fotografia de jorge pimenta
Ana Cecília Romeu & Jorge Pimenta
Colocou a mão sobre o pedaço de jornal rasgado pelo homem. Sentiu-se arranhada pela tinta negra que se afogava nas digitais. Arabescos gravados em fibras de algodão com aroma de doce caseiro. A retina colheu grifos desordenados no que restara do papel areia. Nele, uma breve notícia sobre o tempo. Nos escritos da mulher, os tempos de outrora.
são assim as viagens do corpo
em cada dia de amores tristes:
envelhecem retinas
em polaroids sem negativo,
algures nos recortes sépia das notícias
dos homens
dos jornais de vida
dos olhares pretéritos.
Fragmentos colados nos pulsos cantam como pássaro livre, mas ali, secos e inertes, no que se transformaram: pontos de tinta em papel.
sabem que um dia foram frutos da verdade
das suas meias mentiras
e dos segmentos de respiração
que aceleram o peito
e agitam alvoroços
no encontro das palavras com os dedos.
Notícias breves a saltar somente em sonhos.
um só homem,
uma só mulher,
e tantos tecidos por remendar
em linha cor de precipício
comprimento de vendaval
num único compasso de tempo
[não o que rasga nomes com a tinta dos dedos
mas o verdadeiro,
aquele que se confunde com a respiração],
o tempo que inventa o mecanismo perfeito do
silêncio:
desce pelas paredes
rebola pelo chão
penetra os objetos
engole conversas
engravida o ar
para, no olhar seguinte,
o coração ser apenas promessa:
talvez uma hora depois…
talvez depois do calendário…
talvez nunca mais…
Tempo instável com muita nebulosidade, previsão de chuvas para as próximas horas, temperatura máxima em torno de 15 graus, com mínimas de 8 graus à noite.
Colocou a mão sobre o pedaço de jornal rasgado pelo homem. Nele, uma breve notícia sobre o tempo. Nos escritos da mulher, os tempos de outrora.
Ana Cecília Romeu & Jorge Pimenta
Marisa Monte & Paulinho da Viola, Dança da Solidão
Jorge, querido PoetAmigo!
ResponderEliminarFoi uma grande honra para mim fazer esta parceria contigo.
Um desafio literário edificante.
A mesa está pronta, aguardando os convidados.
Sejam todos bem vindos!
Grande beijo, amigo!
Acabei de vir lá da Ana Cecília e vim dar os parabéns e dizer que adorei.
ResponderEliminarA foto também lindíssima, inspiradora!
abraços,chica
Eu acabei de ler este texto no blog da Cissa e vou usar as msmas palavras:
ResponderEliminar-Como um amor complicado e com "tantos remendos para fazer"...Simplismente incrivel, o texto faz viajar a uma época onde romance era romance algo que queimava o coração e levava a alma apaixonada a loucura...
Este poema é tdo de lindo e tdo que eu qria ler hj...Parabéns aos dois, juntos fizeram uma proeza: Tá ai o resultado! Inte
Simplesmente deslumbrante, meu querido Jorge!
ResponderEliminarO tempo, esse tal de tempo...
Tratado com maestria pelos dois!
Parabéns, Jorge amigo!
Parabéns,Ana Cecília!
Beijos carinhosos da
Zélia
Lindo demais, não podia ficar sem aparecer para prestigiar esse trabalho inédito: fruto de um desejo quase sexual entre a prosa e a poesia; "cria" da amizade e parceria entre uma publicitária/escritora/brasileira e de um poeta/professor/lusitano (ambos meus amigos). Ficou muito bom!
ResponderEliminarAbraços do amigo Dilso!
Deslumbrante meus queridos . Os dois se completam. Onde começa um e acaba o outro? Parabéns aos dois poetas que muito admiro. Beijos também aos dois com carinho
ResponderEliminarUma mulher desiludida... amor que vem e, principalmente, que vai. Notícias sobre o tempo ilustrando tudo. Perfeito! Inusitada parceria entre prosa e poesia, o que no meu entender, ficou ótima! Parabéns aos dois!
ResponderEliminarQuerido Jorge, a mesma coisa que eu disse no blog da Ana Cecília eu digo aqui...
ResponderEliminarReação após a leitura:
Aquele risinho de satisfação ao ler esses versos que explodem a literatura a cada expressão tão bem escrita e despejada como se fossem vestígios litúrgicos.
Um dia me disseram assim:
-Não gosto de ler poesias porque quase nunca entendo o que querem dizer.
