bill brandt
I. mil e uma íris para a contemplação da aurora
[dedicado ao poeta Assis de Freitas]
és tu a voz
de todos os animais-escravos
que respiram no interior das palavras.
entre ausências
sementes nos horizontes
e sílabas de urgências:
é sempre pelos dedos que costuras o coração.
II. imagens fixas: rostos e versos
debaixo das estrelas
III. poeta
olhos líquidos
incêndios mudos
e nas veias perdidas, já sem fôlego,
todos os poemas coagulados.
são assim os corpos à tona da morte.
IV. polos e extravios
seguro o teu olhar numa mão
e a tristeza na outra.
Todos são muito belos, contudo o quarto foi o melhor deles!
ResponderEliminarOlhares e tristezas...
Muita paz!
Assis merece! Poema que expressa o ser poeta, o ser Assis nas retinas maravilhosas de nada mais nada menos que Jorge! Grande!
ResponderEliminarQuatro quadros, uma pena, várias tintas, palavras (sempre as palavras) e uma mais do que merecida homenagem. Não há como destacar uma pérola sem que se desfaça o colar. Belíssimos, meu amigo.
ResponderEliminarGrande abraço!
"e nas veias perdidas, já sem fôlego,
ResponderEliminartodos os poemas coagulados."
poemas coagulados sempre à espera de uma sangria...
Belíssimas etiquetas, Jorge meu amigo!
Beijinho de fã!
Belíssimo poema Jorge!
ResponderEliminarFico aqui buscando o verso mais bonito...
Todos tão lindos!
Mas fico com estes: ("costurou" meu coração)
"entre ausências sementes nos horizontes e sílabas de urgências:é sempre pelos dedos que costuras o coração."
Beijos!
o II e o IV, fogo...
ResponderEliminarAbraço
LauraAlberto
Que lindos, Jorge!
ResponderEliminarE o último ainda me parece mais belo!
Assis é mesmo belo.
Bjos!
Só você conseguiria homenagear o poeta com tanta realeza.
ResponderEliminarBelo demais, Mas Assis merece TUDO!
Beijos
Mirze
Seguro teu olhar numa mão e a tristeza na outra...
ResponderEliminarÉ bem assim que ando.
Tudo aqui é tão lindo, tão forte.
Bjos achocolatados amigo e um ano novo pleno de coisas gostosas.
Jorge,
ResponderEliminarCada quadro uma forma linda de dizer coisas simples de forma tão lírica.
Homenagem maravilhosa e se o poeta Assis de Freitas escreve assim "é sempre pelos dedos que costuras o coração". Diria que pelos dedos você encanta-nos com os teus versos.
Beijokas doces e bom fim de semana!
Obrigada pelas palavras lindas e carinho tarsnportado em palavras...é bom tb vir aqui! bjs
ResponderEliminarJorge, querido PoetAmigo!
ResponderEliminarO homem é um ser em constante estado de Poesia.
Se observamos com cuidado, existe Poesia em praticamente tudo:
no prazer, na dor, até no café recém passado, que nos envolve com o aroma e o carinho azulado da fumaça feito guirlandas.
Mas SER Poeta é para poucos.
Para aqueles que comungam de seus escritos como quem dividisse uma taça de bom vinho, produzido, maturado e doado ao leitor, que completará com seu paladar: o estreito espaço entre as palavras e o coração.
Linda homenagem ao Assis.
De poeta para poeta, sublime!
Beijos!
Jorgíssimo
ResponderEliminarLinda homenagem
Dizer que gostei é muito pouco. Deliciei-me.
..É sempre pelos dedos que costura o coração
...porque a tinta marca mais o rosto do homem do que os contornos do poema. E seus poemas são dignos de uma edição de livros, muitos livros.
E Toranja eu não conhecia. Amei. Nas suas canções a suavidade melancólica da poesia
Beijussss
ainda estou banhado em espanto e sobressalto, as retinas pulsam ante as imagens e tomo-me de impulsos por essa sagração de palavras,
ResponderEliminarabraço desse amigo comovido
Belíssimo poema. Merecidíssima homenagem.
