sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

do tempo, do espaço e das mãos que [n]os seguram


Foi para ti/ que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada/ e para ti foi tudo
Mia Couto, Para ti

alexandre parrot


o lugar é incerto mas foi nele que escavei o fogo.

tu eras névoa com sementes a treparem a pele
enquanto segredos escorriam pelas cerejas dos lábios
nesses dias em que pernoitavas em mim.
o tempo, o do corpo,
umas vezes nu com pássaros na espessura
outras trajando a luz que entrava pelo vidro
à procura de pedaços de céu
e agitações lunares.
e eu fui árvore mastro navegação
com as mãos a segurar o olhar
para não ver os silêncios que ardiam
para não ouvir as palavras que iludiam.

no quarto, a respiração dos invernos do corpo
sem peso sem forma sem textura
escondendo meias vidas
pressentindo todas as vidas
ali, aqui, em qualquer lugar.
nesse tempo não conheci calendários
despedi pontos cardeais
e os dias foram uma sucessão de ar
sem início e sem fim
como se as manhãs e as noites fossem um só corpo,
calçando almofadas sobre as lâminas da realidade.
e foi aí, no tempo incerto dos nossos lugares,
que os lábios foram lábios
que a pele se fez pele

e o sonho toda a linguagem que dispensa bocas para ser verdade.

red house painters, song for a blue guitar

50 comentários:

  1. tuas mãos seguram meu olhar num tempo que se desprende no espaço.

    " e o sonho toda a linguagem que dispensa bocas para ser verdade. "

    vai escrever bem assim lá no além mares...


    beijo, precioso!

    (confere teu email já-já)

    ResponderEliminar
  2. Imagens que transportam.Visitar o seu blog é como começar uma viagem em que as paisagens vão se apresentando e conduzindo. Sem tempo, espaço, mas sem jamais perder o extenso e quase concreto fio da poesia. Adorei!
    bjs

    www.manualdoinseguro.blogspot.com/Little fashion books

    Livro, o melhor presente. Livro personalizado, exclusivo.

    ResponderEliminar
  3. Este me soou tão suave... voz que embala pranto até que as lágrimas adormeçam serenas...

    Beijinho sempre carinhoso, meu amigo Jorge!

    ResponderEliminar
  4. lá onde o fogo está escavado, onde a linguagem dispensa bocas e as palavras telepáticas se desprendem, onde o tempo não se conta e não se altera; é lá que os sonhos são verdades. e onde se planta a verdadeira poesia da vida.

    tuas palavras sempre ecoam forte em mim.

    grande poema

    forte abraço, Jorge

    ResponderEliminar
  5. os lábios, em silêncio, revelam através do olhar a vontade do eterno e todas as sensações do sentir.

    lindo meu querido amigo!

    beijos

    ResponderEliminar
  6. Ah, esses amores que dispensam o calendário e os pontos cardeais...

    ResponderEliminar
  7. Querido PoetAmigo!
    Dei uma parada nos relatórios da minha empresa, para um cafezinho e passar por aqui para te avisar que retornarei com a calma que teu trabalho merece.
    A Poesia se eterniza além da métrica, espaço, tempo... Assim é o que fazes: a palavra que cumpre o sonho.

    E o sonho é a Poesia sem palavra alguma.

    Beijos!

    ResponderEliminar
  8. Quanto sentimento! Dentro ou fora do sonho, vivido e acalentado. O relógio do coração tem um modo especial de funcionamento E a visão pode até se tornar camuflada, porque a verdade se faz presente nesse sonho.

    Bjs.

    ResponderEliminar
  9. "...nesse tempo não conheci calendários
    despedi pontos cardeais
    e os dias foram uma sucessão de ar
    sem início e sem fim..."

    Jorginho, te ler é sempre "novo"...Cada poema mostra uma nova pele. Eu sei que é tu quem escreve, mas é sempre um Jorge que se renova. Enfim, um POETA, sim, dos melhores.
    Beijos,

    ResponderEliminar
  10. Boa noite, Jorge, poeta maravilhoso, e um amigo sempre carinhoso do qual não esqueço, e sinto saudades!
    Que poesia linda, igualmente o amor e a entrega.
    Uma sensualidade romântica e pacífica.
    Fiquei a imaginar os lábios que deveriam estar quentes de prazer!Rs!
    Belíssimo!
    Um beijo grande, e fique na paz!

