam completamente despercebidos. do mesmo modo que há outros que hoje não se me afiguram imprescindíveis e, quem sabe, no futuro o venham a ser. ainda assim, o maior livro de todos é aquele que escrevemos todos os dias. e esse, seguramente, não dispensamos.
um beijinho!
Palíndromos de liberdade, Jorge,
ResponderEliminarvou, mas volto pra comentar Alexandria. :o)
Caramba, Jorge!! Sensacional!! Muito bom mesmo!!
ResponderEliminar[]s
Belo poema!
ResponderEliminar"Os livros são faróis erguidos no imenso oceano do tempo". (E. Whippie)
Um beijo, Jorge!
rejane,
ResponderEliminaré-o, em certo sentido, toda a poesia, verdade? seja qual for o ângulo da abordagem, a leitura raramente é uma só e dos diferentes esquissos de leitura chegamos à leitura inteira.
um abraço!
rafael,
ResponderEliminarnão consigo replicar ao tom interjectivo do teu comentário. resta-me um agradecimento silencioso.
um abraço!
querida lou,
ResponderEliminaros livros são o ópio que nos apazigua a sensação de incompletude. sejam eles os faróis de todas as embarcações de rumo in.certo.
um beijo! sempre um privilégio ter-te por cá.
os livros são os sonhos que nós deixamos de viver, mas são também aconchego de uma mãe branda que te coloca para dormir. Adorei :)
ResponderEliminarVocês dois precisam de um livro em branco para traçar poemas juntos em cada página ansiosa.
ResponderEliminarParabéns, Jorge e Laura!
Abraços meus.
Livros ficaram amontoados
ResponderEliminarou nem foram lidos.
Quanto tempo perdido...
(nesse campo)
Os meus escritos sentem.
Realmente, deixam a desejar.
Não há como voltar.
Sigo em frente!
Leio, sempre que o tempo permite
e aprendo muito com meus amigos.
Obrigada, meu caro Jorge, você é um deles.
Com carinho
Fátima
Ah, e por falar em livros, acabo de ler " O tempo entre costuras"- de María Dueñas, já leu?
Gostei muito.
Realmente, não tinha interpretado o poema dessa forma…
ResponderEliminarEstou a pensar no que escreveu… Faz sentido… Os livros «que se escrevem com os pés»… [suspiro] Que bem!
Beijinho!
versos a 4 mãos e dois corações que explodem..
ResponderEliminarque escrevem, que lêem e vivem a luz de palavras que nos servem de farol .. que me levaram a velha cidade,de velhos livros..
.."os livros que li envelhecem comigo"..
beijos meus queridos.
Olá querido amigo!
ResponderEliminarNossa mente é um porto, que sempre se desfaz em lembranças, embarca e desembarca sentimentos...e que porto grande é esse...? Acho que é Alma e coração!
AH, os livros...aprendemos com a vida,mas sempre morre alguma coisa que nele esta escrito...mas não tarda para embriagarmos com os restos de letras e palavras que se silenciam dentro de nós...
Beijos na sua Alma
Parabéns pela excelente Dueto!!
os livros morrem na experiencia de cada olhar, cada tacto, morrem em mãos e desvãos por onde se perdem as palavras aladas,
ResponderEliminarBeijos e abraços poetas
os livros que não li ainda me esperam pacientemente. eu até tento me aproximar.
ResponderEliminarfernanda,
ResponderEliminarpor cada sonho que se perde, uma mãe se renova no afago da melancolia. mesmo que apenas em livros.
beijinho!
p.s. e como a senti próxima, neste comentário. o seu nome é justamente fernanda :)
larinha,
ResponderEliminarconstrangimentos geográficos e profissionais impõem-nos uma distância que, quando quebrada, verte o gozo da escrita plural para um caderninho que tem na primeira página o rosto de mestre cesariny. está parcialmente escrito, rasurado, caricaturado, ilustrado, dobrado, mas incompleto, como toda a poesia. na maior parte das vezes, é electronicamente, à distância, que o caderno se vai completando.
um beijo!
Jorgito, doce amigo,
ResponderEliminarMatados os livros de Alexandria, a representação dos livros que nunca leremos, pois outros foram escolhidos e aqueles, que em cinzas agonizaram, jamais saberemos suas histórias, como as escolhas que deixamos de fazer. Escrevemos livros, histórias dentro de histórias, escolhas sobre escolhas, em pilhas que nos cobrem o corpo e esses envelhecem com nossas rugas até o fim.
Belíssimo post! A leitura de dois livros que se misturam numa mesma história.
Parabéns, Jorge e Laura.
