kristin linder
maltratámos as palavras com rugas
embrulhadas nas raízes
das nossas bocas
e o verso foi cedendo ao metal líquido da forja
entre o ventre do vulcão e o fogo.
nem os pardais de beira-costa
escaparam à sua pólvora:
afogaram o mar
esqueceram o olhar
e depuseram as asas aos pés de um sono antigo
como se a morte fosse a resposta
para todas as perguntas que não soubemos formular.
estremece-nos nos pés o rugido da lava
na composição do poema-mar.
ah, ao lixo com as palavras mal-ditas
que as asas dos pássaros acordaram
[os olhos querem-se cegos na liberdade do voo]
e a morte é o orgasmo da alma
na nova alvorada dos sentidos.
finas, metálicas, insidiosas:
para que servem as palavras
se há tão pouco a dizer?
por outros encantos & jorge pimenta
björk & thom yorke, i’ve seen it all
escrever contigo é como viajar por um mundo maravilhoso, encanto de poeta :)
ResponderEliminarobrigada :)
beijo.
que dizer eu, encanto de amiga? afinal, mesmo maltratando as palavras, há sempre tanto a dizer!? :)
ResponderEliminarbeijinho!
Maltratadas ou não, dão sentido à existência. E não há assim tão pouco a dizer... Bem pelo contrário! :)
ResponderEliminarBeijos aos dois!
Cristina.
cristina,
ResponderEliminarse ouvisse um jornalista dizer o contrário é que ficava surpreendido, hihihi!
beijos, amiga!
Mágico e lindo. Aplausos.
ResponderEliminarUm grande bj querida amiga
Um título sugestivo e uma explosão de sensações durante a leitura...
ResponderEliminarA indagação final me deixou a remoer uma resposta: ...porque há almas sedentas de sentido.
Sob essas influências animadoras, o desejo de uma parceria contigo aumenta... = )
Beijinho iluminado e um tranquilo fim de semana, alado amigo!
esse pouco sempre vem e nos surpreende..
ResponderEliminarna agonia do querer ser vulcão para cuspir toda o que nos vai por dentro..
um beijo carinhoso aos dois que tanto me fazem ver e crer que sempre teremos muito a dizer..
Amigo Jorge Pimenta!
ResponderEliminarSeus poemas são sempre muito filosóficos mas que se erguém e nos acalentam a vida!
Adoro!!!
Um grande abraço e bom fim de semana!
a magia reside nas palavras que por aqui depões em cada visita, gisa.
ResponderEliminarbeijos!
aninha-de-luz,
ResponderEliminarno pouco a dizer há tanto por acontecer...
uma parceria contigo? o privilégio é inteiramente meu. a considerar num futuro próximo.
beijo grande!
ingrid, querida alma sensível,
ResponderEliminaré mesmo assim com as palavras: mesmo que malditas e maldizentes, sempre chegam e nos transformam...
beijinho com ternura!
caro josé,
ResponderEliminara poesia é a feiticeira de orientação indefinida. nas suas artes imprevisíveis, há sempre, todavia, uma certeza de que nos arrebata e define. por isso todos nós, que nos reunimos em seu torno, a maldizemos e bem-aventuramos simultaneamente.
um abraço, amigo conimbricense de coração encarnado!
mãos parceiras que arrebatam, e eu o quê dizer?
ResponderEliminarparabéns,
abraços
Isto é que é poesia...
ResponderEliminarnada digas, querido amigo. afinal, há sempre tão pouco a dizer...
ResponderEliminarum abraço sentido, assis!
eheheh. Para que fique registado, o uso das palavras no Jornalismo é bem mais complicado do que parece. Admito que, neste caso, sejam, talvez, demasiado maltratadas. Basta pensar nas limitações em termos de espaço... Mas só para começar.
ResponderEliminarBeijos,
Cristina.
raquel,
ResponderEliminarque dizer eu, senão "isto é que é simpatia" :)
obrigado pelas palavras-estímulo que aqui nos deixas.
um beijinho!
hum, isso será uma indirecta aos constrangimentos de espaço impostos para tratamento de dados em torno das redes sociais no despertar 64? :)
ResponderEliminarnão duvido das duas coisas que dizes: que o uso das palavras, em jornalismo, é bem menos redondo do que possa pensar-se, mas também não é menos justo dizer-se que há tantos atropelos ao dizer [entenda-se "verdade"] no nosso jornalismo, hoje...
beijo, amiga jornalista-poeta!
Jorgito, meu doce amigo!