    ResponderEliminar
  11. Maravilha Jorginho! Mais um belissimo poema carregado de emoção! Parabens amigão!

    Rapaz, estou lendo Eurico o presbítero que vc me indicou. Estou gostando mas achando difícil pelo vocabulário rebuscado, mas estou gostando!

    Um abração, fica com Deus!

    ResponderEliminar
  12. Bekíssimo, Jorge!

    Chorei como se tivesse vivendo dentro do poema. Pele e alma.

    Parabéns, poeta!

    Beijos

    Mirze

    ResponderEliminar
  13. Caro amigo Jorge,
    Rs. Parece até que andou lendo os meus pensamentos esses dias... Tem a ver com:
    "...e o sonho toda a linguagem que dispensa bocas para ser verdade."

    Gostaria imensamente de fazer uma parceria com você.

    Beijos,
    Ana Lúcia.

    ResponderEliminar
  14. o que dizer-te? diz-me, j.p.?o que dizer de tudo isto?
    às tantas já não me basta ler o virtual, mas ter o papel entre as mãos para poder passar os dedos por cada letra!!

    acreditas??

    um beijo, que ler-te é como entrar em qualquer coisa que me arranha e solta e eu finjo e finjo...

    ResponderEliminar
  15. perfeita a veia lírica deste poema: assim são, assim se cumprem os amores, eis tudo



    abraço

    ResponderEliminar
  16. Quanto não se sabe mais onde um ternina e o outro começa, quando, sendo-se par, se é cíclico.

    Tão elegantemente envolvente o teu escrito, querido Jorge, que toca fundo até no que se tenta pensar que não se sente.

    =)

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  17. Ó homem...excelente texto, lindas matáforas, expressivas imagens...sublime, sublime...
    Tens talento...tens "saber"...quantos livros já publicaste? A sério.
    Já o dise mas repito_ és um arista, um poeta de fazer inveja a muitos "ditos" poetas que por aí publicam seus escritos.
    Eu? Eu não me trevo...não "chego lá", a esse lugar exlusivo daqueles que têm O dom.
    Felicidades, meu Anjo, anível pessoal, profissional e literário.
    Imenso o beijo de carinho e admiração que aquoi deixo...

    ResponderEliminar
  18. O sonho se sobrepõe à realidade e o amor vive disso.

    Belo e bem realizado poema, Jorge.

    Beijo pra você.

    ResponderEliminar
  19. O que dizer de um texto desse Jorge, simplesment fantástico, belo, e até incompreensível para alguns incautos, kkk. Mas é essa emoção que vc destila em seus textos que dá o brilho final. Fim de ano chegando, a correria vazia que nos sufoca, mas é bom chegarmos a mais um fim de ano estressante nos deliciando com tuas poesias, e espero que os anos subsequentes sejam a mesma coisa, sim, por que infelizmente alguns blogueiros estão encerrando seus blogs, e este ano em minha blogosfera foram 5, e dos bons Jorge, por isso fiz um texto agora enfocando esse assunto.

    Que tenhas um fim de ano abençoado e inspirado. Deus te abençoe poeta.

    ResponderEliminar
  20. Jorgito, irritavelmente deslumbrante!!!!!!
    O poema caiu-me sobre o colo.
    beijo-te esse talento maior que é tua sensibilidade.
    Amei!

    ResponderEliminar
  21. "para não ver os silêncios que ardiam
    para não ouvir as palavras que iludiam."

    ...e o sonho....
    Porque,às vezes as palavras iludem, sim...demais...e os silêncios magoas, corroem...

    Admirável, Jorge, admirável....

    Um beijo e o desejo de TODAS as felicidades!!!

