cuando pasen los años
y yo solo sea un
hombre que amó.
un ser que se detuvo
un instante frente a tus lábios.
un pobre hombre
cansado de andar por los jardines,
¿donde
estarás tu?
İdonde
estarás oh hija de mis besos!
Nicanor Parra, Cartas
a una desconocida
fotografia de jorge pimenta
os dias
adormeciam-nos no olhar
enquanto nus desafiávamos a matéria
que anuncia
o tempo e o espaço.
sim, eu sei,
nunca fomos
videntes
e a única
coisa que adivinhámos
tinha a
forma do corpo
e o sabor
das nossas línguas,
mas eu
sentia que podia ser contigo
do lado de
dentro do miradouro
com que
afugentas pardais
alimentas
madrugadas
e rezas ao
deus que dorme
no regaço da
nossa sombra.
podia ter
sido aqui,
podia ter
sido ontem,
podia ter
sido sempre e em todos os lugares
de
crescimento fértil
e de água em
movimento rápido
pelos canais
do sangue.
e nessa
gravitação líquida,
entrámos,
através do sonho,
no novelo do
tempo:
só a cama
dos homens,
com trevos
da sorte sobre a pele,
incendeia a
vida inteira
sem deixar
rasto no beijo de papel.
rodrigo leão,
cathy
"podia ter sido aqui,
ResponderEliminarpodia ter sido ontem,
podia ter sido sempre e em todos os lugares"
O tempo não repara os cansaços do não vivido.
Um beijo
Jorge, meu querido,
ResponderEliminarNa distância, o que estreita são as tintas nos papéis e o que aumenta, são os desabafos de saudades... Saudades que alimentam as imaginações e as incompreensões dos sofrimentos; porque, afinal, é o passado que encontra-se preso no presente, sem possibilidades de explorá-lo por completo.
Beijos e bom domingo,
Ana Lúcia.
Jorge,
ResponderEliminarTudo bem? Estou encantada com a sua sensibilidade! Além dos versos, encantada com a a fotografia e o nome do texto. Parabéns!
Beijos.
Lu
o efêmero se faz e se desfaz moldando desejos.. versos de cantar saliva e suor..
ResponderEliminarsempre intenso Jorge..
beijo de carinho poeta querido.
absolutamente maravilhoso! dá vontade de morder toda essa poesia...grande beijo!
ResponderEliminarBelíssimo,meu caro!Belíssimo!
ResponderEliminarLindíssimo!!
ResponderEliminarLi e voltei a ler, sem conseguir me saciar...
Beijinhos Jorge e boa semana
Bom dia!!
ResponderEliminarDesejar o melhor para uma pessoa
amiga,é o que faço com todo prazer
Agradeço pelas belas postagens que
vejo e parabenizo,sempre
Abraços carinhosos Rita!!!
Tenha um domingo feliz!
O poema é maravilhoso!!
um olhar atento é passeio de silêncios, Jorge... aqui, aceno para alguns dos meus!
ResponderEliminarBeijinho carinhoso de domingo, meu amigo, poeta mágico!
A foto dá bem o tom do poema, uma viagem pelas palavrad do mar onde tudo é possível e impossível, um dia ou todos os dias no sim e no não do tempo.
ResponderEliminarpara amanhecer meu Domingo teus versos de distâncias me tocam e arrepiam..
ResponderEliminar.."incendeia a vida inteira
sem deixar rasto no beijo de papel"..
teu rasto é indelével!
beijos meu querido Jorge.
Entre desejos e distâncias, todas as possibilidades do tempo e do espaço.
ResponderEliminarO sonho, meu amigo, por vezes fica a única porta que fica aberta, e sempre há um deus dormido nas sombras, mesmo que tão pequeno fique às vezes desconhecido.
Abraço forte, querido amigo.
ps. Hoje, recuperada temporalmente a minha 'entidade virtual', chego presto para deixar-te o meu aceno :)
Casualidade, tambén tenho escolhida a música do Leão :)
podia ser, podia, e o topo do tempo a queimar o verbo sobre a pele em desassossego, indelével é a mancha da palavra no lábio úmido,
ResponderEliminargrande abraço, poeta
Olá Jorginho meu amigo portuga torcedor do Braga.
ResponderEliminarAs vezes eu leio seus escritos e tento viajar nas "suas" idéias e tentar ver pela sua ótica o que você quiz dizer com a sua idéia... Desisto! Não dá. Por isso acho que seus escritos são tão bons e agradam a todo mundo, porque apesar de serem tão pessoais eles também estão presentes nas vidas das outras pessoas em outras situações e com outros sabores. Isso te faz um grande poeta.
Pela imagem, pela música, pela poesia... Pode só o suspirar? E quer dizer muito.
