seguro o teu olhar numa mão
e a tristeza na outra
[etiquetas XVII, polos e extravios, de 06.01.2012]
fotografia de jorge pimenta
procuro o beijo
o pólen sem gretas
e a janela que abre
carícias ao corpo
mas o amor triste
balança gomos de primavera
em cabos elétricos
arrancando a luz ao quarto
e as engrenagens ao coração.
já reparaste como esta noite
as cerejas perderam a cor
nos versos da tua boca?
the joker’s daughter, lucid
[segunda versão do texto amor triste, de 2008]
a noite, a que cada um carrega dentro de si,dá-nos a vantagem de enxergar as cores que gostaríamos de ter visto durante o dia... quando não nos foi possível ver!
ResponderEliminarbelo foco, amigo querido Jorge!
Beijinho sempre carinhoso!
Lindo! tão doce quanto belo!
ResponderEliminare a fotografia perfeita!
Beijinho amigo, e uma doce Páscoa!
Bom dia!
ResponderEliminarLinda forma de poetizar, bom de ler e sentir, meu esposo e eu gostamos muito deste jeito de falar do amor.
Feliz Páscoa e feliz poetizar!
O amor e todos os seus labirintos.
ResponderEliminarProcuro o beijo doce que ficou em meus lábios quando nossas mãos se uniram.
ResponderEliminarProcuro os versos, mais belos que o teu beijo, proferido pelos teus lábios naquela tarde primaveril.
Beijos meu querido amigo
Oi Jorge,
ResponderEliminarBoa Páscoa! Linda imagem! Quando você colocou que até as cerejas perdem a cor, pensei que não seria só o amor triste, mas o fim até da cor da primavera.
Beijos.
Lu
A forma suave e poética como o texto se apresenta, é envolvente. Um grande abraço e uma feliz páscoa meu caro amigo blogueiro.
ResponderEliminaras sílabas dos lábios ganharam o travo da escuridão, quanto a noite faz versos de melancolia sobre o amor: "yo podria escribir los versos más tristes esta noche",
ResponderEliminarabraço
balança gomos de primavera
ResponderEliminarem cabos elétricos
é admirável a maneira como consegue arranjar imagens tão surpreeendentes e tão belas!
Seu verso pré-erótico retrata muito bem a melhor maneira de se começar a amar. O beijo é o início de tudo...
Ótimo poema!
Muita paz!
tava cum saudadi
ResponderEliminarde palavras plenas
Ah, que lindo! Tão intenso. Acho que as cores todas se perdem assim...
ResponderEliminarBjo
O amor triste tem uma beleza subtil, uma luz disfarçada na esperança de um dia se tornar alegre...
ResponderEliminarBelo
beijinho Jorge
Só você Jorgíssimo para nos presentear com poemas tão belos.
ResponderEliminarNem sempre as cerejas estão dispostas a exprimir as cores da paixão.
Uma boa Páscoa para você e toda a família.
Bjs
Apesar de o buscarem com um fim feliz, o amor é essencialmente triste: o medo da solidão, a entrega, a exacerbada entrega, o medo de se mostrar inteiro, inteiramente aos pedaços.
ResponderEliminarBeijo.
Olá Jorge!
ResponderEliminarAmigo, linda poesia!!Procuro um beijo de um amor triste,que parte o coração e a alma.
Estive afastada do blog,e agora tudo está bem.
Adorei a foto, imagem fascinante pela arte que aqui vc demonstra.
Feliz Páscoa com muita luz no seu caminhar.Beijão da amiga Nati
Jorge meu querido,
ResponderEliminarO amor é maravilhoso, mas quando correspondido, fica melhor...
Respiro as suas poesias. Eu as trago com prazer...
Beijos e FELIZ PÁSCOA!!
triste é o amor de versos que nos remetem à escuridão...
ResponderEliminarseus versos, sempre comoventes!
bj
Parabéns pela escolha do vídeo! É muito bonito.
ResponderEliminarBeijos,
Superamos a tristeza com a qual nos envolve o amor com a lembrança de seu sabor, já experimentado.
ResponderEliminarMesmo falando de melancolia, alegra-nos seus versos.
A foto e o vídeo são magníficos.
Grande beijo e uma FELIZ PÁSCOA!
Um poema cheio de amor e de sabor... Beleza Jorginho!
