fotografia de jorge pimenta
I. os aromas do tempo
para a assíria,
[http://soprodevidasemmargens.blogspot.com]
a propósito do seu texto …excluído das horas
uva negra
grainha serôdia
grainha serôdia
em lábios gretados por todos os verões interiores
[aqueles que nunca explodem
senão do lado de fora do calendário].
II. apelo
não me deixes só em cada um dos meus morreres…
III. [in]confidência
são assim as estrelas:
luz sobre todos os lugares onde o corpo aprende a morrer.
IV. a linguagem e [os] nós
saber remexer a treva
pelo reverso dos signos.
V. transfusão
o que muda primeiro:
este inverno ou a tua estação?
VI. floresta: a árvore e o homem
há tantas raízes finas, delicadas, que nos trepam pelo corpo
agitando oceanos de lava e sangue.
VII. errância [ou a segunda vida de prometeu]
continua a fugir e não sabe se alguma vez se encontrará.
[prometeu que não se deixaria apanhar].
canto de ariana, canção IV [poemas de hilda hilst; música de zeca baleiro]
Para ler, ouvir e sentir...
ResponderEliminarMagnifico Jorge!
beijinho
cvb
cecília,
Eliminara única voz que se lê, que se escuta e que se sente é a do "oceano azul".
beijo grande!
Bom dia, amigo. Ando com dificuldade em comentar no seu blog, pois anda demorando demais.
ResponderEliminarValeu apena vir, depois de insistir.
Um belo poema.
Adorei tudo, e me identifiquei-me muito quando dito sobre a errância.
Um beijo na alma, e fique na paz de um dia lindo!
patrícia,
Eliminarsão tantas as pessoas que me dizem isso... disseram-me, ainda assim, que a instalação do google chrome enquanto motor de pesquisa resolve esses problemas... pois, não sei...
beijinho! [ao contrário de errância, este deixando-se apanhar]
Olá Jorginho, tudo bem?
ResponderEliminarCaramba meu amigo! Cada frase e cada texto hein! É de se navegar pelo pensamento.
Muito bom como sempre! Parabens!
Um abraço!
andré, meu amigo paulista,
Eliminarcada frase e cada texto... apenas lamparinas ao vento no estertor de uma tarde de sol.
abraço!
nascemos para morrer...
ResponderEliminarmas continuamos a viver, para no fim de tudo perder...
abraço
LauraAlberto
"para no fim de tudo perder..."
Eliminarganhemos alguma coisa antes do fim, laurita.
abraço!
as etiquetas trazem essas ânsias de quem tem na pele a resignação do arrepio...
ResponderEliminarbela referência a Hilda Hilst, dona de uma voz que não dá sossego a minha pele.
beijo carinhoso, meu amigo querido!
na entrevista que deve estar a sair, joelma, assumo a minha quase ignorância relativamente à imensa literatura brasileira. hilda: conheci-a aqui, na blogosfera, pela mão do amigão roberto de lima. e é mesmo assim, como dizes: hilda não dá sossego à pele...
Eliminarbeijinho!
saudações, Jorge
ResponderEliminaré sempre de grande valia as paragens nestas viagens onde nas sombras um pouco de descanso ou de tormentos ou na luz uma descoberta mesmo que queime as retinas
etiquetas, foto, vídeo, por onde começar?
a fotografia, de uma abertura a outra uma passagem pela fechada escuridão, um risco.
etiquetas de odores das estações, de urgências, das transformações do que está vivo, nossas transformações nosso tempo, e do que não está, e que ainda assim também tem seu tempo de duração, os ciclos intermináveis que a cada volta anda e não é o mesmo, nunca é, mesmo que seja nos mesmos lábios, sob o mesmo céu, na mesma terra, ruas, casas, caminhos e estradas, nos encontros e desencontros
simplesmente maravilhoso este canto de ariana
beijos, querido Jorge
vais,
Eliminarquando chegas, os textos tremem de emoção; sabem que vão chegar bem acima dos beirais que a mão de tinta projetara para si. afinal, o cais pode ser a porta aberta ao mundo para o marinheiro, mas também o jardim improvável para a margarida espontânea que ali encontrou o repouso do seu olhar.
um abraço!
