fotografia de jorge pimenta
I. nudez
há segredos que não desvendamos;
desvendam-nos.
II. utensílio de troca
o [desa]linho da vida:
ser fósforo e lixa em combustão lenta
nos invernos de rosto magro.
III. rastos
silêncio vertical
deitado num pedaço de solidão
com o meu nome gravado nos bolsos.
IV. memória e olvido
1.
entre o corpo e a palavra
habita tudo o que não esqueceremos.
2.
todas as flores murcham
nas mãos que se desprendem do seu passado.
V. como no cinema
[dedicado à minha amiga da poesia [e] da vida laura alberto
http://lauraalbertopossiveldiario.blogspot.com/, a propósito do seu texto balada XIII]
acerta em cheio.
vira o estendal e esmurra o nariz.
sabes que a cor do sangue também salva?
nina simone, wild is the wind
Etiquetas do que ressoa nas luzes e sombras dos dias, tudo tem seu tempo da vida e da morte, tudo tem seu perfume.
ResponderEliminarbeijos
luíza, minha querida,
Eliminartudo tem seu tempo. por vezes pergunto-me se o tempo o saberá...
beijinho!
"todas as flores murcham
ResponderEliminarnas mãos que se desprendem do seu passado."
Você tem toda razão. O passado é a seiva bruta e também a elborada da planta que parece ainda arder no caule da planta que arrancamos de dentro de nós!
Somos o somatório do escolhemos para exercer no aprendizado do pretérito.
Parabéns, amigo de além-mar!
marcell, meu amigo haikaísta emérito,
Eliminaro passado em si mesmo nada representa, mas a verdade é que nada no nosso corpo e na nossa alma é alguma coisa sem aquilo que a construiu. assim é a memória: vento, pedra, erosão e marca indelével - simultaneamente.
um abraço!
desnudados ante o tempo, habitamos a melancolia da palavra, o sangue espirra
ResponderEliminarabraço poeta
e quanto mais nos vestimos de tempo, mais desnudos ficamos. e o sangue espirra, espirra, espirra...
Eliminargrande abraço, poeta maior!
"entre o corpo e a palavra habita tudo o que não esqueceremos"
ResponderEliminarhabita a essência do teu ser, a eternidade do tempo...
Beijinhos e bf de semana
uma vez escrevi, rita, que metade de nós é corpo e a outra metade memória. estou tão convencido disso...
Eliminarbeijinho!
há segredos em mim que o silêncio não consegue reproduzir, no entanto, a nudez dos versos grita em letras de papel...
ResponderEliminarBeijos meu querido!!^^
e algures entre a palavra - a dita e a por dizer, a verbo e a silêncio, mas sempre ela - nos redesenhamos, realinhamos, redefenimos, realizamos e... morremos.
Eliminarbeijinho, querida suzanita!
Nossa, Jorge!
ResponderEliminarTantas verdades em forma de poesia. Amei "NUDEZ" e RASTOS"
Excelente!
Beijos
Mirze
mirze,
Eliminarsobre as verdades [mesmo que da poesia]: pressinto palavras a arriscar a verdade... mas às vezes penso que quanto mais a procuramos mais longe dela estamos... baste-nos a poesia, essa sim, verdade, porque grito nu a espalhar todos os nossos rastos.
beijinho grande!
depois de lidas as etiquetas, foram registrados, na pele (e no Transfigurações), os (im)pulsos de voz...
ResponderEliminarbeijinho carinhoso, meu amigo sempre "inspiralívio"...rs!
p.s: a pele sempre suspira com Nina!
joelma, querida poetamiga,
Eliminarpassei no teu blogue, há instantes, e deparei-me com um diálogo: as luzes contra as sombras em constante e permanente transfiguração. como nós, afinal, homens e mulheres a degladiarem-se com a eternidade que apenas alcançam nos fios verticais da voz.
agradeço todos os carinhos com que tantas vezes me distingues.
um beijinho muito especial!
joelma,
Eliminarregresso aqui, a ti, porque li e reli o teu texto: um corpo, algumas sílabas e a pele, toda ela a deslizar sobre o rosto da terra. e tantos acendes diálogos...
a tua poesia é centelha e olhar.
um beijinho muito especial!
caminhar por fio de voz sempre foi meu equilíbrio, Jorge, meu amigo poeta necessário!
Eliminarbeijinho carinhoso sempre!
Navegar onde nunca navegamos, apesar das tempestades que chegam e desalinha o mar.