    ResponderEliminar
  22. Eu, que me assino falante, estou farta das bocas que não sabem dizer o silêncio, inclusive, a minha rsrs
    Por isso, devo estar assim, encantada, por você chamar pela linguagem que fale apenas o idioma da verdade.
    Belíssimo post. Eu ainda não entrei aqui no seu blog como deveria, ainda que a Tânia tenha tanto recomendado. Mas hei de entrar quando for a hora :)
    beijo
    BF (no momento abaixando o volume rs)

    ResponderEliminar
  23. Jorge, o escrito sangra. É vida a flor da pele. Bebo, embriago-me! Couto, para ti... em prantos por tamanha formosura.

    Abraços,
    Priscila Cáliga

    Feliz Natal e Ano Novo!

    ResponderEliminar
  24. Volto, e OBRIGADA. um presente e tanto!!! ingrata seria não dizer-te isto!!!

    voltando aqui ao teu poema, desejo que este faça parte de um livro futuro, e que possa recebê-lo assinado por ti e com dedicatória para esta ''miúda'' perdida numa galáxia sem nome, com um pé a pairar sobre o abismo!!

    sabes, dera eu ter a magia das tuas palavras... pois tens um fulgor na alma que trespassa as veias... esse misto de dor e prazer tão fundido e tão bem escrito deverá enervar certas gárgulas orgulhosas que não sabem chegar a esse dom. eu admiro-te, porque incendeias por vezes com a musicalidade das tuas letras e o que nelas transporta. és um poeta, e um dos últimos poetas destes tempos.

    Um beijo

    ResponderEliminar
  25. Estou a receber os seus comentários. Obrigada (:

    ResponderEliminar
  26. Um poema líquefeito na beleza de uma memória vestida de poesia na nudez pura do um poema.

    Gostei de ler e reler...

    Um beijo

    ResponderEliminar
  27. Jorge..... sempre que te visito fico encantada
    com a tua poesia.
    Te admiro pelo seu talento, pela sua humildade
    e pelo carinho que voce tem como todos.

    Obrigada pelo convivio, pelas sempre gentis visitas.

    UMA SEMANA DE PAZ A VC!!

    ResponderEliminar
  28. Jorge,

    há sim raízes finas, muito delicadas que nos sacodem, impregnam tanto ao externo com internamente, e que nos dá uma visão única e inesquecível do melhor. Nos lava e sangra de forma a não mudar somente nós, mas aos que nos rodeiam, e isso é um grande privilégio.

    Abraços vaso!

    p.s.: Venho lhe fazer um convite. Um escrito seu no meu jardim. Daria-me essa honra, privilégio?

    Priscila Cáliga

    ResponderEliminar
  29. Estava com saudade deste blog,
    e fico muito feliz de reencontrar textos maravilhosos!
    Grande beijo!

    ResponderEliminar
  30. Jorge querido poeta,
    mais uma leitura a um só fôlego..
    mais um prazer em pequenas doses de versos..
    quero te agradecer a companhia e carinho neste ano que finda..
    um beijo perfumado para um lindo Natal e que venha 2012! com muita inspiração..

    ResponderEliminar
  31. Querido Jorge
    Pudesse o poeta aquietar os mares...amainar as ondas...domar as tempestades...clarear as sombras...prender nas mãos a ternura...resgatar as memórias e reencontrar algures o tempo perdido...despir-se da alma e enfrentar a efemeridade...a sede de infinito...o poder do voo...os caminhos por dentro do tempo.

    Vou submersa na imensidão do teu poema e na intensidade das palavras.

    Deixo o meu carinho e um beijinho
    Sonhadora

    ResponderEliminar
  32. ah, esses tempos incertos, onde os lugares se fazem nossos...

    poema dos mais lindos, Jorge! Desses que eu leio e me tiram do mundo.

    Meu tão querido amigo, quero também agradecer por tua presença, não só o meu blog, mas na minha vida, neste tempo que passou. Tuas palavras sempre me alegram, tua poesia sempre me toca profundamente e tua presença sempre me traz conforto. És para mim aquele amigo dos mais queridos, que mora dentro do meu coração, apesar da distância, do pouco contato, tenho por ti afeto como a um irmão. E tens a preferência de ser o primeiro que chegou a mim :)
    então, querido, boas festas para ti e para os teus, que venham tempos de mais harmonia e luz ao mundo e de muitas coisas boas a serem vividas por nós.

    beijinho em seu coração!