Meu querido amigo Jorge,
ResponderEliminarMuito mais do que outrora..., mas por ora não me pergunte o porquê, simplesmente MORRI DE AMORES... Parabéns...!! Prá mim, você superou.
Beijos,
Ana Lúcia.
ana lúcia,
Eliminarseja de amor ou de horror, que o morrer em apelo nos ate nós nos nós dos outros.
beijinho!
Jorge, querido poetAmigo!
ResponderEliminarOs aromas do tempo não cabem em um único frasco de perfume.
Essência pura de um compartimento que faz e desfaz, sem cronômetro, mapa ou bússola.
Apenas vento perfumado.
Lindos fragmentos em conjunto impecável.
... que fotografia!
Contes aqui para mim, Jorge, foi proposital aquela porta lá no fundo colocada um pouco mais para à direita?
Também fiquei com curiosidade a respeito de onde foi tirada essa foto.
Grande beijo!
cecília, minha querida amiga,
Eliminaresse tempo que desprende aromas acaba por se conjugar numa só essência: a do que fomos/somos no próprio tempo.
admiráveis as tuas leituras da leitura.
sim, eu confesso: a ideia foi captar uma linha contínua, como se a janela abrisse galerias de luz sobre galerias de luz, na simetria de olhares assimétricos. o ângulo não era fácil [de baixo para cima], talvez por isso o resultado não tenha correspondido às expetativas do disparo. o lugar é são frutuoso, freguesia com a tal capela visigótica num conjunto mais recente [barroco] e onde fotografei, por exemplo, o banco do nosso "notícias do tempo". um filão para explorar, sem dúvida!
Jorge,meu querido amigo!
EliminarA tua sensibilidade para a fotografia é ímpar! Genial!
Se colocasse aquela portinha lá do fundo centralizada, ou um pouco para à esquerda, a percepção da foto seria alterada totalmente, por incrível que pareça.
Creio que te deixaste levar pelos aromas do tempo, além-tempo :)
Esse lugar deve ser maravilhoso!
Jorge,
ResponderEliminarem tempo, como brasileira tenho que te agradecer por teres colocado este vídeo com o poema da grande Hilda Hilst (e música de Zeca Baleiro).
A Hilda, além de expoente na prosa, poesia, dramaturgia, foi uma pessoa importante em tempos difíceis aqui no Brasil (quando da ditadura militar). Por curiosidade, ela tinha um sítio, se não me engano em Campinas, onde abrigava alguns artistas perseguidos pelo regime, dentre eles o grande Caio Fernando Abreu, escritor gaúcho de Santiago, que escolheu falecer em Porto Alegre em 96.
Por um desses "milagres" da vida..., conheci pessoalmente o Caio, numa conversa informal para os alunos universitários de Artes Plásticas (éramos uns 15 na sala). Quase troquei na época para o curso de Letras. Inesquecível, posso te afirmar, inesquecível. E esse vídeo me trouxe na memória toda aquela conversa.
Lindo!
Obrigada por Hilda, por compartilhar teu talento, querido amigo!
Grande beijo!
PS.: Emocionei-me...
cecília, e agora sobre hilda. conheci-a pela mão do roberto de lima, amigo de minas mas radicado em nova jersey. a música que se serve dos poemas de hilda chegou-me pelas mãos da rejane martins, queridíssima amiga do blogue rejaneando. a blogosfera é mesmo algumas das linhas das nossas mãos...
Eliminarbeijinho renovado!
p.s. arrepio-me com o teu post scriptum. a palavra pode ser tanto e simultaneamente tão pouco... simultaneamente...
Jorge, tenho uma admiração especial por Post Scriptum.
EliminarSempre lembro-me da caixa-preta de um avião: segura, que guarda os dados, e os revela se for necessário.