Eu sorri e falei:
-Se você não entende, então sinta.
Eu sempre acreditei que ninguém escreve poesia para explicar cálculos matemáticos ou regras de português. Escreve-se poesia para tocar o âmago de quem a ler, para despertar uma lembrança antiga ou uma fantasia futura. Lê-se poesia para flutuar no tempo e nos espaços de si mesmo. Para exercer a imaginação e transformar detalhes em ondas frenéticas ao aventurar-se num mundo mágico que inventamos a cada verso lido.
Parabéns aos dois por terem provocado essa viagem nas linhas temporais, tão únicas e com sensações diferentes em cada um!
Beijos e que essa inspiração toda resulte em ótimas poesias e prosas ou na combinação das duas!
Meias mentiras contam histórias inteiras, histórias inteiras escondem meias mentiras e por aí vai essa confusão que geram as mãos sobre os jornais e sobre outras mãos.
ResponderEliminarA sua escrita guarda um certo segredo mas não se esconde. Gosto muito :)
beijos
"são assim as viagens do corpo",
ResponderEliminartantas são feitas através das palavras...
que conduíte poderoso é a poesia,hum!?
ótimas parcerias resultam em textos belíssimos...
beijinho sempre carinhoso, meu amigo!
"Querido Amigo Jorge!
ResponderEliminarPoema e Prosa....
Por si só esta combinação já encanta, principalmente sento voce e a Cissa os autores de
tão original proeza.
Um oceano, uma amizade.
Resultado? Este sentimento de orgulho e gratidão por ter tipo a oportunidade de acesso de tão belo trabalho!!!
Meu carinho e admiração aos dois.
Acredito que as pessoas em certos momentos de sensibilidade, conseguem transparecer em palavras coisa inexpressiveis para momentos comuns. Quando leio uma coisa que me toca profundamente, encontro uma paz,desmedida, infinita, que sempre me faz ler mais e mais até descobrir o valor das frases como um todo, como um texto. Uma parceria muito bem feita com otimos blogueiros não poderia atender tanto as expectativas. Parabens a Jorge Pimenta e Cissa por um texto tão sublime e cativante.
ResponderEliminarAbraços aos dois !
Bravíssimo, querido Jorge e Cissa!
ResponderEliminarPapel, tinta, separação... Tempos de outrora - aqueles momentos em que tudo era tão fresco e excitante como o 'receber do jornal matinal com cheiro de café'. Uma música? Manhattan Skyline do a-ha!
E esses amores que envelhecem, bem sei... E essas Polaroids da minha vida [mente] traem-me – não deveria haver negativo, mas eles estão lá... Sempre! Lembranças que poderia esquecer... Gostaria de ter essa câmera sem negativo e o olhar pretérito.
E essa estrofe cortante? Frutos da verdade de meias-mentiras... Essa parte doeu, pois as verdades doem, principalmente em forma de poesia...
E notícias sobre o tempo... O tempo de outrora... E, lendo esse belo texto, mesclado com ritmo e narrativa, gostaria que a minha história fosse ao menos assim - uma conto verdadeiro...
Fluiu como a água da chuva que encontra o rio.
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
Jorgíssimo
ResponderEliminarComo já disse à Cissa.Um casamento perfeito entre a prosa e o poema. Se já te admiro pelo seu grandioso talento, a de Cissa não fica para trás.
Parabéns pelo trabalho tão rico que em dupla sintonia foi capaz de surpreender o mundo virtual.
Beijos.
Olá amigo Jorge!
ResponderEliminarVim do blog da nossa amiga Cissa, mas o conheço de blog em blog, pois temos amigos comuns. Tua sageza é exaltada na blogosfera.
Aqui, no poema, a dupla aglutina os "eus líricos" e "poéticos" para engendrar essa obra de arte uníssona, numa simetria e similitude incrível e indelével.
Tu, mago das conotações e da poesia, e ela, a maestrina prosaica; componentes primordiais para a formação poética valorosa como a acima.
O poema, mesmo com aspecto formal livre e branco, brinda-nos com seu ritmo e logopeia, que fazem nosso intelecto dançar.
A linguagem poética brilha, sobretudo nas metáforas.
Cronos somos nós, autofágicos.
“O tempo não pára”,
É mui lamentável que
Ninguém o repara.
(Bento Sales)
Ambos estão de parabéns pelo magnífico trabalho.
Abraços para ti, amigo Jorge e para Cissa
do amigo de além-mar.