ResponderEliminarJorgito, meu poeta-amigo! Roubo-te esta canção, que haverá de adormecer-me nos dias mudos.
ResponderEliminarAtravés dos sonhos, os caminhos são alfabetos de peles e bocas possíveis, as que se revelam no silêncio de cada passo. Não há tempo/espaço quando cerramos os olhos e o “se” já não é leitura para o desenho vivo que a mente traça em riscos advinhados. O desejo sim, ele cega para toda e qualquer distância, mesmo que ela não tenha fim.
Bjos de sorte
Muito bom o poema, e o que pude captar Jorge é o embate entre tempo versus limitação humana, o tempo é algo que desafia o homem, passa sorrateiro, nem sentimos, e ao mesmo tempo é como se não existisse, confesso que me amedronta a questão tempo, tenho medo da velhice, não quero envelhecer, mas é algo inexorável, o que fazer? Nada, não adianta lutarmos contra o tempo, ele nos consome lenta e implacavelmente, só nos resta viver, e só.
ResponderEliminarMais uma vez parabenizo por um belo poema, abração amigo.
Oi Jorge,
ResponderEliminarVim para lhe desejar uma boa semana e percebo que ainda não publicou os comentários. Então, espero que esteja tudo bem com você...; que seja uma ausência por bons motivos... Se cuida.
Beijos,
Olá, amigo Jorge!
ResponderEliminarTalvez a verve seja o sexto sentido do poeta, mesmo que não faça uso dela plenamente.
Quiçá assim se explique a beleza extraordinária do poema e seu hermetismo para o zoilo.
O título do poema, a imagem e a música são todos genuínos.
Abraços do amigo de além-mar!
Momentos de amor e cumplicidade, momentos de amor na saudade. Foi o que depreendi das linhas e entrelinhas de seu poema. Sempre o aplaudo quando aqui venho.
ResponderEliminarBjs.
Muito bom seu trabalho Jorge, gostei do conteudo lirico que vi por aqui. Parabéns!
ResponderEliminarSem rastro, sem vogais, em um parco alfabeto, talvez como um fenício sabedor de que naufragar também é preciso, tanto quanto arder o que é chama e derramar o que não evapora.
ResponderEliminarBelo poema, Jorge.
Beijos
Lelena
Jorge, querido PoetAmigo!
ResponderEliminarPenso na vida rodeada de inevitabilidades, e, em raríssimas vezes, as coisas supostamente mais improváveis são as que nos oferecerão todas as respostas quando sequer havia dúvidas. E essas respostas vão moldando quaisquer peças, aproximando-as, porque somos a adição de todas energias que nos fazem únicos, mas nos completamos em outras peças de outro ser único, e isso é inevitável.
Pelo menos uma certeza, entre tantas outras, se consegue perceber desse acerto de peças:
viver pode ser um ato de felicidade surpreendente, compartilhada, onde a distância se transforma em mera contingência quase descartável, onde o tempo do relógio cronometra apenas o que se faz, não o ritmo dos sentimentos.
Viver pode ser o tanto que amamos nas peças do outro, o quanto conseguimos encaixá-las com as nossas em total consentimento e cumplicidade, e por fim, ao testemunharmos que elas de fato se encaixam, vem a surpresa inevitável: o significado da Verdade e toda sua felicidade.
Belíssimo conjunto fizeste aqui! Fotografia muito significativa; poema maravilhoso; Rodrigo Leão com sua bela Cathy; e o ‘jovem senhor’ Parra, esse chileno de 97 anos, último vencedor do Prêmio Cervantes, e que tem uma obra divina.
Maravilhosa combinação de peças, querido Jorge!:)
Grande beijo!
deixei-me ficar na imagem de trevos sobre a pele... assim a sorte fosse fácil, inspiração, leve, e incêndio como um beijo.
ResponderEliminarbeijinho, querido amigo!
Oi Jorge querido,
ResponderEliminarDias suspensos talvez sejam o oco dos versos, enquanto a pele... a pele preenche o verso, de arrepios, de toques. A mistura dos dois, é a matéria perfeita para ser esculpida pela ferramenta palavra.
A sua foto despertou-me o mesmo sentimento que o poema fez brotar, tão par!
Beijos
Fico feliz porque voltou...
ResponderEliminarObrigada, Jorge, pela atenção dispensada lá em meu blog. Meu querido, só mesmo você para me dar um presente bonito como aquele soneto, de Antônio Nobre; além de bastante pertinente, é perfeito no que condiz aos nossos sonhos...
Beijos, espero que esteja tudo bem com você,
Jorgito querido, a frase já não mais me pertence. Leve-a!
ResponderEliminarBj imenso
O vai e vem das ondas, intercaladas por tempo que não se mede e emoções que não se traduz em completude.