Mas por que o avião todo não é feito do mesmo material da caixa-preta, já que é quase sempre a única que sobrevive de um desastre aéreo? Por que o avião ficaria tão pesado que não conseguiria sair do chão.
O mesmo é o P.S., um pós, a lembrança necessária, quiçá, sua essência, ou ainda sendo mais ambiciosa: a essência de tudo, do tamanho que permita as decolagens. Ali, num material seguro, como uma caixa escondida ou quase, a falar, pensar, por vezes gritar.
Aqui meus apreços aos P.S.!
Perdão pela viagem :)
Beijos!
Ps: Tu és um grande amigo!
Jorginho, tuas etiquetas sempre aderem à minha pele.
ResponderEliminaro apelo ficou ecoando em mim, e eu pensando que cada morte é sempre solitária, ninguém nos pode alcançar enquanto morremos... é como a consciência se apagando durante a anestesia... ninguém alcança o escuro da nossa mente inconsciente.
sobre floresta, sim, há tanto que, delicadamente, se enraíza em nós, e só percebemos quando os agitados oceanos engolem a calmaria das praias, quando já é demasiado tarde...
beijo, querido amigo!
andrea, querida,
ResponderEliminara morte é, na minha opinião, um fenómeno transindividual: quando alguém morre, quanto de tanta gente morre consigo?...
beijinho grande!
Em cada frase um sentido profundo do sentir, do estar, do viver.Parabéns.
ResponderEliminararnoldo,
Eliminartoda a linguagem nos faz sentido em cada viagem à própria terra.
um abraço com amizade!
Bom dia, Jorge
ResponderEliminarNão é preciso escolher, pois não?
Assim fico mais descansada; doutro modo entrava num delima terrível :)
BOM. Muito BOM!
Quanto a Ilda Hilst é do melhor que podemos desfrutar.
Bom fim de semana. Beijinhos
mariazita,
ResponderEliminarnão deixei de esboçar um sorriso pelo teu comentário :)
hilda hilst: o que andei a perder durante todo este tempo...
beijinho!
e nesses morreres, poeta, há tantos amanhecimentos: a linguagem é este caminho de morte e renascimento: pele que se dissolve n'água
ResponderEliminarabraço
verdade, assis,
Eliminarmorreres e viveres tantos... numa só poesia.
abraço, poeta!
Olá amigãop lusitano, confesso que às vezes fico sem saber comentar suas poesias ou poemas, este é mais um caso, então só me resta te parabenizar por esse maravilhoso dom dado por Deus que você, com maestria e singeleza desenvolve tão bem.
ResponderEliminarBreve estarei de volta, me manda um e-mail me dando sugestões para a minha nova fase do blog, ok?
paulocheng@paulocheng.com
Abração pra ti
paulo,
Eliminarestamos todos a aguardar o teu regresso com ansiedade e redobrada expetativa.
grande abraço!
A estação do poeta não muda. Você está, constantemente, a plantar e ver florescer o seu jardim. O aroma percorre seus versos e nos chega, sem necessidade de etiquetas. Venho aqui, colher. E não saio de mãos vazias, já que muito me é oferecido. Enriqueceu, ainda mais, seu post, com Hilda Hilst. Bjs.
ResponderEliminarmarilene,
Eliminaras tuas palavras aderem à paisagem quase sempre trémula, porque alicerçada em todas as nossas estações.
beijinho!
As estações são como as flores...se renovam. Só a nossa alma continua sempre amarrada aos nossos sentidos. Impossível a liberdade quando se recusa. Ás vezes morre-se em cada amanhecer. Adorei. Beijos com carinho
ResponderEliminarnão recusemos, pois; procuremos em cada pétala de liberdade todos os amanheceres e suas gotas que brindam aos nossos renasceres.
Eliminarbeijinho, rosa branca!
Há nos aromas do tempo o apelo da vida e a (in)confidência da morte. Dos tantos morreres, das tantas estrelas, dos tantos ciclos, há de ficar do poeta a palavra. Tuas abordagens sobre o tema são fascinantes. Aqui realmente se viaja em luz e sombra.
