quinta-feira, 13 de outubro de 2011

voo suicida para todos os instantes perfeitos e dois suspiros

fotografia de jorge pimenta 
I

Estou cansado de ser apenas homem.
Antonio Skármeta, O Carteiro de Pablo Neruda

abro-te estas mãos que não acabam no tempo.
serás tu quem me há de sepultar
assim que mirrem os crisântemos
e o homem esqueça toda a linguagem.
não sei quando, na verdade,
não sou deus
e a catequese está já à distância da memória
por isso espero pelo calendário que marca os dias até morrer
e uma cigana que adivinhe quantos soubemos viver
nos silêncios que esquecem todas as palavras
todas as bocas
e quase todos os beijos.
será que permanecerão em mim,
pelo lado de fora,
os ruídos lentos que me abandonaram,
essa máquina que separa os vivos dos vivos
e nos aproxima dos mortos?

jorge pimenta



fotografia de jorge pimenta

II

[…] e ninguém podia imaginar o mundo de palavras que levava comigo.
Morrer é estar absolutamente sozinho.
[…] na solidão, é-me impossível fugir de mim próprio.
José Luís Peixoto, Cemitério de Pianos

parece que muros se erguem violando o céu sagrado
deixo que o grito se suma mudo
e a terra cubra quem tomba pelas valetas
se é no horizonte que se desenha o futuro,
ainda que a lápis, ainda que alguém o apague
eterno é tudo aquilo que nunca fui

no vasto rol de deuses que me fitam do alto,
com o dedo acusador
sei que há silêncio e gemidos ocultos na carne cansada
e olhos fechados sobre todos eles

eu sei que vou morrer
eu sei que vou, um dia, morrer
eu sei que as asas que me deram não me deixam voar
e eu sei que sei voar
e eu sei que vou voar, no dia que eu sei que vou morrer.

laura alberto


sigur rós, viorar vel til loftárása

55 comentários:

  1. Lindíssimo, mas os poetas – em minha opinião – já pertencem aos céus, tais como o albatroz de Baudelaire... Ninguém pode impedi-los de ganhá-los, nem a morte, nem o silêncio, muito menos o duelo inquirido pelo tempo que insiste em sempre querer vir nos devorar. Os poetas, com suas asas de harpias, voam e ainda lançam espinhos no empate com sigo próprio que no som calado os espreita... Morte? Vocês nos avivam com seus versos, nos dão carona pelos ares com seus suspiros e nos fazem esquecer os sentidos nas verdades vendidas de suas palavras...
    Abração amigo poeta do além-mar!!!

    ResponderEliminar
  2. :)!!!
    Abraço, amigo dos olhos grandes!!!
    Laura Alberto

    ResponderEliminar
  3. Como pode ser que duas pessoas que escrevem tão bem assim e usando tão bem as palavras se encontrarem pela vida e escreverem juntas?
    Jorge e Laura... Puxa vida, que dupla de poetas!
    Quanta sensibilidade existe nesses textos! Parabens!

    ResponderEliminar
  4. Parceria linda os dois poemas parecem mais dois pássaros maravilhosos!

    Beijos Jorge

    ResponderEliminar
  5. Jorge, espero que os crisântemos, demorem uma eternidade para mirrar.

    Você está ficando um artista como fotógrafo
    ;-)

    Laura, que tuas asas te permitam perseguir teus sonhos.

    Abraço grandão envolvendo aos dois.

    PAZ & LUZ!

    Tenham um belíssimo e abençoado final de semana.

    Cid@

    ResponderEliminar
  6. Dois suspiros e a mesma inevitável direção. O que permenacerá pelo lado de fora, caro Jorge, é uma pergunta que sempre me faço. Geramos energia (fato). Energia transita (fato 2). Onde estaremos, onde está o que já fomos, onde estamos, posto que já passou? Também sei que vou voar, Laura, e neste dia só não saberei do voo, pois não mais estarei a voar.

    Inevitavel a admiração pelos escritos que tanto me tocaram.

    Meus aplausos aos autores, Jorge e Laura.