Bjão, meu querido
querida fátima,
ResponderEliminaré essa uma das virtudes maiores desta circum-esfera a que chamamos blogue. aproxima, une, na diferença. às vezes sinto-me como estando escrevendo um livro com vozes plurais, onde cada uma das vozes é a tal.
um beijinho!
p.s. ainda não. tenho andado mais voltado para uma nova geração de romancistas portugueses com um talento incrível.
apesar de não serem narrativas de viagem, são histórias com viagens :)
ResponderEliminarum beijinho, querida cristina!
amiga ingrid,
ResponderEliminara imagem dos livros como estando associados a uma cidade antiga (a cidade dos velhos livros) é poderosa. por momentos sinto a babilónia, o antigo testamento, o nome da rosa, dan brown, entre outros, a cruzarem a mesma linha crepuscular.
um abraço!
amiga lidi,
ResponderEliminaralguma coisa morre nos livros a cada leitura. mas, estou seguro de que é nas pequenas mortes que sofrem todos os dias pelos olhares ávidos dos leitores que os grandes livros ganham a eternidade. e nós com eles.
um beijinho!
amigo assis,
ResponderEliminare, todavia, é nos olhares contínuos de quem os procura que os livros ganham a sua maioridade. que o diga alexandria que, tendo desaparecido nas chamas, ainda hoje arde na memória do que talvez nem tenha sido.
um abraço!
caro ribeiro,
ResponderEliminaressa é uma das maiores virtudes dos livros: sabem esperar. para eles, nem a eternidade parece tempo de mais :)
um abraço!
Vocês são livros e versos que por minh'alma passeiam... Livros eternos!!
ResponderEliminarBelos versos1!!
Beijos
...é que livros nascem do silêncio e queimam nossos olhares - ar e combustível de Alexandria.
ResponderEliminarMeu querido Poeta
ResponderEliminartarde de mais:
todos os livros morrem comigo.
Todos os dias morre uma nesga de sonho de vida...todos os dias renascemos e morremos...nos procuramos e nos perdemos,ficará um pedaço de nós em cada livro que lemos em cada sonho...vivido ou não.
Mas, meu querido os livros que lemos...as palavras que escrevemos ficarão sempre impressas na memória de alguém...as letras são eternas.
Deixo-te o meu carinho num beijo
Sonhadora
querida ira,
ResponderEliminarnuma altura em que os livros são sobretudo discutidos pelos seus formatos mais ou menos tradicionais, nós, aqueles que valorizam a palavra e que fazem dela sopro de vida, agarram-se aos livros que se escrevem com mãos humanas sobre linhas, rostos, formas, lá onde a sintaxe é a gramática das decisões (tomadas ou eternamente adiadas), lâmina que rasga céus e abismos para lá repousarem os membros derradeiros. os outros? os de papel? continuam a arder-nos nos olhos.
um beijinho!
querida suzana,
ResponderEliminarpasseios com livros é das mais belas imagens que se pode construir :)
estou ansioso por sexta-feira; espero que o meu texto que pediste para postar lá no teu entre marés não desmereça o conjunto e toda a sua lógica.
um beijinho!
ardem os livros, secam os olhos.
ResponderEliminaralexandria é, hoje, como em tempos imemoriais, o friso que alimenta o papel e o olhar dos poetas.
um abraço, rejane!
amiga-do-sonho,
ResponderEliminarpor isso canto os livros que nem conhecem o papel. aqueles que nos vestem o corpo a cada dia que passa, aqueles que perdemos, que rasgamos, que desinfectamos, que voltamos para perder para, de longe a longe, podermos talvez ganhar (ainda que na breve eternidade). são esses - os livros -, afinal, os que vivem dentro de nós.
um beijinho com ternura!
Teus poemas são belíssimos e profundos.
ResponderEliminarPenso que alguns livros envelhecem com a gente.Foram determinantes em alguma época, nos ensinaram algo, mas não sobrevivem por muito tempo, já outros são eternos, expandem-se junto com o universo e sempre vão nos tocar de alguma forma diferente...
Beijinho e ótimo fds.
parole,
ResponderEliminaros livros são, afinal, como os homens: levemente [i]mortais.
um beijinho!
Livros são imortais, talvez.
ResponderEliminarbeijos.
"livros são imortais, talvez."
ResponderEliminarcuriosa a sintonia nos nossos comentários, vanessa; há instantes dizia à parole que os livros são levemente [i]mortais. como os homens. :)
beijos!
Jorge e Laura,
ResponderEliminarcomo as vossas vozes fazem as delícias do meu silêncio mais calado...
perdi o rumo das letras, perderam-se em fuga dos livros da minha vida.