    ResponderEliminar
  33. Bom dia Jorge...
    Hoje...teria aulas às 09h! ( e tenho)...
    Mas...como, depois de 28 anos de serviço, paira a possível ida para o estrangeiro dar as minhas aulas...apetece-me ficar em casa!!!! No quente da lareira, lendo meus "velhos" livros...meus fieis amigos....

    Que me deixem reformar!!! PLEASE!!!!
    Tivesse eu outra idade...mas não tenho... Tenho esta mesma!!! tenho artroses...síndrome de pernas inquietas, perturbações do sono...já não tenho fôlego para ir em descoberta de novas culturas...IRRA!
    ESTOU DANADA, Jorge!

    Dei tudo à Escola...(inclusivamente fui adiando um programa de inseminação artificial para não faltar às aulas do meu 12º ano e, ano após ano....deixei-me chegar a uma idade em que já não é seguro, nem viável conceber)!
    Não tenho filhos, os meus "meninos" são os meus "miúdos"! E agora isto!!!
    ESTOU DESOLADA!

    (apetece-me dizer uma asneira...mas não me fica bem, não é?...)

    Bj
    BShell

    ResponderEliminar
  34. Mia Couto, permites-me...?

    "para ti criei todas as palavras
    e todas me faltaram
    no minuto em que talhei
    o sabor do sempre"

    "... arrancado à pele..." e depois de ler-te, arde na pele.
    e porque serão sempre os lugares incertos que nos alucinam?
    ... volto atrás e (re)(re)leio...

    não me ocorrem outras palavras senão as tuas:
    "e os dias foram uma sucessão de ar
    sem início e sem fim
    como se as manhãs e as noites fossem um só corpo,
    calçando almofadas sobre as lâminas da realidade.
    e foi aí, no tempo incerto dos nossos lugares,
    que os lábios foram lábios
    que a pele se fez pele

    e o sonho toda a linguagem que dispensa bocas para ser verdade."

    és o poema, encanto!
    beijo.

    ResponderEliminar
  35. Jorge, querido PoetAmigo!

    Com algumas nuvens construímos um Céu absoluto, uma chuva, ou mesmo pedaços de algodão que podem ser cortados com uma faca.
    Em um pequeno quarto, esses sonhos morrem por claustrofobia.
    Uma só mão não consegue segurá-los além-tempo, nem alcançar névoas ou abrir escotilhas.
    Não cumpre-se na unidade.
    Precisamos de muitas nuvens para uma única chuva, e dos respingos para beber da vida antes que ela aconteça.

    Beijos!

    PS.: Um ou dois dias e concluo o trabalho mais intenso por aqui, mas não consegui ficar mais uma madrugada sem vir aqui no Viagens.

    ResponderEliminar
  36. Jorge,
    lembrei-me de uma curiosidade:
    Mia Couto foi premiado (creio que em 2007), na "Jornada Nacional de Literatura" - um evento que tem se projetado aos poucos, também no cenário internacional, na área literária, e que acontece em Passo Fundo, a maior cidade aqui do noroeste do Rio Grande do Sul.
    Infelizmente esta cidade ainda é mais conhecida por ter sido citada no filme "Sinais", Signs - de M. Night. S... - esqueci o sobrenome - (EUA -... acho que de 2002), com Mel Gibson, quando do aparecimento de um ET numa festa de aniversário (segundo afirmam moradores, inclusive uma amiga minha, caso verídico e registrado!). :)
    Recordas deste filme?

    Beijinho!