ResponderEliminarDiante das tuas palavras ditas ou não fico a imaginar o que seria das mãos se fossem mudas, pois meus olhos alimentam-se dos versos que escorrem das suas, tanto em gritos quanto em silêncios.
Essas suas parcerias sempre somam!
Bj imenso e lindo fds
:)) Era lá eu capaz de dizer ou sequer pensar isso?!... eheheh. Fossem todas as limitações como as d'O Despertar e tudo seria bem mais fácil. A sério!
ResponderEliminarQuanto ao resto, disse, há uns tempos, o meu professor de Ética e Deontologia da Comunicação qualquer coisa como: «Um dos sectores onde a crise é particularmente visível é o da informação». Subscrevo, infelizmente.
Beijos!
ira, queridíssima amiga,
ResponderEliminara loucura do ventre fértil mantém uma conexão invisível com as mãos e os olhos. é nesse pequeno nervo com a forma de pirâmide, perfeitamente invisível ao olhar amestrado do mais afoito dos clínicos, que depositamos o que não ousamos dizer por palavras e o que não nos atrevemos a silenciar por entre as ondas do silêncio. há quem diga que é aí, nesse éden primordial, que germina a poesia. eu não sei, mas adivinho...
beijinho, doce amiga!
Mãos mágicas as que escrevem assim. tanto para dizer e sem palavras.
ResponderEliminarBeijos para os dois.
cristina, não duvido.
ResponderEliminarnão há coincidências: o primado da máquina, a era das tecnologias para a informação e comunicação, os gadgets, o afã informacional, o incremento na formação média dos cidadãos e consequente voragem pela informação faz desta uma verdadeira empresa, mais do que necessidade. inevitavelmente, com custos na qualidade. se não há notícia, fabrica-se.
haja jovens bem formados, com princípios que os mantenham acima dos lobbies para pôr termo à crise de que fala, em tom de protesto, o teu professor. conheço pelo menos uma :)
beijinho, amiga!
sandra, querida amiga,
ResponderEliminaro milagre das mãos escapa sempre à lógica dos homens e à perícia dos deuses. por isso a poesia nos toca tão profundamente: permanece inteira, sem mácula. porque é, ainda, um processo de manufactura artesanal sem a ingerência dos que possam poluir.
beijinho!
Vamos lá ver se o senhor vai ter, no futuro, orgulho de algum dos actuais alunos... [ai, ai...]
ResponderEliminarUm beijo! :)
não duvido :)
ResponderEliminarbeijo!
Olá, Jorge,
ResponderEliminarmalditas ou benditas as palavras nas bocas nos papéis nos gestos que nos levam a elas
letras que se unem e que nos servem à tradução dos sentidos, mesmo quando não há o que dizer, ou que escrever, ou que expressar através das imagens, e que criam lá no fundo uma profusão delas que vão se ajuntando e dando forma, ainda que fiquem lá neste profundo.
forte a parceria de você com outros encantos
e a fotografia é de admirar
grande abraço a vocês
Querido amigo Jorge,
ResponderEliminarÉ bom sabermos que não estamos limitados às palavras. Podemos ser interpretados até de costas, apenas pela pose. Quão ricos somos nas expressões, embora, nem sempre compreendidos ou, ainda assim, interessantes. Salve o amor correspondido, em que basta um olhar...
Beijos e bom domingo,
Ana (Lúcia).
mesmo sendo cruéis, imperfeitas e tantas vezes incapazes, são as palavras o verdadeiro filtro que separa o homem das suas sombras mais profundas.
ResponderEliminarum beijinho, vais!
sempre especial a tua visita!
Compartilhei no facebook...Ando sem palavras, mas sentindo do que falando, mas, sim, esplêndida parceria, o máximo de poema: é pra que muitos o leiam...
ResponderEliminarBeijos e parabéns aos dois...
Jorgito!
ResponderEliminarVoltei pois esqueci de dizer-te, a foto nova esta absolutamente Casablanca! Faltou apenas de fundo, um piano e As time goes by.
Bj
querida ana lúcia,
ResponderEliminartocas, com o teu comentário, uma dimensão-chave deste dizer dual: há tanto para lá das palavras, do mesmo modo que se esconde tanto para cá dos silêncios. todo o homem é a expressão de si mesmo, aquela que o enforma, mesmo que sem gramática.
beijinho agradecendo e retribuindo os votos de bom fim-de-semana!
taninha,
ResponderEliminarque pena tenho eu de não ter facebook [tenho uma amiga que diz que ainda vivo no período jurássico, hihihi].
já tinha saudades de te ter por cá.
beijo grande!
Há palavras que dedilham, que sopram, que aromatizam... As boas são assim, e se encaixam bem até nos momentos que não há nada a dizer.