    ResponderEliminar
  7. Realmente são textos bastante sinceros. Deveras bem edificados. Muito bom (:

    ÓTIMO FIM DE SEMANA!

    ResponderEliminar
  8. esse vôo será inesgotável, com um pouso suave e límpido dentro de um clarão afortunado.

    bjs

    ResponderEliminar
  9. é! a gente se cansa de ser apenas homem!

    ... e alma em carne viva, aqui, de cada um dos dois! poemas lindissimos, de ambos, Laura e Jorge!
    Sigur Rós, que sempre tão bem falam das almas, dos silêncios, das verdades.
    José Luís Peixoto em carne viva, sempre.

    beijo aos dois.
    adorei! belissimo.

    ResponderEliminar
  10. Lindos textos, gosto de dizer que, a morte é o fenômeno anti-natural mais natural que existe, não sabemos quando vai se dar, não é bem vinda, mas está presente em nossas vidas de forma íntima e amedrontadora.

    Jorge e Laura, belíssimos textos, parabéns poetas.

    ResponderEliminar
  11. "nascemos sozinhos e morremos sozinhos" António Lobo Antunes
    Acordei com esta frase não podia estar mais certo. É sempre um prazer escrever contigo. Desta vez demorou...
    Abraço!
    P.S.: Obrigada a todos os comentários, meu obrigada sincero. Vamo-nos vendo por aí, entre as letras e as palavras!
    Laura Alberto

    ResponderEliminar
  12. Há entre os moirões de pedra dos alambrados e a abundância da simplicidade que floresce em belos crisântemos voos irrecusáveis de mediação entre a dição e a contradição, permeados por sensível linguagem poética, numa espécie de alegria farpada entre a vida sápida e a morte insípida, por nada menos que instantes partilhados, doces e vitais como suspiros, em vida real ou em poema verdadeiramente atemporal.
    Deixo por aqui um abraço aos dois.

    ResponderEliminar
  13. Não sabemos quando a morte chegará e já nos sentimos reféns dela. Se soubéssemos talvez a coisa fosse ainda pior.

    Não sei lidar com a morte, Jorge, com a finitude das pessoas.

    =\

    Um beijo, moço querido, ótimo fds!

    ResponderEliminar
  14. Maravilhoso!

    Isso é o que eu consigo dizer!

    Os olhares fotografados no tamanho da imensidão de palavras, cinzas, mas cheias de cores. Sentimentos que saltam do coração direto para o papel. Letras que parecem lágrimas num suspiro só. Imagens que transformam letras em pequenos detalhes...

    Lindo demais!!! Perfeito!!!

    Uma parceria maravilhosa!!!!

    Beijos querido amigo!!!

    ResponderEliminar
  15. Às vezes a triste realidade da morte pode se transformar en belos versos.
    ps. A porta não havia tombado ao vento, ela é mágica e fica aberta quando reconhece os passos no tempo.
    Um abraço forte, amigo.

    ResponderEliminar
  16. Jorge, meu Amigo, entre dois suspiros, suspirei, li e silenciei. De uma imensidão que toca as almas.
    Parabéns aos poetas, Jorge e Laura.

    Abraço
    oa.s

    ResponderEliminar
  17. ...graças à Deus os crisântemos
    possuem uma capacidade enorme
    de renascer, e quando o fazem
    renascem mais lindos ainda.

    que dupla maravilhosa vejo aqui
    neste tapete poéticamente urdido
    com as mais finas linhas da
    boa poesia.

    Jorge vc é um lindo que eu adoro,
    e a Laura merece estar pertinho
    de tí.

    bjokas de carinho aos dois!

    ResponderEliminar
  18. Os vivos geralemte ficam distantes. Parabéns por tão profunda postagem.

    ResponderEliminar
  19. Como bem disse uma vez Pessoa: "Quem não vê bem uma palavra, nao pode ver uma alma." Lindíssimas palavras que ambos poetas usaram para tocar nossas almas.
    MARAVILHADA!
    Beijo!