Caramba Cissa e Jorge! Que legal! Que texto maravilhoso. Puxa vocês capricharam... Ficou muito bom!
ResponderEliminarÉ como se o All Pacino fizesse um filme com a Julia Roberts! Ficou demais!
Parabens, tenho orgulho desses meus amigos!
Fiquem com Deus!
Um texto que impressiona pela beleza e pela perfeição.Parabéns aos poetas.
ResponderEliminaro tempo se anuncia, então é hora de colocá-lo em palavras ou entre, o exercício da sílaba assevera a frase, para o nunca mais há uma vereda sem fim
ResponderEliminarabraços
Rico poeta
ResponderEliminarComo disse na Cissa, não tenho palavras para demonstrar o quanto ficou belo o trabalho de vocês. Uniram suas perfeições individuais e aí está o resultado: encantamento. Ficou soberbo!
Parabéns!!!!
Bjs.
...Um só Homem
ResponderEliminarUma só Mulher
Poro com poro,
no poro do poro do poema...
Verdadeiramente deliciada :)
Parabéns aos dois Poetas
Beijinhos da Assiria
Um exercício infinito, a poesia. A dois então, mais riqueza, mais delícia, sensibilidade acrescida. Lindo, Cecília e Jorge. Parabéns a vocês.
ResponderEliminarBeijo beijo.
O tempo desbota tudo, sentimentos, emoções, saudades e tinta no papel...
ResponderEliminarAdorei o poema à dois corações, Jorge e Ciça! Prosa e versos!
"A retina colheu grifos desordenados no que restara do papel areia. Nele, uma breve notícia sobre o tempo...
em cada dia de amores tristes:
envelhecem retinas
algures nos recortes sépia das notícias
dos homens
dos jornais de vida
dos olhares pretéritos."
Parabéns aos dois.
Beijokas doces e um bom fim de semana.
Jorgito querido, a leitura me remeteu a uma frase mágica do Chico Buarque, num sambinha de doer, que diz: a dor da gente não sai no jornal!
ResponderEliminarTenho lido mt Pessoa (nunca me canso) e todas as idéias de amor, pq de todos os sentimentos, o amor é o que mais me descama, e nessa bela parceria o que mais me arranhou foi a certeza (minha) de que todo amor (no tempo) é, ou foi, ou será triste.
Belíssima Notícias do Tempo.
Maravilhosa canção (Mariza e Paulinho)
Bj imenso
Meu Deus! Que texto!!!
ResponderEliminarNão pude resistir a tamanha beleza e fiz me seguidora. Voltarei.
*http://oblogdasandracosta.blogspot.com/
Meus dois amigos queridos escrevendo juntinhos??
ResponderEliminarAí chega a ser covardia...nem sei o que dizer...
Ou melhor, sei sim: AMEI!!!
(E nem podia ser o contrário!)
Jorge, estou de volta, e morrendo de saudade de todos e de tudo!
:)
Quanto à foto, sei não, mas me deu muita vontade de sentar naquele banquinho. O lugar deve ser lindo!
Te desejo uma boa semana.
Grande e saudoso abraço,
Cid@
Amigo Jorge, gostei tanto da história que você me contou sobre a foto, que fui pesquisar. Eis o que encontrei:
ResponderEliminarA Capela de São Frutuoso ou Capela de São Frutuoso de Montélios, situada em S. Jerónimo de Real (Braga), é uma pequena capela datada da segunda metade do século VII, ou seja pré românica.
«Montélios» é a tradução de «Monte Pequeno». Nas «Inquirições» do rei D. Dinis esse local é chamado de «Montêlhos». Diversas doações do século IX e X, falam neste monte, as quais estão patentes no livro ’’Fidei’’.
Esta capela de traça Suevo-visigótica, parece ter sido inspirada nos Mausoléus bizantinos. O seu interior pode-se considerar como um exemplar único da Arquitectura da alta Idade Média Galaica.
Foi mandada edificar por São Frutuoso, bispo de Braga e de Dume e daí o seu nome actual. Inicialmente foi-lhe dado o nome de capela de São Salvador de Montélios.
Durante o século XVII, foi incorporada no Convento de São Francisco.
Esta capela foi classificada como Monumento Nacional (Decreto 33 587, DG 63, de 27 de Março de 1944).
Tenha um lindo domingo!
:)
Querido parceiro!
ResponderEliminarNossa amiga em comum, Cecília Vilas Boas (OAS), pediu-me para que me desse este recado para ti, que não estava conseguindo postar comentário aqui no Viagens, coisa que estava acontecendo quando tentava em outros blogs. Avisei-a que iria reproduzir o comentário dela que foi feito por lá, e aqui está. Beijinhos!