ResponderEliminarSó tomando um vinho mesmo...
Um abração!
Boa noite, Jorge
ResponderEliminarO Amor deveria ser sempre alegre, feliz; mas às vezes isso não acontece, e a noite invade o coração.
Que a tua Páscoa seja plena de Luz, Paz e Amor.
Beijinhos
«Eu sei e você sabe que a distância não existe
ResponderEliminarQue todo grande amor
Só é bem grande se for triste...»
Vinícius de Moraes
O vídeo em perfeita sintonia. Lindo!
Um beijo
É inevitável que um pouco de tristeza entre pela janela aberta do amor, ainda assim é melhor que fique aberta.
ResponderEliminarUm abraço, Jorge, caro amigo.
ps. uma foto soberba!
Bárbaro, Jorge!
ResponderEliminarFalar de amor e sabor é para poucos como você, poeta!
Beijos
Mirze
mirze, minha querida,
Eliminarhá já tanto tempo que não consigo entrar no teu blogue... pero, que passa?!
beijinho!
...já reparaste que a noite é polén do néctar sem folhas, na Ode ao Poema!
ResponderEliminarAbraço-te Poeta
Jorge,
ResponderEliminarO amor se torna triste, quando se torna pouco amor. Aí fica como um jardim com flores secas e sem perfume...
Olha sempre me encanta seus versos, a sua fotografia. E casou maravilhosamente com o vídeo.
Beijokas doces
Olá Jorge, boa noite!
ResponderEliminarAs histórias de amor, quando tristes tem tonalidades diferente quando chega a noite. Parecem-me em preto e branco. Talvez porque a solidão fica mais acentuada nesse período, e solidão não combina com o amor. descolore-o inevitavelmente. Entretanto, a solidão gera a busca pelo outro, e essa busca, enche a gente de alegria, como um viajante exausto que de repente encontra, no deserto escaldante, um pequenino oásis em que borbulha uma fonte de água pura e fresca.
Triste ou feliz, o amor gera até poesias emocionantes como as tuas, Jorge!
Feliz Páscoa!
Beijos da Lu...
ah, mas tu bem sabes que há beijos que nos tiram da razão [e os pés do chão]. tudo à volta se apaga, até o doce sabor dos frutos.
ResponderEliminarque poema lindo, encanto de amigo.
e o video..., adorei.
tem páscoa feliz, querido amigo.
beijo meu.
Jorge, querido amigo,
ResponderEliminarNossa, que poema!
Penso que não conseguiria mais viver sem poesia. E os poemas de amor são meus prediletos.
O amor sobrevive das incertezas, do que não se sabe, nem se saberá.
A grande aventura: expedição inadiável a que somos chamados quando nem se supunha tal viagem, e não temos tempo para deixar as malas prontas.
Incertezas reveladas em minúsculas gotas de decepção e suave e bela surpresa.
Triste ou feliz?
Creio que sempre triste e feliz.
O amor sobrevive dessas incertezas: do amargo e do doce.
Da doce felicidade da amarga tristeza...
E da amarga tristeza da doce felicidade.
Beijos!
Uma maravilhosa Páscoa para ti e tua família!
Ah! Jorge!
ResponderEliminarFiquei com muita curiosidade a respeito de uma coisa. Este poema é uma segunda versão.
Pelo que conheço de teu trabalho, os poemas mais antigos teus são um tanto diferentes da linha que adotaste atualmente, mais metafórica, creio.
Nunca tive tempo para explorar teu blog anterior. Tens por lá este poema? Adoro ter contato com mais de uma versão de um mesmo trabalho, acho extremamente enriquecedor.
Beijos!
aqui vai o link, aninha:
Eliminarhttp://circum-viagem.blogspot.pt/2008/10/amor-triste.html
beijos!
Oi, grande amigo Jorge!
ResponderEliminarQuando o amor é triste, deveras se perdeu o brilho, a luz, o colorido e razão de ser, mas é ótimo tema para boa poesia, como neste teu presente poema.
A música e a imagem são pertinentes.
Abraços e feliz Páscoa para ti família!
Quando o amor se esvai, ou se torna triste e sem ardor, o que resta então? E a frase final: "...as cerejas perderam a cor nos versos da tua boca?" sintetizou tudo. Já sofri várias decepções amorosas, e quando num relacionamento, seja de homem e mulher, ou entre familiares ou entre amigos não há amor, se torna mecânico, superficial, enfim. Lindo texto Jorge, gostoso de ler.