    ResponderEliminar
  20. Òh morte onde está os teus grilhões?
    Em que tempo hei de estar presa na tua eternidade?
    A morte é um mistério e algo que embora não tenha medo dela, sou apavorada pelo pensamento de que as pessoas se vão e não mais as veremos. Freud diz que todos nós negamos a morte e quanto mais falamos que iremos morrer, mas negação há... Ela é um mistério!
    Que os crisântemos ainda estejam por muito tempo desabrochados e você cada vez com mais vida em seus poemas. Adoro a profundidade metafórica que dá aos versos, e que faz a gente pensar e pensar. E a Laura? Tem asas sim, e nós pés, e sabe voar! Voa nos versos e plaina na poesia com suavidade e segurança.

    Escrava Isaura?? Pois é eu também assisti a essa novela com a Lucélia Santos que nem sei por onde anda e o Rubéns Falcão que faleceu em 2008. E depois vi alguns capítulos que foram dublado em português Lusitano e achei muito lindo. Pois é, ela nao libertou os escravos, mas teve uma vida bem agitada diante dos desejos devassos do seu senhor.
    Beijokas doces Jorge, muito bom te ler.

    ResponderEliminar
  21. Dois poemas imensos de humanidade e sentidos, Jorge, daqueles que se leem com o coração batendo mais depressa. As imagens os complementam de um modo perfeito.

    Beijo beijo, amigo poeta.

    ResponderEliminar
  22. Eu me curvo ante ambos, para pronunciar meu encantamento. Esses versos podem ser lidos sem trazer cansaço. Provocam outros pensamentos e reflexões. A harmonia que vocês dois encontraram é especial. Só me resta, aplaudir: BRAVO!

    Bjs.

    ResponderEliminar
  23. textos profundos e intensos como só os suspiros sabem ser...

    Belíssimo, admiro-vos muito!
    Beijos

    p.s. Jorge! adorei as fotografias!
    e sigur rós fica aqui tão bem

    ResponderEliminar
  24. Já dizia Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver. A vida é tão boa! Não quero ir embora..."
    e outro poeta " as gaivotas abrem em mim as suas asas com vontade de ficar e de partir..."
    que digo eu diante de suspiros tão pungentes?
    minha alma se cala pra ouvi-los Jorge e Laura.
    simplesmente extraordinários falando bonito sobre o banquete final.
    visto que os poetas são imortais, ergo a taça e brindo a vida dos dois.
    com afeto e admiração

    ResponderEliminar
  25. Fotos em branco e preto mostram mais do que a imagem focada: revelam a alma do fotógrafo na hora de capturar aquele momento.
    O mister de todo artista é tocar os limites da existência, equilibrar-se na borda dos sentidos e desafiar a morte com sua obra. Todos os dias são dias para morrer e há nisso uma beleza indelével e um silêncio tácito e sublimado. A poesia capta essa beleza sobrenatural e a revela, rompendo o silêncio sem rasgar a carne que o continha.
    Parabéns aos dois!
    Beijokas e um lindo fds.

    ResponderEliminar
  26. Jorge e Laura,
    não creio na solidão do homem no momento de seu nascimento, nem na solidão no momento de sua morte.
    Afinal, podemos nos assegurar que somos apenas um?
    Muitas vezes não amamos por dois, não sofremos por muitos ou vivemos por vários?
    E quem garante que ao início de nossa passagem, não haverá algum anjo a agarrar nossa mão ou acariciar nossos cabelos?
    Além disso, não acredito existirem voos suicidas para quem cuja alma: “navega ao contrário”, desafiando a Lei da Gravidade e a Lei de todas convenções,
    ... a menos que a vida se acabe, voando para cima!

    Laura,
    aprecio muito sua escrita. Parece que você está a bordar um tecido fino, manipulando agulha e linha com cuidado e delicadeza.
    Maravilhoso!

    Jorge,
    querido amigo, gosto muito de suas parcerias com a Laura, assim como gostaria de te parabenizar pela composição: fotos-suspiros poéticos-música.
    Excelente!

    Abraços aos dois.