OCEANO AZUL SONHOS - Cecília Vilas Boas
Cecília/Jorge, que posso dizer? Excelente! Muitos parabéns a ambos, são duas pessoas que admiro muito neste mundo da escrita. É um previlégio poder dividir diariamente o meu tempo com almas como as vossas. A musica escolhida é linda. Um beijinho e um abraço do tamanho do mundo para os dois. cvb
Um espetáculo este texto em prosa e verso se harmonizando em uma cena poeticamente descrita na exatidão da intenção de cada palavra. Usarei duas estrofes de um poema de minha amiga e grande escritore Roberta Tostes, que li há pouco e achei que pode dialogar muito interessantemente com este texto:
ResponderEliminar"Do tempo, espero
A nudez de um corpo;
Transformado em espaço,
Um rosto.
.
.
.
Teu corpo ou tua casa
Mediriam os caminhos.
Morrer, à sombra da origem,
No teu lugar, todas as horas."
Texto completo em: http://sedemfrenteaomar.wordpress.com/
Abraços a ambos os autores!
Jorge, querido parceiro!
ResponderEliminarTemos recebido diversas manifestações de carinho, bem como impressões de nossa parceria literária, via facebook.
Alguns amigos que por ventura solicitarem e/ou autorizarem, estarei os postando aqui e acolá, pois creio, devam ser prestigiados. Beijinhos!
Gina Dantas Vieira, disse:
Encontrar uma parceria nas artes é encontrar um tesouro!
E só pode ser bem sucedida quando não há conflitos de egos, mas humildade e muito amor pelo que se cria!
Muito legal!
Querido parceiro!
ResponderEliminarOutra amiga minha de Lisboa,
a Mariazita,
não conseguiu postar comentário por aqui, o estou reproduzindo.
E deixo o link do blog dela: Casa da Mariquinhas com lírios de histórias -
http://acasadamariazita.blogspot.com/
Mariazita, disse:
Cecília querida Impecável, esta parceria. Se melhorasse... estragava :) Gostei muito, mesmo.
Vou passar lá no blog do Jorge, que não conheço. Que o ano continue benéfico. Até sempre. Bom domingo. Beijinhos
É muito massa quando acontecem esses "duetos" e a poesia mantém um padrão, uma coerência.
ResponderEliminarClaro que sempre ficam resquícios de um ou do outros. Mas toda a desenvoltura dessa poesia ficou realmente admirável.
Grande abraço.
----
Site Oficial: JimCarbonera.com
Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com
Que bom estar aqui de volta...
ResponderEliminarDe cara, vejo uma foto de um sentido metafórico, onde as marcas do tempo estão muito bem registradas. Acompanhando, um ótimo texto poético. Para completar, Marisa Monte e Paulinho da Viola, dois ícones da música brasileira e carioca.
Deseja a você,mesmo atrasado, um ótimo ano de 2012. Muita paz, saúde e sorrisos.
Grande abraço,
Roberto, Rio de Janeiro
Jorge,
ResponderEliminarmais uma amiga que não conseguiu postar comentário aqui, é a Lídia Borges, no que te reproduzo. Beijos!
O link dela é:
http://searasdeversos.blogspot.com/
Lídias Borges, disse:
Li o poema no blogue do Jorge, mas não consegui comentar. É um belo poema que prima pela coerência linguística, não havendo hiatos entre as palavras de um e de outro dos poetas. Um beijo
Olá, Jorge, como eu disse para a Cissa, adorei a parceria... lindo! O vídeo foi a cerejinha do bolo, fechando com chave de ouro com essa música que eu amoooooooo demais! Sou super fã da Marisa e nos tempos em que eu me pegava a cantar gostava de escolher canções dela. Também gosto muito do Paulinho da Viola e só posso dizer que esse dueto ficou perfeito, assim como também sua parceria com a Cecília. Parabéns aos dois... e obrigada por nos presentear com essa bela postagem!!! ;)
ResponderEliminarbjks JoicySorciere => Blog Umas e outras...
Bom dia, Jorge, amigo poeta. Apesar de eu não conhecer a poetisa com quem dividiu o poema, parabenizo aos dois, pois ficou muito profundo, pois o tempo passa, e as memórias ficam.
ResponderEliminarUm beijo na alma. Fiquem com Deus!