ResponderEliminarRemir o tempo porque como as flores também fenecemos.
lindo Jorge
saudade!
remir o tempo e conquistar a eternidade na urdidura da demanda. até porque a tempestade apenas existe para nos recordar da existência do mar.
Eliminarbeijinho, lis, regozijando-me com este reencontro!
Boa tarde, amigo poeta.
ResponderEliminarEtiquetas maravilhosas, que você sempre
escreve muito bem.
Todas elas fazem um sentido, e eu amei a da nudez!
Um beijo na alma, e fique na paz de um dia abençoado.
patrícia, querida,
Eliminarobrigado pelas tuas palavras-carinho!
beijo grande!
não há palavras que consigam exprimir a minha gratidão...
ResponderEliminarobrigada querido amigo
o nosso abraço, de sempre
Beijinho
LauraAlberto
laura,
Eliminara tua amizade, sim, é a chave, o ouvido encostado à árvore, a parede que se trepa, a chuva que instiga sobre aquele chão que nunca se molha.
o nosso abraço de sempre!
p.s. para sexta, dia 9, convidei almada negreiros ao sarau de poesia para dizer o seu manifesto anti-dantas :)
O "Almada" está ligeiramente doente, até sexta terá de se recompor.
EliminarContudo afirmou-me a sua presença, ainda que sem dentes ou pulmão...
Beijinho
o almada nunca adoece, pim!
Eliminaro almada, mesmo doente respira saúde, pim!
o almada tem vírus na voz, pim!
o almada infeta todos os dantas, pim!
até porque os dantas são feios, são porcos, são maus, pim!
e os dantas têm dentes podres, cheiram mal da boca e escrevem poesia como se estivessem a instalar caleiros num telhado, pim!
e sexta-feira o almada vai jorrar o sangue, pim!
e todos os dantas vão aprender o que é cantar, morder, rugir e sangrar, pim!
viva o almada, pim!
abaixo os dantas, pim!
viva sexta-feira, pim!
Quando fui colocada na escola de Viatodos, o Jorge Pimenta foi, provavelmente, a última pessoa com quem falei.
ResponderEliminarAs primeiras impressões que guardo dele, eram de alguém distante, com um ar um pouco a fugir para o convencido. Provavelmente as primeiras impressões que o Jorge tem minhas, são de alguém um pouco estabalhoada e lunática. Nessa altura, a Laura ainda não tinha nascido, mas começava o seu embrião.
Não recordo as primeiras palavras que trocamos, mas quase posso garantir que remontam ao dia em que ganhei coragem para lhe pedir um livro do António Gedeão.
Com o decorrer do ano, começaram e continuaram, as trocas de cds, de livros e claro, de amizade.
Sem pensar duas vezes, aceitei o seu convite para trabalhar no jornal da escola, O Despertar. Nascia também a Laura Alberto, data de nascimento: 21 de Fevereiro de 2008. O Jorge sabe bem o motivo.
[Amigo, não sou tão boa como tu com as palavras, mas a minha gratidão não se consegue expressar da forma que tu bem o merecias. Obrigada]
Da vida e da poesia.
confirmo tudo isto, sim senhor. vias-me como sobranceiro, quase pedante; eu via-te como espalhafatosa. como as aparências são, tantas vezes, o nosso maior inimigo :)
Eliminarbeijos!
I. nudez
ResponderEliminarhá segredos que não desvendamos;
desvendam-nos.
IV. memória e olvido
1.
entre o corpo e a palavra
habita tudo o que não esqueceremos.
Não esquecemos principalmente dos nossos segredos desnudados pelo outro, e esse outro sendo um amor, nada melhor do que ficar nas lembranças do corpo e da palavra. Belíssimos Jorge. Bjim
giomara,
Eliminarabsolutamente verdade o que dizes, mas, crê-me, quanto mais me conheço mais sinto que há coisas por conhecer. e o muito por desvendar para sempre permanecerá silencioso, incompleto... segredo, afinal... até de mim.
beijinho!
Jorge,
ResponderEliminarNina Simone é para os fortes, sempre. Maravilhoso o texto!
Penso que não desistimos das coisas, mas que talvez elas desistam de nós. Então os segredos,a memória e a troca se vestem de realidade.
Beijos.
Lu
luciana,
Eliminarhá coisas que perdemos, mesmo que nunca tendo desistido delas. sejam de argila, de água ou de sangue.
beijinho!
p.s. quem escuta nina simone [que, como dizes, é para os fortes] não sabe conjugar o verbo "desistir" :)
Querido amigo Jorge, é um grande prazer, nas vezes que posso e tenho oportunidade, poder passar por aqui e ler as belas publicações do amigo. De fato, é um grande escritor, viu! Um grande abraço.