"junto a mim, o silêncio.
o mar adormeceu
e com ele
todos os barcos
e seus trezentos marinheiros.
e os livros, calados,
regressam à narrativa
como eu regresso às histórias que não tive
indiferente aos partos brancos
aos casamentos despidos
e aos funerais a arder."
Beijinho a ambos!
p.s. escolhi este bocadinho do poema mas todos os momentos são de uma beleza incrível, apenas o escolhi para este momento que sinto.
as vozes são como os livros: por vezes, falham, escondem-se, cansam[-se] ou desorientam[-se], mas não morrem, pelo que tudo regressará ainda mais vigoroso à nossa mão. em saber esperar poderá estar a resposta.
ResponderEliminarum beijinho, querida andy!
Eu NUNCA leio os comentários dos outros leitores, para não me influenciar - bem como faço com críticas de filmes.
ResponderEliminarBeijos.
Olá, Jorge,
ResponderEliminara foto, a parceria, o vídeo
li este trecho do livro, Vastas emoções e pensamentos imperfeitos – Rubem Fonseca
Sonho com a mulher de pivô escuro, o pé sobre o ralo. “Agora diga”, ela diz, “se você se lembra ou não do dia em que dançamos sobre o azulejo frio.” “Você tem a cara da Claudette Colbert”, digo. “Quero saber da dança, você não se emenda, rapaz, sei muito bem como é a minha cara!” “Você tem peitos redondos pequenos”, digo. “Ora, ora”, ela diz. “Claudette Colbert representando Cleópatra no museu de Arte Moderna”, digo. “Você foi longe demais”, ela diz tirando o pé do ralo. Vou sendo sorvido e antes de entrar no vórtice grito: “E cheiro de flor de maça!”. Mas não há mais tempo de me salvar. Começa a agoniante sensação cega de queda, a agonia física.
grande abraço pra vocês
ola, de novo, vanessa,
ResponderEliminarjustamente por isso te dizia no comentario anterior que se tratava de sintonia, sem qualquer tipo de outra intençao, obviamente.
beijos!
p.s. estou em italia e, ao que parece, o "a" em italiano nunca tem acento agudo, o que me força a cometer alguns pecados ortograficos, hehe.
beijos!
o que mais gostei no poema foi a referência aos livros nunca lidos: ventos que agitam tempestades... tal como os desejos, os sonhos por realizar e os filhos por nascer.
ResponderEliminarbjs até a itália!
p.s.: gosto de ler os comentários. rss
Jorge, tudo bem?
ResponderEliminarEstou conhecendo teu blog e me deparo com um poema maravilhoso e profundo.
Na expressão "onde antes fugiam os teu lábios de sal", clareou para mim uma reflexão.
Sempre acreditei que as pessoas são como livros, prontos para leitura e interpretação. Numa conversa podemos ler páginas de um livro "bem ou mal escrito",(como dizia O. Wilde), alguns mais completos, outros complexos, uns nos acrescentam mais e queremos ler novamente, em outros ficamos a admirar apenas a capa! E esse teu poema, me trouxe o sentimento sob outro aspecto, o do reverso, o da humanização do livro. Como um velho amigo, que relemos quando quisermos, mas que às vezes num segundo encontro nos diz algo diferente, nos acrescenta ou esquecemos de vez.
Parabéns! Estou seguindo seu blog e o convido a conhecer o meu, é de contos de humor, Humoremconto.
Beijos
http://anaceciliaromeu.blogspot.com
Os livros são com a vida é sempre bom rele-los pois sempre algo fica escondido nas palavras e passamos os olhos sem enxergar...Na vida é sempre bom revivermos certos momentos, pois sempre aprendemos algo a mais...Beijos achocolatados
ResponderEliminarSão os livros escritos, lidos, as folhas amarrotadas,as paginas ainda não escritas, que fazem o livro escrito e por escrever da vida vivida e por viver.
ResponderEliminarbjs
Meu amigo poeta, que belíssimo poema! Simplesmente perfeito, como tudo que vc escreve!
ResponderEliminarGrande abraço! :)
Milhoes de confetes pra vc.
ResponderEliminarCom carinho carnavalesco.
Alegria- ALEGRIA!
Fátima
é impossível não deliciar-me com o que tu escreves. <3
ResponderEliminarJorge, meu querido
ResponderEliminarMeu pai foi um grande leitor e, quando faleceu, deixou-me a amarga impressão de que todos os livros também tinham morrido com ele. Foi exatamente esse o meu sentimento.
Agora, você escreve esse magnífico poema e deixa-me absolutamente mexida, emocionada.
Você, meu amigo, tem sempre a magia embutida nos seus escritos!