Jorge Pimenta, um abraço desse amigo leitor do blog da amiga Ana Cecília Romeu, HumorEmconto. Passo por aqui para fazer justiça ao seu belo trabalho nesse post ao lado da talentosa Cissa, como carinhosamente me refiro a ela. Disse no comentário que fiz no blog dela a respeito desse post o seguinte, que talento quando se juntam, o resultado é exageradamente belo. O texto de vocês é uma beleza e o talento de cada um somado é irresistivelmente admirável. Um grande abraço.
ResponderEliminarAna Cecília e meu querido amigo Jorge Pimenta,
ResponderEliminarMãos como as suas é que perpetuam as notícias...!! Lindo, perfeito.
Beijos,
Saudações, Jorge
ResponderEliminare vemos as notícias do tempo na fotografia, o banco de pedra que durará por muito ainda levando a assentar, pousar outras vidas e pelos musgos e matinhos, vidas dos pequenos seres
e mais uma das bonitas parcerias que você faz com a Ana Cecília
lendo vocês me vem sobre a durabilidade, o tempo de vida ou de existência que tudo tem, seja a vida pulsante ou das coisas materiais, é fatal.
beijos, querido Jorge pra você e Ana Cecília e parabéns pelas escolhas, Marisa Monte com sua belíssima voz e Paulinho da Viola nesta Dança, excelente, maravilhoso
hoje fui tocada sobremaneira pelos escritos teus e de Ana..
ResponderEliminar..."são assim as viagens do corpo
em cada dia de amores tristes:
envelhecem retinas..."
perfeito..sempre..
como sempre...
beijos de carinho aos dois..
Querido Jorge,
ResponderEliminarrecebemos um poema-presente,(via facebook), inspirado em nosso trabalho conjunto.
É de um amigo roqueiro, Wagner Anarca, hoje mora em Fort Lauderdale - EUA e também é escritor. Beijinhos!
Wagner Anarca escreveu:
o banco
da massa
que passa
o que laca
de longos encontros
segredos e monstros
viajando pelo tempo
cortando no peito
contando o que nao e numerico....
cimento cinzento
homem de ferro
boneca de plastico
banco de asssento
de amor pulsante
calado na ausencia
da mente
que sente
que mente
ausente
presente
no jardim da vida
nas rosas que assistem
momento de graca
pessoas que dizem
o banco da praca....
Meu querido Poeta
ResponderEliminarTempo que se foi sem ter ido...verdades guardadas...vontades escondidas...invernos e infernos onde os corpos são uma teia sonhos desfeitos presos nos gestos sem idade...nos retratos amarelecidos pela vida.
E... meu querido Jorge, um sublime dedilhar de emoções a duas almas.
Deixo um beijinho para os dois
Sonhadora
Olá, amigo Jorge!
ResponderEliminarQuero te agradecer pela visita e comentário inteligente no meu blogue.
Se tiveres um tempinho, peço-te, por favor, para dares um olhadinha em minha última publicação, pois fiz com exclusividade para os amigos lusitanos.
Abraços do novo amigo de além-mar.
Um prazer voltar e te ler de novo. Um acoplamento perfeito das musas.
ResponderEliminarGostei muito da foto. Sabes que eu tenho um problema psico-freudiano com as fotos dos bancos? :) Pode ser que elas sempre sugerem um momento de pausa ou de esperas.
Um abraço forte, querido amigo Jorge.
ps.Adoro essa musica!
olá Jorge,
ResponderEliminarsou amigo da Ana, ex-colega de artes plásticas da universidade federal daqui
disse para ela lá no humor em conto que a tua foto está muito boa, beleza,
as linhas descendentes convergem a um espaço escuro e vazio da foto
acho que reforça a ideia de melancolia que quiseram imprimir.
estão de parabéns
abs
E ha de ser assim, um amor adormecido que deixa os olhos tristes e o coração adoentado...
ResponderEliminarLindos versos os teus e da poetisa. Bjos aos dois
Jorge, Cissa..
ResponderEliminarMeuS caros amigos..
Voltei.
AMEI A IDÉIA DESTA POSTAGEM. A COMINAÇÃO DE ESTILO MARAVILHOSO.
MAS TEM ALGO POR TRAS DE TUDO ISSO. QUE SÃO OS AUTORES.
VOCE, CARO POETA E A CISSA, MINHA TALENTOSA AMIGA.
VOCES TEM O DOM DE ENCANTAR, PELO CARINHO E PELO TRATAR COM AS PESSOAS. SOU MUITO FELIZ EM TE-LOS POR PERTO.