    ResponderEliminar
  27. Jorge,
    por curiosidade, se me permite:
    alguns meses atrás, em momentos de insônia, estava pesquisando sobre rock progressivo, um dos ritmos que mais aprecio, e cheguei ao “post-rock”, que apareceu a partir dos anos 90 e também tem como vertente o jazz fusion. A grosso modo, poderia se dizer que o post rock é uma releitura do progressivo ou até mesmo uma evolução, e um dos nomes que encontrei em minha pesquisa foi justamente o da islandesa Sigur Rós, que naquele momento não a escutei.
    Agora a ouço pelas tuas mãos, como se já o tivesse feito antes!

    Beijinhos.

    PS.: Apesar de vermelho, espero que o Benfica tenha se saído bem :).

    ResponderEliminar
  28. Jorge, meu querido amigo, grande poeta!
    Vir aqui é um dos poucos regalos que a vida me aferece, mas o faz pela metade: não me permite, mais, comentários...
    Entretanto, ainda assim, o poder vir já é tanto!!!
    Lindíssima postagem!
    Que dupla, você e Laura Alberto!!!
    Beijos saudosos da
    Zélia

    ResponderEliminar
  29. Bom dia!
    Gostei tanto do clip que você postou(boat behind), que além de passar aos meus alunos na aula de Literatura, postei também em meu blog.
    Espero que não se chateei. Como sempre ensino em minhas aulas é a influencia lusitana sob os poetas brasileiros.
    Beijos!

    ResponderEliminar
  30. Laura & Jorge: combinação perfeita.
    Fotografia & fotografia: também.

    ResponderEliminar
  31. já coisas que me deixam extasiado, para elas não há verbo, mas a carne treme


    abraço Jorge
    beijo Laura

    ResponderEliminar
  32. Jorgíssimo

    O que importa a memória da catequese?
    O quanto soubemos viver só saberemos quando nessa
    máquina cessarem todos os ruídos.

    As vezes não posso acessar os seus vídeos, depois
    a página trava.

    Mas tudo o que você escreve me instiga a voltar.

    Beijos

    ResponderEliminar
  33. o silêncio e as vozes
    que não se vão nunca
    ...

    forte abraço, grande poeta e amigo
    beijo carinhoso, laura.

    ResponderEliminar
  34. Jorge,querido amigo de-além-mar.
    Hoje aqui no Brasil comemoramos o Dia dos Professores, uma classe ao qual nutro especial respeito.
    Estou passando em todos os bloggers que são professores, e não são poucos, para desejar-lhes um sincero "parabéns" pelo que fazem ao país e ao mundo, e aqui, a ti em especial.

    Abraços em consideração, caro amigo!

    ResponderEliminar
  35. há coisas tão profundas que, pensar sempre nos toma por completo.. momentos expressos aqui com maestria por vocês dois..
    como sempre encantando..
    beijos de carinho Laura e Jorge..

    ResponderEliminar
  36. Parceria envolvente e segura a falar da morte.
    A morte negra com seu manto e o cajado afiado,de repente descritas pelos dois se transformou num lindo anjo branco de mãos abertas esperando a nós mortais.
    Bom fds aos dois,bjka

    ResponderEliminar
  37. Encanto duplo...

    vocês são dois alados...

    Beijinho carinhoso, meu amigo!

    ResponderEliminar
  38. Oi Jorge,
    Oi Laura,

    Duo perfeito, mesmo sendo assunto ingrato, mesmo sendo inevitável, vocês deram vida no vôo que fizeram.

    Beijos meu

    ResponderEliminar
  39. Um blogue que, a partir de agora, vou visitar.
    Abraço

    ResponderEliminar
  40. Olá amigo jorge, tão belo quando dois poetas se completam até no voo da morte. Adorei. Beijos com carinho os dois poetas

    ResponderEliminar
  41. Meu querido Poeta

    Comentar algo tão sublime...não estou à altura disso.
    Senti...degustei e deixo o silêncio falar...a emoção voar nas vossas palavras.
    Prendo o momento e vou como sempre desejando voltar.