ResponderEliminarVoltei para reler e dizer que sou feliz por ler suas palavras, tanto aqui quanto no meu pretenso espaço de versos.
Bjs.
só a nudez desafia a matéria
ResponderEliminare não é somente o despir das vestes
Ah, Jorge, estes dois versos renderam um bocado
"e rezas ao deus que dorme
no regaço da nossa sombra."
o crescimento fértil não tem tempo nem espaço
é e é tudo que precisa ser no tempo e no espaço
e no final uma tatuagem ou uma etiqueta grudada à pele ou em uma veste, daquelas quatro folhinhas, a sorte, e é uma plantinha que brota e brota
e a marca dos lábios de batom que fica na pele ou na carta
a foto é um infinito, a linha do horizonte ao longe, acreditavam que cairiam ao ultrapassá-la
lindo demais o Nicanor
e a canção do vídeo, violinos são tão tão...
a figura do Rodrigo me lembrou de Noel Rosa
beijo, Jorge, e abraços braços braços :)
Meu querido Poeta
ResponderEliminarO tempo é como o vento...leva as nuvens e deixa os sonhos que perduram para além do tempo...em imagens que acendem todas as lembranças...que guardam todos os silêncios onde gravámos todos os passos...de todos os caminhos que percorremos...de todas as palavras que ficaram escritas no silêncio de um olhar...de todas as madrugadas adormecidas nos lençóis de mágoa e saudade.
Como sempre...ÉS IMENSO.
Beijinho com carinho e admiração que aumenta a cada poema.
Sonhadora
Nesse domingo dias das Mães
ResponderEliminarquero desejar a todas um dia
cheio de alegria,com filhos
família,e amigos!
Mães são nossa luz que ilumina
nossa vida,e pra você deixo aqui
um abraço carinhoso,feliz
dias das maravilhosas MÃES!
Que esse Blog continue a mostrar
essa beleza que vemos todo dia!!
Bjuss Rita!
Atrás do corpo vertebrado
ResponderEliminarMora o poema
e na parte de cada lado poema
a gestação da pele...
única essa coisa que adivinhámos...
Beijinho Poeta
Bom fim de semana
Passando pra deixar um beijo e desejar um lindo domingo pra você...
ResponderEliminarAni
Boa tarde, Jorge.
ResponderEliminarDizem que cada momento de felicidade tem a duração da Eternidade, o que é bem verdadeiro.
Momentos que nos marcam ficam eternizados em nós, independentemente do tempo em que estivermos.
Não sou professor, Jorge, mas já fui aluno, e do fundão.
Um feliz Dia das Mães para ti, meu caro.
Abraço.
Que linda postagem Jorge!
ResponderEliminarBeijos, ótimo final de semana a vc.
Jorgíssimo
ResponderEliminarLindo lindo tudo, a foto a canção
Flutuei, podia ter sido aqui, voltei, podia ter sido ontem, viajei, podia ter sido sempre em todos os lugares com os trevos da sorte sob a pele
nas entrelinhas dos seus versos.
Um lindo domingo
bjs
Olá meu Amigo!!
ResponderEliminarLinda a tua poesia, lindo teu poema!
Aqui tudo se encaixa... o poema, a musica, a imagem e a sua alma..
Um beijo....boa semana a voce!!
Hoje, não saem as palavras.
ResponderEliminarFicou a emoção e um nó na garganta.
Amigo,
Lamento deixar esta "mensagem" que explica minimamente a razão pela qual o faço e me ausento por algum tempo, que espero ser muito curto.
Estou em preparação para uma intervenção simples aos meus olhos.
Volto logo, verá.
Beijinhos
Ná
Querido Jorge, desejos e distâncias o lema da minha vida. Talvez eu tenha tido tudo na vida, mas à distância...escondido...até a minha mãe. Só a amargura ficou comigo. Podia ter sido aqui...mas não foi...podia ter sido diferente...nunca foi...Amei o teu poema que me deixou com nó na garganta, já que o meu rio secou. Beijos com carinho
ResponderEliminarMuito bom poema, poeta, música...
ResponderEliminarA poesia vem da alma! Para se escrever com a alma tem que se ter a poesia...
Deixo um pouco de po-magico.blospot.com
Beijinhos e continuação de uma boa semana!
Há poesia na tua alma, Jorge e reflete isso na sensibilidade das fotografias e escolhas... beijinho.
ResponderEliminar"a única coisa que adivinhámos
ResponderEliminartinha a forma do corpo
e o sabor das nossas línguas,
mas eu sentia que podia ser contigo"
Ah, essa poesia tão apaixonada dos últimos tempos, tão sentida! Tudo tão lindo aqui.
Bjo
Muito, mas muito bom!
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