ResponderEliminarmeu bom amigo paulo,
Eliminarque palavras atenciosas as tuas. vindas de quem sente a vida como a própria verdade, porque filtrada pelo seu olhar, ainda mais me tocam. grato.
um abraço sentido!
p.s. quisera eu ter mais tempo do que o tempo que o tempo me concede. se há leituras que estimulam a reflexão e a discussão, as do que escreves figuram na linha da frente.
A tua escrita é bela! Já o disse mil vezes e se não o disse, com certeza mil vezes o pensei!
ResponderEliminarBom fim de semana!
margarida,
Eliminar...
um abraço em silêncio rubro de agradecimento!
"Fica sempre um pouco de tudo" Carlos Drummond de Andrade
ResponderEliminar"As flores murcham, mas não se desprendem do seu passado"
Jorginho, coisa mais linda essa constatação! Tudo na vida nos é importante, grandioso e salutar.
As pessoas que cruazam nossas vidas nunca vêm por acaso, são peças de um todo muito grandioso que somos nós mesmos...
Quando olho pro meu passado, fico grata a cada fracasso, a cada experiência e concluo que na vida só tive mestres.
Não sinto raiva de uma só pessoa, pois com todas elas-até com as que me desentendi-, pude aprender Muito.
Se saírmos à procura de nossas verdades, nos despirmos de nossa pequenez e considerarmos, todas as pessoas nossos mestres, a verdade não nos faltará...
Viu só como você me inspira, tô eu aqui chorando e divagando acerca do tempo, nosso grande professor.
Belíssima amizade! Beijocas à você e a Laura Alberto:)
adriana, querida amiga,
Eliminarnão poderia concordar mais com alguém, hoje, do que contigo. nada do que passamos pode ser em vão, pois o coração é tão feito da erva que afagamos com o olhar como da pedra onde nos sentamos para a sentir, ou mesmo da chuva que nos convidou a levantar e a sair do prado nesse esboço de primavera.
um beijo com todo o meu carinho por ti!
Engraçado, ontem mesmo, eu estava com minha netinha nos braços e de repente comecei a cantarolar uma música, dessas que ensinam comportamentos as crianças (tipo: dar bom dia, um sorriso), mas não lembrava, de jeito algum, de onde vinha essa canção, apenas percebi que ela estava em mim, em algum lugar do meu corpo, da minha memória silenciosa, de um tempo que não havia passado. Não insisti em reconhecê-la em lugar e tempo e deixei-a passar.
ResponderEliminarHoje, na leitura das tuas etiquetas, ela veio e veio com toda identidade. Era uma canção que cantávamos, num internato onde estudei aos 9/10 anos, quase todos os dias, pela manhã. A música habitava um tempo, entre o corpo e a palavra, que talvez não me fosse simpático, mas certamente marcante, pois não foi esquecido, apenas aquietado.
Esses momentos com tua poesia é que me fazem voltar, e voltar, e voltar aqui.
Conheci a Laura Alberto através de você e a tinta desta mulher me prendeu de cara, mais uma pra te agradecer, pois é impossível vir à blogosfera sem lê-los.
Bj imenso de cá, Jorgito querido
queridíssima ira,
Eliminarmesmo quando o sentido não está em parte alguma, construímos os nossos sentidos e aqueles que acontecemos, ao longo dos dias, das horas, dos acasos e dos imprevistos, é tanto do que deseja ser como do que já foi. desta equação, tantas vezes tensa e violenta, nos reafirmamos deserto e sede.
a morte não é aquele conceito fechado que a mão traça devagar; a morte é a perda da memória.
beijinho, querida amiga!
p.s. a laura tem uma escrita de fogo. é uma pessoa que me é muito especial porque vive a amizade como a sua poesia: com paixão por aqueles de quem gosta.
Jorge,
ResponderEliminarDepois de exposta cada etiqueta no varal das constatações, encantou-me uma peça em especial, pois realmente é a mais pura verdade e usaste propriedade para lança-la:
"entre o corpo e a palavra
habita tudo o que não esqueceremos"
Parabéns!
Beijokas doces
marly,
Eliminarsó se esquece o que nunca foi, verdade?
beijo!
Belas frases e belas idéias! Você sabe das coisas viu Jorginho! Parabens!