ResponderEliminarBeijos.
play it again, sam :)
ResponderEliminarao fundo, doce amiga, pianíssimo, apenas o deslizar leve [e breve] das notas do rio minho no beijo derradeiro com o atlântico.
beijinho, doce ira!
p.s. hum, casablanca é a preto e branco, verdade? [hehehe]
verdade, larinha, mas mesmo essas, no seu rosto de menina de bibe com tez branca e maçãs rosadas escondem, por vezes, o hálito metálico com gumes de sangue. há tempos em que as não consigo distinguir...
ResponderEliminarbeijos!
Outro Encantos e Jorge.
ResponderEliminarAs palavras têm asas.
E quem dúvida que os homens também não as têm?
Parabéns! Conseguiram surpreendente maltratar de palavras!!!
Abraços aos dois.
Existem encontros que tomam proporções gigantescas fora e dentro da gente. Quando Outros Encantos e Jorge Pimenta se unem há uma explosão diferenciada em suavidade e beleza. E se esse encontro for envolvido cuidadosamente por outros tantos encontros, como Thom Yorke e Björk, Kristin Linder e o casal, mais branco-e-preto, a força é exponencial. Eis um lindo convite para parar diante das estradas antes já vistas. De castigo a premio há mortes necessárias, há vida urgindo acordar. Preferi não colorir a foto, já que tem imprescindíveis nuances, quem colore é o momento; mas não consegui não dar movimento a ela e ao poema e suas múltiplas imagens num livre trânsito de espaço de construção e desconstrução, em intenção e gesto. Mergulhar com o poema leva-nos dos pés à cabeça, lava-nos, vertem inverso e trazem-nos à tona. Dobro os joelhos em estado de graça e volto a cuidar do jardim.
ResponderEliminarOlá Jorge tudo bem?
ResponderEliminarConheci seu blog através do blog da Cissa que é uma amiga muito legal e de bom gosto né? Porque indicar seu blog pra gente foi uma atitude muito legal que ela fez.
Gostei do texto, é daqueles tipos de texto que estão fora de moda hoje em dia, bem escrito, com palavras escolhidas a dedo e com muita sutileza e inspiração. Obrigado por compartilhá-lo conosco!
Depois visita meu blog pra conhecer!
Um abraço!
há tão pouco a dizer e tanto a sentir... e quem usa assim tão bem as palavras causa impacto sempre. silencio-me diante dessas poucas palavras, cada uma com o peso de um poema incrustado.
ResponderEliminarmais uma grande parceria.
abraços!
quando não há o que dizer mas a alma quer dizer...saem expressões e mesmo que maltrate as palavras - talvez liberte algo no homem. (acho, sei lá) Genial o poema!
ResponderEliminarbeijos
Haverá pouco a dizer, talvez, mas o poema revela-se (metal,lava, pólvora...) nas palavras. Sem elas como acender a voz?
ResponderEliminarUm beijo
querida cecília de-todo-o-mar,
ResponderEliminaras palavras têm asas, mas se nuns casos são como o éter, noutros são de cera ou chumbo. exactamente na justa medida dos lábios parturientes.
beijinho, amiga!
querida rejane,
ResponderEliminarcada verso toca o seu inverso, porque em todas as maleitas do homem a inquietação e o desejo de serenidade se degladiam com armas brancas, as mesmas que cortaram o caule da inocência às flores que vivem na boca dos poetas. já só pétalas de cálice mutilado mantêm o sorriso pálido à espera que os inversos toquem de novo os versos, assim projectando cada céu sobre a terra dos homens. e tudo se tornaria possível; até a vida que acorda em urgência depois da morte indispensável.
rejane, as tuas interpretações são sempre mundos novos, como aqueles que as naus quinhentistas desenharam sob o aerógrafo da sua proa. grato por isso.
um beijinho navegável!
o pouco que dizes,e dizes como um ser galopante cheio de fúria e em estado de graça,lança-me pólvoras ateadas em fogo rubro do mais puro carvão selvagem.deixa-me completamente despida de pesares e é como se tudo que eu pudesse dizer se resumisse em ânsias de algo tão profundo,que é uma primícia de toda verdade que existe em mim. você tem me causado isso no pouco que li nos seus últimos posts e eu não sei se temo ou se me alegro.
ResponderEliminarandré, viva!