ResponderEliminarGrande abraço, querido amigo-poeta.
querido amigo celso,
Eliminarassim são as nossas viagens: ora em asfalto macio para cada planície, ora em terra batida sem corpo. assim é a vida, também.
abraço!
Olá, grande amigo Jorge!
ResponderEliminarImagem: é por pequena janela que vemos o paraíso.
I.Cronos por onde passa nos deixa sua marca e seu odor.
II.Se a morte for moral, morremos sós.
III.Toda luz está fadada a se apagar.
IV.A linguagem é luz da caverna.
V.Nossas fases são mais instáveis que as translacionais.
VI.As artérias nos aquece e nos traz a essência vital.
VII.Prometeu é, antes de tudo, resiliente.
Poema com grande sageza e exímia poesia.
Parabéns pelo alumbramento!
Abraços do amigo de além-mar e ótimo fim de semana para ti e família!
bento, meu bom amigo,
Eliminarsão assim as palavras: mesmo que inócuas, nunca desprovidas de sentido. e somos nós quem as atualiza, impregnando-as de respiração e, nesse sentido, fazendo-as saltitar de vida em vida quase até à imortalidade.
abraço!
Sentimos...
ResponderEliminarSentimos que os dias são todos os dias
Fragrância vigilante fresca e doce
Fruto das horas em espiral
Que teimam desvendar o aroma
da corrida contra o tempo…
.
.
Meu Querido e admirável Poeta
Faz-se-me brilho no rosto…porventura do meu sorriso
Colhendo de ti esta viagem de luz e sombra
De mão dada comigo…
Abraço-te…tanto…
E claro - verdadeiramente emocionada levo tudo…faço questão de arquivar para além das minhas memórias…
minha querida assíria,
Eliminarimpossível para mim é passar no teu blogue e não me surpreender. afinal, todo o tempo e os seus aromas se fazem únicos nos contornos irrepetíveis das palavras - das tuas palavras.
beijinho e admiração nunca contida!
Regressei para te dizer que, Palavras Nossas pag 46 Poema Medusa, tem como introdução um comentário teu no meu blogue, tal como te havia pedido licença…
ResponderEliminarbem-hajas por me dares tanto a beber…que mais poderão querer, as mãos da Poetisa!
p.s: espero que os comentários surjam, pois não tenho conseguido comentar no teu blogue :(
bem o sei, mas sempre senti que sou eu o distinguido nessas tuas "nossas palavras"; afinal, pude ser ao lado do teu dizer. e todas as mortes se fazem apenas arrepio que passa.
Eliminarbeijinho!
p.s. várias pessoas mo têm dito, já, mas não sei como solucionar o problema. falaram-me da instalação do google chrome como chave na resolução desse engulho, mas não sei... importa dizer-te que há momentos em que eu próprio acedo ao teu blogue e me deparo com a indisponibilidade no acesso à área de comentários :(
A tua poesia parece emergir, sem esforço, como água da nascente. Tão fresca, tão límpida e pura que apetece beber até à última gota.
ResponderEliminarL.B.
querida lídia,
Eliminarumas vezes água, outras lama, outras, ainda, apenas leve recordação da sede...
beijinho, grato pela visita e pelas palavras!
O que admiro num escritor, poeta ou artistas em geral é a coragem e aquele identidade que passamos na nossa arte.
ResponderEliminarSomos todos influenciados. Eu tenho muito de escritores malditos, adoro o tema e sigo a influencia. Mas ao mesmo tempo tendo pôr no papel algo meu, seja minha cidade, a cultura ou a realidade que me cerca, etc.
E você tem algo muito característico que é uma imensidão de jogos de palavras. A cada verso surgem novas maneiras de você se expressar. E aqui está um exemplo. Achei demais cada palavra!
VI. floresta: a árvore e o homem
há tantas raízes finas, delicadas, que nos trepam pelo corpo
agitando oceanos de lava e sangue.