ResponderEliminarTudo o que escreve é bom!
andré,
Eliminarpalavras de amigo as tuas, hein :)
obrigado por tudo. hoje é dia de ronda pelos blogues; há verdades e bobagens à minha espera :)
um abraço e até já!
Poxa, Jorge, não tem jeito de ficar sem repetir os lindos e os parabéns
ResponderEliminara foto tá uma coisa de ficar reparando em todos os detalhes, o cantar de Nina Simone e a imagem da janela no vídeo fez-me lembrar de outras janelas.
Putz, e fica difícil, se é realmente preciso escolher alguma entre elas se todas as etiquetas tatuadas, desenhadas grudam na pele, nos olhos, nos ouvidos e tocam de maneira sentida em silêncio e ao som
beijinhos
vais,
ResponderEliminara voz é curva; nem sempre atinge o alvo;
a imagem é líquida; não tem raízes nos pés;
a música é boca; cultiva silêncios.
tentei um dia conjugar os três e senti-me ainda mais longe da completude, porque o que consegui está tão longe do que sonhei.
beijinho!
Caro Jorge
ResponderEliminarBela sequência de Pensamentos, para se meditar a toda a hora.
Abraços
SOL
http://acordarsonhando.blogspot.com/
sol da esteva,
Eliminarpercebo este epíteto ao ler as tuas simpáticas palavras. um muito obrigado.
abraço!
Belos pensamentos, brilhantes como sempre, Jorge!
ResponderEliminarGrande poeta!
Abraço e muito sucesso!
evandro, caro amigo,
Eliminaré sempre um gosto sentir-te por cá.
um abração!
Olá, Jorge, como vais?
ResponderEliminarVida sem reflexão não é vida, é existência.
Encontrar novos significados e reconceituarmos coisas e valores faz parte de nossa insaciável natureza humana.
É bom estar de volta na blogosfera e rever as belíssimas palavras de meus amigos blogueiros.
Abraço e bom fim de semana, Jorge.
viva, jacques,
Eliminarque maravilha ter-te de volta. a inteligência e a ironia da tua escrita são iguarias finíssimas para o espírito.
um abraço!
"vi[r]-ver" a roda gigante
ResponderEliminarno instante parada lá no alto
sorriso dilatado,
de olhar a beleza de vocês.
beijo
vi[r]-ver toda a imobilidade da roda que nos segura e retém; ao seu lado, as asas aproximam-nos de oceanos e olhares. e assim nos acontecemos.
Eliminarbeijinho, dani!
Cada frase, cada uma com sua própria essência.
ResponderEliminarE a nudez é algo que desvendamos,que pode ser o corpo, ou também a alma.As flores murcham, como o passado ficado para trás,esquecido no tempo que passou.Adorei todas as frases.
No deserto árido,o vento soprava ruidosamente sobre a areia que ia em direção as dunas,e no deserto frio os ursos buscavam seu alimento para hibernar no inverno.Nem no deseto de areia e nem de gelo, o homem não está só,pois ele tem o espetáculo da natureza.Nati
Um Feliz Sábado e Luz no seu caminhar.Beijos
nati,
Eliminara nudez sobre o tempo liberta as candeias com que acendemos a vida em conjunção com a escrita. e sim, é verdade, jamais estaremos sós.
beijinho!
Todas as suas colocações demonstram, mais uma vez, suas perspicácia, talento e sensibilidade. RASTOS foi a que mais encontrou resposta no meu coração. Cada uma dela traduz verdades que, na maioria das vezes, não paramos para observar, salvo quando um grande poeta às traz à colação.
ResponderEliminarBjs.
marilene,
Eliminarpalavras de sabor recortado sobre palatos que as não merecem, enquanto o meu [a]braço as toca.
um beijinho em agradecimento vivo!
como adorei estas etiquetas ao som melancólico de nina simone!
ResponderEliminara fotografia, leva-nos num voo rasante às emoções que moram nas tuas palavras.
beijinhos, querido amigo!
tuas palavras junto da janela, sentindo acordes, traços e tons, enquanto as palavras respiram.
Eliminarbeijinho, querida andy!
há segredos que não desvendamos, há palavras que nos habitam antes de existir, há silêncios que caem como chuva e há um passado que é presente e nos compõem em segredo nas sombras. e quem consegue captar e cooptar à vida suas impressões é quem nos ajuda a desvendá-la. tu consegues.
ResponderEliminarabranço grande, jorge.
a nudez é a expressão máxima das minhas sensações quando expostas às tuas palavras-leitura, meu querido amigo.