ResponderEliminara cissa [cecília] é uma pessoa especialíssima que a blogosfera trouxe até nós. como me congratulo com isso! arguta e com um olhar que chega sempre para lá do imediato, a cecília tem-nos envolvido numa trama [agora internacional] que confere à narrativa novos padrões de criatividade. há sempre um artifício novo que engenhosamente vai urdindo, assim nos agarrando cada vez mais na história do par xerife/brad. a passagem do final da história do condomínio, no brasil, para a nova versão de "onde está wally", na sequela romântica de xerife/brad, é genial. novos artifícios narrativos de uma inteligência de escrita rara: o cruzamento da realidade argentina com a sua própria realidade [por ocasião de uma visita que ela mesma efectuou até lá] e o envolvimento de alguns dos seus amigos e seguidores na trama. exemplar, verdade?
a propósito, gostei de te ter visto em buenos aires, junto ao hard rock café. :)
agradeço-te a visita e as palavras encorajadoras, andré. retribuirei com o maior gosto.
um forte abraço!
amigo celso,
ResponderEliminarpara além de poeta de finíssimo traço, és um cavalheiro sem igual. agradeço-te a simpatia das palavras em meu nome próprio e em nome de outros encantos.
forte abraço, amigo-poeta!
querida luíza,
ResponderEliminaradorei o teu comentário. aquele "sei lá" titubeante, quase tímido, diz tudo acerca da hermenêutica em poesia: tudo o que sabemos se constrói muito mais pela lógica dos sentidos do que pela da razão.
um abraço, amiga!
anseio pelo tempo em que o olhar substitua a boca,
ResponderEliminardesespero pelo momento em que o mel da íris amoleça o icebergue das palavras.
beijinho, lídia!
mesmo o homem mais feliz tem de temer e de ousar. do equilíbrio entre aquilo que persegue e o que o persegue nasce a sua maioridade. talvez a poesia seja o encontro do metal fundente com a pele nívea em acasalamento fecundo.
ResponderEliminarbeijinho, querida jenny!
Palavras (que tanto amo) induzem-nos a ilusão de que a tensão possa ser findar, e assim, faltaria a falta. Eis o perigo - enquanto se vive é impossível atingir um prazer total, seria a morte.
ResponderEliminarUm escrito a quatro mãos incrível e surpreendente!
Carinhos e beijos, belo Jorge.
Se há tão pouco a dizer, amigo, não sei... Apenas sei que disse o necessário para que pudéssemos gozar do prazer da NAU de sonhos que limitou, aqui, entre a vida e a morte!!!
ResponderEliminarAbração, amigo do além-mar!!!!
Realmente ENCANTADOR! :)
ResponderEliminarMais uma dupla que promete!
Parabéns aos dois.
Jorge, você gosta de desafio?
Respondi a um, e está lá no mosaicos.
Ficou em aberto para quem quiser entrar na brincadeira.
Tenha um lindo e iluminado domingo.
Baccio para você e a OutrosEncantos,
Cid@
*Tinha postado um comentário anterior a esse, mas deu "pala" no computador, e fiquei sem saber se entrou...
Estava com saudades de suas palavras, meus dias sem ter o que dizer me tirou ate gosto por ler. mais volto e aos poucos recupero o que perdir..
ResponderEliminarbjs Insana
Já tinha lido este excelente poema no blog da tua parceira poética.
ResponderEliminarMas uma nova leitura deixou-me igualmente encantado.
Parabéns a ambos.
Caro amigo, bom Domingo.
Abraço.
PS: há muita gente com dificuldade em comentar neste tipo de comentários.
Eu só o consegui porque tens a opção do Nome/URL. De contrário, passava ao lado.
O que te aconselho é mudares de tipo (para janela pop-up, por exemplo). Tens 3 ou 4 opções nas Definições/Comentários.
Suas palavras são sempre maravilhosas...
ResponderEliminarNão podemos deixar as palavras mal-ditas criarem raízes em nossa boca...
Ótimo domingo
querida lívia,
ResponderEliminarprocurar a redenção pela palavra é um desígnio que alimenta e destrói simultaneamente. ainda assim, como nos afectos e nas relações humanas, o envolvimento com as palavras é a mais segura das imperfeitas inevitabilidades dos homens.
um beijinho, doce amiga!
dilso, camarada-amigo de além-atlântico,
ResponderEliminarhá tão pouco a dizer porque os sonhos verbais esbarram nos adamastores da viagem. ainda assim, há silêncios que germinam nas impressões digitais da verdade.
um abraço!
amig@ cid@,
ResponderEliminara tua visita é sempre tão refrescante!
ainda não tive a oportunidade de visitar os blogues dos meus amigos; fa-lo-ei com a brevidade possível e estarei, com toda a certeza, atentíssimo ao desafio que aí deixas repousar.
até breve, querida amig@!
insana,
ResponderEliminarhá momentos de turbilhão criativo que tantas vezes se sucedem a desertos de escrita. ai, as palavras: saibamos apaziguar esses caprichosos animais que, mais do que serem escritos, nos escrevem.
beijinho e bom regresso! é um gosto ter-te de novo por aqui.
nison,
ResponderEliminarsempre gentil nas tuas incursões nestas viagens. obrigado!
um abraço!
p.s. confesso que sou um analfabeto tecnológico e receio bem não estar à altura da sugestão para minorar falhas nos comentários que aqui me deixas. vou tentar. agradecimento renovado!