Abraço
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Site Oficial: JimCarbonera.com
Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com
jim,
Eliminarabsolutamente convencido do que dizes: todos os textos provêm de outros textos, sejam eles materialmente constituídos, sejam apenas vivências, ideias vagas ou sensações adivinhadas. o filtro que distingue os diferentes dizeres é a voz de cada um. a tua, por exemplo: inconfundível. apenas lamento não conseguir aceder ao jimcarbonera.com; sacio-me com palavravadia.blogspot.com
abraço-te desde aqui, bem longe e tão perto!
Caríssimo Jorge,
ResponderEliminarbelíssimos todos eles. Cada um com sua fragrância!
Muita paz!
marcell,
Eliminarobrigado pelas palavras-reforço!
um abraço!
Jorge querido,
ResponderEliminaraspirei o aroma dos seus fragmentos poéticos, o perfume foi inebriante, prendeu-me por várias leituras.
Estes morreres que o corpo aprende, compõem a vida em seu brilho mais intenso, tal como a foto, contraste de luz e sombra. É a sombra que realça a luz. São os morreres que realçam a vida.
Que lente no olhar você possui, que imagem capturaste!
Ilda Hilst e Zeca Baleiro, uma bela moldura para o quadro belíssimo que pintaste neste post, ficaria aqui por horas a admira-lo, a descobrir suas nuances a cada novo olhar.
Amei, Jorge, poeta que encanta!
Beijos
van, minha querida,
Eliminarprocuro em cada post a convergência de materiais que, no momento, se me tornam significativos. nestas etiquetas, dioniso e a sua ariane [aqui no poema de hilda hilst e na voz de jussara silveira] são a metáfora de que há nasceres e morreres intermináveis para os deuses e ainda mais para os homens. a fotografia é uma sobreposição de luz e sombra, vida e morte, fim e recomeço.
beijinho com ternura!
Doce Jorgito,
ResponderEliminarHá muito, eu fiz deste apelo minha voz:
Não me deixes só em cada um dos meus morreres…
A poesia estendeu-me a mão e ainda o faz, nos dias em que morro.
Submeto-me as etiquetas, como quem delas é morto e (re)nascido. Não da pra passar impune.
Bj imenso
ira, minha amiga-poeta,
Eliminarem todos os meus morreres, tenho sobretudo medo de duas coisas:
- de morrer mais do que renasça;
- de morrer enquanto a poesia durma.
estou certo de que bem me entendes...
beijo beijo!
se não existe o vão na parede
ResponderEliminarainda daria pra ver o escuro e a porta
atravé dos olhos
das tuas palavras
...........
áspero esfarelando nos dedos
porque os olhos as palavras são nós em nós.
agradecida pelos comentários.
quantas vezes as palavras escondem retinas no horizonte? e acabo por não ver o que suponho ver, mas aquilo que se deixa ver...
Eliminardani, um beijo e um verso!
Como as gotas que caem pouco a pouco duma árvore depois da chuva repentina e breve: uma imagem em cada gota, uma '[in]confidência', uma 'transfusão' de poesia diluída. Assim é que eu percebo o teu poema,mas já sabes que faço associações um pouquinho dalinianas :) Ainda assim, cada gota vale um poema em si mesma.
ResponderEliminarAbrazo forte, meu amigo.
meu querido amigo eduardo,
Eliminaros grandes poemas chovem, molham, agitam para, depois, se retirarem devagar, muito lentamente, como aquele ator que acaba de dizer o derradeiro mundo no palco...
já os meus versos são apenas ideias suspensas em beirais esquecidos, depois da tempestade, algumas gotas dispersas como dedos numa árvore... e, de vez em quando, caem, suspiram, e, mesmo não agitando, fazem desviar o olhar antes de desaparecerem, por fim, na água que escorre no chão.
sente-te abraçado, meu bom amigo-poeta!
Jorge!
ResponderEliminarPartículas deixadas que ficarão sempre em mim.
Belíssimo
Beijos
Mirze
mirze,
Eliminaruma pétala com o aroma do agradecimento!
beijinho!
A doce magia das palavras nos encantos da poesia. Amigo Jorge, feliz do homem que consegue criar frases que ganham vida e vida em poesia. Um grande abraço.