Eliminarum forte abraço!
Sensibilidade à flor da pele, habilidade com as palavras, sexto sentido para decifrar a realidade.
ResponderEliminarNada mais é necessário para fazer boa poesia.
Abraço grande.
é, sim, dade: ter olhos capazes, olhos que saibam ler reescrevendo as palavras, reinaugurando a voz, reinventando a poesia... e a vida. os teus.
Eliminarbeijo grande!
Há nisto tudo tanto de talento como de beleza.
ResponderEliminar"o [desa]linho da vida:
ser fósforo e lixa em combustão lenta
nos invernos de rosto magro"
Adoro, quando as palavras me prendem assim, e me fazem rodeá-las de perguntas e me surpreendem com a justeza das respostas!...
Um beijo
Obrigada
...
Eliminarposso apenas suspirar diante do bailado das tuas palavras, lídia?...
beijinho!
Boa noite!
ResponderEliminaro passado sempre estará
dentro de nós e murcharemos ele eu .
maravilhoso!
o passado redescobre-nos todos os trilhos do presente e cada suspiro do futuro. assim é o tempo: cada um de nós como os pulsos da clepsidra.
Eliminarbeijinho!
Love me, cause my love is like the wind ...
ResponderEliminarEscolha magnífica da diva Nina Simone.
Obrigada por este momento l i n d o!
retive "entre o corpo e a palavra
habita tudo o que não esqueceremos." por alguma razão!
beijo
"wild is the wind" não é apenas uma música; é uma sensação do outro mundo, amiga fernanda. e é-o, seja na voz de david bowie, na de cat power ou, talvez em conjugação ainda mais absoluta, na da imortal nina simone.
Eliminarbeijinho!
Com saudades da nudez das tuas palavras, amigo!
ResponderEliminar"rastos" simplesmente genial.
Os teus versos pertencem ao mundo.
Beijo
sandra,
Eliminarsaudades de ti neste hiato que nem todas as palavras preenchem.
beijinho feliz pelo reencontro!
...retive-me aqui já por duas vezes esquecendo-me das horas...
ResponderEliminara tua inspiração é surreal Poeta!
parabéns igualmente à tua amiga. Consultei o seu blogue e escreve com beleza d'alma. Gosto disso!
Abraço-te
assíria, minha querida poeta[isa] que inunda sem alagar,
Eliminara escrita da laura é como ela mesma: flui com as sombras brancas da tinta da vida.
beijinho!
p.s. acreditas que ainda não consegui encontrar-te no "palavras nossas", vol. I? o que estará a escapar-me?...
Meu Querido Poeta
ResponderEliminarJulgo que te esteja a escapar o facto de procurares o pseudónimo Assíria e os poemas efectivamente não estarem assinados por ela, mas sim, pelo meu nome de baptismo ;)
Concentra-te nas pag.42 a 51
na pag.46 encontra-se o poema Medusa com a introdução de um comentário teu no meu blogue.
beijinho daqui até aí...
ups. e tão lógico, afinal :)
Eliminarvou ler com todo o gosto.
beijinho!
Quantos segredos
ResponderEliminarem desalinho
queimam na lentidão
se solitários,
tatuados no silêncio
nem corpos nem palavras
perdidos na memória
flores que se apagam
Jorgíssimo, nem sei o que comentar, mas vou dizer a Laura
O ego fala mais alto
e ele nem sabe
a marca que deixou?
bjs desta aprendiz
querida elisa,
Eliminarsegredos e silêncios são a parte mais sensível da nossa pele, a primeira a queimar ao sol, a primeira a ganhar sede, a primeira a aprender a linguagem daqueles que se nos fazem papiro e poema, a primeira...
beijinho grande!
Palavras borbulhantes,em metamorfose,como seu talento,constante e inteligente.Abraço de leitor.:-BYJOTAN.
ResponderEliminarbyjotan,
Eliminar"borbulhantes, em metamorfose" - são mesmo assim, as palavras, verdade? mas eu apenas procurei escutá-las e deixar que, no seu sussurro, se alinhassem, alinhando-me com o seu bailado. estou convencido de que essa é a verdadeira essência da poesia.
um abraço!
Gostei de todas as etiquetas, mas a primeira me fez refletir um pouco mais. E não é pura verdade? Desvendam-nos mesmo. Ledo engano pensarmos o contrário.