"Não podemos deixar as palavras mal-ditas criarem raízes em nossa boca..."
ResponderEliminarpor isso escrevemos, mesmo que amaldiçoando as palavras.
beijinho, parole!
Jorge e por outros encantos, parafraseando Jácomo: E sentar-me-ei à beira da praia dos vossos olhos, incontáveis vezes, perto ou longe de ti, só pra apreciar de novo, os apertos adocicados na alma por tanto mexer que provocas, e faz do meu íntimo - intimidade respirar macio [metamorfado].
ResponderEliminarAbraços
Priscila Cáliga
Simplesmente arrebatador!
ResponderEliminarParabéns aos dois.
Beijos
oa.s
Jorge, a propósito, a imagem está deslumbrante. Se eu não tivesse optado pelo ramo da docência, com o foco no AEE, com certeza, teria adentrado na dança. Sou apaixonada!
ResponderEliminarAbraços
Priscila Cáliga
As palavras são como as pessoas. Têm que ser bem tratadas caso contrário morrem na boca de quem as maltrata. Lindo o teu poema amigo. Beijos com carinho
ResponderEliminarQuerido Poeta
ResponderEliminarAs palavras são ténues linhas...desenhadas no vazio de todas as memórias...são passageiras clandestinas...entram no poema como quem entra em casa...inventam-se nos dedos do poeta...são as esquinas do tempo...são prostitutas que nunca adormecem...são a saliva dos corpos desencontrados...são os segredos da noite...são as vozes desvastadas pelo silêncio esperando que a angustia as encontre.
Entre uma e outra palavra...calam-se as vozes...emudecem as rimas...esvaziam-se as mãos..esvai-se o sonho...entre uma e outra palavra...ficam as perguntas sem resposta...e as rosas partem do nosso olhar.
Hoje é um "Encanto" duplicado...duas almas em perfeita sintonia...e como sempre, consegues com a leitura dos teus poemas...desatar-me a língua.
Deixo um beijinho e um carinho
Sonhadora
Mais um belíssimo texto, Jorge. E lembrei-me de uma conterrânea tua que adoro, Inês Pedrosa: "Dizes que tentar dizer tudo é estragar tudo. Tens razão." Ainda assim, qual a outra saída a não ser tentar dizer? Não tudo, mas o que for possível ser dito.
ResponderEliminarE como eu, ao contrário de ti, nunca respondo aos comentários lá no blog respondo-te aqui que também acho o José Luís Peixoto um autor sublime, e senti inveja-boa dos teus livros dele autografados! :)
Um beijo!
a palavra encanta, a palavra te muda, a palavra te acalenta, a palavra te fere.
ResponderEliminarpalavra dita não se volta atrás...
Você não maltrata as palavras. Você lhes dá vida. E com maestria.
ResponderEliminarBjs.
Há talvez muito a dizer, Jorge. Talvez um infinito de palavras, talvez poemas guardados, toda beleza e toda a tragédia da vida, antes que acabe.
ResponderEliminarAbraço amigo.
vim te ver, para que as palavras não morram no olhar, essas malvadas...:))
ResponderEliminarbeijinho meu, encanto de amigo.:))
E se não houvesse as palavras?
ResponderEliminarEscreveriamos sons e o mundo seria uma eterna sinfonia...Já pensou nisso?
beijos achocolatados meu poeta preferido.
querida priscila,
ResponderEliminarsó agora me imponho, por não mais de 30 minutos, a uma semana que, como o adivinhado, se desenha castradora nos desejos e nas acções. e disponho-os para começar a replicar aos comentários sempre muito queridos de um grupo que sinto como cada vez mais próximo de mim e das emoções vozeadas. ironia: afinal, mesmo malditas e mal-ditas, é nas palavras que fazemos assentar tudo o que nos aproxima. e, particularmente no que nos toca, a ti e a mim, é a palavra que, com todo o manto de contradições e matizes, nos celebra amigos.
obrigado!
um beijinho nas pontas dos pés!
o.a.s.,
ResponderEliminaragradeço-te a força do adjectivo [e de arrebatamentos sabes tu como ninguém, ou não tivesses a força e a nobreza do oceano] em meu nome próprio e em nome de outros encantos. obrigado!
beijos!
p.s. não tenho conseguido retribuir as visitas que carinhosamente me têm feito. espero, dentro em breve, apaziguar o monstro da falta de tempo.