COMO JA DISSE NO BLOG DA CISSA... MAR NENHUM SEPARA UMA AMIZADE.
MEU CARINHO OAOS DOIS!!
Uma parceria perfeita.
ResponderEliminarGostei imenso.
Beijinho
♥…
Maravilhosa parceria!
ResponderEliminarUma poema onde a palavra explode e deixa estilhaços na mente e no ar.
"engravida o ar
para, no olhar seguinte,
o coração ser apenas promessa:
talvez uma hora depois…
talvez depois do calendário…
talvez nunca mais"
Parabéns!
Beijos
Mirze
BRAVO! BRAVO! Lindo demais essa bela parceria, dos talentos incríveis se unindo na criação de um belo poema, e como é importante essas parceria, ajuda a fortalecer esse maravilhoso trabalho que estamos realizando aqui na internet, e espero que mais parcerias como essa se repitam, parabéns a você Jorge e Ana, vocês meecem todos os elogios.
ResponderEliminarp.s. Jorge, me desculpe pela demora em comentar, é que sofri um pequeno acidente de bicicleta e quebrei o braço esquerdo, por isso estou momentaneamente impossibilitado de digitar com as duas mãos, ah, aquela foto do circo Portugal foi no ano passado quando eles estiveram por aqui, foi muito divertido.
Abração pra ti amigo.
"...talvez uma hora depois…
ResponderEliminartalvez depois do calendário…
talvez nunca mais…"
talvez pelas 7, quem sabe, no tempo intermédio, entre a temperatura máxima e a mínima.
... e o banco de pedra perdido, entre as malvas, na beleza solitária do tempo, talvez uma hora depois...
... e o poema que as raízes ainda vivas escreveram... [para depois do calendário?!...]
... o som, da solidão, não, só a palavra de um nunca mais...
belissima esta tradução de almas a quatro mãos. num todo perfeito.
parabéns Cecília.
parabéns Jorge, encanto de amigo.
beijo.
Olá, Jorge.
ResponderEliminarQuando uma foto diz muito por si mesma como é o caso desta que centraliza um banco envelhecido, podemos fazer a leitura de múltiplas histórias. É, por ele mesmo, um poema e só ele pode saber dos segredos ali conversados; se houve muitos sorrisos, ou muitas lágrimas. Aparentemente está só, curtido pelo tempo, e quantas serão as tintas soltas nos dedos de tantos leitores de notícias e poemas que passaram por ali? Quem sabe?
Ah! Eis aqui um desses poemas, contados com intensidade de sentimento, revezados em prosas e versos, sobre um jornal que foi rasgado por alguém no tempo, mas a parte da história ficou preservada junto com a notícia da previsão do tempo.
Poema escrito belamente na parceria Ana Cecília Romeu & Jorge Pimenta.
Juntamente com a música de Marisa Monte e Paulinho da Viola, o trio: banco, poema e música levam-nos a tecer as tramas da solidão e desilusão.
Nós, aqui, apreciadores da postagem, sentimos sua força, e nos postamos em conjecturas, a fazer parte dela, colocando-nos como personagens, pois nossas vidas também são assim, com momentos de solidão e desilusão, em luta constante para superação disso tudo e não ficarmos sós, agarrando-nos apenas à parte feliz da vida. Dá até vontade de sentar naquele banco e conversar tanto como se fosse a própria história do poema de tão bem construído e verdadeiro ele é.
Parabéns, caro amigo!
Sua parceria com a Ana Cecília Romeu, da qual sou seguidor de seu blog Humoremconto, está uma pintura. Através dele venho aqui conhecer seu blog e constato que quem o faz é um poeta e igualmente a parceira do poema, tem um grande coração a conduzi-lo.
abs
Cecília e Jorge
ResponderEliminardois bonitos poetas
ao bailar na dança da solidão, e quem
saboreia os movimentos é o leitor.
Abraços
Parceria excelente ! Também com uma parceira destas como a Ana Cecilia Romeu ... Sucesso !!
ResponderEliminarRafael Mottola Rocha.
Quantos ingredientes maravilhosos nesse poster! Parceria com Ana Cecília Romeu, que sou seguidora, Marisa Monte (ADORO) e linda foto!!
ResponderEliminarPERFEITO!!PARABÉNS!!
Paz e Luz!!
Fala Jorge!
ResponderEliminarValeu pelo comentário lá no blog.
Se ainda tiver interesse, tenta novamente:
http://www.jimcarbonera.com/
O site estava passando por atualização antes.