ResponderEliminarAbç fraterno.
Do simples mortal, que multipliquem-se as 1001 íris, para que a aurora (existente para contemplações) não se desmanche em saudade e morra nos dedos com articulações douradas.
ResponderEliminarJorgito, meu amigo dulcíssimo, sob todas as faces do poeta, essa, a da generosidade, sempre será sua assinatura.
Minha admiração, sempre, a tua poesia e tuas ofertas.
bj imenso
Jorge, meu querido amigo, grande poeta
ResponderEliminarEis aqui,de volta, a amiga a quem nunca falta desejo de visitar-te e comentar, mas que, em verdade, tem sido vítima deste cruel Blogger.
Hoje pedi a um técnico que mexesse, trocasse o provedor, investigasse virus,etc.
Parece que está dando certo...
Bem, difícil seria escolher um dos poemas,dedicados ao nosso querido Assis. Todos belíssimos!
Abraço bem forte da
Zélia
Em tempo: Que 2012 seja um ano excepcionalmente bom para ti, querido!
Mil e um laços de amizade coroados pelo poema.
ResponderEliminarMil e uma viagens de luz e sombra que a alma não é pequena.
Milhar de ternuras
beijinho de Feliz 2012!
:-)
Jorge, que lindo de vocês
ResponderEliminarmaravilha de poetas você e o Assis
moços que sabem tão bem compor, decompor e em palavras formarem versos carregados de imagens e sentidos que sempre tocam
parabéns e beijos para os dois!
que alegria retornar e me deparar com tuas etiquetas..
ResponderEliminare ainda homenageando nosso poeta amado..
íris de ver.. imagens ,rostos e versos..
de sentir tua sensibilidade e encantar-se..
saudades daqui e de ti..
beijos perfumados para um 2012 maravilhoso querido Jorge..
Jorge, sempre gosto tanto das tuas etiquetas...
ResponderEliminar"1001 íris" é perfeito, imenso como os dois poetas.
"polos e extravios" grudou em mim... (e se os olhos forem tristes?)
beijo imenso, amigo querido!
Jorginho meu amigo portuga! E aí tudo bem? Como passou o final de ano? Espero que muito feliz!
ResponderEliminarRapaz... Fiquei até sem palavras e sem fôlego! Mais um daqueles poemas dignos de muitas e muitas lidas!
Parabens!
"seguro o teu olhar numa mão e a tristeza na outra"
ResponderEliminarbelíssimo amigo, como sempre! :-)
beijinhos e saudades
p.s. entretanto o lua fez 3 anos, e prolongo até aqui o meu imenso obrigada por tudo!
Coração alinhavando coração - as mãos, meros instrumentos, teus, do Assis. Os versos, o poeta, líquidos incêndios em olhos mudos. Dono do tempo - em sol e chuva - íris arqueadas na busca por preciosidades. Vocês são assim, multicoloridos... por todas as cores, por afeto, por amar elo, apenas.
ResponderEliminarMas que bela etiqueta, Jorge, homenagem sensível e bonita! Deixo abração pros dois.
Fez uma bela homenagem, e está sempre a merecer afagos. Sensibilidade e talento nunca faltam nesse espaço, o que torna as visitas ocasiões especiais.
ResponderEliminarBjs.
Uma homenagem de poeta para poeta, não conheço o Assis de Freitas, mas com certeza ele deve ter ficado super emocionado com um poema de alto nível como esse, lindo e profundo como sempre Jorge, admiro a poesia, já tentei até enveredar por esta senda, mas confesso que é um terreno onde poucos privilegiados põem os pés, e você é um desses privilegiados, e o Assis também, claro. Parabéns por mais uma bela criação e um grande abraço pra ti.
ResponderEliminar..e debaixo dos poemas este mistério
ResponderEliminarPalavras idolatradas a desnorte das bocas
vividas na vontade gigantesca de dizer coisas…
Acrescentam-se então os códigos
e os bocados de lábios…
...idolatradas estão agora as marcas: o timbre
como se fossem as primeiras palavras a serem ditas…
Amei Poeta discorrer ao som dos Toranja…
Amei igualmente a referência poética
Abraço-te muito daqui
Assiria
Querido Poeta
ResponderEliminarTeceste palavras...esculpiste sentimentos...desenhaste um abraço poético.