ResponderEliminarA fotografia veio como um belo complemento.
bjks JoicySorciere => Blog Umas e outras...
joicy,
Eliminaro jorge sousa braga, poeta que admiro profundamente, dizia que quanto mais se veste mais nu se sente... há tanto que nos expõe para lá daquilo que procuramos ocultar...
beijinho!
Meu querido amigo, Jorge,
ResponderEliminarHá muito o que se dizer/descobrir sobre a nossa unidade e perante a dos demais seres racionais.
E podemos nos fazer do passado, mas ele se modifica ao longo do tempo, perdendo a sua razão de ser, de estar... As flores vão murchar e o perfume poderá ou não permanecer.
Beijos,
Ana (Lúcia).
ana lúcia,
Eliminarpoucas palavras rimam melhor com o ser humano do que a palavra "metamorfose". e kafka levou esta associação ao expoente máximo.
beijinho!
As palavras já estavam prontas desde sempre, mas só mesmo um poeta, com a sua sensibilidade, poderia juntá-las dessa forma magnífica.
ResponderEliminarQueria escolher uma só etiqueta para levar comigo, mas, na dúvida, levo logo todas.
:)
Grande e afetuoso abraço.
Tenha uma semana bem linda e feliz
Cid@
minha querida amig@ cid@,
Eliminarcomo atrás dizia ao byjotan, as palavras sempre nos pré-existem; nós apenas procuramos escutá-las e deixar que, no seu sussurro, se alinhassem, alinhando-nos com o seu bailado.
beijinho e votos de uma excelente semana para ti também!
Mestre Jorge, a primeira foi matador "há segredos que não desvendamos; desvendam-nos." é interessante essa relação que temos com a vida, por mais que ela seja uma eterna colcha de mistérios, que por vezes são desvendados, também somos um mistério para ela, que também somos revelados. A frase é curta, porém profunda e reflexiva. Como vc consegue com poucas palavras nos levar a uma profunda reflexão Jorge, e a música da Nina é sensacional, ótima escolha.
ResponderEliminarAbração amigo.
Olá, amigo Jorge!
ResponderEliminarOs segredos da vida são inesgotáveis. Quanto mais se deslinda um tanto mais surgem outros.
Cada vocábulo conceituado por ti é luz e colorido magnífico.
Parabéns pela sagacidade!
Abraços do amigo de além-mar!
Ler para mim é uma viagem, Jorginho, onde sou uma chave em busca de um cofre e quando se encaixam abre-se um mundo novo e cheio de possibilidades.
ResponderEliminarTe ler é maravilhoso.Sempre.
Beijinho
Meu querido Poeta
ResponderEliminarEm cada vereda do teu poema...os clamores da vida em instantes eternizados no amor que se perdeu nas esquinas do tempo...no silêncio dos muros...na sombra da ilusão.
Como sempre...ler-te é divino.
Beijinho com carinho
Sonhadora
parece que o Almada está melhor
ResponderEliminaraté sexta
PIM
Jorge, querido PoetAmigo,
ResponderEliminarestou de volta, após pequena pausa e já com saudades de tudo e todos!
Etiquetas maravilhosas e linda e merecida dedicatória à Laurinha que é uma queridona que estou conhecendo aos poucos, mas gostando um tanto.
E a poesia dela é feita com letras cravadas a ferro e fogo, com sensação de plenitude e alívio na alma.
Admiro muito a pessoa e a Poesia LauraquelAlberto!
Grande beijo!
PS.: A 'London eye' é um dos meus sonhos de consumo como turista, mas com seus 135m de altura, e 30 minutos para dar volta completa..., meu medo de altura concede apenas o respeito:) Linda foto!
Nossa, Jorge!
ResponderEliminarComo esqueci de Nina Simone?
Apesar de que a versão da Wild is the wind com o "David Lee Jones" é a que mais escuto; a Nina é divina, pois.
Beijos
Tão lindo te ler ao som de Nina Simone.
ResponderEliminarAdoro, Nina Simone, Sinnerman é meu hino gerador de energia, dentre tantas dela que adoro.
Beijos!
Tuas etiquetas, querido Jorge, são um prazer à parte: cada uno integrando um todo, tal como um quebra-cabeças ainda inconcluso, cavidade ou vão, segredos são segredos, não há entrave entre eles; outros lados, os vestígios de pegadas são os rastros, roda ciclo na (in)completude do tema.
ResponderEliminaradoro as tuas etiquetas! acho que vou colá-las na minha parede...
ResponderEliminare acompanhadas por nina simone, é perfeição :)
beijinho, querido Jorge!