ResponderEliminarpaulo, meu amigo de olhar seguro e voz certeira,
Eliminaras frases que a poesia nos rouba pertencem-lhe por inteiro. nelas, alguns pedaços das bocas que a ousaram...
abraço!
É estranho Jorge,
ResponderEliminarcada vez que passo por aqui, que mergulho em alguns de seus poemas, é como se fosse algo novo, uma leitura nova, ainda que esta seja do mesmo poema... Teus versos me transportam para tantos lugares, despertam em mim tantos sentimentos, que nem sei explicar... isso é o belo da poesia, o mergulho, o transporte, a transmutação, a dúvida...
Parabéns!
bruno,
Eliminartalvez seja por o verso ser maior do que todos os artífices: junta ao mundo que o constrói todos os mundos que ousa tocar.
grande abraço!
Solta e lívida como o dia quando amanhece, assimé a tua poesia.
ResponderEliminarBeijo
Ná
fernanda, minha querida amiga do nome bonito,
Eliminarhoje especialmente lívida e pouco solta, num final de domingo plúmbeo como o próprio tempo que o emoldurou.
beijinho!
Um chamado ao encontro do tempo, sublime!
ResponderEliminarbeijos
palavras ao encontro do tempo. e como ele foge sem [se] querer sequer escutar...
Eliminarbeijinho, querida luíza!
Jorgíssimo
ResponderEliminarEm eruditas sinfonias
vem agitando mares
com gosto de grainha madura
Vai desatando nós
da minha garganta seca
ávida da mais linda poesia
Um bom domingo
Bjs
querida elisa,
Eliminarsobre mares, marés e agitações: se o mar não revolve, revolvemo-lo nós. e como a poesia o sabe fazer...
beijinho grande!
a nos lembrar que morremos a cada dia..
ResponderEliminara nos esquecer de sentir cada aroma..
são confidências que vertem súplicas..
e nunca me deixam só, mesmo quando me sinto morrer nas palavras..
belíssimas querido Jorge..
sempre!
beijos perfumados..
cada palavra arrancada ao peito é muito mais do que uma pequena morte; é todas as mortes do que, mesmo dito de novo, se não repete jamais.
Eliminarbeijinho, amiga ingrid!
Enquanto as etiquetas, entram pela retina, e se colam (calam), na alma, os lábios suspiram...
ResponderEliminarParabéns, querido amigo, pela foto e todo o resto.
Magnífico!!
Grande e fra[terno] abraço, com desejos de uma excelente semana.
Cid@
cid@, minha amig@,
Eliminarpalavras doces e meigas, as tuas, mas sei que todas as etiquetas acabam por perder a aderência, com o tempo, e por adormecer junto das palavras caídas...
beijinho grande!
Cabe tanto nas palavras...
ResponderEliminarpara o bem e para o mal...
Eliminarabraço!
Simplesmente lindo Jorge! Parabéns!
ResponderEliminarUm beijo grande em seu coração..
Verinha
verinha,
Eliminaré sempre um gosto imenso ter-te por aqui.
um beijinho!
Etiquetas coladas na música e com a foto como moldura: incrível!
ResponderEliminarbel,
Eliminarah, se eu soubesse das artes como sugeres no teu comentário...
que bom ter-te por cá a compartilhar connosco toda a tua simpatia!
um beijinho!
Obrigado pelo lindíssimo momento
ResponderEliminarBjs e boa semana
rita,
Eliminarfeliz por teres gostado.
beijinho!
Confesso que voei um pouco, é como diz um poeta amigo meu: Não tente compreender a poesia alheia, apenas a admire.
ResponderEliminarBjos achocolatados
sandrinha,
Eliminaras sensações tocam-se e tocam-nos, mais do que se entendem, não é mesmo?
beijinho e chocolate!
Meu querido Poeta
ResponderEliminarLá onde as ondas agonizam e o olhar é um grito à deriva...as sombras são o colo onde a noite adormece...onde a cinza das palavras são o desencontro das bocas...onde todos os sorrisos têm medo de existir e os olhos são o lago sombrio de todas as recordações...a agonia de todos os silêncios...lá onde todas as mortes tocam a alma e todos os anseios são muros.