    ResponderEliminar
  37. Oi Jorge!
    Sabe, vc disse uma verdade..é curioso qiue o primeiro classico da Disney tenha sido justamente Branca de Neve. Sabmeos que Walt Disney e sua equipe inicial eram muito obcecados em colocar referências subtendidas em suas obras. Vejamos o clássico Fantasia. A maçã desde os contos dos Irmãos Griim possui esse simbolismo que, certamente, não foi coincidência. Lembro que em Nárnia no primeiro livro existe realmente uma árvore com o fruto proibido e os primeiros humanos que para Nárnia vão se tornam praticamente Adão e Eva.
    Séri oque sua filha se vestiu de Branca de Neve? Me mostre uma foto! Iria adorar colocar na sessão, se vc permitisse!
    bjs

    ResponderEliminar
  38. Tua escrita rica em detalhes e de poesia aflorada, encanta sempre!
    Obrigada pro participar do meu blog também e me prestigiar com seu olhar e comentários!
    Aproveitando...um natal de harmonia e luz pro seu coração e seu lar!

    ResponderEliminar
  39. Jorge, querido Amigo, as tuas palavras tocam-me sempre muito, envolvem e transportam sentires e sonhares.

    Obrigada pelo teu carinho deixado durante todo este ano no Oceano.

    Desejo-te um Feliz Natal e um Excelente Ano Novo.
    beijinhos
    oa.s [cecilia]

    ResponderEliminar
  40. Sonhar é apenas sonhar, amar é realizar o sonho... poesia inteligente... não sei comentar direito este tipo de texto, mas sei perceber quando me encanto!

    ResponderEliminar
  41. Jorgíssimo
    Fico fascinada pelos seus textos as suas metáforas com as imagens.E a minha alma pede:
    O que ele diz é mais profundo, entenda e aprecie mais a beleza de sua erudição.
    Que bom que nesse tempo não conheceste o calendário e não despediste dos pontos cardeais, porque foi aí de além-mar que pude perceber que o mundo não mede distância para navegar e me deliciar na busca da mais linda poesia.

    UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.
    bjs

    ResponderEliminar
  42. Soltas
    minhas asas todas
    aguçados todos os sentidos
    nesse viagem

    E o tempo?
    É esse - preciso
    do teu poema!

    Lindo demais, Jorge!

    Beijos pra ti!

    ResponderEliminar
  43. Eu, que gosto tanto das palavras, não consigo pensar em nenhuma digna desse.
    Nenhum adjetivo é suficiente...

    Então, deixo apenas, meu carinho e votos de boas festas.
    Bj

    Rossana

    ResponderEliminar
  44. Nossa, Jorge, o poema é de um fôlego só.Tem que ser lido num só sopro pra que não falte o ar...porque ele há de faltar com a tua poesia.

    ResponderEliminar
  45. Oi meu querido amigo Jorge, de além mar...,

    Um Natal renovador e um Ano Vindouro promissor, são os meus votos para você e os seus.

    Que em 2012 os nossos laços de amizade fiquem mais estreitos.

    Um abraço e um beijo,
    Ana Lúcia.

    ResponderEliminar
  46. Desejo um Feliz Natal e um ano Novo cheio de Saúde e Paz.

    ResponderEliminar
  47. Saudações
    És brilhante com as palavras nobre Lord Jorge
    Achei vosso blog só hoje e estou seguindo
    para não perder mais tempo!...rs

    Quando puder visite-me
    --> silenceshadows.blogspot.com
    e assim matermos contato!

    desde já lhe desejo BOAS FESTAS
    e um FELIZ ANO NOVO!

    até breve!

    ResponderEliminar
  48. altamente viajante esta imagem, a mão a querer tocar a luz se esgueirando qual aranha pela parede, mas o invólucro queima a palma nua, e quantas imagens podemos fazer com as mãos nas sombras.

    que lindo deste comentário do Celso
    "Celso Mendes disse...
    lá onde o fogo está escavado, onde a linguagem dispensa bocas e as palavras telepáticas se desprendem, onde o tempo não se conta e não se altera; é lá que os sonhos são verdades. e onde se planta a verdadeira poesia da vida.

    tuas palavras sempre ecoam forte em mim.

    grande poema"

    com certeza é isto

    beijinhos, querido poeta

    ResponderEliminar