Abração.
Olá Jorge
ResponderEliminarsou amiga da Cecília, me encantei com esta composição a quatro mãos de vocês, ficou realmente lindo o encontro da prosa com a poesia.
Na meteorologia da vida a instabilidade é a previsão.
Muito prazer em conhecer seu espaço Jorge.
Abraços
Linda poesia misturada com conto! Parabéns, filha! Parabéns ao poeta!
ResponderEliminarMeu querido amigo circum-viagem,
ResponderEliminaro e-mail não abre de jeito algum aqui. Ler seu livro em Dublin foi o melhor prazer das minhas férias e do meu aniversário. "Tu, do lado de fora (...) contagiante."
Obrigada por me proporcionar horas de simetria.
Sim, fiquei feliz ao ler o título "Saudade".
Um beijo e um abraço real.
http://www.youtube.com/watch?v=JZ7CjvayFss
Bom dia, amigo Jorge. A Cissa foi ao meu blog agradecer o comentário que deixei aqui para vocês, e está me seguindo. Contudo, eu não estou consrguindo entrar no blog dela.
ResponderEliminarAvise-a, por favor. Tentei diversas vezes!!!
Um grande beijo na alma, e fique na paz!
Jorge, meu querido amigo,
ResponderEliminarcuriosamente não estou conseguindo também entrar no blog da Patrícia Pinna. Deixo aqui uma mensagem a ela, caso leia.
Jorge, ainda hoje te envio notícias do tempo. Beijinho!
Patrícia,
também não estou conseguindo entrar no teu blog, embora tenha feito isso da outra vez...
Deve ser alguma coisa no "Doctor Blogger", mas te agradeço imensamente pela simpatia. Vou tentar mais algumas vezes, em algum momento consigo.
Gostei muito do teu espaço virtual, senti uma energia positiva por lá!
Beijos de luz!
tempos que se entrelaçam na sincronia dos corpos! Genial esse tempo escrito com verso. Beijos
ResponderEliminarAfinal conheço já o Jorge, mal mas sim, conheço o parceiro da Cissa.
ResponderEliminarParabéns e muito sucesso.
Beijo
Ná
Essa foto é impressionante né...se olhar meio que de relance, parece um trem em um caminho nas montanhas. Uma concepção maravilhosa do Senhor Jorge Pimenta, ainda com um texto de tirar o folego como esse...combo blogueiro emocionado !
ResponderEliminarFinalmente consegui entrar...
ResponderEliminarObrigada Cecília por deixar as minhas palavras...
Volto a dizer que vocês dois são excelentes, individualmente e/ou em parceria.
Beijos, queridos amigos.
cvb
Poderia ficar horas lendo e abstraindo nesta belissimas estrofes da nossa riquíssima e poéTica língua portuguesa. Perfeição.
ResponderEliminarPoderia ficar horas lendo e abstraindo na sonoridade e poesia desta parceria. Perfeição.
ResponderEliminarJorge, querido amigo!
ResponderEliminarFalhei em não te avisar que alguns amigos meus, que não são blogueiros, comentaram neste, no que te apresento de forma breve:
Aida Rodrigues (mami!), já avisada! :)
Edu Krindges - ex-colega de artes plásticas da Universidade Federal do RS (creio que não tenha blog)
Santiago Victorez - vizinho
Rafael Rocha - amigo, tem uma empresa na área de administração com site onde já publiquei artigos/crônicas na área de marketing e administração.
Deixo-te o link de um dos artigos, se tiveres tempo para ler:
http://horusconsultoria.com/index.php?option=com_content&view=article&id=46:o-melhor-piloto-sou-eu&catid=32:artigos&Itemid=37
Luciano Werhli, grande amigo pessoal, padrinho da minha Luíse. Fiz homenagem a ele lá no Humoremconto, com o título "Amizade Verdadeira".
Avisarei a todos eles de teus agradecimentos. Ainda estou emocionada com a repercussão de nossa parceria e muito feliz por isso!
Envio-te as previsões do tempo antes de segunda-feira, sem falta :)
Beijos
O encontro da escritora com o poeta traz a sensação de intensa magia. Fórmula perfeita que nos deixa com gostinho de "quero mais".
ResponderEliminarAguardamos ansiosamente por mais "frutos" destas almas poéticas.
Abraços e parabéns!!