ResponderEliminarAbração pra ti.
Grande poeta e amigo,
ResponderEliminarse as cerejas perdem a cor
imagino o olhar do poeta
e o seu batimento cardíaco
...
forte abraço.
Que bonito poema, Jorge! Que bom é sentir a música do poema. E a doçura também.
ResponderEliminarBeijinho e boa Páscoa.
Denso esse poema de um amor triste. Por isso, forte e cheio de significado.
ResponderEliminarBeijo, amigo Jorge.
Eterna a procura do perfeito amor.
ResponderEliminarParabéns pelo seu talento, Jorge.
Beijo
Ná
hoje só vou comentar as tuas fotografias...
ResponderEliminarestá dá vontade de ir a correr atirar-me ao mar...
o enquadramento, apesar de eu não a tirar assim, funciona na perfeição, temo que funciona melhor do que os meus enquadramentos tolos
beijo
Meu amigo,
ResponderEliminarpoderia tentar comentar, mas acho que estragaria com as minhas divagações esta tua ( mais uma) obra prima.
Beijo com cor
Poxa! que tristísse mais linda!!!
ResponderEliminarpimenteira no jardim dos outros...
berjo!
absolutamente maravilhoso Jorge! é a cereja que perde cor na boca da amada e esse adorável amor triste...tudo lindo.
ResponderEliminarbeijos daqui
ah, procurei e procurei, mas não encontrei um poema que anteceda esse. existirá um primeiro ainda por vir desse poema "amor triste". onde encontrar?
ResponderEliminarbeijos
Luíza, aqui vai o link:
Eliminarhttp://circum-viagem.blogspot.pt/2008/10/amor-triste.html
[não o encontraste por se tratar de um texto publicado no meu anterior blogue, circum-viagem].
beijos!
A noite, o perfeito lugar, onde encosto os olhos na boca do amor e os perco, enquanto sinto a mais triste felicidade, a de amar.
ResponderEliminarJorgito, meu querido poetíssimo! cada pequena sombra humana, que encontro em tua voz, me espanta. Este é o encantamento.
Bj imenso
Amigo Jorge...
ResponderEliminarO amor e terreno fertil na imaginacao dos poeta.
O amor muitas vezez vem a dor e a saudade.
Que teu amor pela poesia sempre nos presenteie com seus lindos versos!
Um beijo...
Meu querido Jorge
ResponderEliminarQuando os beijos sabem a cinza...a noites são momentos por acontecer e as memórias são ausências sussurradas na lonjura dos braços...aí...fica a inspiração do poeta para dar vida às palavras.
Como sempre...a minha admiração IMENSA.
Um beijinho carinhoso
Sonhadora
Ah, como lembro bem dessa música, Jorge.
ResponderEliminarEncanta-me como um amor triste
o impacto do toque
a leveza da palavra
o avesso
a falta.
Quero encontrar a cor das cerejas em gomos de primavera.
Beijo!
Bom final de semana, Jorge...
ResponderEliminarAguardo-lhe, meu amigo.
Beijos,
Oi Jorge,
ResponderEliminara fotografia inspirou-me o mesmo sentimento do poema, quando mesmo diante da beleza só se percebe a solidão. O amor é belo, um amor triste é belo e solitário, tal qual a foto.
As imagens para os sentimentos, que você cria com as suas metáforas, poeta querido e magnífico, são as mais surpreendentes e belas que conheço: "o amor triste balança gomos de primavera em cabos elétricos", fotografa a ambiguidade do sentimento,e, se sentir é invisível o poeta transmuta matérias para que possamos ver o invisível.
Um beijo
..e é belo o amor triste, sabe? :-) Belo poema, Jorginho!
ResponderEliminarO amor, triste ou alegre, carrega ambivalências. E a gente balança, se comove, se move, vai, volta, estanca, mas persiste, que a gente também é triste, é alegre, e é uma forma de amor.
ResponderEliminarbeijoss
PIM!!!!
ResponderEliminarNão será chegada a hora de ver novas cores? Inventar novos perfumes?
PIM!!!
Beijo
Deu vontade de comer cerejas, rsrsrsr.
ResponderEliminarSaudações literárias.