Nunca, jamais, um verso seu é só mais um verso: é sempre um grandioso escrito de Jorge Pimenta!
Sempre!
Enorme abraço,
Zélia
Meu amigo poeta,,,Mais um de seus poemas bélissimos.
ResponderEliminarEu também sinto que todos os livros que li envelhesem comigo.
Ainda recordo meu primeiro livro que li a minha infancia distate.
O Homem De Barba Azul.
Creia esta perdido no tempo mais jamais esqueci da história.
Uma linda quarta poeta querido beijos,Evanir
http://aviagem1.blogspot.com/
querida vais,
ResponderEliminarprocurando retomar a rotina, acenando a todos os meus queridos amigos que aqui me foram deixando o seu carinho, nas tuas palavras e nas de rubem fonseca. e como a dança é a metáfora da vida, com palavras receosas, palavras ousadas, reacções frágeis, ouvidos de gelo, bocas de ácido, balanços e contrabalanços, quedas e ausências...
um beijinho, querida amiga!
querida ana f.,
ResponderEliminarterei de concordar contigo: de todos os livros, os que mais marcam são os por ler. é que os lidos desbravam os mundos; os por ler (diferente dos não lidos) são justamente tudo aquilo que torna um mundo fechado no mais aberto dos horizontes. até onde nos levam, quais os seus limites, pergunto eu? deixá-los lá responder, os livros :)
um beijinho já com a itália transformada em livro... de pedra :)
beijos!
p.s. ao longo destes dias, acabei um livro de contos de um autor italiano, pois claro :): romana petri - "os pais dos outros"; cortesia da leitora mais voraz que conheço: a minha querida amiga e colega margarida.
olá, cissa,
ResponderEliminaré um gosto saber-te por cá e ainda maior o de poder vir a passar pelo teu blogue. é desta interação que também nós nos fazemos livro, afinal. estou a reorganizar-me para, aos poucos, poder retomar as minhas visitas aos amigos de longa data e aos novos - tu!
um beijinho desde este livro!
ah, que saudades do chocolate que sempre aqui me deixas, querida sandra.
ResponderEliminarlivros e chocolate. que mais desejar? :)
um beijinho com os lábios gretados de um frio quase polar naquela península itálica.
amiga de olhar caleidoscópico,
ResponderEliminarabsolutamente verdade o que dizes. nem sempre a capa mais luminosa ou o esmero da encadernação escondem o melhor dos livros. esse esconde-se, bastas vezes, em papéis desbotados, rasurados, rasgados ou mesmo por escrever. de comum a todos estes? é que são livro mesmo para lá da tinta e do papel, bem para cá da respiração.
um beijo!
amiga-dos-silêncios,
ResponderEliminargrazie! :) neste caso, o texto teve, junto da minha, também a mão da amiga [com a sua escrita sempre irresistivelmente inquitante] laura alberto.
um beijinho!
fátima,
ResponderEliminarsempre carinhosa! desejo que o teu caraval tenha sido à medida do que desejaste. o meu? nada de mais; nunca valorizei esta época festiva [e olha que estive, justamente nesse dia, a pouco mais de 50km de veneza, que na europa está para o carnaval, como o brasil está para o mundo :)]
beijinho!
tatá,
ResponderEliminarobrigado! é sempre um privilégio a tua presença.
um abraço!
zelita,
ResponderEliminardeverás ser, de todos quanto conheço, aquele que tem o aparelho fonador mais próximo do coração. até a mais trivial das palavras que deixas neste como em todos os blogues por onde passas, vem embalada pelo ritmo do coração, envolta num calor que faz germinar até o mais desatento dos arrepios [para já não dizer dos rubores faciais :)]. obrigado pelo teu carinho sempre tão estimulante, poeta de palavra certeira!
beijinhos em verso!
evanir,
ResponderEliminaro primeiro livro é como o primeiro beijo de namorados: mesmo que fraquinho, marca para toda a vida :)
já agora que falamos em primeiros livros, se decontar as histórias tradicionais com uma ou duas páginas, recordo-me de um que deve ter sido o primeiro: "os cinco na quinta finniston" [já nem estou bem certo de que se escreva assim], da enid blyton. oh, como me fez sonhar, então...
um abraço e até breve!
gosto dos teus poemas são fortes ,são como ler livros ....de poemas . jos!
ResponderEliminarmárcia,
ResponderEliminarpara mim, os livros são os dedos longos das mãos. foi a partir destas ferramentas tão especiais que nos fizemos o ser pensante e capaz de agir que hoje somos. já a poesia, oh, essa é o coração. inteiro, sem metades, mesmo ignorando o que é a sístole ou a diástole :)
um beijinho!