Gotas de tinta como lágrimas anunciando ao coração que um grande amor, como nuvens que correm com o vento, acabou de passar...e resolveu por mais um instante, quem sabe, ficar. Gosto muito da forma como escreves e descreves, buscas na alma um suspiro de alívio do coração, trazendo à tona os verdadeiros sentimentos. Parabéns!!!
ResponderEliminar… é na poesia que o Poeta se descobre
ResponderEliminarsonha com um fim feliz à vista…
temporariamente essência,
temporariamente resposta
temporariamente pobre…
..e aí, ao canto da mesa
veste-se uma força …
Força inacessível
Estabelecida poro a poro
ternuras de sangue
nas nervuras da folha
lado a lado
Chorando e fazendo chorar
os ramos longos nos adeuses
do deuses dentro de dois túmulos
a dormir em silêncio
nas promessas desse lugar…
Beijos Poeta brilhante!
p.s levei-te a música...
Jorge, meu querido amigo!
ResponderEliminareste blogger está criando uma confusão atrás da outra...
... agora, uma amiga comum que tenho com o Dilso, do blog - Inutilidades Literárias e afins - do link:
http://inutilidadesliterariaseafins.blogspot.com/
Também não conseguiu publicar comentário aqui (mas talvez já tenha conseguido), caso sim , ignores esta. São dois comentários. Beijinhos!
Roseane Silva disse:
Foi muito inteligente a associação do jornal rasgado com o tempo. O objeto jornal, apesar de não ser comumente relacionado à temporalidade - pelo menos, no âmbito literário - tem muito a dizer sobre isso: é um objeto finito, que trás em si um emaranhado de histórias - do autor, do leitor, dos personagens que dele fazem parte, através das notícias publicadas. Uma série de tempos também estão nele implicados, portanto. A literatura nos abre enorme campo de possibilidades para expressar a mobilidade temporal, mas as imagens usadas para refletir sobre o tempo, muitas vezes, tornam-se clichês. Não é o caso do texto de vocês. Parabéns aos dois e abraços!
É preciso muita sensibilidade para, ao ver objetos triviais, ultrapassar seu sentido dado, indo além de sua significação banal. Quando se fala em tempo, o mais lógico seria pensarmos em objetos como um relógio, uma fotografia antiga, um objeto esquecido no fundo de um baú. Mas é só pela literatura que o sentido de tempo ultrapassa o clichê. Foi muito inteligente a associação feita entre um pedaço de jornal ao tempo, pois o jornal é um objeto finito, com prazo de validade curto, mas que carrega em si a história daqueles que o fizeram e que dele fizeram parte, como personagens das notícias. Há nesse texto histórias que se entrecruzam, temporalidades que se entrecruzam, assim como ocorre na vida - esse enorme mistério... Abraços Cissa!
... Jorge... nem eu sei se consegui publicar o comentário anterior, (dois comentários da amiga Roseane Silva)... que confusão! :)
ResponderEliminarUma última apresentação, (se não aparecer mais nenhum amigo), a Renata Lopes que comentou acima é simplesmente minha melhor amiga! :) Fiquei muito feliz que ela apareceu, também estava com dificuldades de comentar aqui, mas também por lá ...
e Ghershum (Gérson) é seu companheiro, tem um blog de poesias no link:
http://ghershum-poemas.blogspot.com/
Beijosss
Foi muito inteligente a associação do jornal rasgado com o tempo. O objeto jornal, apesar de não ser comumente relacionado à temporalidade - pelo menos, no âmbito literário - tem muito a dizer sobre isso: é um objeto finito, que trás em si um emaranhado de histórias - do autor, do leitor, dos personagens que dele fazem parte, através das notícias publicadas. Uma série de tempos também estão nele implicados, portanto. A literatura nos abre enorme campo de possibilidades para expressar a mobilidade temporal, mas as imagens usadas para refletir sobre o tempo, muitas vezes, tornam-se clichês. Não é o caso do texto de vocês. Parabéns aos dois e abraços!
ResponderEliminarOlá, caríssimo amigo Jorge.
ResponderEliminarA Ana me passou o link desse magistral (como não poderia ser de outra forma) poema criado por ambos.
O tempo é, de diversas maneiras, relativo, e temos a capacidade de distorcê-lo e moldá-lo de acordo com a situação em que nos encontramos.
Agradeço tua presença inteligente e crítica lá no RS.
Abraço, Jorge.
Jorge, vim te dizer que tua foto me inspirou! Acabei de publicar! Obrigado! abração,chica
ResponderEliminarhttp://cronicasdachica.blogspot.com.br/2012/05/revisitando.html