    Beijinho carinhoso para os dois
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  42. caneco...este "bateu-me forte"!

    EXCELENTE....................

    ResponderEliminar
  43. Voltei a passear por aqui, sorte minha.

    Esses outubros e novembros sempre reinauguram o tema da morte, não deixo de notar Coisas de Plutão e de outros astros, penso eu. =)

    Belíssimos ambos os poemas, Jorge e Laura. Parabéns aos dois.

    ResponderEliminar
  44. Quanta beleza no seu post.
    Bonita essa parceria, numa harmonia perfeita,
    parece dois passaros de mãos dada voando aos céu das palavras. A imagem dá o toque especial.Parabéns, e meus aplausos a essa dupla de poeta.
    Beijos e ótima semana.

    ResponderEliminar
  45. Duas artes que se fundem perfeitamente - a ARTE da fotografia e da escrita.
    Muito belo!

    ResponderEliminar
  46. Os seus poemas trazem geralmente dentro deles as pessoas e, sobretudo, os seres desprotegidos e carregados de sinais, linhas de força que são já em si os itinerários para a construção poética, a que junta elementos das paisagens físicas, admitindo que há outras, que muito claramente o deslumbram e o servem.
    O resto eu não digo dos seus poemas, sob "pena" de falar de mim. É com eles que os leitores deste blogue, que houver famintos de pessoas, de paisagens e de poesia, hão-de contemplar as estrelas que a solidão lhes aponta. Afinal..., às vezes, os poemas catapultam-nos para "sedes" antigas que algemaram as palavras que o silêncio não diz.
    Grande Abraço
    Paulo
    PS: Obrigado pela visita.

    ResponderEliminar
  47. a parceria de vocês é um casamento perfeito de versos, tão afins, tão complementares

    tão bom voar assim, de mãos dadas... ainda que não seja a morte, porque as minhas asas voam sempre e, às vezes,já nem tenho certeza se vivo

    beijo imenso, querido amigo Jorge!
    beijo também pra ti, talentosa Laura!

    ResponderEliminar
  48. Voltando para reler e dizer: duas composições que seguem de mão dada...se continuando...
    Me tocaram, sim...porque é nossa condição...

    Excelente, repito.
    BShell

    ResponderEliminar
  49. Enquanto esse dia não chegar, continue a escrever amigo, desejo fazer um novo dueto com meu eu verdadeiro, essa que te escreve, e não como uma pseudomonácea!

    ResponderEliminar
  50. Somos mortos vivos a cada dia que se passa, em nossas recordações, em nossas emoções, em nossas limitações.

    Parabéns a você, Jorge, e a Laura, pela feliz comunhão poética!!

    Beijos,

    ResponderEliminar
  51. maravilhosos os dois poemas...
    E os poetas ( vós)já voam alto na senda das palavras.
    beijinho

    ResponderEliminar
  52. Desta vez consegui, meu querido amigo, grande poeta!!! Viva!!!
    Abraço bem forte da
    Zélia

    ResponderEliminar
  53. Olá Jorge..

    Que bela parceira sua e da Lauira.
    Dois talentos!!

    As fotos em preto e branco lindas..o video..o poema..

    O que dizer então? Calar-me. Só apreciar.

    Um beijo com carinho..

    ResponderEliminar
  54. Me fez pensar de um dia em que eu subi um monte, há tempos. Estava precisando de solidão e de repente meus olhos avistaram a cidade inteira, ao longe. Sensação de vida e morte. Liberdade e Ausência. Fechei os olhos e imaginei as asas das minhas ilusões. Nunca soube se morri ou nasci naquele dia. Mas parte de mim se perdeu por todo o sempre.
    Gosto quando os poemas me fazem viajar em mim mesma.

    bacio

    ResponderEliminar
  55. Jorge, você e a Laura causam uma inquietude de tontear.
    E a expressão da Laura é de tal forma tão profunda que fico de olhos ora arregalados ora apertados e vem um troço pela pele que muitas vezes não há o que dizer.

    abraços e beijos pra você e Laura com respeito carinhoso e admiração

    ResponderEliminar