Como sempre sublimaste a emoção...e deixaste-me em silêncio.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Jorge, belo contemplar o dedicar-se ao outro. [Não conheço esse poeta, como o encontro?)
ResponderEliminarés tu Jorge a voz majestosa
de todos se faz pequeno para outros brilharem
que respira no profundo das palavras
entre luas,
abismo,
animais...
o que semeia nos horizontes
as sílabas importantes:
e é sempre pela escrita única que costuras o coração,
o ser mestre na arte.
Abtaços,
Priscila Cáliga
É Jorge, inquietante é voz que por dentro sufocamos. Tornamos negligentes quanto os diamantes que estão nos lugares improváveis. Há muito o focar do ser-se vitrine, agradar olhares, que abdicar as sementes é natural. Repenso ao mais, a falsidade que veste a todos nós. Matamo-nos a todo momento e ao outro. Guiamo-nos por miragens, bem como alimentamo-nos com superficialidade. Infelizmente, muito pouco permitimos os diamantes sobressairem nas pedras. E a nos ensinar o quanto valioso, e inteiro é ser-se a lua nua, o que não é dito acadêmico. Assim, a olharmos com mais zelo todas as esferas.
ResponderEliminarAbraço,
Priscila Cáliga
olhos líquidos incêndios mudos e e nas veias perdidas, já sem fôlego,todos os poemas coagulados.
ResponderEliminarJorginho, belíssimo! Assis: vc merece esse presentão, que aqui é de poetaço para poetaço!
Beijos,
As várias sequências no exigem uma pausa para meditação. Mas como sempre belíssimo...e a morte ...sim está presente, como está presente no nosso viver!
ResponderEliminarDesulpa o meu atrsaso em retribuir as viaitas...isto por aqui anda complicado!
Um dia explico....
Um beijo, meu bom amigo...
BShell
Dá gosto ver como é querido o Assis, não é mesmo?
ResponderEliminarAlém de querido poeta, inspirador como poucos.
Beijo beijo, Jorge.
Passando pra te desejar dias de luz...Nada de sombras...Bjos achocolatados
ResponderEliminarQuerido amigo,
ResponderEliminarDepois de uma pausa, eis que estou de volta. Espero sua visita em meu blog. Bjo!
Olá, dear Jorge Pimenta!
ResponderEliminarÉ um axioma dizer que seus poemas são belos - é de uma fluidez que não há palavras para descrever. Seria uma música, ou uma onda do mar? Sinceramente, ao ler seu trabalho, é como se eu escutasse o bater da água nas rochas da beira-mar.
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
"és tu a voz
ResponderEliminarde todos os animais-escravos
que respiram no interior das palavras."
tu e Assis!... [in]comentáveis mas... senti[veis] :))
imagem, poemas e laços...
ficam e ficam e ficam...
carinho lindissimo ao poeta Assis.
beijo aos dois :)
e:
"E não é com certeza
relevante este brilhante aqui:
poeira de diamante que encontrei
pelo verso e por acaso, poema
muito breve e muito raso,
que (aproveitando) trago para ti."
(ana luisa amaral)
beijo, encanto.
Obrigada pelos cumprimentos. Suas visitas são motivos de festa, porque o talento está nesse seu espaço.
ResponderEliminarBjs.
Lindíssimo. Os dois últimos versos então são de cortar o ar e encher o coração de fogo. Bela homenagem!
ResponderEliminarBeijinhos
Gostei muito do poema, Jorge. E destes versos em particular:
ResponderEliminar«seguro o teu olhar numa mão
e a tristeza na outra.»
Também gostei de ler "isto": http://blogues.publico.pt/ciberescritas/2012/01/09/599poemas-ja-esta-disponivel-para-iphone-e-ipod-touch/
Beijinho.