"têm que ser bem tratadas [as palavras] caso contrário morrem na boca de quem as maltrata"
ResponderEliminar... e nós morremos com elas, verdade, rosa branca?
grato pela tua visita. há olores que nos perfumam a pele!
beijo!
querida sonhadora,
ResponderEliminaro lirismo escorre-te pelos dedos e e respira-te a alma. admirável a forma como te projectas nas palavras, ora em saltos altos, ora em pé raso.
um beijinho imenso!
carina,
ResponderEliminarsabes que o josé luís peixoto acaba de aceitar uma entrevista exclusiva para o jornal escolar da escola e que eu próprio dirijo? acedeu após convite de uma colega, amiga e também poeta, a laura alberto. já no ano passado esteve cá, à conversa com alunos e professores. memorável.
sabes o que mais me impressiona nele? a singeleza lírica no trato que encaixa na perfeição no lirismo profundo de todas as suas criações.
um beijinho e todas as palavras que não conseguimos dizer e que intencionalmente deixamos abafar na humidade baça do peito!
"a palavra encanta, a palavra te muda, a palavra te acalenta, a palavra te fere.
ResponderEliminarpalavra dita não se volta atrás..."
sonhemo-la, pois.
um beijo, amiga de cabelos longos!
esse é o grande desafio de quem ousa escrever, marilene,
ResponderEliminarpor vezes sente-se como aquele jardineiro que trata as palavras com ternura bíblica apenas recebendo hostilidade. são ingratas, frias e calculistas as palavras, querida amiga, mas... quem lhes resiste?
um beijinho e mil silêncios!
há tanto a dizer que a sensação é a de que quanto mais dizemos mais fica por dizer. nesse sentido, fracassamos, querida dade, nós e as palavras...
ResponderEliminarbeijinho com amizade! é sempre um gosto único ter-te por cá.
querida amiga de tantos encantos,
ResponderEliminaresta semana são as palavras que morrem no olhar e o olhar que se perde na ausência. há momentos em que tudo o que desejamos e gostamos de fazer fica refém da materialidade que nos suistenta, verdade? mas, lá como diz o outro: i'll be back :)
beijinho e um agradecimento pelo teu carinho mesmo quando ausente! são assim os amigos encantados e de encantar :)
"e se não houvesse as palavras? escreveriamos sons e o mundo seria uma eterna sinfonia..."
ResponderEliminaramiga doce,
a ideia não é isenta de poesia: à revelia do verbo, apenas a pauta entoada por vozes da não materialidade. quem sabe, no dia em que o chocolate não for calórico emagrecer e curar diabetes :)
beijinho e chocolate [em consumo moderado, hehe].
Ah...palavras tratadas por excelência do absolutamente necessário para exercitar a pele dos nossos sentidos!!
ResponderEliminarParabéns aos dois Poetas!
Sublime!
Um beijinho
da
Assiria
Jorge, o clipe anexado a essa postagem sempre causa-me arrepios diante da majestade do enredo do filme do qual essa trilha faz parte, ler as palavras que compõe o todo, só me faz ter certeza da dúvida constante: O que seriamos nós - humanos -, sem a linguagem (palavras escritas, cantadas, desenhadas e afins)...
ResponderEliminarJorge mais um lindo poema onde as palavras dita num grito mudo. Que bom seria se pudéssemos escrever com sons pra entoar esse poema.Parabéns Um abraço!
ResponderEliminarGosto deste envolvente quatro mãos que acariciam-se em palavras e os versos, ao contrário do escrito, muito dizem.
ResponderEliminarParabéns aos dois.
Abraço
Desorientou-me completamente.
ResponderEliminarGostaria de publicar essa poesia na próxima edição da revista perspectivas. Seria possível?
meu email meninanosotao@gmail.com.
bacio
O que dizer diante de tudo o que já foi dito? para que palavras? perfeito. parabéns aos dois.
ResponderEliminarAbraços
menina do sótão,
ResponderEliminara voragem com que esta semana me tem engolido não me permite mais do que passar na esquina do blogue para espreitar de longe. não consegui replicar a ninguém e muito menos visitar os portos dos meus amigos bloggers [felizmente, hoje já é quinta-feira :)]. porque me interpelas directamente, não poderia deixar de vir aqui para te dizer que tenho o maior gosto [acredito que outros encantos também] que dispares estes texto na tua revista; acrescento que o privilégio é nosso.
um beijo sem pólvora!