Não tenho outras palavras para comentar a beleza lírica da tua alma...apenas senti.
Beijinho com carinho
Sonhadora
amiga sonhadora,
Eliminarde cada vez que pousas as tuas retinas por aqui, as sombras recolhem-se à sua pequenez, enquanto a luz inaugura instantes.
beijinho!
Um poema talentoso, e zeca baleiro de quebra, beleza!
ResponderEliminarBeijo.
dade,
Eliminarestou incorrigivelmente apaixonado por esta beleza da ode descontínua e remota para flauta e oboé, do zeca, com os poemas da hilda hilst. mas, é fácil de entender, verdade? :)
beijinho!
Olá, Jorge.
ResponderEliminarCombinação divina de imagem, palavras e som, constituindo poesias do que os olhos vêm e o coração sente, produzindo suavemente o que a alma capta da vida em momentos de felizes inspirações.
Parabéns pelo encanto, onde canta a poesia do poeta nas múltiplas formas.
Abs.
evaldo,
Eliminaré um gosto ter-te por cá.
grato pela visita e pelo comentário-estímulo.
um abraço!
Querido,
ResponderEliminarAmo ler-te, você sabe disso. A anca do seu poema mais uma vez me arrebatou...
Ouvir Zeca Baleiro e tomar uma cervejinha enquanto leio um de meus poetas favoritos sob um céu estrelado... é tudo de bom!!!
Beijo, Jorge Manuel!
adriana, minha querida,
Eliminarouvir zeca baleiro é, neste momento, para mim, um dos verdadeiros prazeres dos sentidos. quanto à cervejinha gelada... neste inverno de temperaturas tão baixas, acho que vou ter de me voltar para um vinho a 14 graus :)
obrigado pelo teu carinho.
um beijo grande!
Boa noite, Jorge. Saudades de ti! Muitas! Sempre fico muito feliz quando aparece, comenta com o seu estilo tão carinhoso.Adoro ainda mais quando dá atenção não só ao que está em evidência.
ResponderEliminarVocê é um poeta maravilhoso do qual eu gosto muito.
Um beijo na alma, e fique na paz!
patrícia, minha querida amiga,
Eliminarhá lugares que sinto como meus. visito-os, ainda que nem sempre com a disponibilidade que quereria, com o carinho, o prazer e a alma aberta que me merecem. o teu blogue é um desses.
beijinho!
Poema complexo, e como todos os outros, belíssimo. Sempre noto um certo mistério e um erotismo discreto nos teus poemas.
ResponderEliminarE a imagem é ótima, trabalho com fotografia e sei reconhecer um belo trabalho quando vejo um.
Parabéns!
Uma ótima semana para ti e obrigada pela visita lá no blog,
beijo!
bianca,
Eliminarsobre mistério e erotismo: aquele que escreve nunca se revela totalmente :)
agradeço as tuas palavras, confessando-te que, para mim, a fotografia é apenas exercício intuitivo de que gosto muito. não tenho quaisquer conhecimentos técnicos, mas procuro sentir aquilo que me toca. soubesse eu fotografar...
beijinho!
Eu sou apaixonada pelo vídeo aí e por tudo que o Zeca fez com essas poesias.
ResponderEliminar"Não me deixes só em cada um dos meus morreres."
Lindo demais!
andressa,
Eliminar"Não me deixes só em cada um dos meus morreres."
e o que mais dói é saber que nenhum desses lugares é geografia, verdade?
o zeca fez poesia sobre poesia. a melodia que veste as mais belas letras apanha-nos nus e não mais nos larga.
beijinho!
Sim, é um morrer vertical e contínuo, por isso vários. Bem pior.
Eliminaros morreres a formar o plural do ser e aquele que morre a ser cada vez mais apenas singular...
Eliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=8PF1vLxBujw
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=Mx06JKyCsrw&feature=related
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