Querido amigo JorgeJorge, meu querido amigo
ResponderEliminarFaz tempo que vinha tentando postar aqui um comentário, sem sucesso: nenhuma possibilidade era aberta para mim.
Aliás, também com relação a outros blogs, como do Paulo Jorge, por exemplo.
Agora, pelo jeito que vi , parece-me que o problema está solucionada: vi uma janela a me pedir nome e URL...
Vamos ver...
Bem, nem é preciso dizer que encantei-me com mais estes lindíssimos versos...
Sempre uma benção ler os seus escritos!
Abraço bem apertado da
Zélia
Caro amigo, como já li e comentei, desejo-te "apenas" um bom fim de semana.
ResponderEliminarAbraço.
onde você anda, encanto de moço?!
ResponderEliminarsente-se a tua falta por aqui :((
pois..., eu sei... lamurias de gente mal habituada ;))
beijinho meu.
Jorge.. gosto da maneira como escreves, do algo oculto nas entrelinhas..
ResponderEliminarMas confesso..que vc me d'a um pouco de trabalho..rsrs
Me faz pensar...
As palavras malditas muitas vezes fazem-se nescessarias....
para chocar ou para encantar..
Seus versos me encantam..
Bj
Ma Ferreia
jorgíssimo,
ResponderEliminarpra quem servem as palavras?
pra me costurarem o corpo?
pra libertarem de minha propria maldição?
pra arrancarem um grito de gol (golo!) como se extraísse de mim um dente do siso? (esse dente se grafará assim)
as palavras servem, no nosso caso, pra semear carinho, irmandade, e explicar o inexplicável.
então, so me resta afirmar pro mundo que na foto do seu avatar voce está mais galante que alain delon, nos seus melhores dias...
está uma espécie de joaquim de almeida nortenho, um ator de fotonovelas (rapaz, as pessoas mais bonitas do mundo, na minha memória, habitaram as fotonovelas que eu lia, no que crescia... veio pouco depois do cinema mudo, de carlitos...rs)
pergunta: deixar meu abraço e carinho será chover no molhado?
tempesto-me!
beijão do seu amigo ausente (mas que nao se esquece dos verdadeiros amigos)
esse relapso de todos os dias, o
roberto.
Que poema maravilhoso, Jorge!
ResponderEliminar"como se a morte fosse a respostapara todas as perguntas que não soubemos formular."
E a morte aparece como um remédio, um veneno, para acabar com todas as angústias, os medos, porque não aguenta-se mais essa vida de pesar e dor. Só que a vida é combate... Já dizem aqui no Brasil... E todo o combate é tenso, fere, desanima, causa desespero...
'finas, metálicas, insidiosas:para que servem as palavras se há tão pouco a dizer?'
Parece com uma situação pela qual tenho passado... Não adianta declamar William Blake, ou Keats e muito menos Shaskepeare, para alguém que não quer conversar... Ou, se eu fosse mais feliz nessa situação, seria como Mario Quintana (grande poeta brasileiro, que amo!) - Amor - Quando o silêncio a dois torna-se cômodo.
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
c., querida amiga brasileira em viena,
ResponderEliminaros blogues têm andado meio desorientados, mesmo; toda a gente tem tido umas quantas experiências difíceis na tentativa de contacto com este ou aquele blogue, mas aos poucos creio que os problemas têm vindo a ser solucionados. digamos que se tratou assim como que de uma espécie de motim electrónico perpetrado pelas palavras que quiseram mostrar-nos que sabem dizer mesmo no silêncio dos dedos.
depois de uma semana que nem tempo me deixou para replicar aos amigos no meu blogue e tão pouco deliciar-me com visitas aos seus, espero poder regressar, se bem que ainda algo condicionado. a ver vamos.
agradeço-te a presença e a simpatia, ambas marcas a que nos vens habituando :)!
beijinho!
querida amiga assíria,
ResponderEliminartenho um gosto imenso em sentir todos os meus amigos por cá [do mesmo modo que adoro senti-los nos seus próprios espaços], mas confesso que a tua presença me rasga invariavelmente sorrisos. desde logo, pelo modo sempre subtil e semioticamente aberto com que sempre deixas a tua marca; depois, porque significa que os problemas com o blogger estão totalmente resolvidos e ultrapassados. fico duplamente feliz!
beijinho, esperando a brevíssimo prazo encontrar forma de iludir cronos e poder acenar-te no teu rio de caudal interminável, mesmo que sem margens!
keila,
ResponderEliminara música de thom yorke e de björ são sempre valiosas mas quando em conjunto temos um verdadeiro acontecimento.
o que seria de nós sem a linguagem? querida amiga, nós somos a linguagem e como nós mesmos, por momentos, perdemos o sentido de direcção, que dizer do farol verbal que nos guia? inevitabilidades, verdade?
beijinho!
querida smareis,
ResponderEliminaros gritos mudos e os silêncios vozeados são a expressão de maturidade da linguagem e daquele que se enforma a partir dela.
beijinho!
verdade paulo,
ResponderEliminarpor vezes a negação é a melhor forma de afirmação.
abraço!
triste flor,
ResponderEliminarna sua relação com o que vive dentro e fora de si, o homem rejeita e aceita, num processo de avanços e recuos que o conduzem à [possível] definição do eu. assim é com as palavras, que ora magoam, ora sorriem.
um beijinho com as pétalas dos sentidos!
amiga zélia,
ResponderEliminarque bom ter-te por cá. é verdade, tem havido desencontros e adiamentos entre blogues e pessoas que se querem bem, pois a máquina tem sempre os seus caprichos. aos poucos vão sendo solucionados os problemas, significando isso que com a complacência do tempo vamos conseguindo recuperar as presenças que respiram para lá da materialidade. é o caso da tua, que estimo e admiro desde há muito tempo. obrigado!
beijinho!
p.s. o tempo não tem sido muito condescendente comigo, ultimamente. tenciono, aos poucos, passar à porta de tantos que sigo com interesse e atenção especial. ad litteram será porto de abrigo dentro em muito breve.
amigo nilson,
ResponderEliminargentil e cavalheiro sempre és. ao teu abraço respondo com igual fórmula: um forte abraço para ti!
p.s. lamentavelmente, afazeres vários têm-me impedido de viajar pelos meus portos de abrigo. estarei junto à tua escrita sempre tão sensível e estimulante dentro em breve.
amiga-de-tantos-encantos,
ResponderEliminarnão são lamúrias; são palavras de coral sobre oceanos que parecem adormecidos. mas não estão, doce amiga; apenas se degladiam com a voz de diferentes pontos cardeais que bradam de promontórios longínquos, adiando o que não deve ser adiado. mas a geografia [como o tempo] é mesmo assim: geradora de incompatibilidades; é que nem com as mais recentes soluções tecnológicas conseguimos ocupar mais do que um lugar ao mesmo tempo.
beijinho com a certeza de que a todos quero muito e que de todos tenho imensas saudades!
querida amiga ma,
ResponderEliminaras palavras são apenas o peito de onde germinam. lá não cabe mais nada senão o mundo, agitando cores, separando formas, atiçando aromas, rejeitando paladares. por isso, todas elas [como bem dizes] se fazem necessárias na sua tempestade existencial: as abençoadas tal como as malditas.
beijinho!
Oi Jorge!!
ResponderEliminarDessa vez, para tão somente lhe desejar um bom início de semana. Completando que morte possa ser presságio de renovação. Portanto, eternas palavras...
Beijos,
Um adento.
ResponderEliminarOu melhor: que as palavras sejam sempre ditas, mesmo que morram.
Beijos,
Perdão, adendo...
ResponderEliminaro lirismo começa pelo título percorre todo o corpo do poema e penetra na alma.
ResponderEliminarma-ra-vi-lho-so!!!
beijos na dupla dinâmica.
(saudade de ti, jorgíssimo)
palavras maltratadas são sempre as que possuem mais significado, do meu ponto de vista.
ResponderEliminarAcho teus escritos perfeitos achados.
Fico aqui, admirando-os.
beijo
@taataah__
Jorge alado, tuas palavras fazem falta!
ResponderEliminarBeijinho de saudade!
= )
Caminhando em trilha virtual cai feito Alice em teu mundo macio em palavras e pessoas que se fazem em poemas ao lhe dedicar afeto e apreço.
ResponderEliminarQue delícia encontrar um espaço onde se trocam
palavras
adoradas
palavras
por extensas vibrações de tudo e nada que se fazem em poesia.
Gostei...e volto.
beijos,
Cris
Para que restam as palavras quando existe o pouco dizer... Cala e sente!
ResponderEliminarBateu-me a saudade!!! Talvez a passagem seja a resposta... não será a morte um sonho, tal como a vida? o poema apenas um acordar momentâneo?
ResponderEliminarUm beijo enorme